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Mostrando postagens de outubro, 2017

US: Firing on all cylinders!

A terça-feira foi marcada por um leve retorno do tema de “Beautiful Reflation” no mundo, com o dólar um pouco mais forte ao redor do mundo, leve abertura de taxas de juros nos EUA e bolsas ainda bem suportadas. Continuo vendo espaço para o tema de “Reflation” continuar, especialmente após mais uma rodada de dados econômicos extremamente positivos e robustos nos EUA. Apenas hoje vimos o Chicago PMI subir de 65,2 para 66,2 pontos, acima das expectativas de 60,0; o Consumer Confidence passar de 120,6 para 119,8, acima das expectativas de 121,3; e o Employment Cost Index subir 0,7% QoQ, confirmando um cenário gradual de elevação do custo do trabalho e da remuneração dos indivíduos. A velocidade de abertura das taxas de juros nos EUA quem irá determinar se o “Reflation” permanecerá “Beautiful” ou se poderá se tornar “Ugly”. Meu cenário base ainda é de continuidade de um ambiente construtivo, com períodos pontuais de maior volatilidade, pelo menos até que se tenha certeza do novo pa

PMI na China, Reforma Tributária nos EUA e Cenário político no Brasil

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, sem novidades muito relevantes no cenário. Na China , o PMI Manufacturing oficial recuou de 52,4 para 51,6 pontos em outubro, levemente abaixo das expectativas de 52,0. O número confirma um cenário de desaceleração moderada da economia chinesa de agora em diante, passado o importante Congresso Chinês.A desaceleração era, de certa forma, esperada e deve ser vista como um “vento a favor” menos positivo a economia global e aos mercados d agora em diante. A magnitude da desaceleração, contudo, quem irá determinar se o cenário continuará relativamente estável e construtivo, o cenário base, ou se desenvolvimentos mais negativos irão se desenvolver, que cenário um cenário alternativo de menor probabilidade no momento. Nos EUA , a mídia está reportando que a Reforma Tributária no país poderá ser implementada em fases, na forma de “escalonamento”. Deixo aqui a reflexão do estrategista de FX do Morgan Stanley: EM markets  ha

Brasil: Dinâmica ruim continua. Cautela ainda é necessária.

Os ativos locais tiveram mais um dia de dinâmica extremamente ruim. O Brasil está passando por um momento de reavaliação do cenário externo, especialmente no tocante aos mercados emergentes, em um momento de preços/valuations menos triviais, posição técnica já comprometida e baixa disposição a tomada adicional de risco por parte dos investidores com a proximidade do final de ano. Além disso, parece não haver ímpeto no noticiário local, como no passado recente (reformas e afins) para um descolamento, ou over-performance, dos ativos locais em relação aos seus pares. Acredito que a combinação destes vetores esteja levando a dinâmica ruim de curto-prazo. Não vejo estes vetores se dissipando rapidamente no curto-prazo, mas tampouco vejo eles como extremamente negativos a ponto de gerar uma correção muito mais rápida e acentuada como em eventos/momentos recentes (como nas eleições do Trumo e/ou no momento do vazamento da delação premiada da JBS). Assim, mantenho uma postura de caute

Sem novidades relevantes.

Os ativos de risco apresentam movimentos bastante tímidos esta manhã, com leve dólar fraco, fechamento de taxa dos juros nos países desenvolvidos e pequeno recuo das bolsas globais. Os movimentos indicam alguma perda de fôlego do “Reflation” e/ou uma redução da probabilidade de implementação da Reforma Tributária nos EUA. Acredito que seja cedo para conclusões concretas nesta direção e que a agenda da semana será extremamente importante para a definição do cenário de final de ano, com reunião do FOMC, dados de emprego e de salários nos EUA. Os jornais do Brasil trazem pouquíssimas novidades em relação aquilo que já foi escrito nos últimos dias. Assim, deixo aqui meus comentários recentes: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/baixa-conviccao-noticiario-ainda-com.html https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/cenario-economico.html https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/posicoes-e-alocacoes.html

Baixa convicção. Noticiário ainda com viés negativo (por parte da mídia) no Brasil.

