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Mostrando postagens de março, 2018

Mercados Globais - PMI na CHina, Inflação na Europa e Política Brasil.

O primeiro trimestre do ano se encerrou com um quadro econômico basicamente em linha com o esperado e com o cenário base que venho descrevendo neste fórum, ou seja, um crescimento global saudável, uma inflação que sobe de maneira gradual no mundo desenvolvido e a continuidade do processo de normalização monetária nas economias mais avançadas, especialmente aquelas em estágio mais avançado do ciclo econômico. Para os mercados financeiros globais, o trimestre foi mais desafiador, por uma série de motivos, tais como, posição técnica comprometida, preços/valuations menos atrativos e a confirmação de um menor suporte por parte da política monetária em vários países/regiões. Além disso, algumas medidas adotadas pelo Governo dos EUA, em especial no tocante a imposição de tarifas de importações, também não ajudaram o humor dos ativos de risco. Finalmente, a perspectiva de uma inflação mais elevada, especialmente nos EUA, atuou como uma restrição para o bom desempenho dos mercados financei

Update.

A chegada do fim do primeiro trimestre do ano está trazendo alguma normalização aos fluxos e estabilização aos ativos de risco. Tendo a acreditar que, a partir de segunda-feira, teremos um quadro técnico mais limpo, permitindo que os mercados financeiros globais voltem a focar nos temas econômicos, mesmo que eu ainda não veja grandes temas de investimentos ou tendências muito claras no curto-prazo. Continuarei focado em temas específicos, em posições relativas e com postura mais tática. A quinta-feira, véspera de feriado, trouxe algumas informações ao mercado, o qual trataremos abaixo. Adianto que nenhuma delas altera o cenário base que venho descrevendo neste fórum, mas reforçam algumas questões. No Brasil , O Relatório de Inflação (RI) divulgado pelo BCB trouxe a mesma mensagem que já havia sido muito bem descrita no comunicado após a última decisão do Copom e as Notas desta mesma reunião. Mensagem essa que havia sido entendido e digerida pelo mercado. De maneira resumida,

Cenário externo, novo Ministro da Fazenda e redução de compulsório.

Mercados & Cenário: Os ativos de risco apresentam sinais de estabilização essa manhã, após uma quarta-feira ainda de pressão. A despeito da estabilização, neste momento, ainda há uma sensação de fragilidade nos mercados financeiros global. O dia de hoje e a segunda-feira após o feriado serão importantes para medirmos se a minha tese de que o final do trimestre está (estava) gerando fluxos pontuais que acabaram distorcendo o preço de algumas classes de ativos e alguns ativos específicos. De qualquer maneira, ainda vejo vetores antagônicos que devem impedir uma direção muita clara dos ativos de risco no curto-prazo. Por isso, continuo favorecendo temas específicos de investimentos, posições relativas e uma postura mais tática. Para não soar repetitivo, no meu comentário de ontem descrevi com mais calma esses vetores citados acima. Como não houve mudança substancial de cenário de ontem para hoje, recomendo a leitura do texto para maiores detalhes:  https://mercadosglobais.b

Risk-Off!

Mercados & Cenário: Os ativos de risco apresentaram um dia de forte de contração, ou Risk-Off, na terça-feira e estão dando continuidade a este movimento na manhã de hoje. O destaque ficou por cona da forte queda do setor de Tecnologia na bolsa dos EUA, liderado pelo Facebook e seguido pelas demais empresas do setor. Acredito que parte do movimento seja explicado por questões técnicas, como fluxos de final de trimestre, cujo  trigger  acabou sendo o “escândalo” envolvendo o Facebook na semana passada e que trouxe um debate em torno de uma maior regulamentação do setor (falei um pouco mais sobre isso no quinto parágrafo do texto deste link aqui:   https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/03/cenario-base-cenario-alternativo-riscos.html ). Além disso, neste estágio do ciclo econômico, o nível de preços e  valuation  e a posição técnica acabaram deixando o mercado mais frágil e sensível. A questão técnica do final do trimestre pode estar tendo um peso exagerado na dinâmi

Risk-On! Growth vs Tariffs. Growth is winnining today...

