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Mostrando postagens de agosto, 2014

Eleições, Ucrânia e BCE em Destaque

As vésperas de um semana relevante para o cenário externo, com a decisão de política monetária do BCE, na Europa, e os dados de emprego de agosto, nos EUA, o destaque do final de semana ficou por conta da piora no clima político/diplomático nas questões referentes a Ucrânia (mais abaixo). A semana começa com um feriado nos EUA na segunda, mas terá uma agenda repleta de dados econômicos relevantes, especialmente nos EUA. Brasil –   A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira pelo JN consolidou a liderança de Marina Silva nas intenções de voto, já empatada no primeiro turno com Dilma, e abrindo 10pp de liderança no segundo turno. Neste estágio da campanha, com Mariana ainda ganhando bastante atenção da mídia, fica difícil saber qual o real teto de popularidade da candidata do PSB. O programa de governo de sua chapa, divulgado também na sexta-feira, foi bem recebido pelo mercado e pelo empresariado. Adotou um tom extremamente ortodoxo e pro mercado no capítulo referente a economia,

Final de mês

Em uma sexta-feira, último dia de agosto, véspera de feriado prolongado nos EUA e o último dia das férias de verão no hemisfério norte, é difícil acreditar que as tendências que prevaleceram nos últimos dias irão se alterar. Assim, estamos observando um bom desempenho das bolsas globais, inclusive com uma boa performance das bolsas na China. O USD operam estável, assim como os bonds dos países desenvolvidos. A agenda do dia será relevante, com PIB no Brasil e Core PCE e Chicago PMI nos EUA. Brasil – A despeito das eleições ainda estarem dominando a dinâmica dos mercados, o PIB do segundo trimestre que será divulgado hoje pela manhã pode acabar sendo determinante para o mercado local de juros. O mercado espera uma queda de 0,4% QoQ e alguma revisão baixista do trimestre anterior. Números muito abaixo deste patamar podem consolidar a ideia da necessidade do BCB dar início a um processo de queda da taxa Selic. Europa – O CPI de agosto na Área do Euro caiu de 0,4% YoY para 0,

Ucrânia

Estamos vendo uma série de headlines essa manhã em torno da situação na Ucrânia. De maneira geral, o Ocidente/OTAN está acusando a Rússia de aumentar a presença na região. Novas medidas de retaliação diplomática podem ser adotadas nos próximos dias. Acredito que seja um ruído pontual, que possa afetar o humor a risco por alguns dias. No longo-prazo, a situação tende a se estabilizar: RTRS - SENIOR GERMAN CONSERVATIVE LAWMAKER SAYS EUROPE MUST RESPOND TO ESCALATION IN UKRAINE WITH NEW SANCTIONS AGAINST RUSSIA AT EU SUMMIT *NATO OFFICER:RUSSIA HAS CREATED 2ND FRONT IN UKRAINE'S SOUTH RTRS - NATO BELIEVES WELL OVER 1,000 RUSSIAN TROOPS ARE OPERATING  INSIDE UKRAINE - NATO MILITARY OFFICER *UKRAINE SECURITY COUNCIL MULLING NATIONAL STATE OF EMERGENCY *UKRAINE SECURITY COUNCIL TO MEET AT 4 P.M. KIEV TIME

Acomodação

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em tom mais negativo, após mais uma noite de desempenho ruim das bolsas na China. Não vi nenhum motivo específico para a mudança de dinâmica dos mercados, o que me leva a crer que seja um movimento natural e saudável de realização de lucros e acomodação, após um período relativamente prolongado de baixa volatilidade e otimismo. Na ausência de mudanças no cenário, tendo a acreditar que este movimento será pontual e pouco acentuado, mas que deve ser respeitado devido a posição técnica do mercado e a baixa liquidez deste período do ano.  Na agenda do dia, o destaque fica por conta do Jobless Claims e da revisão do PIB do 2Q nos EUA. Brasil – O cenário macro continua, e deverá continuar a sombra do ambiente político local. Ontem observamos mais um dia de forte apreciação dos ativos locais, a reboque da última pesquisa Ibope consolidando uma eventual vitória de Marina nas eleições. O movimento, especialmente na renda fixa e câmbio, me

