Commodities
Após um
final de semana dominado por um news flow
em torno dos riscos deflacionários ao redor do mundo, a segunda-feira não
decepcionou. Neste momento, o petróleo apresenta queda superior a 4%, o cobre
cai 1% e as commodities agrícolas, lideradas pela soja (-3.4%), também estão
tendo um dia negativo. O índice de commodities compilado pela Bloomberg atingiu o menor nível em cerca de 12 anos. É natural que, em
algum momento, o mercado se consolide e, até mesmo, apresente um rápido,
acentuado, mas pontual “short squeeze”. A tendência de longo-prazo, contudo,
ainda parece ser de pressão sobre os preços das commodities. Alguns vetores
poderiam frear este movimento. Entre eles: algum sinal mais positivo em torno
do crescimento chinês, alguma medida mais agressiva por parte do policy maker na China ou um balanço mais
neutro entre oferta e demanda. No caso do petróleo, por exemplo, com a OPEP
resolvendo tomar medidas de restrição de oferta.
De qualquer
maneira, com o crescimento chinês ainda comprometido, é válido avaliarmos os
efeitos deste processo sobre os ativos de risco. Vejo o ambiente como positivo
para o mercado global de bonds/rates,
negativo para commodity currencies e commodity linked assets em geral.
Diferenças expressivas serão observadas entre os setores no mercado de renda
variável.
Vale ficar
atento a “squeezes” pontuais nestas
posições, mas não perder o foco nos fundamentos de longo prazo.
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