Mercados Globais

Hoje falei sobre a pandemia e suas consequências econômicas no Brasil e no mundo:

Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom levemente negativo. Hoje é dia de fechamento de mês, de trimestre e de semestre, o que pode distorcer alguns movimentos de mercado devido a fluxos pontuais e acabar acentuando alguns movimentos.   No Brasil, ontem, vimos o CAGED apresentar a perda de 300 mil postos de trabalho em maio, “menos pior” do que as expectativas, mas um número que ainda mostra os enormes desafios econômicos que o país enfrenta:   No lado fiscal, vimos um déficit primário de R$126.6bi, em linha com as expectativas. As contas públicas estão sendo afetadas por uma forte queda de arrecadação e um aumento expressivo de gastos devido a rede de proteção social criada pelo governo: Acredito que o mercado dará o benefício da dúvida ao país enquanto houver esperanças de que ajustes econômicos e reformas serão feitas uma vez passada a pandemia e a crise econômica. Caso essa esperança seja perdida, podemos ter cenário alternativos bastante negativos para o país.  

Depois de uma sexta-feira de “risk-off” generalizado, os ativos de risco estão abrindo a semana em tom mais positivo. Por ora, o S&P conseguiu se sustentar acima dos 3.000 pontos, o que tecnicamente ajuda a manter as “bandas” de sustentação recente. Qualquer confirmação de rompimento abaixo deste nível, pode trazer uma dinâmica mais negativa de curto-prazo.   No campo econômico, o final de semana ainda foi mais negativo em relação a pandemia. Alguns Estados americanos foram obrigados a frear o processo de reabertura econômica, os números de infectados ainda são elevados e alguns países (como Israel) vivem uma segunda onda mais agressiva do que a primeira. Focos de contágio voltam a ser observados a China.   Interessante observar a dinâmica em alguns países dos Bálcãs, e a situação que merece atenção especial: Comentei no Podcast Semanal um pouco mais sobre cenário: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/2662020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-eg0f8n . T

Eu sou um grande entusiasta dos avanços da tecnologia e bastante otimista com as mudanças que estão ocorrendo no mundo dos investimentos no Brasil. Tenho estudado a fundo o tema, a nossa situação do passado, o que estamos vivendo no mundo corrente e o que nos espera no futuro. O Morgan Stanley fez um excelente trabalho em estudo recente mostrando o ecossistema das corretoras online no Brasil e o potencial de crescimento do mercado de investimentos locais. Deixo aqui alguns gráficos que mostram a dimensão do que estamos passando e de como este mercado pode evoluir no futuro.

Essa semana falei sobre o positivo avanço do marco do Saneamento Básico no Brasil, além dos reflexos da pandemia internacional. A semana foi de mais volatilidade e incerteza. Nossa visão de cautela no curto-prazo permanece. https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/2662020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-eg0f8n

O Brasil viveu durante décadas dentro de um ecossistema oligopolista para os bancos. Com os avanços conquistados pelo país nos últimos anos, chegamos a um cenário de juros baixos, compatíveis com países desenvolvidos. Isso vem estimulando uma "nova reabertura econômica", dessa vez focada no sistema financeiro. Os bancos estão sendo testados através de competição em várias frentes, com serviços mais baratos e/ou mais eficientes e/ou melhores. São bancos digitais com taxas baixas, fintechs de crédito, empresas de pesquisa independente, corretoras de investimentos, Gestoras de Recursos e de Patrimônio independentes e assim por diante. Eu vejo esse novo ecossistema com muito otimismo. Parece estarmos apenas no começo deste longo e produtivo processo. Essa recente competição de marketing entre @itau   e @xpinvestimentos   é saudável para o mercado como um todo, além de ser extremamente divertido ver o brasileiro engajado. Acredito que o mercado seja grande o sufi

Os ativos de risco tiveram uma noite de bastante volatilidade e operam em tom negativo essa manhã. Podemos observar que a despeito dos níveis “elevados” das bolsas após a recuperação recente, os indicadores de volatilidade – como o VIX – continuam apontando para um cenário de incerteza:   O destaque da noite ficou para a aprovação, no Brasil, do Marco Regulatório do Saneamento, uma medida extremamente positiva para o setor e para o país. A medida, contudo, já vinha sendo esperada e, aos poucos, precificada no mercado, como podemos ver na tabela abaixo o desempenho recente das ações do setor:   De qualquer forma, é um avanço na agenda de reformas do país em meio a pandemia, o que mantém as esperanças de que passada a fase aguda da crise, o país pode ser capaz de entrar novamente na rota de reformas estruturais.   Para não soar repetitivo, ontem comentei sobre a dinâmica dos mercados globais, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1275862582180577281?s=20 .   O que

Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom mais negativo, mas ainda sem sinais de rompimento das “bandas” que estão se tornando o padrão recente. Por ora, seguimos sem tendência definida e em um ambiente de mais volatilidade, porém sem direção clara dos ativos de risco.   Na Alemanha, o IFO – um dos indicadores mais importantes de confiança do país – apresentou recuperação. Contudo, continuamos a ver uma dicotomia entre a situação corrente, ainda muito pressionada, e as expectativas futuras, que mostram a tão esperada “Recuperação em V”:   Na China, após a primeira fase da recuperação, começamos a ver sinais de acomodação no movimento de abertura da economia e melhora do crescimento. Os focos pontuais e localizados da pandemia podem agravar a situação caso não controlados em sua totalidade:   Hoje pela manhã, temos novos ruídos envolvendo uma nova fase da guerra comercial promovida por Trump. Esta pode ser uma plataforma eleitoral – negativa para os mercados – em bus

