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Daily News – Japão: O Último Samurai

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Em uma decisão surpresa e inesperada, o Banco Central do Japão (BoJ) anunciou uma mudança em sua política monetária, deixando sua curva de juros abrir taxa.   O BoJ era o único banco central de economia desenvolvida que ainda relutava em alterar sua política monetária. Os juros japoneses apresentaram o maior movimento de taxas para 1 dia em cerca de 20 anos:   A decisão levou a uma forte apreciação do Iene (JPY) em relação a Dólar:   Na Alemanha, o PPI apresentou arrefecimento, mas ainda se mantém em patamar excessivamente elevado:   No Brasil, a segunda-feira foi de “relief rally” nos ativos locais. Após uma sequência de pressão, o dia foi marcado por movimentos acentuados e positivos. Não vejo, por ora, mudança de cenário e sigo mais cauteloso com o cenário para o Brasil.   Movimentos como o de ontem são normais em meio a tendências mais negativas, especialmente após uma sequência de quase 6 semanas de pressão negativa. Estamos entrando em ...

Sem otimismo.

Os eventos recentes no cenário econômico global reforçam o meu cenário base que vigora desde o início do ano, a despeito da dinâmica de mercado ainda apresentar comportamento bastante errático. Vejamos alguns fatos: Nos EUA , o ADP Employment apresentou criação de 219 mil vagas de trabalho em julho, acima das expectativas do mercado. O ISM Manufacturing saiu de 60,2 para 58,1 pontos. Os números mostram um mercado de trabalho aquecido, com a economia no pleno emprego e o hiato do produto fechado. Ainda não há sinais claros de aceleração da inflação, mas o acumulo de pressões inflacionárias na economia é evidente. O Fed manteve sua política monetária estável, como era amplamente esperado. As alterações promovidas em seu comunicado mostram uma confiança maior no nível robusto de crescimento e na inflação em torno de sua meta, ou seja, um leve viés “hawkish”. O Tesouro dos EUA anunciou seu programa de emissão de dívida. Com um déficit fiscal crescente devido a Reforma Tr...

Sem mudanças significativas no Japão (BoJ). Fraco PMI na China.

No Japão, o BoJ manteve sua política monetária praticamente estável, promovendo apenas mudanças marginais em sua comunicação. O Banco sinalizou que adotará mais flexibilidade em sua meta para as taxas longas de juros, que eram centradas em torno de 0,10%. A sua postura postura leva a crer que ele estaria disposto a aceitar taxas próximas a 0,20%. A decisão me pareceu em linha com o que vinha sendo ventilado na mídia. Neste momento, estamos observando uma espécie de ajuste de posições, pela ausência de mudanças mais substanciais esperadas por alguns players, com destaque para a depreciação do JPY. Não vejo a decisão de hoje alterando de maneira substancial o cenário econômico global ou o ambiente para os ativos de risco. Na China, o NBS PMI apresentou queda superior as expectativas, saindo de 51,5 para 51,2 pontos. O número confirma um cenário de crescimento ainda saudável, mas em desaceleração, o que justifica a recente postura mais agressiva dos  policy makers  ...

Normalização Monetária Global,

O final de semana trouxe poucas novidades no front doméstico e/ou externo. No Brasil, os partidos políticos estão promovendo suas convenções, e anunciando oficialmente seus candidatos para a corrida presidencial. No final de semana foi a vez de Bolsonaro ficar nos holofotes da mídia neste quesito. Continuo acreditando que a grande novidade do cenário foi o anúncio do apoio do “Centrão” à Alckmin, candidato do PSDB. Já comentei extensivamente sobre isso nos últimos dias ( https://mercadosglobais.blogspot.com/ ). No cenário externo, o G20 trouxe poucas novidades. O Grupo chamou a atenção para os riscos no cenário prospectivo, especialmente de uma recuperação do crescimento global menos sincronizada, e pelos ruídos envolvendo a postura do governo dos EUA no tocante ao comércio exterior, nada muito diferente do que temos observado quase que diariamente. O G20 não costuma ser um fórum de mudanças importantes de políticas, ou de decisões relevantes. No final da semana passada, s...

Alguns sinais merecem atenção.

As mudanças estruturais de cenário costumam ser lentas, graduais, movidas pelo acumulo de evidências na direção contrária ao cenário corrente. Dificilmente observamos mudanças drásticas, rápidas e acentuadas de cenário, na ausência de choques exógenos. Não acho que estamos diante de uma mudança clara de ambiente econômico, mas acho válido chamar a atenção para algumas mudanças marginais nos últimos dias, que somadas a outras evidências dos últimos meses, começam a trazer algumas novidades ao cenário base. O processo de normalização monetária já está em curso nos EUA há alguns anos. O processo de ajuste monetário na Europa foi anunciado ano passado e começou de fato este ano, com a redução do montante do QE. Nos últimos dias, percebemos uma leve mudança de sinalização por parte do BoJ no Japão e, hoje, vimos este “ajuste técnico” no “QE japonês” comentado pela manhã. Por ora, todo este processo de normalização monetária está sendo extremamente gradual, bem conduzido e muito...

