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Mostrando postagens de maio, 2018

Dia Agitado. Incertezas permanecem.

A quinta-feira foi bastante agitada. Comentarei de maneira breve alguns dos eventos do dia. De maneira geral, contudo, os eventos de hoje apenas ratificam um cenário de cautela, em que deverá predominar a incerteza e a volatilidade dos mercados financeiros globais. Continuo com viés mais cauteloso, senão negativo, pelo menos no curto-prazo. Os ativos de risco apresentaram dinâmica negativa, em reação aos eventos comentados abaixo. Destaque para forte pressão nos ativos emergentes, quedas das bolsas e commodities, mas alta nas taxas de juros. A maior parte dos eventos abaixo explica esses movimentos. EUA/Guerra Comercial –  O Governo Trump anunciou que irá seguir com a imposição de tarifas de importação em alguns produtos, como Aço, para países e regiões como México, Canadá e União Europeia. Após o anuncio, esses países e regiões anunciaram que irão adotar medidas de reciprocidade. Este caminho adotado pelos EUA deverá trazer um maior grau de incerteza ao cenário econômico e, c

Update

Os ativos de risco continuam apresentando recuperação, neste momento. Brasil/PIB – Crescimento de 1,2% YoY e 0,4% QoQ. Dentro das expectativas do mercado. A abertura do indicador, contudo, mostra um quadro qualitativo um pouco mais negativo. A grande verdade, contudo, é que este número “olha no retrovisor” do cenário. As perspectivas de crescimento pioraram bastante nas últimas semanas, com dados de atividade econômica mais contemporâneos mostrando desaceleração do crescimento e, agora, com a greve que atingiu o país, e a incerteza política neste estágio do ciclo eleitoral, se colocando como grande restrição a uma melhor mais substancial de crescimento. As expectativas de PIB para este ano devem migrar, aos poucos, para um patamar abaixo de 2%. Brasil/Fiscal -   O superávit primário ficou em R$2,9bi em abril, muito abaixo das expectativas de R$7,1bi. O Brasil vinha sendo favorecido por uma recuperação cíclica da economia, que estava ajudando a recuperação (também cíclica) da

Humor mais positivo. Fragilidade permanece.

Os ativos de risco tiveram um quinta-feira de deterioração generalizada, em um movimento clássico de “risk-off”. O movimento foi puxado pela deterioração da situação política e financeira na Itália . Esta manhã, neste momento, estamos observando uma recuperação, ainda tímida, dos ativos de risco, com movimentos generalizados de “risk-on”. Ainda vejo os movimentos, por ora, como tímidos, e os sinais de fragilidade continuam. No Brasil , mesmo com a atuação do Tesouro no mercado de títulos públicos, vimos uma forte abertura de taxa de juros, com movimentos de steepening da curva, o dólar subiu e o Ibovespa apresentou alta, mas quase que majoritariamente puxado pela Petrobrás. O presidente da empresa promoveu conference call com analistas, afirmou que contina no cargo, mas os jornais de hoje mostram que Temer já estuda mudanças na política de preços da empresa. Tendo a acreditar que este tipo de notícia não será bem recebida pelo mercado. Continuo com viés mais cauteloso. Entendo qu

Risk-Off: Crise Institucional na Itália e no Brasil.

Os ativos de risco estão abrindo o dia com “risk-off” clássico, puxado por uma forte deterioração no preço dos ativos da Itália , após a incerteza política aumentar na ausência de um governo. A dinâmica dos últimos dias reafirma a minha convicção de portfólios mais cautelosos, visando a preservação de capital, mas mantendo a flexibilidade, agilidade e liquidez em busca de alocações que visam se apropriar desta volatilidade. Não vejo este cenário se alterando no curto-prazo e ainda vislumbro u resto de ano bastante tumultuado e turbulento. No Brasil , os jornais estão repercutindo com preocupação a situação intitucional do país. Mesmo após o acordo com os caminhoneiros, a situação social continua fragilizada e o governo, segundo a mídia, tem receio que a situação migre para um cenário parecido com 2013, onde uma “simples” manifestação contra aumento de impostos migrou para uma grande manifestação contra a classe política. Segundo os jornais de hoje, já se fala na ausência de gover

Relatório Semanal de Asset Allocation:

