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Em um dia de feriado nos EUA, a segunda-feira promete ser de liquidez reduzida. O destaque da noite ficou por conta da acentuada queda nas bolsas da China, após o governo anunciar uma série de medidas com intuito de restringir a alavancagem no mercado de renda variável, além de novas restrições ao “shadow banking”. A despeito da forte queda dos mercados locais, o contágio até o momento está sendo relativamente contido para as demais classes de ativos. Destaque relevante apenas para mais um dia de pressão nas commodities, mas após uma sexta-feira de forte alta em todo o complexo.

A semana será de agenda relativamente cheia, com uma série de riscos (positivos e/ou negativos) no horizonte de curto-prazo. Teremos a decisão do ECB, os dados de atividade econômica na China e as eleições na Grécia como os principais destaques da semana.

Ainda no final de semana, nos EUA, Obama anunciou uma série de medidas visando o aumento de arrecadação, elevando os impostos dos mais riscos em detrimento a algum alívio a população de classe média. A despeito da postura do Presidente Americano, diante de um Congresso dividido, dificilmente ele conseguirá aprovar tudo aquilo que foi ventilado na mídia ao longo do final de semana.

Na Suiça, o CHF apresenta o segundo dia consecutivo de depreciação, após a surpreendente decisão do SNB na quinta-feira passada. A estabilização da moeda seria um primeiro passo na direção de estabilização do humor global a risco.

Abaixo, seguem mais algumas notícias relevantes divulgadas ao longo do final de semana.

O final de semana foi de noticiário agitado, mas sem desdobramentos relevantes que alterem significativamente o cenário econômico local e global. A segunda-feira será de feriado nos EUA, com a liquidez bastante reduzida. A agenda da semana será muito mais esvaziada do que na semana anterior, com destaque para os dados de atividade econômica na China.

No Brasil, começam a surgir notícias em torno das dificuldades que Dilma e Levy encontrarão para continuar colocando em prática seu plano de ajuste econômico. Inflação alta, elevação de tarifas, falta de luz e de água, crescimento pífio, e piora no mercado de trabalho, são apenas alguns dos obstáculos que terão que ser superados neste começo de mandato. Além disso, cresce a cada dia a probabilidade de um eventual racionamento no pais. A quarta-feira terá decisão do Copom, com o mercado precificando 50bps de alta. O comunicado após a decisão será de extrema relevância, já que crescem as expectativas de que o ciclo de alta de juros tenha que ser interrompido em breve, após os últimos eventos no economia mundial.

Na Europa, um importante jornal alemão, detalhou alguns pontos que estão sendo discutidos pelo ECB para que um QE, mais amplo e agressivo, seja finalmente anunciado na quinta-feira. Hoje, o mercado já trabalha com um anúncio por parte de Draghi. Os detalhes, assim, se tornam mais importante do que a decisão em si. Segundo a mídia, o ECB estaria trabalhando com um programa entre EUR$500 e EUR$800B. As compras seriam efetuadas pelos bancos centrais de cada país, não havendo mutualização da dívida. As compras seriam restritas a 20%-25% do estoque da dívida de cada papel.

Na Grécia, o Syriza, partido radical de esquerda, continua a se consolidar na dianteira nas pesquisas eleitorais mais recentes, mantendo o risco político elevado no pais e em toda a Europa. Ruídos pontuais devem continuar assolar o pais nas próximas semanas.


Na Suíça, os jornais especializados, assim como os relatórios de sell-sides do final de semana, continuam digerindo a surpreendente decisão anunciada pelo SNB na semana passada. Os efeitos mais imediatos, mas de difícil mensuracao, serão as zeradas de posições cujo o CHF era usado como funding. Além de uma imensa perda de credibilidade por parte do SNB, o banco central do pais. Este ultimo, em especial, pode ter consequências não desprezíveis para a credibilidade dos demais bancos centrais ao redor do mundo.

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