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Mostrando postagens de outubro, 2014

Japão & BoJ

Os ativos de risco estão reagindo a surpreendente decisão do BoJ, no Japão, em elevar seu programa de compra de ativos. Neste ambiente, mesmo que o QE nos EUA tenha sido encerrado, estamos observando uma postura mais proativa e agressiva de outros bancos centrais nas principais economias do mundo, como o ECB, BoJ e PBoC. A principal consequência desta nova dinâmica de política monetária ao redor mundo deverá ser a manutenção do USD em tendência de apreciação contra as demais moedas do mundo, mas concentrado naqueles países em que o diferencial de crescimento e política monetária ainda deve permanecer evidente por um longo período de tempo. A agenda do dia tem como destaque o Core PCE e o Chicago PMI nos EUA, com os indicadores fiscais de setembro no Brasil em foco. Brasil –  Os ativos locais tiveram uma reação clássica e esperada a alta na taxa Selic. A bolsa operou em forte alta e o BRL apresentou apreciação relevante, refletindo o ganho de credibilidade por parte do novo gov

US GDP & Jobless Claims

Jobless Claims: O Initial Jobless Claims saiu de 284k para 287k na ultima semana, em linha com as expectativas. O numero permanece no patamar mais baixo dos últimos anos, apontando para um mercado de trabalho saudável e robusto. GDP: O PIB do 3Q apresentou alta de 3.5% QoQ anualizado, acima das expectativas de 3.0% e após forte alta de 4.6% no trimestre anterior. Destaque positivo para investimentos, exportações e gastos do governo, a despeito da desaceleração do consumo e de uma queda nos estoques. O numero mostra um cenário de robustez da economia, que parece manter de forma mais consistente um patamar acima de 3% de crescimento. Os números de hoje estão em linha com as sinalizações emitidas pelo Fed em seu comunicado de ontem. Acredito que, salvo volatilidades normais do mercado, está se estabelecendo um ambiente positivo para o USD no mundo. O fim do QE e a perspectiva de normalização monetária nos EUA deveria ser negativo para as commodities, e dar algum suporte as tax

Copom

Os mercados globais ainda estão digerindo a decisão do FOMC e seu novo comunicado. Os ativos de risco operam hoje pela manhã sem grandes movimentações, mas com leve viés de USD forte e com as commodities em queda. Na agenda do dia, o destaque ficará por conta do PIB do 3Q e para o Jobless Claims nos EUA. No Brasil, a agenda traz IGP-M e dados de credito. Brasil – Em uma decisão inesperada e dividida o Copom decidiu, por 5 votos a favor e 3 votos contrários, em elevar a taxa Selic em 25bps, para 11,25%. O mercado tinha um amplo consenso de manutenção dos juros nos 11,00%. Acredito que a decisão tenha sido acertada, tendo em vista a forte depreciação cambial verificada no último mês e a manutenção de uma inflação alta e resistente. Além disso, as expectativas de inflação permanecem desancoradas e sem sinais consistentes de arrefecimento. A decisão do Copom deve ser vista como um alento neste começo de novo governo Dilma, uma demonstração de independência do BCB e, talvez, o primeir

FOMC

Achei o comunicado mais hawkish do que eu imaginava. Alterou o tom, para um viés mais otimista com o mercado de trabalho, mas não alterou em nada o cenário de inflação. Pode ser uma mensagem para a curva de juros americana, que ainda precifica um cenário muito aquém daquele vislumbrado pelo Fed. Acho positivo para o USD. Deveria ajudar a dar sustentação as taxas de juros nos EUA. Pode afetar o humor global a risco negativamente no curto-prazo. Passagem central do comunicado: Labor market conditions improved somewhat further, with solid job gains and a lower unemployment rate. On balance, a range of labor market indicators suggests that underutilization of labor resources is gradually diminishing.