Pesquisa Ibope

O destaque da manhã continua por conta do processo de fechamento de taxa de juros na Europa, que vem dando suporte aos bonds dos demais países desenvolvidos, e favorecendo um movimento clássico de “ risk-on ”, com as bolsas globais bem suportadas, o USD mais fraco ao redor mundo e uma boa demanda por carry e pelos ativos emergentes. Na ausência de noticias relevantes, e com uma agenda externa esvaziada, não vejo argumentos para uma mudança de tendência dos mercados. Brasil – A pesquisa Ibope divulgada ontem pode apresentar pontos de vista positivos para qualquer dos 3 principais candidatos, mas certamente consolida Marina como favorita a vitória nas eleições de outubro. A avaliação do governo Dilma mostrou recuperação não desprezível, o que pode ser visto como positivo para sua campanha, enquanto Aécio não perdeu tantas intenções de voto com a entrada de Marina na disputa, e ainda se mostra um candidato competitivo, mesmo em um eventual segundo turno contra Dilma. De maneira ger

Consolidação

A noite foi de relativa tranquilidade para os mercados financeiros globais, mas estamos observando uma consolidação das tendências recentes hoje pela manhã. As bolsas da Ásia tiveram um dia mais negativo, lideradas pelo segundo dia consecutivo de queda dos índices na China. As bolsas da Europa e EUA operam em leve queda e o USD apresenta tendência de enfraquecimento está manhã. Os juros globais operam próximos a estabilidade. Não acredito que houve qualquer tipo de mudança no cenário econômico global. Porém, períodos de breves realizações de lucro e acomodação do mercado são plenamente normais nos ciclos econômicos. Assim, podemos ter um breve e pontual período de acomodação das bolsas e um movimento de USD fraco, mas acredito que estes momentos devem ser vistos como oportunidades de incremento de posições. Ainda vejo o USD forte com principal tendência para os próximos meses. Estou olhando correções de curto-prazo para aumentar o portfólio Long USD contra EUR, CHF e JPY. A

Brasl vs LatAm

Só a título de comparação, os papéis linkados a inflação (juros reais) no México, operam com taxas reais entre 2% e 3.25%, sendo que o vencimento de 2045 vale hoje 3.25% de taxa, contra uma NTNB 2045 a 5.80% no Brasil. Obviamente que a economia mexicana é totalmente diferente da brasileira, especialmente no tocante a rigidez inflacionária, meta de inflação mais baixa, estrutura fiscal e afins. De qualquer maneira, me parece o caso comparável mais próximo que o Brasil poderia buscar em termos de reformas e patamar estrutural de juros de longo-prazo. No Chile, uma economia ainda muito mais avançada do que o México e o Brasil, um papel de inflação para 2041 opera a 1.70% de juros reais. Os papéis de inflação no Chile são bem mais escassos e de liquidez reduzida. O intuito é mostrar como o Brasil ficou atrasado em relação a seus parceiros na americana latina, e o quanto podemos avançar se for feito um trabalho descente no país. Além disso, ainda temos um dos maiores juros nominais do mun

IFO na Alemanha

Em um dia de feriado em Londres, onde a liquidez da manhã estará prejudicada, os ativos de risco estão tendo uma reação clássica aos eventos do final de semana, que foram comentados neste fórum ontem (vide abaixo). Após uma noite um pouco mais negativa para as bolsas da China, estamos observando uma segunda-feira de otimismo nas bolsas da Europa e EUA, com um claro viés de USD forte contra as moedas do mundo desenvolvido. Os bonds operam próximos a estabilidade, com as moedas EM sem tendência definida. Na agenda do dia, destaque para o Consumer Confidence e IPC-S no Brasil, além do Markit PMI Services e New Home Sales nos EUA. Na Europa, o IFO, na Alemanha, caiu de 108,0 para 106,3, abaixo das expectativas de 107,0 e a quarta queda consecutiva. O indicador confirma o momento delicado por que passa a economia da Europa e, em especial, da Alemanha, que vinha sendo o último pilar de sustentação do crescimento da região.

