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Mostrando postagens de maio, 2015

Brasil em Foco

As vésperas de uma semana importante para o cenário de política monetária no EUA, o final de semana foi relativamente tranquilo em termos de fluxo de notícias. Brasil –  No final da tarde de sexta-feira, o BCB anunciou que irá dar início a rolagem dos swaps cambiais vincendo no mês de junho com a rolagem de 7 mil contratos. Mantida este nível de rolagem ao longo de todo o mês, o BCB irá rolar 80% dos vencimentos do mês, o mesmo montante rolado no mês de maio. Em linhas gerais, a postura da autoridade monetária indica que existe um desejo e uma disposição em deixar o câmbio depreciar de forma ordenada. Os swaps cambiais irão ser utilizados para manter este processo gradual e bem conduzido. Por hora, o patamar de 3,00 se mostrou uma grande resistência de curto-prazo. A velocidade do ajuste será determinada pelas condições externas e pelos ajustes econômicos locais. Vejo o patamar de 3,05-3,15 como uma banda importante de curto-prazo, mas a moeda está claramente buscando um patamar u

Update

Brasil – A curva local de juros precifica altas de 50bps+27bps+10bps nas próximas reuniões do Copom. A curva segue negativamente invertida, com o Jan21/Jan17 a -97bps, próxima ao piso recente. Acredito que o cenário base seja de uma alta de 50bps no próximo Copom, com uma pequena probabilidade de alta de 25bps e outra pequena probabilidade de um sinal mais claro de proximidade do final do ciclo. Neste cenário, depois de passado os ruídos da semana (Levy vs Barbosa), e com parte do ajuste fiscal aprovado pelo Congresso (MP´s 664,665 e 668), acredito que faça sentido manter uma posição aplicada na parte intermediária e longa da curva, especialmente frente a um cenário cada vez mais claro de recessão, deterioração do mercado de trabalho, aperto fiscal e creditício.  A assimetria da parte curtíssima da curva parece boa, a despeito da probabilidade de uma alta de 25bps hoje ser baixa. O “miolo” da curva (jan17) já embute bastante queda de juros no ano que vem, o que pode ser um limitador d

Dia de agenda relevante

Exceto por uma leve pressão nas bolsas dos países desenvolvidos, os ativos de risco operam próximos a estabilidade. A bolsa na China apresentou leve queda durante a noite, não dando prosseguimento ao movimento rápido e acentuado verificado na madrugada de quarta-feira para quinta-feira. A agenda do dia será recheada, com destaque para o PIB no Brasil e os dados fechados das contas públicas de abril.  Nos EUA, teremos a revisão do PIB, o Chicago PMI e o Michigan Confidence como destaques. Brasil – O números de superávit primário do governo central divulgado ontem, um superávit de R$10,1 bilhões, ficou apenas levemente abaixo das expectativas do mercado (R$11b). O foco de curto-prazo deve se voltar aos próximos passos do ajuste econômico, já que as principais MP´s da proposta inicial do governo foram aprovadas pelo Congresso. É imperativo, de agora em diante, buscar uma agenda de crescimento que permita ao país entrar em um ciclo virtuoso, para que uma recuperação econômica venh

Update

O dia foi marcado por alguns importantes avanços políticos no Brasil . Além das MP´s 664 e 665, a MP 668 foi aprovada. Além disso, segundo fontes do governo, não existe nenhum tipo de intenção de Levy em deixar o governo. De acordo com Levy, o governo já está trabalhando em um estudo para propor um novo vetor para a previdência, em uma tentativa de mitigar a derrota do governo com o Fator Previdenciário. Em linhas gerais, vejo os eventos dos últimos dias como reduzindo os riscos de curto-prazo, o que deveria dar novo ímpeto a curva local de juros, em linha com o movimento de hoje. Vejo espaço para aumentar a exposição nesta classe de ativo, voltando a posição estrutural original, após uma redução tática sugerida neste espaço no começo da semana. Seguindo o humor global em relação ao USD, o vencimento de US$2 bilhões de swaps cambiais neste final de mês, e com rumores em torno da rolagem dos próximos vencimentos de swaps, o BRL teve mais um dia negativo, voltando a operar acima

