Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2016

Update.

A semana começou sem mudanças no cenário central que temos desenhando neste fórum. Eu ainda vejo o cenário base como sendo de um baixo crescimento global, com flutuação em torno da tendência, mas sem riscos evidentes de recessão. A inflação no mundo desenvolvido deverá subir gradualmente. A postura dos principais bancos centrais do mundo deve continuar a ser de estimular o crescimento global, mas com ajustes nos instrumentos e suas magnitudes. Ainda vejo um movimento de consolidação/realização dos ativos de risco no curto-prazo, mas um cenário estrutural ainda construtivo para aqueles ativos que oferecem yields/carry atrativos, fundamentos saudáveis (ou em vias de melhora) e posições técnicas favoráveis. Neste ambiente, os ativos brasileiros ainda me parecem muito bem posicionados. O cenário central é de movimentos graduais rumo a taxas de juros mais “normais” no mundo desenvolvido. Neste ambiente, os ativos de risco poderiam digerir de forma tranquila os movimentos, exce

Ilan: BCB é dependente dos dados.

A despeito dos sinais mais cautelosos provenientes dos mercados externos no final de semana (vide abaixo), os ativos de risco estão abrindo a semana em tom relativamente positivo, na ausência de novidades relevantes nas últimas horas. Neste contexto, eu basicamente mantenho minhas expectativas já amplamente discutidas neste fórum. Espero um período de consolidação e realização de lucros para os ativos de risco no curto-prazo, mas sem alterar de maneira significativa a visão construtiva de longo-prazo para algumas classes de ativos (como o mercado local de juros, por exemplo). As eleições nos EUA devem manter os ativos de risco com dinâmica mais volátil e sem tendências relevantes. Em termos de posições, minhas recomendações sofreram poucas alterações, exceto pela adição de algumas proteções no mercado de renda variável. Já havia reduzido as recomendações de BRL para um nível baix0, a fim de esperar um melhor momento para adicionar posições táticas (compradas) novamente. Manten

Watch Out!

O final de semana trouxe algumas notícias mais negativas para os mercados financeiros globais, o que reforça a minha visão de que, no curto-prazo, devemos observar mais um período de consolidação/realização de lucros nos ativos de risco. Assim, devemos esperar mais volatilidade, sem grandes tendências definidas. Eleição EUA – Uma pesquisa realizada pelo Washington Post e pela rede de TV ABC, realizada antes da re abertura do inquérito do FBI em relação aos e-mails de Hillary Clinton, mostrou a vantagem da candidata caindo para 2pts em relação a Trump. As pesquisas recentes mostram o que eu imaginava, que a corrida eleitoral será muito mais apertada do que o que vinha sendo realmente mostrado pelas pesquisas recentes. Ainda vejo Hillary como favorita ao posto mas, eventualmente, os mercados podem pedir prêmios maiores até o dia das eleições. Petróleo/OPEP – A reunião da OPEP realizada no final de semana foi inconclusiva. Após anunciarem um acordo para o corte de produção, n

From US Rates, to US Election.

A semana está terminando com um movimento mais generalizado de aversão a risco. De maneira geral e simplista, a notícia de que o FBI reabriu as investigações sobre os e-mails pessoais de Hillary Clinton acabaram ditando a dinâmica dos mercados financeiros globais ao longo da tarde. Eu não tenho certeza se as investigações, caso algo seja encontrado, podem vir a inviabilizar a candidatura de Hillary. Contudo, a menos de duas semanas das eleições, e com as pesquisas recentes apontando para uma corrida mais apertada do que o imaginado, a notícia de hoje certamente traz um ímpeto novo a campanha de Donald Trump. Neste contexto, eu basicamente mantenho minhas expectativas já amplamente discutidas neste fórum. Espero um período de consolidação e realização de lucros para os ativos de risco no curto-prazo, mas sem alterar de maneira significativa a visão construtiva de longo-prazo para algumas classes de ativos (como o mercado local de juros, por exemplo). As eleições nos EUA devem m

US Rates - Update

Os ativos de risco estão basicamente mantendo as tendências que prevaleceram ao longo de toda essa semana. Assim, estamos observando mais um rodada de abertura de taxa de juros nos países desenvolvidos, que estão dando suporte ao USD no mundo, e colocando pressão nas commodities e nas bolsas globais. O movimento essa manhã, contudo, é muito mais tímido do que aquele verificado nos últimos dias, pelo menos por enquanto. Na minha visão, a velocidade com que o movimento de abertura de taxa de juros longas no EUA (e nas demais economias desenvolvidas) irá abrir taxas daqui para a frente importa tanto quanto, ou até mais, do que o movimento de abertura em si, especialmente para o desempenho dos demais ativos de risco.  Se o movimento se tornar mais rápido, acentuado e desordenado, podemos ter uma intensificação do movimento de risk- off  dos últimos dias. Caso o movimento se mantenha gradual, vejo amplo espaço para a diferenciação de desempenho entre as classes de ativos. Por o

US Rates.

