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Mostrando postagens com o rótulo Pesquisa Ibope

Sinais mais contundentes de desaceleração lobal.

Os ativos de risco voltaram a operar sob pressão, liderados pela queda dos futuros dos índices de bolsa dos EUA. As bolsas da China apresentaram leve alta (abaixo de 0,5%), mas os demais índices da Ásia voltaram a operar em baixa. Me parece que a China está seguindo uma dinâmica própria local e os demais ativos de risco começam a reagir de maneira mais contundente a outros vetores que não somente o cenário chinês. Nesta linha, além dos demais vetores que tenho apontado neste fórum (normalização monetária global, sinais de desaceleração do crescimento global ex-EUA, ruídos na Itália, “guerra comercial”, problemas na Arábia Saudita, e etc) hoje observamos uma surpreendente queda do PMI na Área do Euro. O PMI Composite caiu de 54.1 para 52.7 pontos, muito abaixo das expectativas de 54.5 pontos. O PMI Services saiu de 54.7 para 53.3 e o PMI Manufacturing caiu de 53.2 para 52.1. O destaque da queda ficou para a Alemanha, que saiu de 55.0 para 52.7. Estes números reforçam um cenário de...

Fed & Eleições.

Como eu suspeitava, ou temia, hoje pela manhã, (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/09/a-espera-do-fed.html ) a decisão do FOMC, seu comunicado e suas previsões de crescimento, inflação e taxa de juros foram rigorosamente em linha com as expectativas, mas o mercado acabou tendo uma leitura de que o Fed foi mais “ dovish ”, pelo simples fato de ter retirado a menção as condições monetárias acomodatícias, o que era esperado por muitos analistas, como comentei hoje cedo. Não vejo motivos para alterar as expectativas em torno do processo de normalização monetária nos EUA e nem mesmo o pano de fundo ainda desafiador para a economia mundial e os mercados financeiros globais. Ainda vejo a economia dos EUA em estágio avançado do ciclo econômico, com hiato do produto fechado, no pleno emprego e com acumulo gritante de pressões inflacionárias. Na minha visão, alguns fluxos de final de mês e trimestre, alguns rebalanceamentos de carteiras, aliados a percepção de preços ...

Pesquisa Ibope e normalização monetária global.

O destaque desta manhã está por conta de mais uma rodada de abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido, liderado pelos EUA. Além do cenário que já tenho descrito neste fórum: pleno empego, hiato do produto fechado e acumulo de pressões inflacionárias, agora, observamos um número cada vez maior de banqueiros centrais alertarem para este quadro e para a necessidade de continuidade do processo de normalização monetária, levando os juros para taxas superiores ao que o mercado precifica e a taxas terminais mais elevadas do que se imaginava anteriormente. O Morgan Stanley resumiu bem este cenário em seu relatório diário de moedas hoje: Hawkish central banks…  Hawkish rhetoric from central bankers continues to put upward pressure on yields. The ECB is the latest of a string of central banks which have taken more hawkish steps in recent months.  Fed Governor Brainard’s speech  raised eyebrows when, in contrast to her previously dovish remarks, she suggested the FOMC ma...

"EM Relief Rally", Eleições e Copom.

Os ativos de risco estão passando por um momento de consolidação, com os ativos emergentes e as commodities, classes de ativos que mais sofreram nos últimos meses, experimentando o que eu tenho chamado de “ relief rally ”. A posição técnica, o nível de preços e valuations e a aparente ausência de riscos no cenário de curto-prazo são argumentos para este tipo de movimento. Já havia escrito, após a divulgação do Core CPI nos EUA, que algo deste gênero pudesse ocorrer ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/09/inflacao-mais-baixa-nos-eua-nao-muda-o.html?q=core+cpi ). Por ora, contudo, não vejo o principal vetor de pressão estrutural desses mercados sendo dissipados, leia-se, a continuidade do processo de normalização monetária nas economias desenvolvidas, em especial e liderada pelos EUA. Assim, vejo estes movimentos como cíclicos, pontuais e não estruturais. Eles podem durar dias, talvez semanas, mas dificilmente alguns meses, na ausência de uma mudança significativa, de fato, n...

