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Mostrando postagens com o rótulo ajuste fiscal

Brasil, mostra a tua cara! Ajuste fiscal mostra-se de difícil execução.

Os ativos de risco estão abrindo em tom levemente positivo, na ausência de notícias relevantes. Reforço o que comentei na noite de ontem: Na ausência de mudanças substanciais de cenário, ou de ruídos pontuais, o mercado deverá seguir o roteiro do “Goldilocks”. Lembrando, crescimento global saudável, inflação ainda baixa no mundo desenvolvido e condições financeiras frouxas. Isso deve favorecer a busca por ativos de risco. De maneira geral, vejo teses específicas de investimentos, mas pouca visibilidade de grandes tendências. O cenário macro global parece construtivo/positivo, mas existem riscos crescentes, com probabilidades ainda baixas, porém impactos relevantes nos preços dos ativos. No Brasil, é verdade que existem avanços relevantes ocorrendo na economia, e o cenário cíclico parece positivo e sem perspectivas de mudanças substanciais no curto-prazo. Contudo, também vejo preços menos óbvios e, em algumas classes de ativos, uma posição técnica comprometida. Os riscos do cenário ta...

Mercados Globais - Brasil: Ajuste fiscal avança. Crescimento de volta ao foco.

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira sem tendências definidas, na ausência de notícias relevantes. Destaque para um levíssimo movimento de fortalecimento do dólar, ajudado por uma pequena abertura de taxa de juros nos EUA. O Petróleo opera em alta (1,6% neste momento), a espera da reunião da OPEP. O CNY, na China, atingiu seu menor patamar da história, mantendo uma tendência de depreciação em linha com o movimento global de dólar forte. No Brasil , a PEC do Teto dos Gastos foi aprovada em primeiro turno no Congresso, com 61 votos a favor. A aprovação era esperada e o número de votos idem. Apenas na semana passada que tivemos ruídos que chegaram a preocupar alguns players em relação a uma possível redução na velocidade do ajuste fiscal brasileiro, devido aos percalços políticos diante do governo Temer. A aprovação da PEC e o encaminhamento da Reforma da Previdência deveria dirimir, de uma vez por todas, esse ruído. No que pode ser considerado uma derrota para a socied...

Brasil: Ajuste Fiscal dos Estados.

No Brasil , os Estados fecharam ontem um acordo de ajuste fiscal em troca de ajuda financeira Federal no curto-prazo. A situação dos Estados é preocupante, mas é em períodos de stress que as reformas estruturais costumam ser concretizadas. Caso o acordo seja efetivado, e os entes da federação seguirem o exemplo do Governo Federal no ajuste fiscal, o país estará se aproveitando de um momento de extrema delicadeza e fragilidade econômica e fiscal para promover reformas estruturais extremamente positivas a longo-prazo. Vejo o acordo de ontem como um importante passo, positivo, nesta direção. O apoio dos Governadores a Reforma da Previdência no Congresso será fundamental para sua rápida aprovação.

Brasil: BRL e notícias positivas para o ajuste fiscal.

Sem novidades relevantes no cenário, os ativos de risco estão digerindo a decisão da OPEP em anunciar um corte de produção de petróleo para ser implementado na próxima reunião do cartel em novembro. Os detalhes ainda são escassos, a implementação deverá ter ruído, mas a notícia, sem dúvida alguma, retira um “risco de cauda” do cenário, e deve levar o petróleo a ter um piso no curto-prazo. No Brasil, acho importante fazermos um breve comentário do sobre o BRL. Não tenho dúvida que parte relevante do desempenho da moeda, no logo-prazo, tende a ter um componente elevado das condições externas para o USD. Em curtos períodos de tempo, contudo, alguns vetores locais precisam ser observados. Nos últimos dias, vimos uma pressão sobre o cupom cambial, com as taxas curtas abrindo acentuadamente. Este movimento sinaliza para um pressão de saída de fluxos do spot, seja por questões de final de mês e trimestre, seja pelo desmonte de algumas operações fiscais que estão sendo revertidas por muda...

OPEC: Set. Ready. Cut! (but only in november).

