Mercados Globais

Em um dia de feriado nos EUA e na Inglaterra, o ano começa ainda em marcha lenta, sem grandes movimentações de mercado.   Hoje iniciamos um novo ano, mas o cenário econômico e para os mercados oferecem os mesmos desafios do ano antigo. Ontem escrevi um pouco sobre isso: https://mercadosglobais.blogspot.com/2023/01/ano-novo-problemas-velhos.html .   Em artigo na semana passada analisei mais profundamente o que poderá mudar a dinâmica dos ativos locais de maneira mais estrutural: https://einvestidor.estadao.com.br/colunas/dan-kawa/investimentos-2023-ativos-mercado-financeiro-brasil/ .   Na Coreia do Sul as exportações de dezembro – vista por muitos com um termômetro importante para a temperatura da economia global – confirmou um cenário de desaceleração do crescimento mundial, com dados fracos e sem sinais consistentes de recuperação:   Na China, em meio a pior onda de Covid que o país vivencia, o PMI de dezembro apresentou queda adicional:   H...

Os mercados estão em uma narrativa de que o crescimento global será mais baixo, porém sem uma recessão iminente nos EUA. A inflação fez o seu pico e os bancos centrais não precisarão estender tanto o seus ciclos de aperto monetário.   Está interpretação, diante de preços, valuations e posição técnica mais atrativos, está dando sustentação à alta das bolsas globais, especialmente o setor de “crescimento” em detrimento aos setores mais “cíclicos” (como commodities).   A posição técnica ainda se mostra um vetor de suporte à “bear market rallies” como o que parece que estamos vivenciando:   A sazonalidade positiva do verão no hemisfério norte também é um vetor de suporte positivo aos ativos de risco.   O dólar voltou a subir no mundo, sustentando pela abertura de taxa de juros nos EUA. A indicação de membros do Fed de que o trabalho da política monetária ainda não está perto do fim deu ímpeto a este movimento.   No Brasil, como era amplamente esp...

Após um começo de semana bastante positivo, as bolsas globais estão apresentando leve realização de lucros, neste momento. Todas as atenções do dia estarão voltadas para a divulgação do Core CPI nos EUA, que é equivalente ao núcleo do IPCA no Brasil.   No atual estágio do ciclo econômico, este é o indicador mais importante para o banco central e, consequentemente, para o mercado. A expectativa é de alta de 0.5% MoM e 5.9% YoY. Um número muito acima deste patamar pode acelerar ainda mais a abertura nas taxas de juros, levando pressão aos ativos de risco.   Um número abaixo deste patamar, a depender de seu qualitativo, pode trazer algum alívio, mesmo que momentâneo à dinâmica de mercado.   Para qualquer lado do mundo que você olhar, a inflação está alta e acelerando. Segue a inflação na Dinamarca:   No Brasil, seguimos em um ambiente de arrefecimento do crescimento, com inflação ainda elevada e qualitativamente ruim: https://twitter.com/DanKawa2/status/...

A noite foi de forte queda dos índices de bolsa na China, o que está pressionando as bolsas da Europa e EUA essa manhã. O país continua no radar do mercado, especialmente com os problemas de crédito (Evergrande) que aumentam os riscos de um contágio o setor bancário e ao resto da economia.   Não apenas as bolsas apresentam queda, como diversas commodities, como é o caso do Minério de Ferro:   Ainda na China, o CPI de agosto ficou abaixo das expectativas do mercado, ajudado pelo arrefecimento de alimentação, mesmo com um PPI ainda elevado. Isso deve abrir espaço para novas medidas de estímulo monetário nos próximos dias/semanas:   No Brasil, a situação institucional continua tensa e incerta. Na tarde de ontem, os caminhoneiros entraram na “briga” e promoveram diversas manifestações ao redor do país. Mantenho minha visão que vem descrevendo neste fórum e reforcei na noite de ontem: https://mercadosglobais.blogspot.com/2021/09/brasil.html .   Interessant...

A noite foi de poucas novidades relevantes no cenário. Os ativos de risco operam em tom levemente positivo, após desempenho ruim das bolsas na Ásia.   No Brasil, o foco continua na saúde do Presidente e nas discussões envolvendo a Reforma Tributária, cuja votação deve ficar para depois do recesso parlamentar, em agosto.   Ontem, o Congresso aprovou a orçamento, mas acabou passando uma “jabuticaba” com o aumento exponencial do Fundo Eleitoral.   Sigo não vendo, ainda, um “trigger” para realizações mais rápidas e acentuadas dos mercados, porém cada vez mais cauteloso com o pano de fundo inflacionário e os sinais de acomodação do crescimento em algumas economias globais.   Além disso, há sinais de excessos na posição técnica de alguns mercados, assim como os valuations parecem pouco triviais em alguns nichos.   Vide aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1415618075190251520?s=20 .   Vide aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1414...

Os ativos de risco estão operando sem grandes movimentos essa manhã. Destaque para forte alta dos cryptoativos e para a queda de algumas commodities.   A alta das cryptos foi estimulado por uma nova declaração de Elon Musk, de que a Tesla poderia voltar a aceitar Bitcoin caso a estrutura de mineração se torne mais “verde”.   No podcast desta semana fiz um grande resumo do cenário local e externo e o que vejo de perspectiva pela frente: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/13062021---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-e12n5ri .   No Brasil, o grande destaque do final de semana ficou por conta da antecipação da vacinação em São Paulo. Falei sobre isso no link acima e em breve comentário ontem:  https://twitter.com/DanKawa2/status/1404111200015765513?s=20   De maneira geral, se o maior estado do país conseguir seguir este novo cronograma, utilizando de vacinas de eficácia maior (Astrazeneca, Pfizer e Jansssen), podemos ter uma situação s...

Os ativos de risco tiveram uma quarta-feira de realização de lucros e estão apresentando viés negativo essa manhã. O S&P falhou, uma vez mais, em romper seu “pico” histórico na faixa de 3.600-3.650 pontos, mostrando alguma dificuldade em superar um valuation esticado, uma posição técnica menos saudável e uma pandemia que ainda assola os EUA.   Vejam como a atividade econômica global mostrou forte desaceleração em grande parte do mundo, devido a “segunda onda” da pandemia: Após um período de forte desempenho, é natural alguma consolidação ou realização de lucros. Veja o índice de bolsa dos países emergentes: Ontem falei um pouco sobre posição técnica e valuations como pontos de atenção, a despeito de estar ainda construtivo com o cenário prospectivo (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/11/daily-news-cenarios-construtivo-com.html )   No Brasil, alguma atenção deve ser dada a “segunda onda” da pandemia. As notícias em relação a São Paulo são p...