Copom e FOMC

Os ativos de risco estão operando em estabilidade esta quarta-feira, a espera da decisão do FOMC nos EUA hoje a tarde. O movimento de recuperação dos mercados globais nos últimos dias, liderado pela alta nas bolsas, me parece fazer sentido, sustentado por dados econômicos mais positivos, resultados corporativos acima das expectativas e sinalizações dos principais bancos centrais ao redor do mundo de que pretendem manter as condições monetárias expansionistas por um longo período de tempo. No Brasil, o destaque ficará para a decisão do Copom e os dados de arrecadação. Brasil –  Os ativos locais tiveram uma terça-feira de forte otimismo, ajudados pelo melhor humor global a risco, por uma posição técnica favorável e pela retirada de um evento binário do cenário, as eleições. Além disso, os primeiros sinais emitidos pelo “novo” governo são positivos, apontando para o diálogo, as reformas e uma união nacional. De qualquer maneira, ainda acho cedo para o mercado dar o total benefício da

Ministro da Fazenda

Após um breve período de consolidação, os ativos de risco e, em especial, as bolsas globais, estão novamente operando em tom positivo nesta terça-feira. Dados econômicos mais positivos, bancos centrais mostrando disposição em manter uma postura de suporte ao cresciment,o e resultados corporativos acima das expectativas, continuam sendo os pilares de sustentação deste movimento de recuperação dos mercados financeiros globais. Após o movimento verificado na semana passada, períodos de acomodação/consolidação podem ocorrer, mas devem ser vistos como naturais e saudáveis. A agenda do dia será carregada, com Durable Goods Orders, S&P/CaseShiller e Consumer Confidence nos EUA. Estes indicadores serão fundamentais para permearmos a real situação da economia norte americana, podendo ser  inputs  relevantes na decisão do FOMC desta semana. Acredito que o QE deve ser encerrado este mês. Dados os eventos recentes (queda no preço do petróleo, queds nas expectativas de inflação e leve aper

Brasil

Confesso que a performance dos ativos locais hoje superou positivamente minhas expectativas. O price-action me leva a crer que, ou (1) grande parte de uma vitória de Dilma já estava precificada ou, (2) o mercado está dando o beneficio da dúvida neste primeiro momento, a espera da indicação do Ministro da Fazenda ou, finalmente, (3) a soma de (1) e (2). As declarações de Rui Falcão, Presidente do PT, e de Mantega, Ministro da Fazenda semi-aposentado, não me trouxeram muito alento em relação a possíveis mudanças na política econômica, mas precisamos esperar a definição concreta de Dilma, quem tem as verdadeiras rédeas na condução da economia. Juros: Movimento clássico de steepening da curva. Me chama a atenção o fato da curva curta fechar taxas, em um claro viés do mercado em acreditar que um novo BCB de Dilma continuará tendo pouca propensão a elevar os juros. A curva ainda precifica cerca de 150bps de alta de juros nos próximos meses. Acredito que se a depreciação cambial se mo

De volta aos fundamentos

Os mercados externos operam sem movimentações relevantes essa manhã, após uma final de semana relativamente esvaziado e sem novidades relevantes. A agenda da semana terá a decisão do FOMC como grande destaque nos EUA, mas outros indicadores de atividade ajudarão o mercado a ter uma melhor definição em torno do real estado da economia norte americana. Mantenho minha visão que os últimos meses marcaram apenas um “soft-patch”  da economia global e, especialmente, da economia norte americana. Espero que os indicadores de atividade ao redor do mundo apontem para uma recuperação do crescimento neste último trimestre do ano. De maneira geral, os sinais de estabilização do crescimento mundial nos últimos dias, aliados a resultados corporativos acima das expectativas, tem sido importantes pilares de sustentação aos ativos de risco, em especial para as bolsas mundiais. Mantenho minha visão de que  caso o crescimento global continue a dar os sinais de estabilização que estamos observando nos

Reta final

Os ativos de risco operam em leve tom negativo esta manhã, reagindo à notícia do primeiro paciente confirmado com Ebola em NY. No meu ponto de vista, o Ebola é um grande risco a humanidade, mas que deveria trazer pequenos impactos econômicos globais. A doença já foi erradicada na Nigéria e está sendo controlada em outros países da África. Os EUA e o resto do mundo parecem deter todos os instrumentos necessários para evitar uma pandemia global. Assim, vejo a notícia como um ruído de curto-prazo. Este tipo de ruído pode até afetar pontualmente o humor global a risco, mas não deveria sozinho, alterar a dinâmica dos mercados financeiros globais. De maneira geral, os sinais de estabilização do crescimento mundial nos últimos dias, aliados a resultados corporativos acima das expectativas, tem sido importantes pilares de sustentação aos ativos de risco, em especial para as bolsas mundiais. Mantenho minha visão de que  caso o crescimento global continue a dar os sinais de estabilização qu