China sell-off

O destaque da noite ficou por conta da queda de 6,5% no Shangai Composite, o principal índice de bolsa da  China . A bolsa chinesa vinha apresentando uma dinâmica de rápida e acelerada alta nos últimos meses, sem um movimento de correção mais elevado há algum tempo. Em linhas gerais, a despeito de um cenário econômico desafiador para o país, as expectativas de uma política monetária mais expansionista nos próximos meses vinha sendo o principal pilar de sustentação para as bolsas chinesas.  Hoje, segundo a mídia, o PBoC promoveu leilões de  repo  com o objetivo de drenar liquidez do mercado, em um movimento totalmente inesperado, que acabou retirando, pontualmente, um dos principais pilares de sustentação dos mercados locais. Além disso, algumas corretoras no país estão restringindo ou apertando as maneiras com que os investidores fazem alavancagem no Mercado, emu ma clara medida de desconforto com a dinâmica recente das bolsas. De acordo com a Boomberg:  China’s central bank offer

Update

A quarta-feira foi de alívio para os ativos externos. Segundo a mídia, alguns avanços foram atingidos em relação a negociação entre a Grécia e seus credores, o que deu suporte as bolsas globais. A situação é fluida, porém ainda indefinida. O cenário base continua sendo de um acordo de última hora entre as partes. Como foi regra nas últimas negociações, o processo tem sido errático, com excesso de ruídos, mas uma solução final acaba sendo encontrada. No Brasil , após mais uma abertura sobre pressão, ainda refletindo os ruídos políticos locais, o mercado de renda fixa e câmbio acabou apresentando uma recuperação ao longo do dia. Um discurso de Nelson Barbosa no começo da tarde foi visto pelo mercado como mais conciliador o que, junto com uma recuperação do humor global a risco, ajudou a acalmar os ativos locais. Ainda no Brasil, os números de crédito de abril mostraram um quadro de concessões mais brandas, inadimplência mais elevada, taxas e spreads mais altos, ou seja, o canal

Update

A terça-feira foi marcada pelo aumento da incerteza no cenário de curto-prazo, especialmente no tocante ao ambiente externo. Não tivemos informações novas relevantes no tocante ao Brasil. O dia foi marcado por dados econômicos mais positivos nos EUA, que acabaram elevando as incertezas em torno do timing do começo de um processo de alta de juros no país. A despeito desta incerteza, contudo, o mercado acabou focando na situação calamitosa que se encontra a Grécia. Assim, o curto espaço de tempo para um acordo entre a Grécia e seus credores parece ter sido o vetor fundamental para um movimento mais acentuado de “ risk-off ” dos ativos de risco. Os mercados estão reagindo dentro daquele cenário que tínhamos desenhando desde o final de semana. A despeito de um robusto Durable Goods nos EUA, observamos um forte fechamento de taxas longas de juros nos EUA e na Europa, com claro viés de flattening nos EUA. A situação na Grécia parece estar levando a um “ fly-to-quality ” dos mercad

Grécia em Foco

Com a situação na Grécia tensa e indefinida, os ativos de risco começaram a dar maior atenção a este vetor, já que o tempo para um acordo, sem que haja ua evento de cauda na região, está se esgotando. Assim, estamos observando um movimento de pressão sobre o EUR, o que está dando suporte ao USD no mundo, e uma rodada de queda nas bolsas dos países desenvolvidos, em linha com o que temíamos desde o final de semana. A agenda do dia será agitada, com destaque para o Durable Goods Orders, S&P/CaseShiller, Markit Services PMI, New Home Sales e Consumer Confidence nos EUA. Grécia - Só para colocarmos a situação em perspectiva, a próxima data relevante para o país será dia 5 de julho, com o pagamento de EUR292mm ao FMI. A Grécia já avisou que só terá esses recursos caso seja liberado a próxima tranche de ajuda financeira ao país. Em linhas gerais, sem um acordo, o país irá “entrar em default” deste pagamento. Alguns tem me perguntando a respeito de uma potencial saída do

Update

Em um dia de baixa liquidez nos mercados locais, devido aos feriados nos EUA e em parte da Europa, o destaque ficou para o noticiário local. Após abrir sobre pressão, os mercados locais apresentaram uma melhora gradual ao longo do dia, encerrando a seção muito próximos aos melhores momentos desta segunda-feira. O governo parece ter optado por adotar uma postura de conciliação em relação a ausência de Levy no anuncio do contingenciamento na sexta-feira passada. Apesar de não negarem veementemente que o motivo de sua ausência foi uma discordância na qualidade e tamanho do ajuste, ouvimos declarações coerentes e alinhadas de Levy e, principalmente, de Aloísio Mercadante ao longo do dia. Nelson Barbosa, por outro lado, se ausentou de suas atribuições devido a problemas de saúde. Não alterei minha visão descrita neste fórum desde o final de semana. Vejo o BRL buscando uma nova banda de atuação, saindo de 2,97-3,07 para 3,05-3,15. Os fundamentos locais e externos me parecem argument

