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Mostrando postagens de junho, 2014

Contas Fiscais

O superávit do Governo Central apresentou déficit de $10.5B em maio, contra expectativas de estabilidade pelo consenso da Bloomberg. Após os dados de arrecadação divulgados hoje pela manhã, já haviam expectativas um pouco mais negativas para este número. O número coloca em evidência, novamente, a extrema fragilidade das contas públicas do país. A fraco crescimento deve tornar esse cenário ainda mais desafiador até o final deste ano. Apenas uma mudança drástica de postura do governo será capaz de inverter está tendência. 

BRL

Os ativos de risco continuam mostrando sinais de “cansaço”. Na ausência de novidades relevantes ao cenário, os mercados globais seguem sem uma tendência definida clara e sem movimentações relevantes. Com o fina do mês, do trimestre e do semestre se aproximando, e com a agenda econômica relativamente esvaziada, teremos fluxos pontuais de ajustes de posições ditando a dinâmica dos ativos de risco nos próximos dias. Após isso, a semana que vem será de agenda importante, com destaque para os dados de emprego nos EUA, que podem vir a ser um trigger para retirar o mercado da inércia atual. Brasil – Com o anuncio da rolagem do programa de swaps cambiais, a continuidade das rolagens de quase 100% dos swaps vincendo e um pano de fundo externo positivo para carry , o BRL vem apresentando claro viés de apreciação. No cenário atual, a postura do BC, parece uma tentativa deliberada de apreciar o câmbio com intuito de ajudar no combate a inflação. Isto ficou ainda mais claro após o Relatório

"Profit Taking"?

Após mais uma noite de desempenho negativo das bolsas da Ásia, mais uma vez lideradas pelos índices na China, os ativos de risco operam sem tendência definida e sem grandes movimentações hoje pela manhã. Na agenda do dia, o destaque ficará por conta do Durable Goods Orders nos EUA e para os Dados de Crédito no Brasil. Os ativos de risco mostram sinais de “cansaço” perante um cenário sem grandes  triggers  de curto-prazo. A volatilidade e liquidez dos mercados permanecem baixas, e sem tendência muito bem definidas. Não podemos descartar uma realização de lucros, que deveria ser vista como natural e, até mesmo saudável, nos atuais preços de várias classes de ativos. O panorama de longo-prazo ainda é positivo, com o crescimento global dando sinais claros de recuperação neste final de primeiro semestre, os bancos centrais das principais economias do mundo continuam extremamente expansionistas e a inflação no mundo desenvolvido é baixa. Contudo, existem alguns riscos de curto-prazo que

Turquia, EM & Juros

O Banco Central da Turquia anunciou hoje pela manhã um corte de 9.50% para 8.75% em sua Repo Rate, corte maior do que os 50bps esperados pelo mercado. Os juros locais fecham entre 30 e 50bps ao longo da curva, e estão ajudando o humor dos demais juros dos países emergentes. A despeito da queda de juros, o TRY mostra apreciação no dia, assim como as demais moedas emergentes.

Baixa Volatilidade Continua

Os ativos de risco estão tendo mais uma manhã sem tendência definida. As bolsas da Ásia tiveram desempenho positivo, mas as bolsas americanas apresentam queda, enquanto na Europa , operam próximas a estabilidade. As commodities operam em alta, o USD em leve queda ao redor do mundo, e os Bonds globais apresentam fechamento de taxas, após Carney, Presidente do BoE, dar declarações mais dovish  na Inglaterra, revertendo parte da sinalização que havia dado a alguns dias atrás. EUA - O Markit PMI, assim como o Existing Home Sales, ambos divulgados ontem, apresentaram reduperação. No caso do Markit PMI, atingindo o maior patamar deste ciclo econômico. A agenda do dia traz S&P/CaseShiller Home Prices, Consumer Confidence e New Homw Sales. Continuo confiante na continuidade do processo de recuperação da economia americana. Caso esteja correto, devemos ver um processo gradual de alta de juros no país que, em algum momento, deveria dar sustentação ao USD no mundo.  Europa - O IFO

