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Mostrando postagens com o rótulo Focus

Daily News – Um Mercado, Duas Dinâmicas

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A despeito de mais um dia de alta do S&P500 e da Nasdaq, os demais ativos de risco estão dando sinais um pouco mais desafiadores, com queda das commodities, dólar forte e fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido.   A despeito da alta de quase 4% da Nasdaq e de quase 3% do S&P500 no mês de maio, o Dow Jones apresenta queda em torno de 3%. O movimento de alta da bolsa ainda está muito concentrado em poucas ações, nas Mega Tech e naquelas vistas como “vencedoras” do tema de Inteligência Artificial.   Tenho comentado sobre este tema (essa narrativa) nas últimas semanas e essa tendência só tem se acentuado: https://twitter.com/DanKawa2/status/1660759047576907777?s=20 .   “Por debaixo da superfície”, o mercado internacional mostra uma dinâmica muito mais desafiadora nos últimos meses.   Nesta manhã há notícias de que Moscou  teria sido bombardeada por drones, no que seria o primeiro ataque dentro do território russo neste conflito: htt...

Daily News – China: O Sol Volta a Brilhar

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O PIB da China apresentou alta acima das expectativas no primeiro trimestre do ano, a despeito de indicadores mais mistos em março. O número de hoje pode colocar riscos altistas para o crescimento chinês para ao no de 2023 fechado:   Olhando a abertura dos indicadores de março, vemos uma dinâmica em linha com a minha tese de que a recuperação pós-covid seria liderada pelo consumo interno e não por investimentos, infraestrutura ou o setor imobiliário, como historicamente ocorria no passado recente.   Os números de março mostraram alta mais acentuada das vendas no varejo, a despeito de alguma decepção da produção industrial e dos investimentos:   Continuo mais construtivo com o cenário para a China e vendo um balanço favorável de risco versus retorno nos ativos do país:   No Brasil, o BTG Pactual fez um estudo mostrando o aumento relevante de empresas entrando em concordata (“quebrando”). Os números são explicados por um ambiente de juros altos, inflaçã...

EM ainda pressionados. Sem sinais de alívio

Os ativos emergentes tiveram mais um dia de forte depreciação. Neste ambiente, acho prudente abandonar minha expectativa de um “relief rally” um pouco mais sustentado nos ativos emergentes. Assim, o portfólio foi ajustado nesta direção, com a redução de alocações visando movimentos mais positivos dos ativos EM/Brasil. Na Argentina, o Peso (ARS) apresentou depreciação superior a 7%, forçando o banco central a sinalizar para uma intervenção agressiva no câmbio. A Lira (TRY), na Turquia, atingiu novo piso de depreciação para este ciclo. O Peso, no México (MXN), seguiu movimento de depreciação, na ausência de notícias relevantes no tocante a um acordo relacionado ao NAFTA. Os ativos no Brasil acabaram seguindo esses movimentos. A despeito da pesquisa Focus do BCB mostrar um cenário de revisões baixistas de crescimento e uma expectativa de inflação ainda baixa, controlada e em queda, o mercado resolver testar a real disposição de intervenção do BCB no câmbio, além de questionar os...

Brasil: De volta aos fundamentos.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, na ausência de mudanças substanciais de cenário. Destaque para a forte alta do petróleo nos últimos dias, com o WTI testando o patamar de US$60. Um misto de demanda global mais aquecida e controle de oferta por parte da OPEP ajudam a explicar o movimento. O MXN é um dos destaques negativos recentes, com forte depreciação. Fundamentos econômicos mais frágeis do que os seus pares emergentes, um quadro político incerto com eleições presidenciais em 2018 e as incertezas que rondam as negociações em torno do NAFTA são os principais vetores para explicar o movimento da moeda. Nem mesmo a atuação mais agressiva do Banxico no mercado de câmbio tem sido suficiente para conter o movimento de depreciação. No Brasil, a terça-feira foi de movimentos positivos para os ativos locais. Passado o debate da reforma da previdência, os investidores voltaram o foco para o cenário cíclico mais positivo da economia, com um quadro técnico mais...

