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Mostrando postagens de março, 2019

Final de semana de notícias mais construtivas.

O final de semana trouxe um fluxo de notícias mais positivo, com continuidade da melhora no diálogo (ou pelo menos sinais de melhora) na articulação política no Brasil e uma recuperação do PMI Manufacturing de março na China. Comentei sobre esses dois eventos mais cedo e os reforço aqui: Mercados: No Brasil, a minha sensação é de que a posição técnica melhorou bastante na semana passada e com o fluxo de notícias local e externo podemos voltar a uma tendência positiva para os ativos do Brasil. Continuo vendo risco de implementação da agenda liberal e das reformas econômicas, mas não mudanças substanciais de cenário para o país. No tocante ao cenário externo, com o PMI da China devemos manter o interregno benigno e um pano de fundo de “goldilocks”. A estabilização do crescimento global, se confirmada, tirá alguns riscos relevantes de curto-prazo. Ainda tenho uma visão mais cauteloso de médio-prazo, pois acho que estamos em um estágio avançado do ciclo econômico, mas

EUA – Novos sinais de desaceleração.

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Números de crescimento abaixo das expectativas mostra um arrefecimento da economia dos EUA. A inflação continua baixa e contida. Números favoráveis ao dólar fraco e aos ativos emergentes, no curto-prazo e com um porém: Voltamos a minha tese de “equilíbrio instável”. Os mercados, especialmente emergentes, podem performar bem enquanto prevalecer a tese de desaceleração gradual e pausa do Fed, mas se a desaceleração se mostrar mais acentuada, a situação fica ruim para os ativos de risco, inclusive EM.

Brasil: Voltando aos eixos.

Os ativos de risco apresentaram ontem um dia de recuperação. O movimento teve continuidade esta noite, cm um bom desempenho dos índices de bolsa na China. Os ativos de risco operam próximos a estabilidade essa manhã. No campo internacional, o dia ontem foi de poucas novidades, com destaque para o Jobless Claims, que mostrou um quadro de mercado de trabalho ainda robusto e saudável nos EUA. De fato, olhando tudo o que acontece no mundo neste momento, a economia norte americana ainda parece a mais saudável dentro os principais centros do mundo. Me preocupa um pouco a possibilidade de o “delta” de desaceleração começar a ser maior mas, por ora, ainda vemos sinais mistos e uma economia que apenas desacelera para níveis de crescimento mais brandos porém ainda saudáveis, compatível com o cenário base e não um cenário alternativo de maior risco para os mercados. No Brasil, a quinta-feira foi de arrefecimento dos ânimos e da crise política, com sinais de “cessar fogo” tanto do lado d

Educação Financeira - Uma breve contribuição.

Espero que possamos ajudar, com um pouco de humor, na educação financeira das pessoas e, em breve, trazer produtos alinhados e pensados no melhor para o cliente. Pi investimentos, Mara Luquet, Antonio Tabet, TAG Investimentos, Iberê Thenório obrigado pelo convite e pelo suporte. https://www.youtube.com/watch?v=EjmpcKVswpA&t=3s

Ibovespa

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Reforçando o que escrevi a 2 dias atrás: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/brasil_26.html Os ativos no Brasil estão respeitando algumas bandas bem definidas:  Dólar entre 3,65-3,95 e Ibovespa entre 92 mil e 100 mil pontos. Não há tendência clara, pelo menos ainda. Não vamos nos desesperar nos "vales" e nem nos animarmos muito nos "picos"! Me parece que estamos agora na “nova” banda de cima (verde). Continuo mais preocupado com o cenário externo. Movimento ontem muito técnico, de “stop” de posições dos fundos locais. Hoje vimos sinais, mesmo que incipientes, de arrefecimento da crise política. Por ora, a despeito da volatilidade e de todos os ruídos, não parece haver nenhuma mudança substancial de cenário local.

Sinais negativos

Com a abertura dos mercados no Brasil se aproximando os sinais de mercado são preocupantes. Dólar forte no mundo, fraco contra JPY. Destaque para o EUR abaixo de 1,125. Ativos na Turquia dando sequencia a deterioração, com a moeda (TRY) depreciando cerca de 5%. Fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido, com abertura de taxas de países alavancados (como Itália). Mantenham os cintos apertados que a volatilidade continuará.

Sem novidades no cenário.