PMI na China e na Europa

A despeito da alta do HSBC Flash PMI na China, divulgado ontem a noite, as prévias dos PMI´s de junho na Europa, divulgadas hoje pela manhã, decepcionaram as expectativas do mercado, o que está afetando negativamente o humor global a risco esta manhã. Estamos observando uma diferenciação dos mercados, com as Commodities e os ativos que dependem da demanda da China com desempenho positivo, mas com os ativos da Europa mais pressionados. Já nos EUA, os ativos aguardam os números que serão divulgados ao longo da semana, com o Markit PMI sendo o destaque do dia. China -  O   HSBC Flash PMI de junho subiu de 49.4 para 50.8 pontos, acima das expectativas de 49.7, e o maior patamar deste ano. A abertura do indicador também foi positiva, com alta nos principais sub-índices. A economia chinesa está passando por um período de estabilização de seus crescimento, após um começo de ano pífio. As medidas colocadas em prática nos últimos meses começam a mostrar resultado, o que devem ajudar o cres

EUA, China e Eleições no Brasil

O final de semana não trouxe nenhuma informação nova ao cenário econômico global. Assim, a semana que se aproxima será extremamente importante para a dinâmica dos mercados, já que irá trazer uma agenda econômica relevante, especialmente com dados de crescimento e inflação nos EUA, e o Flash PMI de junho da China. EUA – Os números recentes mostraram uma economia em franca recuperação, com os indicadores de inflação apontando para um ambiente menos deflacionário, e com claros sinais de aceleração, mesmo que ainda gradual, da inflação no país. Por hora, o Fed optou por classificar a inflação recente como “ noise ” e manter um discurso dovish, visando manter ancorada a curva de juros do país. Continuo confiante na recuperação do crescimento, emprego e inflação no país. Acredito que o acumulo de evidencias positivas nessas frentes irá levar a uma reprecificação da curva de juros americana. A velocidade deste ajuste irá determinar qual será o efeito sobre os demais ativos de risco.

Curva de Juros EUA

Os investidores terminaram a semana ainda digerindo a decisão do FOMC nos EUA. Na ausência de uma agenda econômica relevante, os ativos de risco operaram sem grandes movimentações ou tendências definidas. Passado o efeito inicial do ajuste de posição, de um mercado que esperava uma sinalização mais hawkish do Comitê, os ativos de risco, olhando o price-action dos últimos 2 dias da semana, já perecem mais balanceados, e dispostos a reagir de maneira mais incisiva a novidades no cenário econômicos global. Continuo vendo a parte curta da curva de juros americana como o grande trigger para qualquer movimento mais relevante dos demais mercados globais. Acredito que a curva precisa fazer um ajuste entre 25-40bps entre os vértices mais curtos (Dez15 a Dez17). A velocidade deste movimento, contudo, importa mais para os ativos de risco do que a direção do movimento propriamente dito. Um ajuste rápido e acentuado, pode acabar afetando negativamente o humor global a risco, mas um ajuste m

FOMC, Inflação Brasil e China

Os ativos de risco ainda estão digerindo a decisão do FOMC de ontem. Por hora, o mercado parece estar ajustando suas posições após a percepção de um Comitê dovish, vis-à-vis as expectativas. Assim, o movimento de alta nas bolsas globais, fechamento de taxas de juros e USD fraco prevalece. A agenda dos próximos dias irá trazer novas evidências em torno do real estado da economia americana. Passado o efeito inicial da reunião do FOMC, com os ajustes de posições já tendo sido feitos, espero que o mercado fique mais reativo aos dados econômicos nos EUA, e que notícias locais façam um maior efeito sobre o desempenho de cada país e cada classe de ativos, em especial no caso do Brasil, com novas pesquisas eleitorais na agenda (vide post de ontem para uma visão mais ampla sobre os FOMC & Mercados). EUA – O Jobless Claims divulgado hoje confirmou o bom momento da economia americana. As 11h00 teremos o Philly Fed, com a agenda de amanhã trazendo Markit PMI e Existing Home Sales. As ev

FOMC

Passada a reunião do FOMC, e uma primeira reação do mercado, acho válido fazermos uma breve análise de seu resultado, e seus potencias impactos para nos ativos de risco. FOMC: 1 - Em relação aos ajustes no comunicado, o Fed optou por fazer o mínimo de alterações possíveis, mantendo o comunicado praticamente inalterado. Se quisesse, poderia adotar um tom mais positivo/ hawkish , mas optou pela cautela; 2 – O FOMC promoveu mudanças apenas marginais em suas previsões de taxa de desemprego e inflação para 2014, 2015 e 2016, em mais um sinal de cautela. Se no curto-prazo essas revisões marginais mostram um Comitê  dovish  ,e ainda desacreditado na recuperação, por outro lado, pode abrir espaço, em um futuro próximo, para novas surpresas de cenário, caso o emprego continue melhorando e a inflação subindo (vide os últimos acontecimentos na Inglaterra); 3 – A atualização do crescimento de 2014 para baixo foi apenas para adicionar as informações de um primeiro semestre fraco, esp