Depois de um breve movimento de aversão a risco na noite de ontem, com comentários de membros do governo dos EUA de que o Acordo Comercial com a China estaria encerrado, voltamos a operar em tom positivo essa manhã. Os comentários foram logo desmentidos, o que trouxe novamente o otimismo à pauta de negociações.   Destaque da manhã para a rápida e acentuada recuperação dos PMI´s na Europa, que ficou acima das expectativas do mercado:   Ao redor do mundo, os sinais continuam a ser de uma recuperação razoável da atividade econômica global:   A despeito de alguns sinais de piora no quadro técnico, ainda vemos indicadores apontando para uma posição saudável:   Mesmo que as volatilidades sigam elevadas:   Aqui, mais uma evidência de descolamento entre preços e realidade, onde a liquidez global abundante e as expectativas de recuperação se sobrepõem aos fundamentos:   Sigo vendo o mercado operando dentro de suas “bandas” no curto-prazo, testando as partes sup

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo, a despeito de, na minha visão, termos notícias mais negativas de curto-prazo. De qualquer forma, a dinâmica do mercado, neste momento, está em linha com o que eu venho reportando neste fórum.   O mercado continua operando dentro de “bandas” relativamente estreitas. Não vejo motivos, por ora, nem para “rompimentos” para cima, nem para movimentos negativos da mesma forma que vimos em março.   De um lado, temos sinais de aceleração da “segunda onda” de contágio pelo Covid em alguns países do mundo (Alemanha e China, por exemplo), uma “primeira onda” estendida em alguns países emergentes (Brasil, México e Índia, por exemplo) e uma situação similar nos EUA, com alguns Estados em “segunda onda” e outras em uma “primeira onda” estendida.   Todavia, precisamos contextualizar a situação. Era natural que novos casos fossem surgissem com a reabertura gradual do mundo. O relevante, a luz do mercado, é entender se o número de fa

‪ Selic a 2.25%, Queiroz e segunda onda da pandemia são alguns dos temas do podcast dessa semana. Aproveitem:‬ https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/2062020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-efmqdd

Mais um dia, mais movimento de alta das bolsas globais. O excesso de liquidez disponibilizado pelos bancos centrais continua a se sobrepor sobre qualquer outro aspecto econômico ou financeiro.   Por ora, continuamos dentro das bandas recentes, operando mais nos topos do que na parte intermediária dessas bandas.   Para não soar repetitivo, sigo esperando um curto-prazo onde as bandas são respeitadas, com alguma volatilidade ainda presente. Por ora, não vejo motivos nem para rompimentos para cima, nem para movimentos como os observados em março. As volatilidades, no geral, continuam mais elevadas, mesmo com os movimentos positivos dos ativos:   No Brasil, vimos ontem um movimento que comentei que poderia acontecer neste fórum na manhã de quinta-feira: Bolsas e Dólar em alta, com “steepening” da curva de juros. O movimento parece fazer sentido e ainda pode ter continuidade nos próximos dias/semanas.   Sobre o cenário político local, a prisão de um ex funcionário de um do

No Brasil, o BCB em sua reunião do Copom de ontem, decidiu por cortar a Taxa Selic em 75bps para 2,25%, como era amplamente esperado. O comunicado não indicou os próximos passos de maneira explícita, exceto por deixar a “porta aberta” para cortes adicionais, de tamanho inferior aos cortes anteriores.   O Copom condicionou os cortes, como sempre, ao cenário de inflação, crescimento e os avanços na agenda econômica estrutural de reformas. Na minha visão, o comunicado foi levemente “dovish” e corrobora a visão do mercado.   Como a curva intermediária da curva apresenta prêmios relevantes de alta de juros nos próximos 12 a 24 meses, não descarto um movimento de “flattening” nesta parte da curva. A curva longa, contudo, ainda deve permanecer em formato mais “steepado” devido aos riscos fiscais que a pandemia trouxe ao país.   Sem a menor sobra de dúvida os juros baixos no país estão levando o investidor a optar por investimentos com mais volatilidade e/ou menos liquidez, em busc

A noite foi de poucas novidades no cenário e os ativos de risco operam, neste momento, em tom levemente positivo.   Eu vejo o mercado em uma “queda de braço” entre uma liquidez global abundante, somado as esperanças de algum retorno ao “normal” das economias, de um lado, e o aumento de alguns riscos ao cenário, de outro lado, tais como:   - Segunda onda de contaminação - Atritos entre as Coreias - Problemas entre China e Índia - Recuperação ainda desigual em torno do mundo   Por ora, vejo o mercado operando dentro das “bandas” recentes, mas sem motivos para algum rompimento para qualquer um dos lado, seja positivo ou negativo. Não vejo motivos para vermos novos picos nas bolsas, tampouco um movimento como o visto em março.   Na China, a situação apresentou deterioração nas últimas 24 horas, com o país adotando medidas drásticas para conter o avanço do vírus: https://www.bloomberg.com/news/articles/2020-06-17/hundreds-of-beijing-flights-canceled-after-virus-flares-

Hoje bati mais um papo com o  MyNews  sobre cenário e mercados. Obrigado pelo convite! Mara Luquet   TAG Investimentos