Estamos iniciando o dia sem que haja qualquer mudança relevante no cenário local, que comentei bem a fundo aqui na noite de ontem: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/tempestade-perfeita.html ). Acredito que a situação de fragilidade política seja preocupante, mas há uma solução simples e fácil para que os problemas sejam equacionados e o país caminhe de novo para a direção das reformas econômicas. Basta que o Presidente e seu entorno abaixem a temperatura e aceitem dialogar com o Congresso. Na noite de ontem, vimos alguns sinais da parte de Rodrigo Maia e do Congresso em busca deste caminho. Flavio Bolsonaro, filho de Presidente, adotou discurso também apaziguador. Falta um movimento mais claro por parte do presidente. Acredito que haja algum exagero, puxado pelo técnico e pelo cenário externo (Turquia, Argentina e etc) que tenha ajudado a forte deterioração no preço dos ativos brasileiros ontem. Não há melhor no cenário externo, com a situação da Turquia

Tempestade Perfeita!

O que dizer de um dia como o de hoje? O Presidente optou por não baixa a temperatura da situação entre Executivo e Legislativo, levando um mercado já fragilizado para uma correção ainda mais acentuada. Para piorar a situação, o cenário externo continua desafiador, não apenas pelos sinais tenebrosos do crescimento global, mas também pelas questões pontuais e localizadas, como o caso de Turquia (vide aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/turquia-short-squeeze-101-watch-out-em.html ) que em nada ajuda o humor para toda a classe de ativos emergentes. Até onde irá o movimento? Pergunta de resposta difícil neste momento. O mercado está passando por uma correção técnica que só irá se encerrar com uma mudança do quadro político local e/ou se atingirmos um novo nível de preços e valuations mais atrativos em um quadro técnico mais saudável. Sigo bastante preocupado com o cenário externo. Estou menos preocupado com o cenário estrutural para Brasil, mas entendo que t

Turquia: "Short Squeeze" 101. WATCH OUT EM!

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A Turquia entrou em “full-mode” para conter a depreciação da moeda, levando a taxa de juros de “overnight” para 1.000%. Mesmo assim a moeda deprecia 2%. O problema no país é localizado. Contudo, o mercado passou este inicio de ano alocando bastante nos ativos emergentes. Estamos em um momento de instabilidade política no Brasil e agora este novo problema na Turquia. Apertem os cintos que teremos volatilidade e a “porta de saída” para EM, no curto-prazo, pode ficar pequena. Além disso, sigo extremamente preocupado com o crescimento mundial. Eu vinha classificando o momento recente como “Equilíbrio Instável”, pois o mercado se animava com os sinais mais brandos do Fed e as medidas de estímulo na China, na esperança de uma estabilização do crescimento mundial. Podemos estar na fase do mercado começar a questionar se não estamos no inicio de uma recessão e que o poder de fogo do BCs sejam limitados. Turquia Overnight Rate

Brasil: Congresso busca protagonismo.

Os ativos de risco apresentaram recuperação ontem e mantém viés positivo esta manhã. No Brasil, vimos a bolsa seguir o ambiente externo, mas presenciamos uma deterioração no câmbio e no mercado de juros. Comentei sobre a Ata do Copom ontem (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/ata-do-copom.html ). O IPCA-15 de março ficou levemente acima das expectativas, mas sua abertura mostrou um quadro qualitativo positivo, com núcleos baixos, difusão controlada e serviços comportados. Não há mudança no quadro de inflação baixa e perspectiva de Taxa Selic estável no horizonte relevante de tempo. No campo político, contudo, o fluxo de noticias foi interessante na noite de ontem. Por um lado, há sinais de avanço da Reforma da Previdência na CCJ. Parece haver acordo para a relatoria, para a ida de Guedes ao Comissão e para o avanço do processo de votação. Se tudo transcorrer como o que foi dito ontem por membros do PSL, seria um sinal positivo em meio a um oceano de inc

Ata do Copom

A Ata reforçou a mensagem do comunicado após a reunião. É uma Ata que indica Taxa Selic estável no horizonte relevante de tempo. Contudo, deixa uma “fresta de porta” aberta para eventuais cortes adicionais da Taxa Selic caso tenhamos a persistência de um cenário de inflação baixa, expectativas de inflação ancoradas e ociosidade elevada na economia, com recuperação apenas gradual do crescimento. A reforma da previdência é importante para a taxa e juros estrutural da economia. No curto-prazo, para política monetária, é importante para as expectativas de inflação. O BCB não coloca uma relação direta entre reforma da previdência e política monetária, mas sim entre reforma e juros de equilíbrio de longo-prazo. De maneira geral, mais um vetor de sustentação da curva local de juros em patamar comportados, salvos ruídos e volatilidade pontual oriundos do quadro político.