FOMC

A espera da decisão do FOMC as 15h00, os ativos de risco operam com pouca movimentação e sem tendência definida essa manhã. Após a supresa altista do Core CPI nos EUA ontem, o terceiro mês consecutivo de números mais firmes de inflação, após uma rodada mais consistente de dados de atividade econômica e emprego mais fortes, acredito que será bastante difícil o Fed passar uma mensagem ainda mais dovish do que aquela precificada pelo mercado. Não acredito que seja o caso do FOMC adotar sinalização parecida com aquela tomada pelo BoE na Inglaterra na semana passada, mas  tendo a acreditar que o viés é entre uma neutralidade em seu discurso, para levemente mais hawkish . Na minha visão, o pano de fundo de mercado está se alinhando para um processo de alta nas taxas de juros dos EUA, que deveria dar suporte ao USD no mundo, e tornar o ambiente mais desafiador para os ativos de risco, carry e EM. EUA –  A reunião do FOMC desta quarta-feira será uma das mais importantes, e menos consensu

Core CPI, EM e FOMC

Os ativos de risco tiveram uma noite tranquila, sem movimentações relevantes ou tendências claras. O foco do dia ficará por conta da divulgação do Core CPI nos EUA, as vésperas da reunião do FOMC. Qualquer número muito fora do consenso, ou seja, igual ou acima de 0.3% MoM, ou igual ou abaixo de 0.1% MoM, pode determinar a dinâmica do mercado, pelo menos até a decisão do FOMC de quarta-feira. No Brasil, o dia será de agenda esvaziada, com uma pesquisa Ibope prevista para o dia 19. Assim, os mercados locais devem seguir um pouco o humor global a risco. EUA –  Os números de ontem confirmaram o bom momento da economia, com o Empire Manufacturing de junho finalizando o segundo trimestre em patamar robusto, e a produção industrial mostrando um mês de maio de recuperação, após revisões altistas e positivas dos números de abril. De maneira geral, o cenário de crescimento americano se consolida em patamar mais alto nos últimos meses, o que deve dar confiança para o Fed promover, no mínimo, u

Brasil - Pesquisa Sensus

A pesquisa eleitoral realizada pela Sensus, e divulgada esse final de semana pela revista Isto É, confirmou o que as demais pesquisas divulgadas na semana passada já haviam mostrado. Observamos uma clara tendência de baixa das intensões de voto para Dilma, em detrimento ao avanço de Aécio. No cenário mais provável, Dilma caiu de 34.0% para 32.2%, com Aécio subindo de 19.9% para 21.5%, e Campos caindo de 8.3% para 7.5%. No segundo turno contra Aécio, Dilma recuou de 38.6% para 37.8%, com Aécio subindo de 31.9% para 32.7%. Acho que valem algumas observações em relação a esta pesquisa: 1 – A Sensus é a pesquisa que tem o patamar mais baixo de intensões de voto para Dilma. As variações no primeiro turno estão basicamente dentro da margem de erro, mas confirmam o nível em torno de 30% das intensões para Dilma, com claro viés de baixa, em detrimento a um viés de alta de Aécio. 2 – A informação mais relevante, na minha visão, é o segundo turno, onde a diferença hoje é basicamente

China - Nova Medida de Estímulo

Segundo artigo da Bloomberg (vide abaixo), a China autorizou mais um corte de compulsório para dois bancos locais, em mais um sinal de disposição em tomar uma postura proativa e agressiva na condução de política monetária.Vejo a medida como positiva para a economia chinesa e para os ativos que dependem da demanda da China. PBOC Expands Reserve-Ratio  Cut to Support Small  Businesses  By Bloomberg News China’s central bank extended  a  reserve-requirement cut to  lenders including Industrial  Bank Co.  and China Minsheng Banking  Corp. as officials try to  support  growth without unleashing  broader stimulus.  The People’s Bank of  China approved a half  percentage-point  cut for Industrial Bank and  Bank of Ningbo Co., and  Minsheng  Bank also got a reduction,  spokesmen said in separate  telephone  interviews. China Merchants  Bank Co. was also included,  according to analysts at  China International Capital  Corp.