Juros Brasil

O momento me parece oportuno para avaliarmos a precificação da curva de juros local. Nos últimos dias, o mercado vem promovendo uma reprecificação da curva, com um movimento de steepening , puxado em grande parte pelo aumento da probabilidade de vitória de Dilma nas eleições de domingo. O que me chama a atenção, contudo, e o fechamento de taxa da parte curta da curva, em um claro viés do mercado em acreditar que um BCB de “Dilma 2” não irá elevar a Selic na proporção que já estava sendo precificado na curva. Mesmo com o movimento verificado nos últimos dias, a curva permanece bastante flat , com a parte longa ainda investida em relação aos vértices curtos. O mercado ainda coloca uma alta de juros superior a 150bps nos próximos meses, com o juros encerrando 2015 muito próximo a 12,50%. Cenário 1 [Dilma reeleita]: Acredito que o movimento do dólar será o ponto chave da equação. O BCB será forçado a promover uma alta de juros para conter as expectativas de inflação e a depreciaçã

Estabilização do crescimento global

Após uma quarta-feira de realização de lucros para as bolsas norte americanas, movimento natural e, até mesmo saudável, após a forte recuperação apresentada nos dias anteriores, estamos vendo uma nova rodada de otimismo nos ativos de risco está manhã, a despeito de um desempenho ruim das bolsas na China. As prévias dos PMIs na China e Europa, ambas acima das expectativas, estão sendo os pilares de sustentação dos ativos de risco está manhã. As prévias dos PMIs divulgados hoje pela manhã aumentam a probabilidade de que o nosso cenário base esteja correto. Como tenho frisado neste fórum nos últimos dias, “ Acredito que estamos passando por um “soft patch” da economia mundial, liderada pela desaceleração da Europa, mas também sinalizada pelo fraco crescimento no Japão, China e países emergentes. A economia americana me parece saudável, e os sinais de acomodação do crescimento devem se mostrar um movimento natural do ciclo econômico. No meu ponto de vista, como alertamos neste fórum p

Consolidação

A terça-feira foi marcada por mais uma rodada de melhora generalizada do humor dos mercados financeiros globais. Um misto de dados econômicos mais positivos, especialmente nos EUA, mas também na China, resultados corporativos acima das expectativas e a esperança de que os bancos centrais das principais economias do mundo estão preparados para agir a qualquer sinal de desaceleração do crescimento e/ou da inflação foram fatores determinantes para a recuperação dos ativos de risco nos últimos dias. Hoje pela manhã, estamos vendo uma consolidação dos mercados, sem movimentos relevantes, mas com leve viés de realização de lucros nas bolsas globais, leve movimento de USD forte e fechamento de taxa dos  bonds  soberanos dos países desenvolvidos. Na agenda do dia, destaque para o Core CPI nos EUA, além de um calendário de resultados corporativos ainda agitado. Brasil –  A pesquisa Datafolha divulgada esta madrugada manteve as intenções de voto da última pesquisa deste mesmo instituto,

Europa

Hoje pela manhã tivemos mais indicações de que os Bancos Centrais das principais economias do mundo se mostram preparados e dispostos a agir frente a um cenário de menor crescimento global e “ stress ” dos ativos de risco. Rumores dão conta de que o BCE estaria disposto a começar um programa de compra de Corporate Bonds , além do programa de ABS e Covered Bond já anunciado, dando mais um vetor de suporte aos ativos de risco. Se confirmada está informação, seria positivo para ativos de riscos (bolsas, corporate bonds , credit ), manteria os bonds soberanos bem sustentados, especialmente na Europa, e deveria dar novo ímpeto a tendência de queda do EUR: From WSJ: European stocks jumped on Tuesday and the euro declined on reports that the European Central Bank is considering buying corporate bonds, a move that would beef up its program aimed at stimulating the continent’s sickly economy. The central bank may decide on the matter as early as December and could begin buying early i

Eleição Brasil, China e resultados corporativos

Após uma segunda-feira de forte alta das bolsas norte americanas, em grande parte lideradas por resultados corporativos mais positivos, os ativos de risco estão abrindo a terça-feira mantendo o tom positivo verificado no começo da semana. Além dos resultados corporativos que vêm surpreendendo as expectativas, os números de atividade economia na China de setembro mostram os primeiros sinais de estabilização da economia, um importante ingrediente para que os investidores se sintam menos pessimistas com o cenário econômico global. Na agenda do dia, destaque para o IPCA-15 no Brasil e Existing Home Sales nos EUA. Mantenho minha visão dos últimos dias, ou seja,  o movimento das últimas duas semanas se mostrou mais rápido e acentuado do que muitos esperavam, mas não deixa de ser uma reação clássica as maiores incertezas do atual cenário. Após os acontecimentos das últimas semanas, vejo os ativos de risco hoje em patamares mais saudáveis, com uma posição técnica mais “limpa” e prêmio