BoJ em Foco!

O destaque da noite ficou por conta de um pequeno ajuste, aparentemente técnico, realizado pelo BoJ, no Japão, no seu processo de QE. A pequena redução das compras de ativos levou a uma apreciação do JPY e uma nova rodada de abertura de taxas de juros no mundo desenvolvido. Segundo a Blooberg: A minor tweak in a regular Bank of Japan bond-purchase operation on Tuesday was enough to send the yen climbing the most in almost a month, even though evidence weighs overwhelmingly against the adjustment signifying anything meaningful. What the yen’s spike does show is just how big a move will come whenever the central bank does telegraph a fine-tuning in its stimulus program. Tuesday’s gain was as big as 0.5 percent against the dollar, in wake of the BOJ trimming purchases of bonds dated in 10-to-25 years by 10 billion yen ($89 million) compared with its previous operation. Governor Haruhiko Kuroda said last January, in wake of speculation about the significance of similar mechanical tw...

Brasil: Solução via imposto. Inflacionário!

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade. Destaque apenas para um leve movimento de dólar forte, especialmente contra moedas emergentes e aquelas mais dependentes de commodities. O movimento parece mais um ajuste de posições antes do ECB do que uma mudança clara de tendência. No  Brasil , os jornais de hoje estão dando como certa a implementação do PIS/Cofins em combustíveis. As matérias ainda estão desencontradas em relação a maginitude desta elevação. Contudo, ontem ventilava-se uma elevação de cerca de 10 centavos por litro. Hoje se ventila uma elevação entre 20 e 30 centavos, em busca de uma arrecadação de R$10 bilhões este ano e R$20 bilhões ano que vem. A medida teria impacto relevante na inflação de curto-prazo, mas pouco impacto sobre a política monetária. Assim, reafirmo o que escrevi na tarde de ntem: A mídia está dando como certa o aumento de impostos de combustíveis. Acredito que a estratégia do governo seja correta, diante das dificuldades de caix...

Still, "no news is good news!".

A quarta-feira foi mais um dia em que valeu a máxima de que “ no news is good news ”. Não há alteração no cenário que tenho descrito neste fórum nos últimos dias. Na ausência de novidades relevantes no cenário, a sazonalidade do verão no hemisfério norte, aliado a um ambiente ainda construtivo (crescimento global saudável, inflação baixa e liquidez abundante), deverá continuar favorecendo os ativos de risco. Vale ressaltar, contudo, que os próximos 7 dias serão fundamentais. Teremos as decisões do BoJ, ECB e Fed, além da decisão do Copom no Brasil. Após os recentes dados de inflação mais baixos no mundo desenvolvido, o mercado deixou de lado a teoria do “Consenso de Sintra”, em prol de um cenário em que não há pressa para dar continuidade ao processo de normalização monetária nos países de G10. Concordo que dificilmente existe espaço para um discurso por parte dos bancos centrais que cause ruptura nos mercados, na ausência de dados de inflação mais robustos. Contudo, acho difí...

Bancos Centrais em Foco. Fed afrouxa as condições financeiras.

Seguindo a decisão do Fed em elevar a taxa básica de juros em 25bps, o PBoC, na  China , anunciou uma alta de 10bps nos principais instrumentos de política monetária do país. A decisão é uma clara resposta ao anuncio do Fed, e reforça o cenário de que o  policy maker chinês pretende adotar uma postura mais neutra, senão  um pouco mais apertada, em meio a um cenário de crescimento saudável e inflação um pouco mais elevada. No  Japão , o BoJ manteve sua política monetária estável, como era amplamente esperado. Vale lembrar que a decisão do Fed e do PBoC reflete uma compreensão de uma economia mais sólida e robusta, com a redução dos riscos negativos. A inflação está em alta, mas ainda contida. Assim, os ajustes de política monetária não devem ser vistos como negativos do ponto de vista de risco para os mercados financeiros globais. O cenário seria alterado, contudo, caso as altas de juros comecem a afetar negativamente o quadro para o crescimento econômico glo...

China demanda cautela, reunião do BoJ e medidas estruturais do BCB.