Agenda do Dia, Oriente Médio e FOMC

A segunda-feira está sendo marcada por um leve movimento de " Risk-Off ", com as bolsas em queda e o USD forte no mundo, em especial contra EM. A situação no Oriente Médio (vide post anterior), e as expectativas para a reunião do FOMC nos EUA (vide post anterior), não parecem estar ajudando o humor dos mercados essa manhã. Na agenda do dia, teremos como destaque nos EUA o Empire Manufacturing e a Produção Industrial. Já no Brasil, a agenda terá a divulgação do IGP-10 e IPC-S, além da balança comercial semanal e os indicadores industriais da CNI.

FOMC & Oriente Médio

A semana será decisiva para a dinâmica de curto-prazo dos mercados globais, não somente pela divulgação de importantes indicadores de atividade e inflação nos EUA, mas, principalmente, pela importante reunião do FOMC na quarta-feira (vide seção EUA abaixo). A dinâmica do preço do petróleo, com a piora no clima político no Oriente Médio, também demanda atenção especial (vide seção Oriente Médio abaixo). EUA – A reunião do FOMC na quarta-feira será uma das mais importantes, e menos consensuais, dos últimos tempos. Não pela decisão em si, onde a redução do QE em mais US$10B é quase que uma certeza, mas pela sinalização que será adotada pelo Comitê na atualização de suas previsões, assim como a postura que será tomada por Yellen em sua entrevista coletiva. Algumas questões parecem certas, como a atualização do crescimento de 2014 para baixo, uma trajetória mais rápida de aceleração da inflação, e uma trajetória mais rápida de queda na taxa de desemprego. Contudo, todas essas 3 atualiza

BoE, Petróleo e China

Nos últimos dias, 3 eventos extremamente relevantes surgiram no cenário, e são capazes de alterar significativamente a dinâmica dos mercados globais. São eles (1) cenário de política monetária na Inglaterra, (2) alta no preço do petróleo e (3) dados de atividade econômica na China. Abaixo, segue uma visão geral de cada um desses vetores. Uma conclusão rápida me leva a crer que estes vetores tendem a ser um pouco mais negativos para os ativos de risco como um todo, em especial, ao mercado global de ações. Estes eventos também deveriam colocar alguma pressão sobre o bonds dos países desenvolvidos, estimulando mais uma rodada de abertura de taxas, em especial na Inglaterra e nos EUA. Inglaterra – Ontem a noite, o presidente do banco central do país, o BoE, deu declarações preparando o mercado, e a economia real, para uma eventual alta de juros. Segundo ele, o processo de normalização monetária no país pode ocorrer muito antes do que é esperado pelo mercado. As taxas de juros de 2 an

Realização de Lucros, Iraque e Petróleo

Após as vendas no varejo mais fracas nos EUA, divulgadas essa manhã, o mercado está promovendo uma leve realização de lucros de posições "Long US", ou seja, estamos observando um movimento de USD fraco, queda das bolsas americanas e uma leve pressão nas taxas de juros. Acredito que este movimento seja normal e saudável. O próximo grande evento do mercado ficará por conta da decisão do FOMC na semana que vem. Vale a pena chamar a atenção, contudo, para a alta no preço do petróleo, principalmente após os últimos acontecimentos no Iraque. Caso se consolide uma tendência mais acentuada de alta nos preços, podemos ter consequências maiores para alguns ativos, especialmente para aqueles países importadores desta  commoditie , como é o caso de Turquia e África do Sul. A alta no preço do petróleo também pode mudar o cenário inflacionário de alguns países e regiões, como Europa e Canadá, reduzindo o espaço para novas medidas de expansão monetária. Com uma agenda macro mais esvaziada