Japão e Índia em Foco

Após uma noite de tom mais positivo, liderado pela bolsa japonesa, os ativos de risco estão abrindo a segunda-feira em tom de neutralidade, com a pressão nas bolsa da Europa trazendo um tom menos positivo do que aquele verificado nos mercados asiáticos. Brasil –  O debate dos candidatos a presidente na Record foi morno, sem ataques e mais propositivo porém, sem um vencedor claro. O mercado irá reagir, assim, as próximas pesquisa de intenções de voto. Tendo a acreditar que o cenário de empate técnico, com 2pp de vantagem para um, ou para outro candidato, pode acabar prevalecendo até o dia das eleições. Japão –  Rumores durante a noite deram a entender que o governo japonês poderia adiar um alta de impostos prevista no país, o que acabou dando suporte a bolsa local.  (“The Financial Times   reported that Shinzo Abe has hinted that he may delay increasing Japan’s consumption tax, saying the move would be “meaningless” if it inflicted too much damage on the country’s economy. Japa

Eleição no Brasil e crescimento global

Exceto pelo cenário político local, o final de semana foi relativamente esvaziado do ponto de vista econômico. A semana será de agenda relativamente cheia ao redor do mundo, com números de crescimento e inflação dominando as manchetes (especialmente nos EUA), além da continuidade de uma agenda de resultados corporativos cheia nos EUA. Brasil –  O último final de semana antes das eleições presidenciais no Brasil foi marcado pelo auge das acusações mutuas entre os candidatos, vazamentos de novos nomes relacionados ao escândalo na Petrobras, e uma baixaria generalizada, especialmente por parte do PT. O debate deixou de lado as propostas para o futuro do país e ganhou contornos de guerra pessoal. As pesquisas de intenção de votos continuam mostrando um empate técnico entre os candidatos, confirmando aquilo que vínhamos prevendo, ou seja, uma eleição extremamente disputada, que será definida nos detalhes. Acredito que o fluxo de notícias do final de semana tenha sido  levemente  mais p

Fluxo positivo de notícias

O news flow externo segue mais positivo hoje pela manhã, o que deveria ajudar a estabilizar o humor global a risco. O mercado está demandando uma queda da volatilidade dos mercados para que os fluxos se normalizem, ajudando uma recuperação dos ativos de risco. Desde ontem pela manhã estamos vendo sinais nessa direção, resta saber se o técnico do mercado já foi totalmente “limpo”, abrindo espaço para essa normalização> Por hora, o price-action me parece encorajador: *WSJ - CHINA CEN. BANK TO INJECT FUNDS TO JOINT STOCK BANKS *GREECE NEGOTIATES PRECAUTIONARY CREDIT LINE, SAMARAS SAYS *HOUSING STARTS IN U.S. ROSE 6.3% IN SEPTEMBER TO 1.02 MLN RATE

Risk-on

Após uma sequencia de dados menor negativos nos EUA nos últimos dois dias, somado a um discurso de suporte feito por membros dos principais bancos centrais do mundo mas, principalmente, por integrantes do Fed, os ativos de risco estão dando claros sinais de estabilização desde ontem pela manhã. Hoje cedo, estamos verificando um movimento generalizado de “ risk-on ”, com as bolsas e commodities em alta, o USD levemente mais fraco ao redor do mundo e os papéis dos países desenvolvidos apresentando uma abertura saudável de taxas de juros. A agenda do dia será menos agitada do que aquela verificada nos últimos dois dias, MS teremos como destaque um discurso de Yellen e Housing Starts nos EUA, e nada de relevante no Brasil. Brasil – No debate aos candidatos a presidente promovido pelo SBT, foi mantido a postura de ataque e acusações por parte de ambas as partes. O evento teve 9 pontos no Ibope, contra 15 pontos do debate da Globo no primeiro turno, ou seja, uma audiência não despr

Fed

*FED BULLARD SAYS FED SHOULD CONSIDER DELAY IN ENDING QE *FED BULLARD: FED MUST BE READY TO ACT TO DEFEND INFLATION GOAL Bullard estava mais hawkish nos últimos meses. Mudou totalmente o tom hoje. BC’s ao redor do mundo claramente incomodados e tentando colocar um piso no mercado (“jogar uma boia”). Com números econômicos menos negativos nos EUA (Philadelphia Fed e NAHB Housing Index foram OK), vou ficar bastante surpreso se o mercado não conseguir mostrar alguma estabilização ao longo do dia de hoje. Será um sinal de técnico ainda extremamente fraco. US Rates operando de maneira mais saudável até o momento, mas Equities globais ainda frágeis.  