Cenário Econômico: Global - Os ativos de risco apresentaram alguns sinais negativos ao longo da semana, com destaque para a forte queda no preço do Petróleo e fechamento de taxa das Treasuries nos EUA. Estes movimentos vem a corroborar o fato que o ano tem sido marcado por grandes movimentos de “liquidação” das principais posições consensuais do mercado. Já vimos uma grande reversão do dólar no mundo, uma enorme pressão nos ativos emergentes, uma acentuada queda das bolsas (em fevereiro) e agora estamos diante de pressões no petróleo e (baixistas) nas taxas das Treasuries. Não vemos grandes mudanças de cenário, mas entendemos que o quadro técnico esteja, novamente, se sobrepondo ao cenário econômico no curto-prazo, em um momento de posição técnica menos saudável, preços menos atrativos e um cenário econômico mais desafiados ao redor do mundo. No campo econômico, continuamos tentando entender a magnitude da desaceleração na Europa, os problemas políticos na Itália e Espanha,

Humor externo mais positivo.

Em um dia de feriado nos EUA, os ativos de risco estão abrindo a semana em tom mais positivo, exceto por mais uma forte queda do Petróleo. Alguns eventos estão ajudando este humor. A reunião entre os EUA e  Coréia do Norte  pode (novamente) entrar na agenda dos próximos dias, a  Turquia  anunciou novas medidas de suporte a seus mercados e, na  Itália , não houve acordo para um governo entre os partidos radicais, retirando um risco de curto-prazo, porém mantendo a situação política do país em um limbo. Novas eleições devem ocorrer ainda este ano. Neste íterim, um governo “tampão” será convocado para guiar o país. Não podemos esperar nenhuma medida concreta ou reforma neste período. No  Brasil , o governo anuncio na noite de ontem novas medidas visando um acordo com os caminhoneiros em greve. Tudo indica que as demandas foram atendidas e a greve irá se encerrar. Comentei mais sobre este tema ontem, no texto a seguir:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/05/brasil-algumas-refl

Brasil: Algumas reflexões.

A greve dos caminhoneiros ainda não foi totalmente debelada. A situação do país está sendo normalizada de forma ainda excessivamente lenta. Contudo, é natural esperar (e acreditar) que nos próximos dias a greve tenha ficado para trás e o país volte ao normal. A associação de funcionários da Petrobrás anunciou uma greve de 72 horas com início na quarta-feira, com reivindicações parecidas à pauta dos caminhoneiros. Com a atuação do Banco Central no mercado de câmbio, e agora do Tesouro no mercado de títulos públicos (comentado no sábado aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/05/cenario-externos-nebuloso-brasil.html ) não descarto alguma acomodação, normalização ou até mesmo “relief rally” dos ativos do Brasil. Contudo, a situação que o país vivenciou nos últimos dias, na minha opinião, trazem consequências e conclusões à longo-prazo muito mais importates. Não é o meu intuito neste fórum fazer juízo de valor, apoio ou críticas a qualquer tipo de movimento. A minha inte

Cenário externos nebuloso. Brasil: Atuação do Tesouro é positiva, Greve e Inflação.

Os ativos de risco apresentaram alguns sinais negativos ontem, com destaque para a forte queda do Petróleo e fechamento de taxa das Treasuries nos EUA. Estes movimentos me fazem lembrar que o ano tem sido marcado por grandes movimentos de “washout” das principais posições consensuair do mercado. Já vimos uma grande reversão do dólar no mundo, uma enorme pressão nos ativos emergentes, uma acentuada queda das bolsas (em fevereiro) e agora estamos diante de pressões no petróleo e (baixistas) nas taxas das Treasuries. Não vejo grandes mudanças de cenário, mas entendo que o quadro técnico esteja, novamente, se sobrepondo ao cenário econômico no curto-prazo, em um momento de posição técnica menos saudável, preços menos atrativos e um cenário econômico menos obvio. No campo econômico, continuo tentando entender a magnitude da desaceleração na Europa, os problemas políticas na Itália e Espanha , as questões indiossicráticas em países emergentes como Argentina e Turquia , e a políti

Sinais de estabilização. Cenário ainda não me anima.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em tom mais estável. Contudo, alguns sinais de fragilidade permanecem, como a depreciação de moedas emergentes como a TRY e o ZAR.   Continuo não vislumbrand nenhuma grande oportunidade de alocação no curto-prazo, mas mantendo postura agil e flexível para se favorecer de movimentos que aparentam ser exagerados. No Brasil , o governo anunciou um acordo junto aos caminhoneiros para evitar um casos social. A despeito do anuncio, alguns orgãos da classe afirmam que a greve irá continuar. Neste momento, ainda não consigo ter uma noção concreta de qual será a situação ao longo do dia. Com este pano de fundo local, e um cenário externo que me parece mais desafiador, não tenho nenhuma vontade de ter alocações estruturais e relevantes em ativos no Brasil. O BRL tem se mostrado bem comportado nos últimos dias devido a presença mais agressiva do BCB nos swaps cambiais. A curva de juros não me aparenta ter prêmios significativos. Pelo contrário