A OPEP anunciou, extraoficialmente (até o momento) a intensão de formar um comitê para estudar maneiras de cortar a produção do bloco, e congela-lo nos níveis que serão definidos. Além disso, devem buscar dialogo com países produtores que não participam do cartel, a fim de racionalizar a oferta e demanda, e buscar níveis de preço que onerem menos os países produtores. A decisão é de certa forma uma surpresa positiva, pois as expectativas em torno desta reunião eram baixas. Diante deste quadro, não surpreende a alta de quase 5% nos futuros de WTI. Como comentei no começo da semana: Nos últimos dias, cresceu o ruído em torno de um potencial acordo para congelamento de produção da OPEP, o que tem ajudado a dar suporte a commodity. Vale a pena mencionar que a situação econômica dos países do Oriente Médio, dependentes de petróleo, como a Arábia Saudita, começa a se mostra cada vez mais desafiadora. Alguns países estão sendo obrigado a promover cortes de orçamento e, até mesmo, anu...

Brasil: Governo começa debate mais intenso para aprovar PEC do Teto dos Gastos.

A noite não trouxe nada de fundamentalmente novo no cenário econômico global. Os ativos de risco operam com leve viés positivo. Na Austrália, o RBA manteve o juro estável, alterando apenas pequena parte de seu comunicado após decisão. Como o mercado precificava cerca de 40% de probabilidade de mais um corte de juros até o final deste ano, a decisão lacônica acabou dando suporte ao AUD. Na Alemanha, o Factory Orders apresentou alta de 0,2% MoM em julho, abaixo das expectativas de 0,5% MoM. Nos últimos dias, observamos sinais mais claros de desaceleração da economia da Alemanha e da Europa como um todo. Será fundamental observar qual será a postura do ECB diante destas evidências. No Brasil, a mídia está ventilando para a possibilidade de alterações na PEC dos Gastos. Acredito que seja natural e saudável este tipo de debate e negociação, contanto que a essência da PEC não seja alterada. Este é um ponto que já foi amplamente discutido pela equipe econômica. Na minha visão, te...

Brasil: Ajuste fiscal é prioridade!

Em uma segunda-feira de feriado na Inglaterra, os ativos de risco estão abrindo a semana em tom de estabilidade. A agenda do dia será importante, com Core PCE e indicadores de atividade econômica nos EUA que podem trazer impacto relevante para a curva de juros norte americana e, consequentemente, para os mercados financeiros globais. No Brasil, O Globo traz uma entrevista com Henrique Meirelles. Segundo o artigo: O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, passado o impeachment, o governo vai se concentrar 100% no ajuste fiscal, do qual, em sua opinião, depende o futuro do país.  Sim. Não há dúvida de que passa a ser a prioridade número um. Hoje já é uma prioridade do governo, mas eliminada essa incerteza, o foco no ajuste fiscal passa a ser ainda maior. Do ponto de vista da equipe econômica, nossa missão é realizar o ajuste fiscal. Segundo o Estado, contudo, o governo ainda não tem maioria para aprovar a PEC do Teto de Gastos, o que pode (e deve) mudar...

Brasil: Governo tem dificuldades em aprovar Teto de Gastos.

Na ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco estão dando sequencia ao movimento de realização de lucro que vem sendo regra ao longo desta semana. Hoje pela manhã, estamos vendo o dólar mais forte ao redor do mundo, as bolsas da Europa e EUA (mercados futuros) em queda, e um movimento de leve abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido e emergente. A despeito da alta no preço do petróleo, os metais básicos operam em queda. No  Brasil , o governo foi obrigado a ceder em sua negociação junto ao Congresso para avançar na votação do Teto dos Gastos (vide detalhes a seguir). A notícia deve ser lida como uma derrota para o governo, e pode acabar sendo vista como negativa, no curto-prazo, para os ativos locais. Eu mantenho uma visão de que as negociações fazem parte do jogo político. O ajuste fiscal deverá ser longo e tortuoso. Nenhum projeto apresentado pela equipe econômica deverá ser aprovado de forma fiel ao que foi proposto, já que sempre encontra re...

Brexit, Bancos na Itália e Ajuste Econômico no Brasil.

Os ativos de risco estão mantendo o tom negativo verificado ao longo da quarta-feira. Não há esta manhã, nenhum desenvolvimento diferente nas frentes que tem impactado negativamente os mercados financeiros globais. O problema no sistema bancário da Itália segue sem uma solução definitiva, a moeda da China continua em uma clara tendência de depreciação, e os fundos imobiliários na Inglaterra estão sobre pressão. Não podemos descartar o surgimento de efeitos colaterais adicionais do Brexit nos mercados financeiros globais no curto-prazo. A situação é delicada, porém fluída. A aparente ausência de um pânico mais generalizado nos mercados financeiros globais pode acabar dando uma falsa impressão de estabilidade aos policy makers, evitando que medidas mais duras e concretas sejam tomadas no curto-prazo. Reforço minha visão de que existem instrumentos e disposição política para que todo o esforço seja utilizado a fim de evitar uma crise econômica global mais aguda. Contudo, tenho a pre...