EUA

Nos EUA, o Initial Jobless Claims caiu de 287 mil para 264 mil na última semana, abaixo das expectativas de 290 mil e atingindo um novo piso para este ciclo econômico. O número se manteve nos menores níveis desde 2006. A produção industrial americana apresentou alta de 1% MoM em setembro, com a utilização de capacidade instalada subindo de 78.7% para 79.3%, ambos acima das expectativas de 0.4% MoM e 79.0% respectivamente. Os ativos de risco continuam em um ambiente clássico de desalavancagem, em um movimento extremamente técnico. Fica difícil neste momento falar em piso para os mercados. Contudo, os dados de hoje deveriam afastar o risco de uma nova rodada de desaceleração mais forte da economia norte americana, ajudando o humor dos investidores em algum momento do tempo. O mercado parece demandar, neste momento, um acumulo de dados positivos ao redor do mundo, ou uma sinalização mais agressiva por parte dos policy makers , para frear o movimento de redução a risco. Estes eventos

"Risk-off"

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento clássico e coordenado de “ risk-off ”  ao redor do mundo. Não faltam motivos e argumentos para justificar este ambiente: menor crescimento global, cenário deflacionário, incapacidade dos bancos centrais em adotar medidas agressivas para alterar este ambiente, novos ruídos na Grécia, Ebola, entre outros. O mercado certamente vem apresentando dinâmica preocupante e, neste momento, fica difícil saber até onde este movimento poderá chegar. A agenda do dia continuará agitada, com resultados corporativos nos EUA, além de Jobless Claims, Industrial Production, Philadelphia Fed e NAHB Housing Index. No Brasil, a agenda terá como destaque o IPC-S, IGP-M e IBC-Br. Brasil – As pesquisas Ibope e Datafolha mostraram um cenário de estabilidade no segundo turno, em um empate técnico mas com Aécio Neves mantendo 2pp de vantagem numérica. A avaliação do governo de Dilma apresentou melhora, e a rejeição de Aécio mantém trajetória ascenden

Commodities e Desinflação

Os ativos de risco continuam dando sinais negativos. Agora é a vez de um forte movimento de queda no preço das  commodities , lideradas pelo Petróleo, trazer um tom negativo aos mercados. Além disso, os sinais de desinflação no mundo chamam a atenção, o que coloca ainda mais em evidencia a capacidade da economia global em mostrar uma recuperação econômica mais consistente e permanente.  O MS resumiu de forma bastante pertinente este ambiente: Disinflation:  Disinflation remains the dominant theme after the release of weak CPI prints from the UK, Sweden and China. On top of this, Korea cut rates overnight (25bp to 2.0%) and revised its growth and inflation projections lower. Deflation risks come in as a result of high global debt and overcapacity. We have made the point for Sweden before, where private households run a record 175% debt/GDP level, which breaks the transition mechanism between growth and inflation. Similar dynamics apply for other highly indebted economies including

Cenário Global

A despeito de entender que os mercados locais estão focados no cenário eleitoral no curto-prazo, acho válido difundir o que estamos vendo em termos de cenário global. Os principais pontos são: - Parte da queda das bolsas e fechamento de taxa de juros nas últimas semanas foi um reflexo dos sinais claros de arrefecimento da economia mundial, que levaram a uma revisão ampla por parte do FMI. Vale ressaltar, contudo, que exceto em casos específicos, as revisões foram marginais. - Nos EUA, o crescimento permanece saudável. O que estamos vendo parece uma simples acomodação do crescimento em níveis relativamente saudáveis, em torno de 3%. - Na Europa, os últimos acontecimentos preocupam, especialmente a fraqueza da economia da Alemanha. - No Japão, parte da fraqueza da economia é fruto do aumento do imposto (VAT), efetivada em abril. - A China mostra sinais de que o menor crescimento é estrutural, e não cíclico. Parece natural esperar do mercado uma reação negativa a estes ev