Os ativos de risco tiveram mais um dia de realização de lucros. O movimento de abertura das taxas longas de juros nos EUA continua a ser um dos principais vetores que estão afetando o humor dos mercados neste momento. Além disso, adicionaria que a posição técnica de alguns mercados possa ter ficado (pontualmente) menos positiva. A proximidade das eleições nos EUA também pode ser um vetor que esteja restringindo o bom desempenho dos ativos de risco. Eu ainda vejo o cenário base como sendo de um baixo crescimento global, com flutuação em torno da tendência, mas sem riscos evidentes de recessão. A inflação no mundo desenvolvido deverá subir gradualmente. A postura dos principais bancos centrais do mundo deve continuar a ser de estimular o crescimento global, mas com ajustes nos instrumentos e suas magnitudes. Ainda vejo um movimento de consolidação/realização dos ativos de risco no curto-prazo, mas um cenário estrutural ainda construtivo para aqueles ativos que oferecem yields/ca

Eleição nos EUA.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira ainda com sinais de fragilidade. Destaque para mais uma rodada de abertura de taxa e juros nos EUA, o que está dando suporte a um movimento de fortalecimento do USD contra as moedas de EM. No cenário econômico, destaque apenas para as eleições nos EUA, com uma pesquisa da Fox News mostrando uma corrida presidencial muito mais apertada do que o imaginado anteriormente.  Segundo a ML:  The   USD and US yields had a marginal extension of the rallies seen in NY   however the main client discussion points have been surrounding the Fox news polls showing a narrowing Clinton lead. According to Fox News,   Clinton is ahead of Trump by 44-41 percent. Last week she was up by six points   (45-39 percent) and before that by seven (45-38 percent).  USDMXN made fresh highs in Asia (18.805 +0.6% today) albeit on low volumes and we are seeing more interest for lowish delta hedges (USDJPY, XJPY downside) against a Trump win. Particularly,   AUDJP

Risk-Off!

A quarta-feira está sendo de realização de lucros dos ativos de risco ao redor do mundo, com uma correlação, de certa forma, elevada entre as classes de ativos. Estamos vendo movimentos globais de dólar forte contra as moedas EM, abertura de taxas de juros em EM e DM, queda das bolsas e das commodities. Eu não vi nenhum evento específico que, sozinho, explique os movimentos de hoje. Contudo, suspeito que um conjunto de eventos tenha levado a deterioração do humor global a risco. São eles: - Dados mais fortes de crescimento nos EUA , que acabaram ajudando o mercado a elevar a probabilidade de alta de juros até o final do ano para níveis superiores a 70%; - Isso acabou mantendo uma tendência de alta das taxas longas de juros nos EUA ; - A balança comercial de setembro, menos deficitária do que o esperado, elevou o tracking para o PIB do 3Q. A despeito da surpresa positiva, as importações foram fracas, causando um certo receio em torno da sustentabilidade de um consumo robust

Brasil: Partidos discutem possibilidade de Temer cair com delação da Odebrecht (Por Monica Bergamo)

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em tom mais misto. Nos  EUA , o resultado da Apple não agradou aos investidores, com a ação caindo no overnight. A queda do preço médio de venda dos iPhones, além da compressão das margens de lucro da empresa foram pontos que pensaram sobre o resultado da até outrora queridinha do mercado. No  Brasil , a Câmara aprovou em segundo turno a PEC do Teto dos Gastos, mas com votação levemente inferior aquela verificada em primeiro turno. A perda de suporte não necessariamente implica em uma mudança substancia do apoio do Congresso ao governo Temer. Ilan – Presidente do BCB – concedeu entrevista Glbo News na noite de ontem e, basicamente, reforçou a mensagem da Ata do Copom. No cenário base, o ciclo de corte da taxa Selic continua de maneira gradual. Caso haja melhora nas perspectivas das condicionantes colocadas pelo BCB, ou seja, novas rodadas de queda nas expectativas de inflação, além de um recuo da inflação de serviços mais depende

Update.

Ata do Copom: O BCB manteve o mesmo tom do comunicado divulgado após a reunião, reforçando a seguinte mensagem: O Copom concluiu que a evolução das projeções no cenário de referência no horizonte relevante, que abrange os anos-calendário de 2017 e 2018, indica haver espaço para flexibilização gradual e moderada da política monetária. O Comitê sinalizou que a inflação de serviços, especialmente aquela ligada atividade econômica, será fundamental para os próximos passos da política monetária. Acredito que o BCB se mostrou dependente dos dados. Se a reunião fosse hoje, uma queda de 25bps seria o mais provável. Como a próxima reunião ainda está a mais de um mês de acontecer, existe espaço para que as condições impostas pelo Comitê estejam alinhadas para uma queda superior a 25bps no próximo Copom. Assim, o mais provável é que o mercado trabalhe com uma probabilidade de queda entre 25bps e 50bps até a próxima reunião. Ainda acredito que seja factível um ciclo adicional de queda d