Fed, ECB e BoJ

O grande destaque do final de semana ficou por conta da reunião dos principais bancos centrais do mundo em Jackson Hole. O mercado teve o final de semana para digerir os discursos de Yellen, Draghi e Kuroda, os presidentes do Fed, ECB e BoJ. De forma bastante resumida, podemos concluir que o discurso de Yellen foi neutro, o que me parece uma surpresa vis-à-vis a postura extremamente dovish que ela vinha adotando até então. Draghi e Kuroda, por sua vez, mantiveram um discurso extremamente dovish , garantindo ao mercado que permanecerão com uma política monetária extremamente expansionista até que seus objetivos sejam atingidos. As duas instituições se dizem preparadas para adotar medidas adicionais caso o cenário não comece a convergir para o destino proposto. A principal conclusão que tiro desses discursos é que a diferença de política monetária dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo, especialmente do mundo desenvolvido, ficará a cada dia mais evidente. Neste ambient

Yellen Update

Classificaria o discurso de Yellen como neutro, mas longe do viés extremamente dovish de antigamente. Yellen reconhece a recuperação do mercado de trabalho, e tenta deixar a mensagem que o Fed será “ data dependent ”. As características da crise de 2008 tornam o trabalho do Fed ainda mais desafiador. Em suma, o discurso neutro pode ser visto como mais hawkish pelo mercado, já que havia uma expectativa de uma postura extremamente dovish . Acredito que o discurso mantém o viés de USD forte no mundo, especialmente contra as low yields . Deveria dar algum suporte de alta aos juros americanos, em especial na parte curta da curva.

Yellen

Na ausência de novidades relevantes ao longo da noite, os ativos de risco operam em compasso de espera para o discurso de Yellen e Draghi ao longo do dia. As bolsas da Europa operam sobre leve pressão, após boa performance ontem. Os mercados globais de juros e moedas não mostram tendência definida ou movimentações relevantes essa manhã. A agenda desta noite foi esvaziada e as atenções estarão voltadas para Jackson Hole amanhã, com Yellen agendada para as 11h00 e Draghi para as 15h00. Brasil –   A quinta-feira foi marcada por uma forte realização de lucros no mercado de renda fixa local. Acredito que o movimento tenha sido puramente técnico e de ajuste de posições. Não vi nenhuma alteração de cenário que justificasse o movimento. Acredito que o cenário externo poderá ditar o rumo dos ativos locais no curto-prazo, mas as eleições, e o cenário macro de crescimento pífio, deveriam voltar a dar as cartas neste mercado. O mesmo vale para o BRL. EUA –   Após as Minutas do FOMC, e

Europa e China

A noite foi marcada por mais uma rodada de dados econômicos negativos, concentrados na China e na Europa. As prévias dos PMI´s de agosto confirmam a fraqueza dessas duas regiões, aumentando os riscos para a economia mundial. A despeito das surpresas negativas, os ativos de risco operam próximos a estabilidade, na expectativa de que os bancos centrais dessas regiões serão capazes de colocar em prática novas medidas com o intuito de dar sustentação ao crescimento. A agenda do dia será relativamente cheia, com destaque para a Taxa de Desemprego e para o CAGED no Brasil, com Jobless Claims, Markit PMI, Philadelphia Fd e Existing Home Sales nos EUA. Minha maior convicção neste momento é que o diferencial de crescimento da economia americana em relação ao resto do mundo ficará a cada dia mais evidente. A consequência mais direta deste cenário será um processo de normalização monetária por parte do Fed mais rápido do que o resto do mundo e do que o mercado precifica hoje. Assim sendo