Ruídos podem trazer acomodação dos ativos de risco.

Ainda estou me inteirando sobre o cenário econômico e político, local e global, dos últimos dias. Por ora, mantenho o que escrevi aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/09/update.html Europa/Alemanha -  Deixei de comentar no domingo a noite ( https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/09/eua-e-espanha-em-foco.html ) sobre as eleições na  Alemanha . A despeito da esperada vitória de Angela Merkel, seu partido ficou aquém do esperado nas eleições. Assim, o evento pode ser classificado como uma “vitoriosa derrotada” para Merkel. Uma “grande coalizão” provavelmente não poderá ser realizada. A busca por apoio político poderá deixar o cenário político alemão um pouco mais conturbado no curto-prazo. Acredito que este tipo de evento, na maneira como é estruturada a cadeia política da Alemanha (e de muitos países europeus), trazem ruídos de curto-prazo, mas dificilmente alteram a dinâmica econômica. Já vimos processos parecidos inúmeras vezes na Itália e em...

Brasil: Cíclico Positivo vs Incerteza Política.

Hoje é dia de feriado nos EUA. Assim, a liquidez será prejudicada. Não olharia a dinâmica dos ativos de risco ao longo do dia como sinalização alguma. A  Coréia do Norte  anunciou hoje que promoveu mais um teste balístico, avançando em seu programa nuclear. Segundo o WSJ:  North Korea said it successfully test-launched an intercontinental ballistic missile, claiming a major advance for the isolated nation in its attempts to threaten the U.S. with a nuclear weapon.  If fired at a more standard trajectory, the missile that Pyongyang launched on Tuesday could have flown for more than 4,160 miles, said David Wright, a physicist at the Union of Concerned Scientists. That is far enough to qualify as an ICBM. The distinction between an intermediate-range and intercontinental ballistic missile is an important one because the U.S. has forbidden North Korea from conducting an ICBM test, though it is unclear what the U.S. would do in response to a possible declaration from...

Brasil: Inflação baixa, crescimento baixo, expectativas de inflação cadentes.

O dia basicamente manteve os movimentos verificados pela manhã. O petróleo apresentou alguma volatilidade intraday maior, mas os demais ativos de risco permanecem em ranges bem definidos. No Brasil, a pesquisa Focus mostrou uma nova rodada de revisões para baixo do IPCA (inflação) e do PIB para este ano e para 2018. As coletas de inflação seguem baixas, sinalizando para uma deflação no mês de junho, talvez ainda mais acentuada do que o esperado até pouco tempo atrás. Os indicadores de confiança começaram a mostrar arrefecimento, no que já pode ser visto como uma reação as incertezas políticas recentes. O dia foi marcado por um forte movimento positivo do BRL e do Ibovespa. Vejo estes movimentos como uma reação a busca global por yields , depois de mais um número negativo na economia dos EUA (mais detalhes abaixo). Além disso, já vejo uma posição técnica relativamente “esticada” nesta direção, com muitos investidores locais “vendidos” em BRL e em Ibovespa. Isso pode ter ajuda...

Goldilocks -> Relaftion

Brasil – A pesquisa Focus do BCB trouxe novas revisões baixistas para a inflação e o PIB, para os anos de 2017 e 2018. O presidente do BCB voltou a dar um tom de tranquilidade em relação ao cenário corrente para a política monetária. Segundo os sinais emitidos por Ilan, os vetores cíclicos para a queda da taxa Selic parecem se sobrepor, de maneira cada vez mais clara, as incertezas que o cenário pode apresentar. Como comentado no final de semana, o noticiário político parece trazer menos novidades relevantes, o que ajuda a acalmar os ânimos dos investidores. Neste ambiente, o dia foi de bom desempenho da curva de juros, a despeito da pressão verificada no exterior, com a abertura de taxa das treasuries e a alta do dólar no mundo. Interessante observar o movimento continuo de queda das inflações implícitas, que estão reagindo a uma inflação corrente baixa, as expectativas de inflação baixa até fins de 2018 e aos sinais de que a meta de inflação será reduzida em breve. ...

