Mercados Globais

Após uma segunda-feira de recuperação dos ativos de risco, os mercados estão novamente operando sob pressão essa manhã, com um movimento clássico e coordenado de aversão a risco. As incertezas em relação a nova variante do Covid-19 continuam sendo o principal foco do mercado.   Nesta manhã, em especial, a dúvida em relação a efetividade da vacina é o destaque do dia: MODERNA CEO PREDICTS VACCINES TO STRUGGLE WITH OMICRON: FT O artigo completo, para assinantes, pode ser lido aqui: https://www.ft.com/content/27def1b9-b9c8-47a5-8e06-72e432e0838f .   Na África do Sul, o epicentro da nova variante, continua sendo assolado por um aumento do número de casos:   Na Ásia, o índice Hang Seng atingiu sua mínima de 5 anos:   Na China, pela primeira vez em 5 meses, o PMI ficou acima das expectativas e apresentando uma incipiente recuperação:   O curto-prazo, no Brasil e no exterior, será dominado pelos desenvolvimentos da pandemia.   *As análises e opiniões são pessoais

Ontem escrevi sobre o que sabíamos até então sobre a nova variante da pandemia: https://www.linkedin.com/posts/dan-kawa-78361130_pandemia-nova-variante-o-que-sabemos-activity-6870506342302445568-N1G- .   As notícias hoje, ainda muito preliminares, apontam para uma variante menos severa (casos menos graves), porém mais contagiosa: https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-11-28/omicron-pretty-mild-so-far-south-african-health-expert-says?srnd=premium-europe&sref=dJOSAJZH .   Chegou o momento de tentar “linkar” os eventos do final de semana aos preços dos ativos. Ao que parece, a reação “a priori”, de sexta-feira, foi um pouco exagerada dado a ausência de informações mais concretas. Assim, pode haver uma tentativa de uma recuperação dos ativos de risco neste começo de semana.   Contudo, há um contexto, um pano de fundo, que já vinha se desenvolvendo antes da Variante e pode manter os mercados ainda voláteis. Mesmo antes da Nova Variante, a Europa já era assolada pelo au

A descoberta de uma nova variante do Covid19 está levando os ativos de risco à um movimento global e coordenado de aversão a risco, com queda das bolsas, commodities e cryptos, dólar forte e fechamento de taxa de juros.   O artigo que circulei na tarde de ontem vale um pouco mais sobre as características desta nova variante: https://twitter.com/DanKawa2/status/1463977238441902097?s=20 .   Ainda é cedo para conclusões mais profundas, mas, a priori, esta variante parece ser mais contagiosa e produzir “escape” às vacinas existentes e aqueles que já tiveram o vírus. A variante foi descoberta na África do Sul, onde a vacinação ainda é baixa (cerca de 30% da população): Diversos países já colocaram países da África em suas “listas vermelhas” de viagens, proibindo a entrada e pessoas vindas da África do Sul e países vizinhos.   O temor, neste momento, é que uma variante mais agressiva possa levar a novos “lockdowns”, gerando menos crescimento e mais inflação, em um momento em

O feriado de Thanksgiving deve manter a liquidez baixa e pode exacerbar os movimentos dos mercados nesta final da semana.   O destaque de ontem ficou por conta das Mintas do FOMC, em que o Fed indicou a possibilidade de acelerar o processo de normalização monetária. Falei sobre isso aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1463584187169099781?s=20 .   O mercado já precifica cerca de 3 altas de 25bps em 2022:   Estes movimentos ocorrem em um pano de fundo de alta rápida e acentuada da inflação, como podemos ver no Core PCE:   Na Europa, a crise energética ainda assola a região, como podemos ver no preço “spot” da energia na França, que atingiu nível acima de €300 per MWh, quase uma alta de 10 anos:   Finalmente, é importante monitorar a liquidez global, que aparenta já ter feito seu pico e estar entrando em uma tendência de baixa. A liquidez já tem feito “vítimas”, como a Turquia, o Brasil e a China, cujos ativos seguem bastante pressionados:   *As análises e op

Na véspera do feriado mais importante dos EUA, os ativos de risco operam sem grandes movimentações neste momento. A agenda do dia será carregada de indicadores econômicos: Na Alemanha, o IFO – um dos indicadores de confiança mais importantes do país – apresentou queda pelo quinto mês consecutivo, mostrando arrefecimento da atividade econômica mesmo antes da última onda da pandemia:   Falando em pandemia, a situação na Europa ainda demanda atenção. Novas restrições não podem ser descartadas:   No Brasil, a terça-feira foi um dia de descompressão de prêmio de risco nos ativos locais. Ainda me parece muito cedo para “cravar” uma mudança de tendência. Por ora, ainda parece mais um “repique”, natural nestes ciclos de queda.   Ontem aprofundei um pouco mais meu comentário sobre fluxos para os mercados locais: https://twitter.com/DanKawa2/status/1463199398440144901?s=20 .   A PEC dos Precatórios ainda está em debate no Congresso: https://valor.globo.com/politica/noticia/20

Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom negativo, com bolsa, commodities e cryptos em queda, dólar misto e abertura de taxa de juros no mundo. Destaque negativo para a desvalorização adicional de 7% na Lira Turca (TRY): O movimento recente pode ser explicado pelos vetores que tenho comentado neste fórum nos últimos dias. Contudo, vale ressaltar que os movimentos ainda são relativamente tímidos nas bolsas, o que não poder ser dito sobre o mercado de moedas, commodities e ativos emergentes, que já vem em uma descendente há alguns meses.   Vale citar os seguintes vetores que estão afetando o cenário:   - Nova onda da pandemia na Europa e EUA; - Inflação alta levando a abertura de juros; - Menor crescimento (na minha opinião estrutural) da China; - Preços, valuations e posição técnica menos favorável de alguns mercados/ativos; - Problemas idiossincráticos em alguns emergentes (Brasil, Turquia e outros); - Crise energética.   Na Europa, após 5 meses de queda,