FOMC Minutes

As Minutas do FOMC foram mais hawkish do que as expectativas do mercado. Ainda existe uma divisão grande e intensa dentro do comitê em relação ao real estado da economia e do mercado de trabalho. Contudo, o “pendulo parece migrar” cada vez mais na direção do ala mais hawkish , que mostra preocupação e desconforto crescente com a atual política monetária adotada no país. O núcleo duro, formado por Yellen, Dudley e Stanley Fisher, parece estar sendo decisivo para a manutenção da política monetária vigente. Em suma, ainda podemos esperar um normalização gradual da política monetária americana, mas o acumulo de evidencias na direção de melhor do crescimento, emprego e inflação podem alterar (antecipar) o timing de um eventual ciclo de ajuste de juros e de balance sheet . Acredito que as Minutas de hoje devem manter o USD bem suportado do mundo, especialmente frente aquelas moedas cujas economias necessitam de uma política monetária mais expansionista por um tempo maior, caso do EUR

Juros Brasil

O BCB alterou novamente a regra de compulsório, liberando mais cerca de R$10bi para a economia. Por mais que o BCB tenha afirmado que uma política monetária vigilante não é antagônica a políticas  macro prudenciais mais relaxadas, está postura não me parece de um BC que pretende elevar as taxas de juros. Com o cenário de crescimento pífio sendo ratificado a cada novo dia, e uma inflação corrente mais baixa, acredito que o mercado precisa, no mínimo, reduzir os prêmios de alta de juros que a curva curta apresenta. Na eventualidade de um IPCA-15 mais brando hoje, não podemos descartar a volta do debate em torno de eventuais quedas de juros em um futuro próximo. Continuo gostando de posições aplicadas na curva local de juros.

IPCA-15 e Minutas do FOMC

O destaque desta manhã está para a aceleração do movimento de fortalecimento do USD no mundo, ainda concentrado contras as moedas   low yields , mas já com sinais de espalhamento para as demais moedas do mundo. O cenário de melhora do crescimento americano, especialmente em termos relativos contra o resto do mundo, e    a percepção de que o processo de ajuste monetário nos EUA será feito antes do que nos demais países desenvolvidos, está sendo o principal motivador deste movimento. Acredito que estes argumentos fazem total sentido e, a despeito de realizações pontuais, o USD forte no mundo pode se transformar em uma tendência mais prolongada, podendo ser a marca deste segundo semestre do ano. As bolsas globais mostram um leve viés de acomodação/realização de lucros, mas em um movimento ainda tímido. Os   bonds   americanos mostram leve abertura de taxas, mas sem uma tendência global definida. Finalmente, as   commodities   seguem o movimento de USD forte e operam sobre pressão.

USD / DXY

O DXY está rompendo níveis técnicos importantes, e começando a confirmar uma tendência mais clara de USD forte no mundo. As Minutas do FOMC e o discurso de Yellen, ambos essa semana, serão determinantes para a confirmação deste movimento. Low yields (EUR, JPY e CHF) me parecem melhor posicionadas neste começo de movimento, mas podem gerar um movimento mais abrangentes nas demais moedas globais.

Dados EUA: Core CPI & Housing Starts

- O Core CPI apresentou alta de 0.1% MoM e 1.9% YoY em julho, abaixo das expectativas de 0.2% MoM e 1.9% YoY; - Segundo o BLS, ex-shelter , o Core CPI teria sido 0.0% MoM; - A inflação no país continua tranquila e sem sinais consistentes de aceleração. - O Housing Starts apresentou acentuada alta de 15.7% MoM em julho, saindo de 945k para 1093k; - O número recupera, assim, toda a queda verificada no começo deste ano, e atinge o maior patamar deste ciclo econômico; - O Housing Starts está em linha com o NAHB Housing Market Index divulgado ontem; - A recuperação do setor imobiliário é extremamente positiva, pois era um setor que vinha mostrando recuperação mais lenta do que o resto da economia; - O Fed se mostrava incomodando, ao longo dos últimos meses, com o cenário mais desafiador do setor imobiliário americano. Os números de hoje ratificam um cenário de Long USD , especialmente contra as low yields (EUR, JPY, CHF e afins). O Fed pode manter um discurso de g