Crédito no China, Produção Industrial na Europa e Ruído Geopolítico no Iraque

Os ativos de risco estão abrindo o dia sem movimentações relevantes, a espera de algum novo  trigger.  As vésperas da reunião do FOMC na semana que vem nos EUA, as vendas no varejo de hoje devem ganhar atenção especial, assim como as vendas no varejo no Brasil podem favorecer movimentações nos desprezíveis na curva local de juros. EUA -  O dia será marcado pela divulgação das vendas no varejo de maio e do Jobless Claims da última semana as 9h30. Caso os indicadores mostrem novos sinais de solidez da economia, podemos esperar que o movimento gradual de alta de taxas de juros volte a imperar no mercado, dando suporte ao USD e trazendo um ambiente mais desafiador para os ativos de Carry e EM. Brasil -  As vendas no varejo de abril serão divulgadas as 9h00, com expectativas de queda de 0,1% MoM e alta de 6,2% YoY. Os ativos locais continuam vivendo em um mundo a parte, muito mais reativos ao cenário político do que ao cenário econômico. Acredito que a bolsa deve continuar com esta d

Turquia

Ruído político na Turquia gerando volatilidade nos demais EM hoje pela manhã.  Aparentemente, o “ ISIL Forces ” é um grupo terrorista que opera no Iraque. Eles teriam invadido o consulado da Turquia em Mosul, uma região do Iraque, com algumas demandas políticas. TRY deprecia 1.15%, ZAR 0.65% e MXN cai 0.35% neste momento. A notícia está ajudando o humor negativo dos mercados globais essa manhã. Fonte Bloomberg: *ISIL FORCES ENTER TURKISH CONSULATE, TAKE CAPTIVES: YENI SAFAK BERKAY KANGAL. *ISIL TAKES TURKISH DIPLOMATS CAPTIVE IN MOSUL: YENI SAFAK

Eleição no Brasil, Fed e Crescimento na China

A despeito de um desempenho relativamente positivo na Ásia (parece estar havendo uma rotação das bolsas dos países desenvolvidos para as bolsas dos países emergentes), os ativos de risco estão operando com tom mais negativo essa manhã, com leve viés de “Risk-Off”. As bolsas da Europa e dos EUA estão operando em queda, o USD está mais forte, especialmente contra TRY e ZAR, e as commodities metálicas continuam sobre pressão. As taxas de juros nos EUA, contudo, vem se mantendo em patamar mais elevado, o que parece ser um dos principais motivos para os movimentos verificados nos demais ativos de risco. Como comentei ontem, “a continuidade de um movimento gradual de abertura de taxa de juros nos EUA está sendo acompanhando por um fortalecimento do USD. Em conjunto, estes movimentos me levam a crer que o efeito das medidas do Banco Central Europeu na semana passada, para os ativos fora da Europa, já fizeram o preço que tinha que ser feito. De agora em diante, o movimento das taxas de ju

Pesquisa Ibope - Presidente

A pesquisa Ibope para presidente, divulgada no final da tarde de hoje, mostrou uma nova queda das intensões de voto para Dilma, em detrimento ao avanço da oposição. O Ibope ratifica a tendência verificada na pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, dando novo ímpeto a corrida eleitoral. No cenário mais provável, Dilma caiu de 40% para 38%, com Aécio Neves subindo de 20% para 22%, e Eduardo Campos saindo de 11% para 13%. Neste ambiente, o segundo turno é praticamente certo. Além da pesquisa base ser positiva para as perspectivas de mudança política no país, a análise qualitativa da pesquisa também mostra sinais encorajadores. A rejeição de Dilma mostrou nova alta, atingindo um pico recente e a maior entre os candidatos, enquanto a rejeição de Áecio apresentou queda. A confirmação dessas tendências mostra que existe amplo espaço para transferência de votos brancos e nulos para a oposição. A avaliação positiva do governo Dilma caiu de 35% para 31%, e já é menor do que a avaliação

Fed

Abaixo, seguem alguns breves comentários do St Louis Fed President James Bullard , proferidos ontem. Caso os dados econômicos americanos continuem na toada recente (recuperação da confiança, atividade, emprego e inflação), esperaria que outros membros do Fed migrem para um discurso/postura parecida com a de Bullard: In a relatively quiet day yesterday, a few things came to our attention including some interesting comments from the St Louis Fed President James Bullard. Bullard, who is seen as a bit of an FOMC bellwether, appears to be gradually shifting to a more hawkish stance, saying yesterday that the FOMC is now much closer to its macroeconomic goals than it has been in the past five years. Indeed, Bullard went on to say that since 1960, 75% of the time the FOMC was in a worse position with respect to its goals than it is today. In terms of the Fed’s policy stance, the St Louis Fed president commented that if the economy continues to improve, the Fed may change the conversatio

