Mercados Globais

O grande destaque do final de semana ficou por conta do acerto nas negociações para a extensão do Teto do Endividamento nos EUA. Este evento retira um enorme “risco de cauda” do cenário de curto-prazo. Aqui vale, contudo, algumas ponderações:   Primeiro, o Tesouro Americano será obrigado, após o acordo, a emitir uma quantidade relevante de títulos, para recompor o seu caixa. Isso pode retirar uma liquidez relevante do mercado e ter algum impacto (negativo) no preço dos ativos de risco.   Segundo, a bolsa dos EUA subiu de forma rápida e acentuada na sexta-feira, mesmo diante de um número de inflação (Core PCE) acima das expectativas e com uma qualidade ainda desafiadora para o processo de desinflação do país.   A dinâmica do mercado sinaliza para que já havia alguma expectativa no mercado de acordo no final de semana prolongado. Segunda-feira e feriado nos EUA.   O Core PCE divulgado na sexta coloca uma pimenta adicional no debate do ciclo de juros ame...

Após uma semana desafiadora para os ativos de risco, os mercados estão abrindo a semana em tom mais positivo.   Na semana passada, o grande destaque ficou por conta da sinalização dos bancos centrais das principais economias do mundo (Fed e ECB) da necessidade de altas adicionais de juros e, principalmente, da percepção de que os juros precisarão ser mantidos mais altos, por mais tempo.   Como o mercado tinha a expectativa de que os BC´s pudessem aliviar os seus discursos, com curvas de juros que já precificavam quedas não desprezíveis no ano que vem, os sinais emitidos na semana passada acabaram levando a uma rodada de correção de preções neste sentido.   A China passa por sua maior onda de Covid até o momento. A mídia reporta hospitais lotados, ausência de medicamentos e um número elevado de óbitos. O mercado, por sua vez, tenta olhar “por cima” desta situação e prever o “começo do fim” da pandemia no país, aos moldes do que ocorreu em todas as economias Oci...

Após uma terça-feira de aversão a risco, os ativos de risco estão abrindo o dia próximos a estabilidade. Ontem comentei sobre a perda de momento da recuperação e quais seriam seus motivos, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2022/12/daily-news-cenario-desafiador-perda-de.html .   Em uma das maiores mudanças de postura dos últimos meses, a China relaxou consideravelmente sua política de Covid Zero, caminhando – mais rápido do muitos imaginavam – para uma saída da pandemia: https://www.wsj.com/articles/china-scraps-most-testing-quarantine-requirements-in-covid-19-policy-pivot-11670398522?mod=djemalertNEWS .   No Brasil, a PEC da Transição foi aprovada na CCJ e irá caminhar ao plenário do Senado. Algumas alterações podem (e devem) ser feitas ao longo do processo, mas os primeiros sinais são de um impacto relevante, não desprezível e negativo nas contas públicas do país.   Hoje teremos reunião do Copom. Espero que o Comitê mantenha a Selic estável em 13,75%...

Os ativos de risco estão abrindo a semana com leve aversão a risco. A deterioração da situação social na China, que comentei mais a fundo aqui ontem ( https://twitter.com/DanKawa2/status/1596994418653155328?s=20&t=hSqhT63jAu_IeynqxqF8YA ) parece estar sendo um trigger para esta realização de lucros dos mercados.   Destaque negativo para a queda no preço do petróleo, em seu menor patamar desde começo de 2021. Vale a pena destacar que a tese de alta no preço de energia é um consenso global entre analistas e gestores, o que faz com que o movimento, tecnicamente, esteja afetando bastante o mercado:   No Brasil, a despeito das esperanças de que a PEC da Transição fique abaixo daquilo que vinha sendo proposto pelo governo eleito, os rumores de indicações para o Ministério da Fazenda, assim como as sinalizações de programa de governo, continuam a trazer desconforto.   Continuo acreditando que há boa vontade do mercado em dar o benefício da dúvida de curto-prazo, ...

Ainda estamos no intersecto do feriado de Thanksgiving nos EUA, o que deixa o mercado com muito pouca liquidez. Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, neste momento.   No Brasil, a quinta-feira foi de melhora dos ativos locais. A PEC da Transição parece que não tem apoio do Congresso para progredir como foi apresentada. Há bastante rejeição com o tamanho e duração dos eventuais gastos acima do Teto.   Isso fez com que um mercado tecnicamente “leve”, em um dia de baixa liquidez e pouca presença estrangeira, acabasse apresentando forte recuperação, especialmente no mercado de ações.   O IPCA-15 divulgado ontem ficou dentro das expectativas do mercado. Sua composição mais positiva também ajudou a dar ânimo ao mercado e alguma confiança no processo de desinflação, já em curso:   Na China, com a deterioração corrente da Covid, a situação se mostra bastante desafiadora do ponto de vista sanitário e de crescimento de curto-prazo. O mercado contin...