Inflação americana em foco

Na ausência de novidades relevantes, os ativos de risco vêm mantendo as tendências recentes, ou seja, bolsas em alta, leve tendência de USD forte, juros bem comportados (nos lows do ano) e commodities estáveis. O destaque do dia ficará por conta do Core CPI nos EUA, mas o foco da semana estará reservado para amanhã, com as Minutas do FOMC, e para sexta-feira, com discurso de Yellen. Vejo baixa probabilidade de surpresas altistas no Core CPI, assim como o mercado. Qualquer número superior as expectativas de 0,1% MoM, contudo, pode acabar gerando alguma precificação um pouco mais hawkish no mercado global de juros e câmbio. Acredito que exista um risco de uma Minuta do FOMC levemente mais hawkish , ou “menos dovish ”, do que precifica o mercado hoje, mas qualquer interpretação nesta direção poderá ser desconstruída por Yellen na sexta-feira. Brasil – Não há dúvidas que o cenário eleitoral quem irá continuar ditando a dinâmica dos ativos locais, pelo menos até outubro. Não acho que

IPC-S

O IPC-S da FGV apresentou alta de 0,08% na última semana, abaixo das expectativas de 0,15% e inferior aos 0,16% apresentados na semana anterior. Como podemos ver na tabela abaixo, e consistente com o IPC do IGP-10 divulgado na semana passada, observamos um recuo em praticamente todos os principais grupos do indicador sendo que, vários deles, já rodam em patamar negativo. A inflação de curto-prazo continua se mostrando mais baixa, e menos resistente, do que o imaginado anteriormente, o que vem sendo confirmado pelas coletas do IPCA. Este cenário abre espaço para o BCB adotar um tom menos duro de agora em diante, especialmente vis-à-vis um ambiente extremamente desafiador do ponto de vista do crescimento econômico do país. ============================================================                  Aug. 15   Aug. 7  July 31  July 22  July 15    July 7  June 30                     2014     2014     2014     2014     2014      2014     2014 ===================================

Pesquisa Datafolha

Na ausência de desdobramentos mais negativos na Ucrânia, os ativos de risco retomaram a tendência positiva verificada até sexta-feira pela manhã. As bolsas americanas e europeias operam em alta, dando suporte aos mercados emergentes, os juros nos países desenvolvidos apresentam modesta abertura de taxas, e o USD opera sem tendência definida, mas com leve viés de dólar USD forte no mundo. A agenda do dia será esvaziada, com destaque apenas para o IPC-S no Brasil. A agenda ganha corpo mais intensamente a partir de amanhã. Brasil –   A pesquisa Datafolha com o nome de Marina Silva para presidente, divulgada esta madrugada, apresentou um cenário muito parecido com o que já vinha sendo ventilado na mídia. Dilma aprece com 36%, com Marina apresentando 21% e Aécio 20%. Em um eventual segundo turno, Dilma tem 43% contra 47% de Marina. Contra Aécio no segundo turno, Dilma ainda vence com 47% versus 39%. A avaliação positiva do governo apresentou leve recuperação.   Em suma, a perspecti