Os ativos de risco estão operando sem grandes movimentações esta manhã. Neste momento, o dólar opera próximo a estabilidade, com destaque apenas para mais uma rodada de depreciação do JPY, após a reunião do BoJ, no Japão. As commodities apresentam leve movimento de queda, com os juros norte americanos apresentando uma abertura de taxas. As bolsas globais operam próximas a estabilidade. A situação na  China  ainda demanda cautela e atenção. As bolsas locais tiveram mais um dia de queda e o mercado de juros do país continua mostrando sinais de fragilidade. O CNY, por sua vez, vem seguindo o humor global em torno do USD no mundo. No  Japão , o BoJ manteve sua política monetária estável, como era amplamente esperado. A despeito de uma revisão mais otimista para o cenário econômico, Kuroda apresentou argumentos favoráveis a manutenção do “status-quo” sugerindo que ainda é muito cedo para pensar em elevar a “meta” das taxas de juros longos para o país, hoje a maior anc...

BoJ Done! One (Fed) to carry on again...

Os ativos de risco estão abrindo a manhã em tom positivo, reagindo de maneira construtiva ao anuncio do novo “ modus operandi ” que será adotado pelo BoJ, noa Japão, a partir de agora. O BoJ não anunciou nenhuma medida adicional de política monetária nesta reunião, mas anunciou como irá se comportar de agora em diante, em um novo framework de política monetária. Sua nova política consistente em: (1) O BoJ irá abandonar a meta de expansão monetária em JPY80tri por ano, (2) O BoJ irá manter as taxas de juros de 10 anos em torno dos atuais níveis, e (3) foi introduzido um overshooting da meta de inflação. Fica claro, com essas medidas, como ainda existe criatividade e disposição por parte dos bancos centrais em combater um cenário de baixo crescimento e inflação. Se esta nova política dará certo, ou não, só saberemos com o tempo. Contudo, fica claro, na minha visão, que ainda estamos longe de uma mudança definitiva do atual cenário de políticas monetárias extremamente expansionis...

Big Day Ahead!

Enquanto esperamos as decisões do BoJ esta noite, e do Fed na tarde de amanhã, o momento parece oportuno para tentar avaliarmos os efeitos potenciais de ambos sobre os mercados financeiros globais. Minha impressão é que, caso não haja uma surpresa relevante, poderemos ter duas incertezas sendo retiradas do cenário no curto-prazo, abrindo espaço para o retorno de algumas tendências que prevaleceram até começarem a surgir ruídos em torno do BoJ, e logo após a decisão do ECB em não anunciar medidas adicionais de política monetária em sua última reunião. O risco fica por conta de uma eventual leitura do mercado de que a política monetária no mundo desenvolvido esteja próxima do fim, com um poder cada vez mais limitado. Isso poderia levar a mais uma rodada de pressão nos bonds dos países desenvolvidos, levando a uma nova realização dos ativos de risco. BoJ – As expectativas em torno do BoJ são extremamente dispersas, o que torna a leitura do que seria o consenso atual um tanto qu...

Brasil: Governo reforça sua comunicação.

Os ativos de risco estão mantendo o tom mais positivo verificado ao longo da segunda-feira. Contudo, não estou observando nenhuma tendência definida nos mercados financeiros globais nas últimas semanas. Os ativos de risco aparenta estar em um processo de acomodação, a espera do BoJ e do Fed antes de que uma nova (ou o retorno da antiga) tendência predomine. Reafirmo meus comentários de ontem. Não vi nenhum vetor específico que justifique o movimento mais positivo dos últimos dias, mas podemos inferir que a posição técnica do mercado deve ter melhorado, os investidores parecem mais confortáveis com as possíveis decisões a serem tomadas pelo BoJ e pelo Fed essa semana, e a esperança de uma ajuda fiscal, a uma política monetária global cada vez menos potente, cresce a cada dia. Minha visão não é totalmente construtiva para o cenário econômico global, especialmente diante de uma economia americana que cresce pouco, mas com o hiato do produto praticamente fechado, o que começa a ge...

Back to fundamentals!

Os ativos de risco estão dando sinais um pouco mais consistentes de que o ruído em relação à decisão do BoJ, na semana que vem, possa ter ficado para trás e, de agora em diante, os mercados financeiros globais poderão reagir de forma mais clássica aos fundamentos econômicos. Não acredito que retornaremos a um período de volatilidade extremamente comprimida (ou inexistente), mas os últimos dias podem ter ajudado a melhorar o quadro técnico de uma série de ativos, e criado oportunidades de investimentos.  Hedges  ainda são prudentes, mas há espaço para elevar a alocação em ativos com fundamentos sólidos (ou em vias de melhora), valuations atrativos e yields elevados. Continuo gostando dos ativos locais, especialmente o mercado de juros. Nos atuais níveis, acho que existe prêmio de curto-prazo no BRL e no Ibovespa para posições táticas. Acredito que o quadro técnico tenha melhorado nos últimos dias, faltando apenas uma melhora mais clara do humor externo. Após um forte...