Mercados & Cenário: Desde a manhã de ontem, os ativos de risco estão apresentando forte recuperação, com destaque para as altas nas bolsas e nas commodities. A mídia está reportando desde o início de segunda-feira que os EUA e a China estão dialogando para que as medidas impostas pelos EUA não levem a um cenário mais amplo de protecionismo. A China também sinaliza disponibilidade de manter esforços para abrir alguns de seus mercados aos EUA. Com o crescimento global ainda saudável e a inflação no mundo desenvolvido subindo de maneira gradual, os ativos de risco voltaram a apresentar desempenho positivo. A dinâmica do mercado está totalmente em linha com o pano de fundo que tenho exposto neste fórum, em que afirmo que o mercado terá mais volatilidade e tendências menos claras no curto-prazo. No  Brasil,  a mídia está reportando que Henrique Meirelles deixará o Ministério da Fazendo para concorrer a presidente. O mais cotado para o seu lugar é Guardia, secretário da pasta

Relatório Semanal de Asset Allocation:

Cenário Econômico: No Brasil, o destaque da semana passada ficou por conta da decisão do Copom. O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou um corte de 25bps na Taxa Selic para 6,5%, o que era amplamente esperado. A surpresa da decisão, contudo, ficou por conta do comunicado divulgado após a reunião, que sinalizou para mais um corte de 25bps na próxima reunião do Comitê, o que não era esperado pelo mercado. Continuamos a ver um cenário de inflação corrente e prospectiva baixa. Vemos um hiato do produto bastante aberto, o que permitirá ao país crescer de maneira sustentada sem muitas pressões inflacionárias pelos próximos 12 a 24 meses. Assim, vemos espaço para a Taxa Selic permanecer mais baixa por mais tempo, agora com uma taxa final de 6,25%. Não vemos a necessidade de alta de juros num horizonte relevante de tempo. Ainda no Brasil, as contas externas voltaram a mostrar um quadro de solidez. A conta corrente de fevereiro apresentou um déficit apenas moderado, que continua a

Risk-On!

Sem uma deterioração adicional na relação entre EUA e China, e com uma retórica ainda conciliadora entre ambos os países, os ativos de risco estão apresentando forte recuperação essa manhã. Vale lembrar também que, a despeito de algumas surpresas negativas para o crescimento global nas últimas semanas, na sexta-feira observamos uma forte recuperação do Durable Goods Orders nos EUA. O número mostrou uma economia saudável e um crescimento em bases sólidas, a despeito de ruídos pontuais. Comentamos um pouco mais sobre esses temas abaixo. No Brasil, a mídia segue dando atenção à situação do ex-presidente Lula e das articulações em torno das eleições. Não há nenhuma novidade, a meu ver, que seja de fato relevante para os ativos locais. Na sexta-feira os ativos de risco deram continuidade ao movimento de “risk-off” que acabou marcando toda a semana. O destaque ficou por conta da pressão nas bolsas globais e do fechamento das taxas de juros nos países desenvolvidos. O dólar apresento

Cenário Base. Cenário Alternativo. Riscos & Conclusões.

Na sexta-feira os ativos de risco deram continuidade ao movimento de “risk-off” que acabou marcando toda a semana. O destaque ficou por conta da pressão nas bolsas globais e do fechamento das taxas de juros nos países desenvolvidos. O dólar apresentou desempenho mais misto, os ativos emergentes foram foco de pressão, assim como as commodities metálicas, especialmente aquelas mais dependentes de crescimento. O final de semana trouxe poucas novidades concretas. A mídia internacional continua focada na questão envolvendo a imposição de tarifas de importação por parte dos EUA e a resposta de seus “parceiros comerciais”, mas, em especial, por parte da China. Não há novidades relevantes nesta frente. A China ameaça adotar uma postura de reciprocidade. Entretanto, ainda evita adotar uma posição mais dura, com foco em produtos mais relevantes para o comércio entre os dois países (como a Soja) ou tocando em temas mais polêmicos de forma oficial, como uma possível redução nas compras, o