EUA: Pressões de inflação cada vez mais evidentes/Brasil: Incerteza eleitoral continua.

A quarta-feira foi de forte alívio para os mercados emergentes e de commodities, ativos que vinham sendo os mais pressionados nas últimas semanas. O movimento de acomodação nessas classes de ativo já vinha sendo ensaiado há alguns dias, mas hoje ganhou força com a notícia de que os EUA convidaram a China para novas conversas em torno das questões comerciais entre ambos os países. Não acredito que houve mudança substancial de cenário, muito pelo contrário, como veremos abaixo, o que me leva a crer que o movimento de hoje é apenas uma acomodação, um alívio, ou o que chamo de “ relief rally ” após uma rodada de cerca de 1 mês de pressão ininterrupta. No tocante a “guerra comercial”, ainda acredito que a situação terá de piorar antes de melhorar, não vendo, neste momento, motivos para os EUA recuarem de suas demandas. Nos EUA o discurso de Lael Brainard do Fed e o Beige Book foram bastante relevantes para reforçar o cenário que vem sendo o principal vetor de direcionamento dos ...

EUA mostra sinais adicionais de aperto do mercado de trabalho. Pesquisa Ibope no Brasil não muda o pano de fundo.

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira com leve viés positivo, a despeito de mais uma noite de dinâmica ruim dos ativos na China e no resto da Ásia. Voltamos a vivenciar um ambiente de pressões negativas localizadas, em especial na Ásia, mas que ainda não está sendo capaz de gerar qualquer tipo de contaminação mais acentuada ou duradoura para o resto do mundo. Inclusive, os próprios ativos emergentes ex-Ásia vêm apresentando sinais de estabilização nos últimos dias, mesmo diante de uma rodada de alta de juros nos países desenvolvidos. No tocante a Ásia , continuamos a ver números que apontam para um arrefecimento do crescimento da região e uma situação ainda bastante fragilizada (para os padrões do país) no que diz respeito a China . Nos EUA , contudo, ontem observamos novas evidências de solidez da economia. O JOLTs Job Openings   o NFBI Business Confidence mostraram um mercado de trabalha extremamente robusto, no pleno emprego e com o hiato do produto fechado. As ...

Brasil: Pesquisa Ibope.

Os ativos de risco estão apresentando sinais de estabilização essa manhã. Começo a sentir um movimento de tentativa de estabilização dos mercados que mais sofreram nas últimas semanas, como os ativos EM e commodities, mas com um movimento de maior fragilidade, ainda bastante incipiente, dos ativos de maior destaque positivo neste período, como as bolsas dos países desenvolvidos, por exemplo o S&P e a NASDAQ. Não vi notícias relevantes no cenário externo. A agenda do dia terá o ADP Employment como destaque nos EUA. No Brasil, o Ibope divulgou pesquisa ontem já pegando o inicio do programa eleitoral. Acredito que, a luz da visão do mercado, existirão intepretações positivas e outras negativas em relação a pesquisa, olhando exclusivamente a “fotografia” dos números, sem pensar no cenário prospectivo. Do lado negativo, a esquerda segue forte com Ciro e Marina bem posicionados, além de Haddad começando a subir nos intensões de voto. No segundo turno, Bolsonaro perde para pratica...

Sinais de contaminação.

Mais uma noite se passa e iniciamos mais um dia com o mesmo pano de fundo e a mesma dinâmica de mercado que já virou regra, ou seja, dólar forte e pressão nos ativos emergentes. Comentei bastante sobre isso nos últimos dias, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/ e aqui https://www.linkedin.com/in/dan-kawa-78361130/detail/recent-activity/shares/ . Não entrarei em detalhes para não soar repetitivo. Desde ontem, contudo, vemos sinais de contaminação este cenário emergentes mais negativo para outras classes de ativos, como as bolsas no mundo desenvolvido, que vinham se mostrando “blindadas” a este ambiente. Após Argentina, Turquia e África do Sul, agora a Indonésia também entra no radar do mercado, com sua moeda atingindo o menor patamar da história após mais uma rodada de depreciação. Neste caso, o problema enfrentado pelo país é muito parecido com os casos dos demais emergentes. Continuo acreditando que tudo isso é apenas sintoma do mesmo problema, ou seja, a redução global...