Mercados –  Confesso que estou com baixa convicção neste momento. Vejo poucas mudanças de cenário, mas uma dinâmica “esquisita” em algumas classes de ativos, como os emergentes e o Brasil. A despeito de ver um longo-prazo de recuperação cíclica e, consequentemente, de cenário relativamente construtivo para o país, entendo que alguns vetores de curto-prazo podem manter os ativos em dinâmicsa de acomodação/realização de lucros. Escrevi mais sobre isso aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/posicoes-e-alocacoes.html  e aqui  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/cenario-economico.html . Ainda vejo como cenário base uma normalização monetária no mundo desenvolvido. Acredito que este processo será estrutural e está apenas em seu começo. Não vejo, neste momento, este processo como um evento de ruptura, mas existia uma certa leniência por parte dos mercados que parece estar sendo ajustada nos últimos dias. Este é o cenário o qual tenho maior convicção. Quanto

Cenário Econômico.

Tenho escrito bastante a respeito dos mercados ( https://mercadosglobais.blogspot.com.br/ ), mas muito pouco em torno do cenário econômico. Nos últimos dias, vimos à confirmação de um crescimento global robusto. Em alguns países, vimos sinais de acomodação, mas nas grandes economias, EUA e Europa, em especial, os dados continuam robustos. Hoje, por exemplo, vimos dados positivos do PIB nos EUA, após Durable Goods Orders forte divulgados ontem. Na Europa, os sinais são na mesma direção, com PMIs em níveis ainda elevados e índices de confiança bastante fortes. O foco dos próximos dias ficará por conta do avanço (ou não) da agenda legislativa nos EUA e dos dados de inflação e emprego no mesmo país. A dinâmica nestas frentes serão fundamentais para como os ativos de risco se comportaram neste último trimestre do ano. Se a “Beautil Reflation”, que já não está mais tão “Beautiful” nos últimos dias para algumas classes de ativos como os emergentes, irá continuar (ou retornar no caso

Posições e Alocações.

Estive fora em uma conferência, com acesso limitado ao e-mail. Meus comentários e visões dos últimos dias, contudo, podem ser encontrados aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/ . Farei um breve comentário a respeito dos mercados hoje, e tentarei elaborar mais ao longo dos próximos dias. Estamos vendo uma descompressão da dinâmica negativa dos últimos dias, mas com claros movimentos de diferenciação entre classes de ativos e países/regiões. À medida que o processo de normalização monetária ao redor do mundo prossiga, acho natural esperarmos este tipo de ocorrência. Hoje, em especial, o mercado parece mais otimista com as indicações de que Powell será o novo presidente do novo, o que está ajudando o rally das bolsas nos EUA e um fechamento de taxa de juros no país. A boa temporada de resultados corporativos nos EUA também é um vento favorável a alta das bolsas. Continuo acreditando que a escolha do presidente do Fed é apenas uma distração de curto-prazo. O que im

Dinâmica extremamente ruim. Cautela prevalece.

Os ativos emergentes e o Brasil, em especial, tiveram um dia de dinâmica extremamente ruim. Acredito que o mercado esteja sendo afetado por um conjunto de fatores, locais e externos, que estão induzindo um movimento clássico de realização de lucros nesta classe de ativos (emergentes no geral).  Ainda vejo um curto-prazo desafiador, o que demanda cautela, como tenho reforçado todos os dias nas ultimas semanas. Até o presente momento, contudo, ainda nao vi mudanças de cenário local, a despeito de já ver sinais claros de mudança no cenário externo (como escrevi aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2017/10/possivel-mudanca-de-cenario.html?m=1). Acredito que valor esteja sendo criado em vários ativos e que oportunidades de alocação estão se desenvolvendo. Contudo, as incertezas externas, a posição técnica, a sazonalidade de final de ano e o nível de preços de muitos ativos mostra que cautela ainda é necessária no curto-prazo. De forma geral, vimos uma forte abertura de ta

Dinâmica extremamente ruim. Cautela prevalece.