Brasil: Governo admite que só teto de gastos não resolve e já prepara outras medidas

Em uma segunda-feira de feriado nos EUA e na Inglaterra, o ativos de risco estão operando sem grandes movimentações e com baixíssima liquidez. No  Brasil , mas um Ministro do atual governo foi pego em gravações criticando a Operação Lava-Jato, criando mais um evento de constrangimento ao governo interino. Segundo a Folha:  O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle escolhido pelo presidente interino Michel Temer, Fabiano Silveira, criticava a  operação Lava Jato[www1.folha.uol.com.br]  e orientava investigados enquanto tinha um cargo de conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão que fiscaliza o poder Judiciário. Fabiano Silveira foi gravado pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que se tornou delator da operação, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros. Os áudios foram exibidos pelo programa Fantástico, da TV Globo. Numa das frases, após Machado criticar o Procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, Silveira diz: "Ele...

Brasil em Foco.

Michel Temer, em conjunto com sua equipe econômica, divulgou hoje medidas preliminares de ajuste fiscal (mais detalhes no decorrer deste fórum). As medidas, em grande parte, ficaram dentro do que já vinha sendo ventilado pela mídia nas últimas semanas. As medidas são positivas e vão de encontro a necessidade de um ajuste fiscal de longo-prazo para o país. Contudo, vale ressaltar que, (1) Parte das medidas precisará passar pelo crivo do Congresso, cujo o apoio ainda não é garantido, (2) O governo está preferindo “empurrar” parte do peso do ajuste para o futuro, tornando a trajetória da dívida/PIB ainda preocupante no curto-prazo, especialmente caso tenhamos crescimento baixo nos próximos anos, (3) Não observamos medidas mais agressivas, talvez impopulares, mas necessárias para garantir um ajuste, no mínimo, necessário para evitar a escalada do endividamento do país (aumento de impostos, Previdência e etc). Os pontos de interrogação descritos acima, somados a uma posição técnica...

Brasil: Nova rodada de deterioração fiscal.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira com sinais claros e inequívocos de fragilidade. O movimento esta manhã está sendo de bolsas e commodities em queda, dólar forte e fechamento de taxa dos  bonds  dos países desenvolvidos. Por hora, não vejo sinais claros de que os problemas estruturais que rondam a economia global estejam perto de serem resolvidos (FX na China, Bancos na Europa, ajustes econômicos nos EM, entre outros). Assim, neste momento, estou tratando qualquer movimento de estabilização como um "rebound"/"relief rally" pontual (e técnico), compatível com um quadro de excesso de pessimismo no curto-prazo, com indicadores técnicos relativamente "esticados" para o lado negativo. Ainda não vejo mudanças estruturais que justifiquem uma mudança definitiva de dinâmica dos ativos de risco. No  Brasil , a mídia está falando em um contingenciamento em torno de R$20 a R$30bi, muito abaixo daquele apresentado no ano passado e muito inferior ao n...

Brasil: Déficit fiscal recorde para o Governo Central.

Os mercados externos mantiveram as tendências verificadas ao longo da manhã, com queda nas bolsas, um dólar misto e pressão no preço das commodities. A agenda esvaziada, em um período sazonalmente ilíquido, está ajudando a acentuar alguns movimentos, como o caso das commodities (Petróleo -3,6%, Cobre -2%, por exemplo). No Brasil, o déficit fiscal primário do governo central ficou em R$21,3bi em novembro, superior às expectativas do mercado. O cenário econômico continua mostrando claros sinais de deterioração. O Ibovespa teve uma segunda-feira de leve queda. A curva de juros apresentou fechamento de taxa na parte curta da curva, com as taxas longas mais firmes. Assim, a inclinação continuou a se elevar nos vértices mais longos, com o Jan21/Jan17 atingindo +72bps. A curva precifica altas de 60bps+50bps+44bps+35bps nas próximas 4 reuniões do Copom. Não vejo valor para posições relevantes aplicadas na curva nominal de juros. Acredito que o BCB pretende fazer um ciclo relativamente...