Eleições no Brasil e Fed nos EUA dominam a agenda da semana

O final de semana foi de poucas novidades econômicas, políticas ou geopolíticas, o que deve manter os mesmos temas da semana passada em evidência. Na agenda da semana que se aproxima, destaque para o Core CPI, Minutas do FOMC e para o discurso de Yellen em Jackson Hole nos EUA. No Brasil, além do cenário político, teremos a divulgação do IPCA-15. Brasil –   Durante o final de semana, Marina Silva foi praticamente confirmada como candidata para presidente da chapa do PSB, faltando apenas a indicação de quem será o vice de sua chapa. Os jornais dão conta de que Renata Campos, viúva de Eduardo, irá ter papel proativo e fundamental na campanha. Como tenho insistido nos últimos dias, acredito que este novo “ grid   de largada”, como bem classificou Merval Pereira no “O Globo” de hoje, é muito mais positivo para os ativos locais do que o ponto de partida anterior. Acredito que a probabilidade de ocorrência de segundo turno se elevou para praticamente 100%. Além disso, com uma rejeição e

Resumo da Semana

A sexta-feira mostrou que o Brasil entrou definitivamente na janela eleitoral, com os mercados locais apresentando clara diferenciação em relação ao cenário externo. Neste ambiente, é importante acompanharmos de perto os desdobramentos da corrida eleitoral, mas sem perder de vista o cenário externo. Brasil Política - Os ativos locais tiveram uma sexta-feira de “ risk-on ” generalizado. Como vinha comentando desde a trágica morte de Eduardo Campos, a definição do nome de Marina Silva para concorrer a presidente na chapa do PSB seria determinante para a dinâmica de curto-prazo dos ativos brasileiros. Comentei que via essa probabilidade em torno de 80%. Hoje acredito que já seja próxima a 95%. Dentro deste contexto, com Dilma, Aécio e Marina, as chances de ocorrência de segundo turno se elevam para próximo a 100%. Finalmente, com uma avaliação de seu governo abaixo de 30% e uma taxa de rejeição superior a 40%, a campanha de Dilma em um segundo turno será extremamente desafiadora. E

IGP-10

No Brasil, o IGP-10 apresentou queda de 0,55% MoM em agosto, abaixo das expectativas de queda de 0,43% MoM e mantendo o mesmo patamar de queda do mês anterior. As quedas dos IGP’s continuam sendo puxadas pela deflação nos IPA’s, com o Agrícola recuando 2,20% e o Industrial apresentando queda de 0,43%. A novidade positiva do indicador ficou por cota do recuo do IPC, que saiu de 0,24% para 0,01% em agosto, patamar consistente com o que temos visto nas coletas diárias. Uma série de grupos do IPC já apresentam deflação, com Alimentação caindo 0,18%,  Vestuário  recuando 0,30%, Educação em queda de 0,26% e Transportes caindo 0,20%. A melhora da inflação tem se mostrado mais persistente e disseminada. A inflação corrente mais baixa, que já era de certa forma esperada pelo mercado e pelo BCB, está se confirmando e, até mesmo, ficando abaixo das expectativas. O BCB deverá continuar tendo uma janela mais positiva de inflação até o final do ano.

Pesquisa IstoÉ/Sensus

Em mais uma noite tranquila e sem novidades relevantes, os ativos de risco vem mantendo a tendência que predominou ao longo de toda a semana, ou seja, recuperação das bolsas globais, manutenção das taxas de juros dos países desenvolvidos muito próximas aos lows do ano e, em alguns casos, nas mínimas históricas,e leve tendência de dólar forte no mundo, mais concentrado em alguns pares do que em outros. Não vejo motivos, ou argumentos aparentes, para a inversão destas tendências no curto-prazo. A agenda americana hoje será mais agitada, o que pode trazer algum contorno diferente aos ativos de risco. Contudo, o foco deverá ficar por conta das Minutas do FOMC e das apresentações de membros do Fed na conferência de Jackson Hole na semana que vem. Na agenda do dia, teremos Empire Manufacturing , PPI e Industrial Production nos EUA, com o IBC-BR, espécie de PIB mensal do BCB, no Brasil. Já é esperado uma queda relevantes, entre 1,5% e 2% deste número em junho. Brasil – O foco do