Brasil

Os ativos no Brasil estão respeitando algumas bandas bem definidas:  dólar entre 3,65-3,95 e Ibovespa entre 92 mil e 100 mil pontos. Não há tendência clara, pelo menos ainda. Não vamos nos desesperar nos "vales" e nem nos animarmos muito nos "picos"!

Brasil: Armistício, não um cessar fogo.

Os ativos, no Brasil e no exterior, tiveram ontem um dia de elevada volatilidade. Espero a manutenção desta dinâmica no curto-prazo. No Brasil, vimos algum sinal de armistício entre Executivo e Legislativo, com o Executivo emitindo sinais mais positivos na figura de Paulo Guedes ao longo da tarde, após reunião com o Presidente. O armistício é positivo vis-à-vis a situação caótica vista na sexta-feira e no final de semana, mas ainda está longe de ser um cessar fogo ou um endereçamento por completo dos problemas de articulação política. Guedes afirmou que o Governo e a Petrobrás estão próximos de assinar o acordo da Cessão Onerosa, além de estarem focados na articulação para a Reforma da Previdência. Os jornais de hoje trazem matérias desencontradas sobre o tema. No Valor: https://www.valor.com.br/politica/6181215/interlocutores-buscam-aparar-arestas-entre-bolsonaro-e-maia e aqui https://www.valor.com.br/politica/6181267/maia-cede-e-camara-tenta-retomar-negociacao-de-p

Participação no Canal MyNews:

https://www.youtube.com/watch?v=vWsj7x-I4Ik

Brasil: Crise política permanece.

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom levemente negativo, após uma recuperação dos piores momentos da noite. Não há mudanças no pano de fundo, local e externo, mais negativo, que comentei este sábado, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/confusao-politica-no-brasil-e-elevacao.html . No Brasil, não vimos uma mudança de postura ou aproximação entre o Executivo e o Legislativo. A situação continua bastante tensa e incerta. O mercado deverá continuar em um viés negativo, pelo menos até que um caminho comum seja encontrado. Para isso, precisamos ver uma aproximação entre os poderes e uma mudança de postura e de discurso por parte do Presidente e de seu entorno. Os jornais de hoje continuam repercutindo a situação complicada do quadro político: https://www.valor.com.br/politica/6178499/camara-debate-dar-prioridade-para-sua-propria-pauta https://www.valor.com.br/politica/6178513/camara-quer-testar-parlamentarismo-brasileira https://www.valor.

Confusão política no Brasil e elevação dos riscos externos.

A sexta-feira foi de forte pressão negativa nos ativos de risco. Dois vetores explicam o movimento. Primeiro, no Brasil, a instabilidade política. Segundo, no cenário internacional, os sinais cada vez mais inequívocos de desaceleração do crescimento. Vamos a eles: Brasil – Política: Rodrigo Maia está hoje em todos os jornais, após ter concedido entrevistas ontem para os principais meios de comunicação da imprensa. Maia cobra melhora na comunicação do governo e na articulação política. Entendo que o mercado esteja lendo esses sinais como negativos, pois mostra que ainda estamos distantes do ideal no tocante a articulação política para a aprovação da Reforma da Previdência. O risco de execução do projeto econômico sempre existiu e era o principal foco do mercado desde a vitória de Bolsonaro nas eleições do ano passado. Comento isso praticamente todos os dias. Ao que tudo indica, o governo ainda está em uma curva de aprendizado onde muita coisa precisa ser endereçada.

Cenário Global

PIMCO resumiu bem o cenário global: Financial markets have priced in the “synching lower” theme and central bank dovishness with a sustained move lower in global yields, while risk assets are generally back to or close to their early December levels. We continue to be concerned about the ongoing secular potential for “rude awakenings” and market disruption as the result of recession risks, shifts in the balance between monetary and fiscal policy, trade tensions and political populism. Therefore, we continue to think this is an environment in which it makes sense to  stay fairly close to home  in terms of top-down macro risk factors, to generate income without relying excessively on corporate credit, and to emphasize flexibility and liquidity in our portfolio construction, keeping powder dry to be put to use during periods of higher volatility and market dislocation. https://www.pimco.com.br/en-br/insights/economic-and-market-commentary/cyclical-outlook/2019/03/flatlining-at-th

Ugly!