Números de inflação mais baixos do que o esperado nos EUA ontem deram ímpeto adicional aos ativos de risco, em especial, às bolsas globais. Meu comentário de ontem segue válido:   Olhando a dinâmica recente de mercado, acredito que apenas um número muito mais alto do que as expectativas, e com um qualitativo muito ruim, será capaz de alterar a dinâmica mais positiva de curto-prazo.   Ainda me parece que teremos que conviver com inflação mais alta por mais tempo nos EUA (e no mundo), mas há questões técnicas, de valuation e posicionamento, que parecem estar dando suporte de curto-prazo às bolsas globais (não tanto as commodities e outras classes).   A despeito de uma inflação em patamar alto e incompatível com a meta do Fed, o mercado opera questões marginais e um número abaixo do consenso aumenta as expectativas de que o pior da inflação tenha ficado para trás.   Membros do Fed vieram à mídia declarar que a batalha contra a inflação está longe de esta...

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom negativo, com bolsas, commodities e cryptos em queda; dólar forte no mundo e fechamento de taxa de juros.   Comentei sobre o cenário geral aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2022/07/giro-do-final-de-semana.html .   Na China, o aumento de casos de Covid volta a assombrar o país e elevar o risco de novos lockdowns, com impactos possíveis no cenário para o crescimento do país e do mundo:   Os dados de crédito e agregados monetários de junho mostraram um forte impulso ao crescimento do país, mas ainda sem um impacto imediato e estrutural nos dados de crescimento.   Na Europa, o período de manutenção da Nordstream I se iniciou. Há um enorme receio em torno de qual será a postura da Rússia após a manutenção. O fluxo de gás irá retornar? Ou entraremos em uma fase ainda mais aguda da crise energética?   *As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão instituci...

O presidente da Ucrânia declarou que um acordo de cessar fogo está se tornando mais realista, o que está ajudando a dar ímpeto a um movimento de alta das bolsas essa manhã. Interessante observar, contudo, que após forte queda no preço do petróleo nos últimos dias, hoje vemos um movimento de alta de preços de commodities, mesmo com sinais mais positivos provenientes da Ucrânia.   Além disso, vimos uma alta acentuada (10% a 15%) dos mercados na China/Hong Kong, após o governo chinês dar declarações de suporte ao mercado de capitais do país diante da queda recente dos mercados locais. Escrevi sobre isso aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1503667310162284545?s=20&t=fmd9weG3dnIHOMwdupNmsA .   Ontem escrevi um pouco mais a fundo sobre como vejo o cenário atual e como tenho buscado me posicionar para ele: https://www.linkedin.com/posts/dan-kawa-78361130_tenho-refletido-bastante-em-como-se-posicionar-activity-6909494694011920384-mxIM?utm_source=linkedin_share&ut...

Ao longo do dia de ontem os ativos de risco apresentaram uma alta rápida e acentuada em relação ao “low” da noite. Vejo o movimento como fruto de: (1) Uma percepção de que a guerra na Ucrânia pode ser curta devido ao poder bélico russo; (2) A reação do Ocidente, até o momento, tem sido muito mais branda do que o imaginado e (3) Movimento técnico, com fluxos de rebalanceamento de final de mês.   As últimas vezes que vimos uma reversão da mesma magnitude que observamos ontem, o mercado estava em meio a enormes “bear markets”. Movimentos de volatilidade acentuada não apontam para uma estabilização do mercado, mas mostram uma situação de fragilidade técnica:   Hoje pela manhã, com os ataques em franca expansão e com Kiev sendo bombardeada, os mercados voltaram a operar com aversão a risco. Sigo com viés negativo para os mercados internacionais, esperando um ambiente de elevada volatilidade. Será difícil, inclusive, explicar todos os movimentos dos ativos de risco.  ...

A espera dos dados oficiais de emprego nos EUA a ser divulgado hoje as 10h30, os ativos de risco operam com alguma volatilidade, porém próximos a estabilidade.   O principal tema dos mercados globais este começo de ano (que não deixa de ser a extensão do que já vinha ocorrendo no final de 2021) fica por conta da potencial redução de liquidez global que poderá ser acelerada pelo Fed. Comentei mais sobre isso aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1479193365833003014?s=20 .   No Brasil, estamos, por ora, reféns do cenário internacional, mas com o agravante de nossas idiossincrasias, como pressão por mais gastos públicos, sinais claros de desaceleração do crescimento, inflação ainda elevada e um movimento técnico intenso de redução de renda variável por parte dos investidores. Comentei mais aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1479198416722960385?s=20 .   Ainda no Brasil, interessante observar como grande parte do IPO´s de 2021 tiveram performance extrema...

Segue um breve resumo dos eventos dos últimos dias:   Na Coreia do Sul, um termômetro importante para o crescimento global, há sinais de arrefecimento das exportações. A nova onda da pandemia e uma acomodação natural do ciclo econômico podem explicar parte deste momento, que merece atenção nos próximos dias:   Na China, vemos incipientes indicações de estabilização da economia, com o PMI Oficial permanecendo acima de 50 pontos, as transações de imóveis e terras apresentando alguma recuperação, assim como a demanda por commodities metálicas: Ainda me parece cedo para acreditar em uma inversão para um ciclo mais positivo na China, mas os sinais “menos negativos” podem vir a animar os ativos que dependem da demanda da China no curto-prazo. Sigo esperando um longo-prazo de menor crescimento estrutural do país.   No Brasil, encerramos o ano com mais uma surpresa positiva nas contas públicas. O curto-prazo não parece um problema, mas o mercado segue fragilizado ...