Os ativos emergentes e o Brasil, em especial, tiveram um dia de dinâmica extremamente ruim. Acredito que o mercado esteja sendo afetado por um conjunto de fatores, locais e externos, que estão induzindo um movimento clássico de realização de lucros nesta classe de ativos (emergentes no geral).  Ainda vejo um curto-prazo desafiador, o que demanda cautela, como tenho reforçado todos os dias nas ultimas semanas. Até o presente momento, contudo, ainda nao vi mudanças de cenário local, a despeito de já ver sinais claros de mudança no cenário externo (como escrevi aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2017/10/possivel-mudanca-de-cenario.html?m=1). Acredito que valor esteja sendo criado em vários ativos e que oportunidades de alocação estão se desenvolvendo. Contudo, as incertezas externas, a posição técnica, a sazonalidade de final de ano e o nível de preços de muitos ativos mostra que cautela ainda é necessária no curto-prazo. De forma geral, vimos uma forte abertura de ta

Cautela prevalece.

Os ativos de risco continuam no meio de um processo de ajuste a uma nova realidade de política monetária em alguma das principais economias do mundo mas, em especial, nos EUA.  Amanhã será um dia importante, já que a decisão do ECB terá um peso essencial neste processo descrito acima, podendo acentuar os movimentos de curto-prazo, ou trazer alguma acomodação momentânea. Confesso que estou com poucas convicções em relação a decisão do ECB especificamente, mas entendo que ela possa causar movimentos relevantes de curto-prazo.  Trabalho com um cenário base em que o processo de normalização monetária no mundo desenvolvido ira continuar nos próximos meses (quiça anos), independente de movimentos pontuais em reação a decisões especificas como a de amanhã. Acredito que o processo esteja sendo bem comunicado e, enquanto não houver sinais claros de inflação, tem tudo para ser gradual. Todavia, vários mercados e classes de ativos parecem mais posicionados, ou ainda mal precificados,

Reflation rules!

O grande destaque do dia fica por conta de mais uma rodada de abertura das Treasuries nos EUA. Neste momento, ela esta testando o rompimento do patamar de 2,40%. Tendo a acreditar que este rompimento deveria ser mais persistente desta vez, mas este tem sido um processo bastante errático ao longo deste ciclo econômico.  Os motivos para a abertura continuam os mesmos: Crescimento sólido nos EUA e no mundo, mudança de política monetária nas principais economias do mundo, possibilidade de uma Reforma Tributaria em um pano de fundo de econômica no pleno emprego com hiato do produto fechado, e especulações em torno do novo presidente do Fed. Exceto pelos indicação do Fed, que vejo apenas como uma distração neste ambiente, acredito que os demais vetores estejam no cenário de maneira mais estrutural. Continuo com uma posição relevante tomada na parte longa da curva de EUA, mas estou ajustando os tamanhos e instrumentos neste novo nível.  Antes de atualizar os dados desta manha, va

Update

Os ativos emergentes, especialmente FX e Rates, continuam bastante pressionados em um contexto de abertura de taxa de juros no G10, liderados pelos EUA. A posição técnica do mercado e os níveis de preço estão ajudando a exacerbar estes movimentos. É neste pano de fundo que se insere os movimentos locais, especialmente no BRL. Vinha sempre escrevendo, e reforço agora, que vejo o cambio em um range largo entre 3,05 e 3,25. A banda de cima esta sendo testada neste momento. Eu mantenho a visão de que o cambio nao seja o melhor ativos para se posicionar no Brasil, mas também nao vejo motivos para depreciações acentuadas e persistentes. Assim, tendo a acreditar que este range seja mantido.  Será importante seguir, contudo, os desdobramentos externos, especialmente no tocante aos juros nos G10. O foco de curto-prazo fica por conta do ECB, agenda legislativa nos EUA e indicação do presidente do Fed.  Como comentei no texto a seguir há alguns dias atras, podemos estar em um ponto d

Risk Off.