Estabilização do humor externo. Brasil: governo supera mais um obstáculo.

Os ativos de risco estão dando sinais de estabilização, após uma breve correção nos índices de bolsa dos EUA e da Europa. Ainda vejo a agenda econômica desta semana como determinante para a dinâmica dos ativos de risco durante o verão no hemisfério norte, período sazonalmente marcado por volatilidades mais baixas e liquidez idem. Hoje, destaque para o PPI. Amanhã teremos o Core CPI, Retail Sales e decisão do FOMC. Está agenda é capaz de testar o ambiente atual de “goldilocks” ou manter o ambiente tranquilo para as próximas semanas. No Brasil, destaque hoje para as Vendas no Varejo. O mercado já espera um número negativo, mas vemos riscos baixistas para esta divulgação. No final da tarde de ontem, o PSDB anunciou que, por ora, permanecerá na base do governo. A decisão foi tomada visando manter a agenda de reformas e em busca de apoio do PMDB para as eleições de 2018. A posição do PSDB será reavaliada diariamente. Passado o processo no TSE e, agora, com menos uma pressão iminent...

Petróleo em destaque.

O destaque da noite ficou por conta da acusação que foi vazada na mídia de que Trump teria dado informação confidencial sobre o Estado Islâmico a uma delegação Russa que visitou a Casa Branca na semana passada. Como presidente do país, parece que Trump tem o poder de tornar informação confidencial em informação pública, mas o vazamento deste episódio está trazendo um grande constrangimento a uma administração cercada de problemas. Na agenda do dia, destaque para os dados de housing nos EUA e para Industrial Production do país. Em relação à dinâmica de mercado, destaque para mais uma rodada de alta no preço do petróleo após a confirmação, ontem, de uma extensão do corte de produção dos países membros da OPEP. Não sou especialista no tema, mas me parece que o petróleo deveria se manter um grande range ao longo dos próximos meses. O nível de $45-$55 parece um bom o seu preço. Neste patamar, a despeito de uma elevada volatilidade, não deveria ser um tema de grande destaque para...

Brasil: Inflação baixa, expectativas ancoradas e demanda por investimentos.

Os ativos de risco passaram o dia basicamente digerindo o resultado do primeiro turno da eleição para presidente da França, sem desdobramentos diferentes dos já comentados pela manhã. Chamaria a atenção para o movimento da Treasury, que “devolveu” grande parte da abertura de taxas observado durante a noite e pela manhã de hoje. Na minha visão, a dinâmica do mercado mostra um quadro técnico ainda complicado. As bolsas da Europa e dos EUA apresentaram desempenho bastante positivos. Nos EUA, em especial, a temporada de resultados e um quadro técnico mais “leve” parecem estar ajudando o mercado a permanecer próximo aos picos históricos, a despeito de volatilidades pontuais. No Brasil , as coletas de preço continuam apontando para uma inflação extremamente baixa no curto-prazo. Nesta direção, a pesquisa Focus mostrou novo arrefecimento das expectativas para o IPCA de 2018, um importante componente na tomada de decisão de política monetária por parte do BCB. No que tange o cenár...

Agenda carregada.

Os ativos de risco estão se adaptando/ajustando à uma agenda econômica extremamente carregada nos próximos 3 dias. Nesta ordem, teremos: PPI (terça-feira), Core CPI e FOMC nos EUA (quarta-feira), além das eleições na Holanda, na Europa. A Treasury 10 anos está novamente testando patamares acima de 2,6%, mas ainda sem um rompimento claro. Por ora, os ativos de risco estão digerindo de maneira saudável este movimento, confirmando a visão de que a velocidade de abertura das taxas de juros nos EUA importa mais do que a sua direção propriamente dita para o humor global a risco. Além disso, para algumas classes de ativos, como os ativos Emergentes (EM), em geral, impera uma visão de que um cenário de valuations atrativos, fundamentos mais sólidos do que no passado recente e um crescimento global saudável dão suporte a um bom desempenho, mesmo diante do cenário de normalização monetária nos EUA. Neste pano de fundo, a agenda econômica dos próximos dias será fundamental. No cenár...