Pesquisa Ibope

O destaque da manhã continua por conta do processo de fechamento de taxa de juros na Europa, que vem dando suporte aos bonds dos demais países desenvolvidos, e favorecendo um movimento clássico de “ risk-on ”, com as bolsas globais bem suportadas, o USD mais fraco ao redor mundo e uma boa demanda por carry e pelos ativos emergentes. Na ausência de noticias relevantes, e com uma agenda externa esvaziada, não vejo argumentos para uma mudança de tendência dos mercados. Brasil – A pesquisa Ibope divulgada ontem pode apresentar pontos de vista positivos para qualquer dos 3 principais candidatos, mas certamente consolida Marina como favorita a vitória nas eleições de outubro. A avaliação do governo Dilma mostrou recuperação não desprezível, o que pode ser visto como positivo para sua campanha, enquanto Aécio não perdeu tantas intenções de voto com a entrada de Marina na disputa, e ainda se mostra um candidato competitivo, mesmo em um eventual segundo turno contra Dilma. De maneira ger...

Sinais de estabilização do sentimento negativo

Os ativos de risco tiveram uma noite de relativo pânico na Ásia, dando continuidade ao movimento de aversão a risco que vem dominando os mercados ao longo de toda essa semana. O movimento de ontem a noite teve início após EUA anunciarem que irão intervir no conflito no Iraque, através de bombardeios aéreos. Este evento se adiciona aos problemas que o Ocidente está enfrentando na Ucrânia, com uma crescente batalha diplomática contra a Rússia. Neste ambiente, continuo a ver pressão nas bolsas globais, um movimento de fortalecimento do USD no mundo (especialmente contra EM), fluxos de " fly to quality " para as Treasuries   e os   Bunds  e algum tipo de pressão altista nas taxas dos papéis soberanos na periferia da Europa. Vale a pena também chamar a atenção para o forte movimento de realização de lucros no mercado de crédito americano, com fluxos elevados de saídas ( outflows ) dessa classe de ativos. Este movimento deve ser acompanhado no detalhe, pois foi uma das classes...

Sinais de fragilidade

A noite foi de pressão sobre as bolsas da Ásia, o que está colocando um viés negativo nos mercados europeus. As bolsas americanas operam em leve alta, mas ainda mostram claros sinais de fragilidade. O movimento de fortalecimento do USD no mundo começa a se tornar uma tendência mais consistente, enquanto o mercado mostra um “ fly to quality ” para as  Treasuries  norte americanas e os  Bunds  na Alemanha. Em suma, não vejo alteração significativa no cenário desde o começo da semana. Os sinais de fragilizadade são aparentes e vem se acumulando. A sustentação dos ativos de risco nos atuais suportes é fundamental para evitar uma correção mais acentuada e prolongada. O  price-action  desta quinta-feira e sexta-feira será fundamental para definir a dinâmica de curto-prazo dos mercados. Na agenda do dia, destaque para a decisão do Banco Central Europeu (BCE) na Europa e para o Jobless Claims nos EUA. Brasil –  Os dois próximos grandes eventos da sema...

Mudança de cenário?

Os ativos de risco tiveram a noite para digerir as informação trazidas ontem pelo ADP Employment, PIB e FOMC nos EUA. Ratifico minha visão de que estamos migrando para um cenário de aceleração da economia americana, onde a solidez do crescimento irá levar o Fed a alterar, gradativamente, sua postura. Hoje pela manhã, estamos vendo uma realização de lucros nas bolsas globais, com os juros nos EUA ainda sofrendo pressões altistas e o USD forte ao redor do mundo. Na agenda do dia, destaque para o Jobless Claims e Chicago PMI nos EUA. No Brasil, o foco ficará por conta dos dados fiscais. Acredito que o comunicado do FOMC de ontem ratifica o pano de fundo de que o Fed pretende seguir o cenário econômico para determinar os seus próximos passos. Assim, números de emprego, crescimento e inflação mais fortes, como os verificados nos últimos meses, devem ser um guia mais preciso das próximas decisões do Fed e para a movimentação do mercado.  O acumulo de dados econômicos...