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Ugly! Bund de 10 anos voltando para taxa de -0.01%, menor patamar desde 2016! Vale atentar para a aceleração do movimento nas últimas semanas, ou seja, não só a taxa já vinha em uma tendência de fechamento, como acelerou o “delta”. Enquanto isso, o mercado passou este inicio de ano comprando a esperança de uma estabilização do crescimento global. Podemos estar em um ponto de inflexão importante para os mercados e a economia mundial. O mercado pode começar a questionar o poder de reação e os instrumentos disponíveis pelos bancos centrais. Se isso não é um sinal tenebroso para a economia global e os mercados financeiros mundiais, o que seria?

Crescimento global (Europa) assusta. Quadro político piora no Brasil.

Após uma quinta-feira de forte alta nas bolsas dos EUA, que acabou ajudado outros ativos de risco ao redor do mundo (exceto no Brasil, como já comentado ontem aqui, https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/atualizacao.html ), a sexta-feira está abrindo com viés negativo. Destaque absoluto para as prévias dos PMIs na Europa. Os números, em especial na Alemanha, apresentaram forte queda. O PMI Manufacturing, por exemplo, caiu de 48.0 para 44.7 pontos, patamar muito abaixo das expectativas e que aponta para a continuidade de um processo de contração da economia. New Orders, um indicador prospectivo de crescimento, saiu de 42.2 para 40.1 pontos, patamar condizente com uma recessão no país. Como a Alemanha é uma economia aberta e exportadora, os números de hoje sinalizam para um quadro extremamente preocupante de crescimento ao redor do mundo, em especial na Europa e na Ásia/China. A despeito de sempre ser complicado analisar um número apenas, a desaceleração dos indicadores j

Atualização

Mercados Globais A despeito de um dia bastante positivo nos mercados externos, o dia foi de realização de lucros no Brasil. Comentei sobre esta possibilidade esta manhã (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/ruidos-locais-e-externos-podem-trazer.html ). Acredito que os mercados locais tenham sofrido por um misto de: - Reação a Reforma dos Militares. - Ruídos entre Congresso e Governo. - Prisão de Temer (acho que não ajuda imagem do país, gera ruído de curto-prazo). - Pós Copom (realização de lucros normal). - Deterioração da situação política na Venezuela (pode respingar para o Brasil). Acredito que todos esses temas sejam ruídos de curto-prazo e não mudam o “case” para o Brasil no longo-prazo. Entendo que ainda existe um risco de execução das reformas no Brasil que precisa ser monitorado e o mercado possa ficar volátil neste período. Na minha visão, parte relevante da recuperação dos ativos do Brasil este ano é fruto da melhora global do humo

Brasil

Mercados locais sofrendo bastante neste momento. Acho que é um misto de: - Reação a Reforma dos Militares. - Ruídos entre Congresso e Governo. - Prisão de Temer (acho que não ajuda imagem do país, gera ruído de curto-prazo). - Pós Copom (realização de lucros normal). - Deterioração da situação política na Venezuela (pode respingar para o Brasil).

Ruídos locais e externos podem trazer volatilidade!

Os ativos de risco estão dando continuidade aos movimentos de ontem, ainda digerindo a decisão e as sinalizações do FOMC nos EUA. Reforço que: O mercado pode ficar com a impressão que o Fed saiba alguma coisa que o mercado não sabe em relação a desaceleração da economia. A decisão de hoje, na minha visão, ajuda a abrir uma janela para um dólar mais fraco no mundo. Tenho insistido nesta tese já há algumas semanas. Gosto do JPY e CHF. Gosto de compra de vol de EUR, como sinalizei na manhã de ontem (aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/eur.html ). Vejo um cenário de taxas mais baixas, dólar mais fraco e, eventualmente, algum “cap” na bolsa. Vale lembrar que Trump afirmou ontem que pretende manter as tarifas de importação para a China, mesmo que um acordo seja assinado (vide aqui: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-03-20/trump-says-tariffs-will-stay-on-until-china-complies-with-a-deal?srnd=premium ). A mídia internacional traz essa manhã muito deba