Os ativos de risco tiveram um dia clássico de "risk-off". O movimento começou com a continuidade de pressão no complexo emergente e acabou gerando contagio nos demais ativos de risco.  Vejo o mercado no meio de um processo de reavaliação de cenário, que poderá ser definido nas próximas semanas. Ainda trabalho com um cenário construtivo de longo-prazo, baseado em um crescimento global saudável, inflação subindo apenas gradualmente no mundo desenvolvido e ajustes apenas moderados de política monetária em alguns países do G10. Contudo, vejo um curto-prazo de maior incerteza, em que a volatilidade poderá se manter mais elevada e movimentos de acomodação e/ou realização de lucros se farão presentes. Entendo que alguns eventos de curto-prazo, como a definição do novo presidente do Fed, o avanço da agenda legislativa nos EUA, e a temporada de resultados corporativos nos EUA poderão determinar a dinâmica das próximas semanas. Escrevi mais sobre isso aqui https://mercadosglob

Final de semana de poucas novidades.

O final de semana foi de poucas novidades relevantes capazes de alterar o cenário base com o qual tenho trabalhado. Ainda vejo um cenário em que o "Reflation" e suas consequências continuam a ser precificados pelos ativos de risco. Isto deveria implicar em juros mais elevados o G10, liderados pelos EUA; um dólar momentaneamente mais forte; uma acomodação dos ativos emergentes; e bolsas globais ainda bem suportadas.  O "Beautitul Relfation" será testado ao longo dos próximos dias, com reuniões de importantes bancos centrais no mundo desenvolvido, assim como pela importância da agenda legislativa dos EUA. O "Reflation" poderá se tornar mais disruptivo caso a inflação de sinais mais sólidos de elevação, especialmente nos EUA, ou se algum evento exógeno acabe acentuando o movimento.  Vejo a indicação do próximo presidente do Fed como uma distração neste cenário, mas um nome visto como hawkish pode causar impacto de curto-prazo. Acredito que os ativos

Reflation Theme Continues.

Os ativos de risco continuam a operar na direção do que eu tenho cunhado como “Beautifull Reflation”, que vem sendo liderado pelos avanços econômicos, especialmente nos EUA. A perspectiva de avanço na agenda legislativa do país, no tocante a Reforma Tributária/Fiscal, em um pano de fundo de pleno emprego e hiato do produto fechado, são ingredientes que impulsionam o cenário e a dinâmica dos mercados. Acredito que a escolha do próximo presidente do Fed seja apenas uma distração no meio deste cenário. Diante do exposto, e visto que os ativos parecem precificar ainda pouco do avanço concreto da agenda tributária/fiscal, que deveriam ter consequências talvez drásticas para a política monetária, em um mercado claramente pouco posicionado para este “novo” cenário, vejo espaço para a continuidade dos movimentos recentes no curto-prazo (abertura de taxa de juros, alta do dólar, bom desempenho das bolsas, acomodação de alguns ativos emergentes, em especial FX e Rates). Enquanto a abert

EUA: Agenda legislativa avança.

Na noite de ontem o Congresso dos EUA aprovou o “Bugdet Resolution”, um passo importante para o Orçamento do país, e um avanço para que a Reforma Tributária entre na pauta de discussão do Congresso. Os mercados estão reagindo de acordo, com abertura de taxa das Treasuries, o dólar mais forte no mundo e uma alta nas bolsas. De maneira geral, ainda impera um cenário que tenho chamado de “Beautiful Reflation”. No final da tarde de ontem a mídia reportou que Powell seria o favorito de integrantes da equipe de Trump para ser nomeado Presidente do Fed. Acredito que Powel dificilmente alteraria a política monetária de curto-prazo e deve ser visto como uma continuidade do cenário atual. Continuo favorecendo posições tomadas em juros no G10  (e, em especial, nos EUA) com compra de volatilidade de Rates e Equities. Estou sem visibilidade no mercado de FX, mas com pequena posição vendida em AUDBRL. No Brasil, destaque apenas para uma matéria no Estadão em que afirma que o Congresso p