Dia mais importante dos últimos meses

Na minha visão, hoje será o dia mais importante para os mercados globais dos últimos 3 a 4 meses. Com os ativos de risco em níveis técnicos decisivos, e com os fundamentos econômicos migrando para confirmar a solidez da economia norte americana, o ADP Employment, PIB, e FOMC, todos nos EUA, podem definir o rompimento dos atuais níveis dos mercados, trazendo um período de maior volatilidade e realização de lucros. Caso este cenário não seja verificado, teremos a confirmação dos  ranges  que vem sendo respeitados desde o início do ano.  Brasil -   Os ativos locais não estarão imunes ao cenário externo. Contudo, a pesquisa Ibope que será feita em 5 importantes estados do país, pode trazer algum tipo de diferenciação para os ativos brasileiros. De qualquer maneira, até que tenhamos algum "fato novo" nas eleições, os ativos locais devem seguir o humor global a risco. Artigo de Cristiano Romero no Valor de hoje descreve a arapuca que o BCB se colocou nos últimos meses...

Pesquisa Ibope

A temporada de resultados corporativos nos EUA e na Europa vem mostrando lucros sólidos. Aliado a isto a inflação ainda contida nos EUA, mostrada pelo Core CPI divulgado ontem, estão ajudando a dar um suporte adicional aos ativos de risco, especialmente as bolsas globais. Além disso, o mercado tem apresentado uma capacidade ímpar em “passar por cima” de problmeas pontuais e localizados, como a crise na Rússia/Ucrânia, e o combate de Israel contra o Hamas. A agenda do dia será relativamente esvaziada, sem dados macro relevantes nos EUA e com destaque para a arrecadação federal no Brasil. Brasil - A pesquisa Ibope mostrou um quadro semelhante aquele apresentado pela última pesquisa do instituto. Dilma lidera no primeiro e no segundo turno, com a diferença entre ela e Aécio no segundo turno caindo de 9% para 8%. A avaliação ótimo/bom de seu governo permanece perigosamente baixa, em 31%. Além disso, sua rejeição ainda é bastante elevada e não mostra sinais de arrefecimento. A pesquisa...

Ruídos Geopolíticos

Os ativos de risco de risco estão abrindo a semana com desempenho interessante, já que as bolsas da Europa e EUA operam em baixa, mas o mercado de moedas apresenta relativa estabilidade, com as taxas de juros dos países desenvolvidos sem tendência clara. Destaque apenas para o movimento de  flattening  da curva americana, com a parte curta da curva apresentando abertura de taxas, mas os vértices mais longos contidos pelo movimento negativo das bolsas. A agenda do dia será esvaziada no campo macro, mas teremos uma agenda corporativa agitada. Destaque para o Core CPI nos EUA e para o IPCA-15 no Brasil na agenda de amanhã. O final de semana teve as atenções voltadas para o campo geopolítico no cenário externo, e nas questões de política interna e juros, no Brasil. Os eventos na Rússia, em Israel e na China (vide mais detalhes abaixo) devem manter os mercados mais cautelosos nos próximos dias. Mantenho minha visão um pouco mais negativa no curto-prazo. Acredito que...

Pesquisa Ibope - Presidente

A pesquisa Ibope para presidente, divulgada no final da tarde de hoje, mostrou uma nova queda das intensões de voto para Dilma, em detrimento ao avanço da oposição. O Ibope ratifica a tendência verificada na pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, dando novo ímpeto a corrida eleitoral. No cenário mais provável, Dilma caiu de 40% para 38%, com Aécio Neves subindo de 20% para 22%, e Eduardo Campos saindo de 11% para 13%. Neste ambiente, o segundo turno é praticamente certo. Além da pesquisa base ser positiva para as perspectivas de mudança política no país, a análise qualitativa da pesquisa também mostra sinais encorajadores. A rejeição de Dilma mostrou nova alta, atingindo um pico recente e a maior entre os candidatos, enquanto a rejeição de Áecio apresentou queda. A confirmação dessas tendências mostra que existe amplo espaço para transferência de votos brancos e nulos para a oposição. A avaliação positiva do governo Dilma caiu de 35% para 31%, e já é menor do qu...