Inflação na China

Os mercados na Ásia tiveram uma noite de desempenho positivo, liderados por mais um dia de alta na bolsa da China. Hoje pela manhã, contudo, a sustentação das taxas de juros americanas em patamar mais elevado está favorecendo um humor um pouco mais cauteloso dos ativos de risco, com a bolsa americana em leve queda, o USD mais firme ao redor do mundo e as commodities metálicas operando sobre pressão, especialmente o Cobre. A continuidade de um movimento gradual de abertura de taxa de juros nos EUA está sendo acompanhando por um fortalecimento do USD. Em conjunto, estes movimentos me levam a crer que o efeito das medidas do Banco Central Euorpeu na semana passada, para os ativos fora da Europa, já fizeram o preço que tinha que ser feito. De agora em diante, o movimento das taxas de juros nos EUA deverá voltar a ditar a dinâmica de mercado. Continuo trabalhando com um cenário de abertura gradual das taxas de juros americanas, o que deve favorecer o fortalecimento do USD e tornar o a

BRL

O desempenho do Real (BRL) está descolando de seus pares (TRY, ZAR, MXN) e do movimento da Treasury nos últimos dias, mas especialmente hoje. A postura do BC, sinalizando a rolagem de todos os swaps  vincendo este mês, e o anúncio da extensão do programa após junho, estão ajudando o movimento. Tendo a acreditar que, se este descolamento continuar, o BC começa a rolar menos swaps de agora em diante. 

China - queda no compulsório

O PBoC anunciou oficialmente a queda no “Reserve Ratio” (Compulsório) para alguns bancos específicos. O anuncio é apenas a oficialização de medidas que já vinham sendo concretizadas ao longo das últimas semanas. A queda no Compulsório é mais uma medida, pontual e localizada, afim de dar suporte ao crescimento do país e evitar uma nova rodada de pressão na economia. Acredito que as medidas colocadas em prática ao longo das últimas semanas são positivas, e deveriam atuar como um importante pilar de sustentação do crescimento no curto-prazo, estabilizando o PIB em torno de 7% de crescimento. Contudo, me parece cada vez mais claro que o modelo econômico chinês se esgotou e será cada vez mais difícil sustentar os níveis de crescimento do passado. Assim, o mercado parece estar se adaptando a um cenário estrutural de menor crescimento da China de agora em diante, com todos os ativos que dependem da demanda do país sobre forte pressão nos últimos meses. Continuo bastante cauteloso em relação

Semana começa sem grandes destaques

Em uma segunda-feira de agenda esvaziada, os ativos de risco estão abrindo sem grandes movimentações. Destaque apenas para a continuidade do movimento de abertura de taxa dos juros nos EUA (vide seção EUA no post anterior) e da pressão nas commodities metálicas (vide seção China no post anterior). O USD opera sem tendência definida, com o EUR levemente pressionado, mas as moedas de EM e High Yields bem suportadas. As bolsas da Ásia tiveram desempenho positivo, mas a China ainda inspira cuidados. As bolsas da Europa e EUA estão abrindo com pequenas perdas essa manhã. A agenda de EUA e Brasil será vazia, deixando o foco do mercados nos  discursos  de alguns membros do Fed. Os comentários de ontem, descritos no post anterior, seguem pertinentes para  começo desta semana.

Brasil: Inflação, Crescimento e Câmbio / Risco Chinês

Brasil – Na sexta-feira, a divulgação do IPCA de maio mostrou uma inflação de 0,46% no mês, acima das expectativas de 0,38%, mesmo após a implementação de uma nova metodologia pelo IBGE a fim de computar os descontos na conta de água em São Paulo, o que retirou quase 10bps do número. Em 12 meses, a variação saiu de 6,28% para 6,37%. Os núcleos, e o índice de difusão, permaneceram em patamar elevado, tanto na comparação mês-a-mês quanto nas variações em 12 meses. No final da tarde de sexta-feira, o Banco Central (BC) anunciou que irá estender o programa de swaps cambiais. A duração e o tamanho do novo programa serão divulgados em momento oportuno. O BC vende hoje US$200mm por dia e vem “pilotando” as rolagens dos swaps vincendos de acordo com a dinâmica de mercado. Acredito que seja prudente uma extensão entre 6 meses a 1 ano, mas com a redução das vendas diárias de US$200mm para US$100mm. Não me surpreenderia se ele mantiver as vendas diárias em US$200mm, mas optar por menores rolag