Meta fiscal no Brasil e Fed em foco.

Na expectativa da reunião do FOMC nos EUA, os ativos de risco operam sem muita movimentação está manhã. As bolsas operam em leve alta, o petróleo voltou a cair, a despeito de um desempenho mais positivo das demais commodities. O dólar sobe contra EM, mas cai marginalmente contra G10. Os bonds nos EUA operam estáveis neste momento. Vale lembrar que, a despeito da aparente estabilização dos ativos de risco nas últimas 36 horas, a moeda da China, o CNY, continua em trajetória clara de depreciação vis-à-vis o dólar, o que tem sido visto como um vetor desestabilizador para os ativos de risco, em especial, para os ativos dos países emergentes. Brasil – A mídia hoje dá como certa a redução da meta fiscal de 2016 para uma meta mais flexível, que será de 0,5% do PIB, mas com a possibilidade de abatimentos que levem-na para patamar próximo a zero. Na prática, foi uma maneira de não divulgar uma meta zero, mas atendendo uma demanda antiga do Ministro do Planejamento Nelson Barbosa, e con...

Ainda em Consolidação...

Os ativos de risco continuam em um processo de consolidação, sem grandes tendências ou movimentações esta manhã. A dinâmica na Ásia foi mista, com leve alta das bolsas na China, mas com quedas nas bolsas dos demais países da região. O mercado de moedas acabou apresentando um desempenho parecido, sem tendência definida. Hoje pela manhã, as bolsas da Europa e dos EUA apresentam leve queda, com o dólar um pouco mais forte no mundo. O petróleo segue sua tendência de queda no curto-prazo, com as demais commodities apresentando leve alta. Os ativos dos países emergentes apresentam uma rodada de pressão neste início de terça-feira. Na agenda do dia, nos EUA, teremos Durable Goods, CaseShiller House Prices, Markit US Srvices PMI e Consumer Confidence como destaques. No Brasil, o foco ficará por conta dos dados de crédito de setembro que serão divulgados pelo BCB. NA Europa, destaque para o PIB da Inglaterra. Brasil –  A mídia voltou o seu foco para a nova fase da Operação Zelotes,...

Brasil: Ajuste fiscal e impeachment.

A noite foi de forte alta nas bolsas da China, em um mais um dia de relativa estabilidade no fixing  da moeda local (CNY). A situação no país, a despeito da manutenção de uma elevada volatilidade nas bolsas, dá sinais cada vez mais claros de estabilização. Após uma noite mais positiva, os ativos de risco estão iniciando a quarta-feira mantendo um viés mais otimista iniciado na manhã de ontem. Na agenda do dia, teremos as vendas no varejo no Brasil como destaque, com o Core CPI nos EUA concentrando as atenções do dia. Brasil – Ajuste Fiscal:  A proposta de ajuste fiscal encaminhada pelo governo ao congresso já está sofrendo uma enorme resistência. A aprovação das medidas será extremamente difícil, com um risco de implementação não desprezível. O cenário político conturbado, e queda de apoio ao governo dificultam ainda mais qualquer ajuste nesta direção. O governo está prometendo anunciar uma reforma ministerial até a semana que vem, o que seria mais um aceno importante...

Brasil: Ajuste fiscal é recebido com descrença.

Os ativos de risco continuam operando sem grandes tendências de curto-prazo, ajustando posições as vésperas da reunião do FOMC. As bolsas da China tiveram mais um dia de forte queda, o que acabou afetando o humor em toda a Ásia. No mercado de moedas, contudo, observamos mais um dia de certa estabilização do CNY. A agenda do dia terá as vendas no varejo e a produção industrial de agosto, nos EUA, como os principais destaques. No Brasil, teremos apenas o IGP-10 como foco da agenda. Japão –  Ao contrário do que alguns esperavam, mas em linha com o que grande parte do mercado aguardava, o BoJ manteve sua política monetária estável. Contudo, o BoJ não sinalizou que pretende adicionar estímulo no mercado no curto-prazo. Brasil –  O pacote de ajuste fiscal anunciado ontem pelo governo foi visto como positivo pelo mercado, mas já vem recebendo uma acolhida, no mínimo, fria por parte da sociedade civil e pelo congresso. As medidas são um primeiro passo importante na direçã...