Feriado nos EUA

Em uma segunda-feira de feriado nos EUA, os ativos de risco estão operando com baixa volatilidade e pouca liquidez. O destaque fica por conta de mais uma rodada de fortalecimento do USD no mundo, além de mais um começo de semana de forte alta das bolsas na China.  A dinâmica dos mercados chineses se mostra cada vez mais parecida com o que observamos no período do pós crise nos EUA, Europa e Japão. Em linhas gerais, em um ambiente de crescimento baixo, inflação contida, mas política monetária mais expansionista, os ativos de risco, em especial as bolsas e os bonds, são os mais favorecidos nos anos subsequentes. Na  Espanha , as eleições regionais acabaram trazendo resultados em linha com as expectativas, ou seja, um cenário de fragmentação política. Este cenário irá requerer um enorme esforço de negociações, para que a formação de coalizões entre vários partidos, muitas vezes com plataformas de governo muito distintas, tornem possível a governabilidade de cada região. As eleições r

Brasil: Ruído Político

A mídia local deu amplo destaque a uma suposta rixa entre Joaquim Levy e Nelson Barbosa, este último apoiado por Aloísio Mercadante, no tocante ao ajuste fiscal (mais detalhes abaixo). Com um feriado nesta segunda-feira nos EUA, o noticiário externo foi esvaziado, exceto pela continuidade dos ruídos em torno das negociações entre a Grécia e seus credores. Acho válido fazermos um breve comentário em torno da posição técnica dos mercados, especialmente no mercado global de câmbio. De acordo com a CFTC, the risk exposure has been sharply reduced and is down 40% from earlier this year (as measured by the mean absolute value of Z-scores). USD positioning has declined eight consecutive weeks and is the least long it has been in ten months. Specs are long the three safe-haven currencies (CHF, JPY, USD), suggesting concerns about the global outlook. The last time such an alignment occurred was late-2008 into early-2009. Specs have scaled back their EUR shorts during 6 of the last 7 weeks

Brasil: Piora no mercado de trabalho

Brasil – O CAGED apresentou queda superior a 97 mil vagas em abril, muito abaixo das expectativas de alta de 48 mil vagas. O IPCA-15 apresentou alta de 0,6% MoM e 8,24% YoY em maio, dentro das expectativas do mercado, e sem novidades para o cenário. No Seminário de Metas de Inflação promovido pelo BCB, Tombini manteve o mesmo discurso que vem sendo regra recentemente por integrantes do Copom, ou seja, a política monetária continuará vigilante, já que o trabalho no tocante ao combate à inflação ainda não foi totalmente bem sucedido. Está se consolidando um cenário de forte pressão sobre o crescimento, com uma aceleração não desprezível do mercado de trabalho. A inflação continua elevada, mas deixou de apresentar surpresas altistas nos últimos meses. Vejo a continuidade deste cenário nos próximos meses, o que irá demandar uma postura ainda mais agressiva do governo para cumprir a meta de superávit fiscal, mas irá ajudar o BCB no combate a inflação. A curva local de juros precifi

BRasil: Governo eleva CSLL para 20%

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade nesta sexta-feira. O destaque fica por conta do segundo dia consecutivo de alta no EUR, que me parece, por hora, bem amparado dentro do range de 1,10 com 1,15. O diferencial de juros entre os EUA e a Europa continuará sendo o principal vetor de direcionamento da moeda europeia. No meu cenário base, continuo acreditando que, em breve, a recuperação norte americana ficará mais evidente, o que irá proporcionar o retorno de uma tendência de queda do EUR em detrimento ao USD, em um ambiente de política monetária extremamente expansionista na Europa.  Na  China , as bolsas do país tiveram mais um dia de forte alta. A dinâmica dos mercados chineses se mostra cada vez mais parecida com o que observamos no período do pós crise nos EUA, Europa e Japão. Em linhas gerais, em um ambiente de crescimento baixo, inflação contida, mas política monetária mais expansionista, os ativos de risco, em especial as bolsas e os bonds, são os mais favorecido