Na ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo.   A pandemia voltou a pauta de discussão e atenção ao redor do mundo. Ainda precisamos medir a intensidade, magnitude e duração desta nova onda pandêmica para termos uma melhor noção de seus impactos econômicos. No geral, estes impactos têm sido altistas para a inflação e baixistas para o crescimento: No mercado, já vemos como a nova onda afeta ações de setores mais dependentes da reabertura econômica, como é o caso das companhias aéreas, especialmente na Europa:   No Brasil, as prévias do PSDB acabaram sendo “pausadas” após falha no aplicativo de votação.   No sexta-feira, o presidente do Banco Central foi bastante criticado por dar declarações mais duras em relação a inflação durante o dia e em um evento privado e fechado. As sinalizações apontam para uma maior preocupação em relação a inflação corrente e prospectiva.   A Selic e alta tem sido um enorme desaf

O dia está iniciando com aversão a risco, após a Áustria anunciar o seu quarto “lockdown” com duração de 20 dias. A Alemanha sinalizou que poderá seguir pelo mesmo caminho:   Novos surtos pandêmicos eram esperados que fossem de magnitude menor do que os anteriores, com novos casos em alta, mas sem grandes internações sobrecarregando o sistema de saúde. Países com níveis baixo de vacinação, contudo, parecem estar sofrendo de forma mais aguda, com alta de casos e internações.   Estes novos lockdowns pegam um mundo em um estágio mais avançado do ciclo. Na Europa, por exemplo, verifica-se desaceleração do crescimento, inflação elevada e menor capacidade de atuação da política monetária. Além disso, parte dos mercados apresentam preços, valuations e posição técnica menos favoráveis.   Ainda me parece cedo para tirar conclusões em relação a esta nova onda da pandemia, mas certamente será um novo obstáculo para o crescimento e a inflação. Consequentemente, não podemos descartar im

Em uma manhã de poucas novidades no cenário, os ativos de risco apresentam tom mais positivo. O dia fica reservado para uma breve exposição de gráficos.   Nos EUA, os títulos de dívida HY apresentam aberturas não desprezíveis de taxas ao longo do ano:   Na Turquia, a Lira Turca (TRY) testa o patamar de 11 por dólar, a espera de mais um corte de juros por parte do BC do país:   Interessante observar a correlação do Minério de Ferro com o mercado imobiliário da China:   Finalmente, as vendas de carros na Europa, e no mundo, seguem bastante pressionadas:   No Brasil, na ausência de novidades e com enormes incertezas no cenário, os ativos locais continuam a operar sob pressão.   *As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.   Dan H. Kawa CIO TAG Investimentos

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em torno da estabilidade.   Nos EUA, ontem, destaque para a divulgação de fortes vendas no varejo em setembro e para o discurso de Bullard, Diretor do Fed, onde ele sinaliza para a possibilidade de um processo mais rápido de redução do QE e uma eventual antecipação da alta de juros.   O cenário de inflação já causa ruídos na confiança dos consumidores americanos e pode vir a afetar o crescimento à frente: https://twitter.com/DanKawa2/status/1460736138910617605?s=20 .   No Brasil, a pressão por mais gastos públicos continua. Agora, o Presidente acena com a possibilidade de reajuste aos servidores públicos: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/11/time-de-guedes-cede-a-pressao-de-bolsonaro-por-reajuste-a-servidores-apesar-de-travas-legais.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa .   Os ativos do Brasil continuam a operar sob forte pressão, em um ambiente de menor liquidez global e com enor

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira próximos a estabilidade. O destaque fica por conta da forte queda das Cryptos no dia. Fazendo uma breve revisão do dia de ontem, vimos a continuidade dos movimentos verificados após a divulgação do Core CPI nos EUA ( https://twitter.com/DanKawa2/status/1460325312500224004?s=20 ).   Também ontem, o mercado recebeu, com pouco entusiasmo, os números de atividade econômica de outubro na China: https://twitter.com/DanKawa2/status/1460221196788715523?s=20 .   No Reino Unido, os dados de emprego de outubro confirmaram um mercado de trabalho em franca recuperação e cada vez mais apertado. Este pano de fundo praticamente viabiliza o começo do processo de alta de juros no país na próxima reunião do MPC:   Na Alemanha (assim como em partes da Europa), uma nova onda da pandemia se instala, afetando, em grande parte, os não vacinados. “Lockdowns” pontuais e focados naqueles ainda não imunizados deverão ser implementados, o que pode afetar p

A sexta-feira está iniciando com poucas movimentações e sem tendências claras definidas nos mercados. Ainda vejo espaço para os movimentos verificados após o Core CPI nos EUA, leia-se: dólar forte, abertura de taxa de juros nos EUA e pressão nos ativos considerados de alta “duration” e com valuations esticados, como as bolsas norte americanas.   O Fed vem afirmando, nos EUA, que caso as expectativas de inflação percam a ancoragem e a inflação corrente permaneça elevada, eles terão que acelerar o processo de normalização monetária. O que dizer após o Core CPI desta semana ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2021/11/daily-news-convivendo-em-mundo.html ) e dos “breakeven inflations” de 10 anos rompendo níveis vistos apenas em 2006?   Na Austrália, as vendas no varejo apresentaram forte queda em setembro, sinalizando para uma expressiva desaceleração da economia:   Na Turquia, a Lira (TRY) segue sua tendência de depreciação e já testa o patamar de $10. Isso que acontece com