Cautela é necessária. Sinais de fragilidade (local e externo) permanecem.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em tom mais estável. Destaque para a depreciação de 2,5% na Lira ( TRY ) na Turquia , que após uma rápida e acentuada depreciação “intraday” ontem após a elevação dos juros em 300bps voltou a mostrar fragilidade. A Bloomberg traz hoje um artigo em que mostra a exposição de alguns bancos Europeus à Turquia e a TRY, o que pode gerar algum contágio, mesmo que pequeno e pontual. Na noite de ontem, Trump pediu que o secretário de Comércio iniciasse investigações em torno das importações americanas de automóveis, o que pode levar a uma nova rodada de anúncio de tarifas de importação. Com esta postura, Trump demonstra que a “ Guerra Comercial ” ainda não está vencida e que o aparente avanço conseguido no final de semana com a China pode ter sido apenas um “alarme falso”. Continuo acreditando que este tipo de postura é apenas uma maneira de se conquistar alavancagem nas negociações, mas certamente mostra um cenário ainda desafiador pela fren

Update.

Os ativos de risco estão apresentando dinâmica mais difusa ao longo do dia de hoje. Acho válido comentar sobre alguns temas: Brasil/Político – A situação da alta no preço dos combustíveis está gerando uma grande revolta popular, com problemas de abastecimento já sendo reportados pela mídia. A queda da CIDE pode não ser suficiente para amenizar o problema. Assim, o mercado começa a se questionar se a pressão para uma solução não irá recair, no final das contas, na Petrobrás. A ação da empresa apresentou forte queda nos últimos dias, desde que o assunto entrou no radar dos investidores. Confesso que hoje não vejo solução econômica simples, que seja capaz de atender a população/sociedade, sem que afete o (correto) caminho traçado para a empresa do ponto de vista empresarial. Assim, é natural que o mercado continua a se questionar sobre o tema, pedindo mais prêmio de risco para carregar ações e papeis da dívida da empresa. Brasil/Inflação – O IPCA-15 de maio apresentou alta d

Risk-Off!

Depois de uma segunda e terça-feira de melhora generalizada dos ativos de risco, com boa descompressão dos prêmios dos ativos emergentes, os mercados globais estão abrindo a quarta-feira em tom mais negativo, com movimento clássico de risk-off. Não me parece haver um motivo específico, ou trigger único, para estes movimentos. Vale mencionar, contudo, a forte desvalorização da Lira ( TRY ) na Turquia – que neste momento cai cerca de 3,7% em relação ao dólar – e as incertezas que ainda rondam o cenário econômico e político na Itália , que podem começar a estar impactando e gerando contágio ao resto do mundo. Diante deste quadro e desta dinâmica, diria que o “relief rally” que eu estava prevendo tenha, neste momento, se encerrado. O mercado mostra alto grau de volatilidade e incerteza, o que tem impedido a alocação de risco de maneira mais estrutural (longo-prazo). Assim, vou continuar favorecendo uma postura mais tática (curto-prazo) e um portfólio mais neutro, buscando posições em

Risk-On!

Os ativos de risco apresentaram ontem um dia de “risk-on”, movimento que está tendo seguimento esssa manhã. O destaque fica por conta para a compreesão dos prêmios dos ativos dos países emergentes\Brasil, que foram um dos mais afetados e pressionados nas últimas semanas. A dinâmia do mercado esta em linha com o roteiro que tracei no final da semana passada e começo desta semana ( https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/05/vejo-espaco-para-uma-recuperacao-dos.html ). Eu vejo espaço para este movimento de compressão de prêmios continuar no curto-prazo, baseado em um cenário de crescimento global ainda suadável, melhora na posição técnica, preços\valuations mais atrativos e uma atuação mais assertiva e correta por parte dos policy makers. A longo-prazo, contudo, eu vejo o estágio do ciclo econômico nos EUA como já avançado, o que irá gerar restrições à melhoras mais estruturais, acentuadas e permanentes esses ativos. Assim, minha visão mais construtiva é tática\cíclica, mas não