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Reflexões do final de semana. Pontos negativos superam os pontos positivos.

Este é aquele momento da semana que gosto de repensar os principais temas de mercado que, na minha opinião, estão ditando o ritmo dos ativos de risco. Vamos a eles: Brasil – Política: A equipe econômica de Bolsonaro continua em uma tentativa de manter uma “agenda positiva”. A novidade da vez seria a potencial manutenção de alguns membros da equipe econômica, como Mansueto, muito bem visto pelo mercado. Além disso, a mídia fala em uma agenda econômica positiva que seria apresentada nos primeiros 100 dias de governo. Acredito que existe disposição de implementar uma agenda econômica positiva e, dado a configuração atual do Congresso, uma possibilidade real e concreta dessa agenda ser aprovada pelo Congresso. Assim, o viés nesta área é positivo no curto-prazo. Contudo, ainda me espanto com algumas dicotomias da agenda que vem sendo apresentada na mídia. Fala-se em cortar imposto de importação, aumentar a desoneração da folha de pagamento, dar décimo terceiro ao Bolsa Família, não...

Sinais de contaminação.

Mais uma noite se passa e iniciamos mais um dia com o mesmo pano de fundo e a mesma dinâmica de mercado que já virou regra, ou seja, dólar forte e pressão nos ativos emergentes. Comentei bastante sobre isso nos últimos dias, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/ e aqui https://www.linkedin.com/in/dan-kawa-78361130/detail/recent-activity/shares/ . Não entrarei em detalhes para não soar repetitivo. Desde ontem, contudo, vemos sinais de contaminação este cenário emergentes mais negativo para outras classes de ativos, como as bolsas no mundo desenvolvido, que vinham se mostrando “blindadas” a este ambiente. Após Argentina, Turquia e África do Sul, agora a Indonésia também entra no radar do mercado, com sua moeda atingindo o menor patamar da história após mais uma rodada de depreciação. Neste caso, o problema enfrentado pelo país é muito parecido com os casos dos demais emergentes. Continuo acreditando que tudo isso é apenas sintoma do mesmo problema, ou seja, a redução global...

No news (still) good news for markets...

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. O destaque fica por conta de um dólar mais fraco no mundo, com bom desempenho das moedas emergentes. Os ativos de risco apresentaram desempenho mais positivo na China (comentei mais a respeito do país na manhã de ontem:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/07/china-em-foco.html ). Na Alemanha, o IFO - um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa - ficou praticamente estável e acima de sua média histórica, a despeito de abaixo dos picos recentes. os indicadores de confiança da região continuam mostrando um crescimento saudável e relativamente robusto, mesmo que abaixo do que se vu na virada de 2017 e início de 2018. Os números em nada alteram o cenário para a região ou as expectativas para a política monetária. Na Austrália, o CPI ficou abaixo das expectativas do mercado. O número confirma um cenário de total ausência de pressões inflacionárias no país. A Austrália deverá ser...

Humor mais positivo essa manhã.

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira em tom mais positivo, com uma alta nas bolsas e nas commodities, uma estabilização das taxas das treasuries e um leve dólar fraco com as moedas emergentes. A divulgação do resultado da Google (Alphabet) no fechamento do dia de ontem pode ter ajudado a dar algum suporte aos ativos de risco. De maneira geral, contudo, os resultados corporativos têm vindo acima das expectativas, mas os índices de bolsas dos EUA não estão conseguindo sustentar uma alta mais persistente e permanente. O pano de fundo macroeconômico, com diversos “ventos contrários” (“headwinds”), por ora, está predominando em relação a um quadro microeconômico ainda positivo. No Brasil, os jornais estão dando atenção às articulações políticas em torno das eleições presidenciais para outubro. O STF irá analisar mais um recurso que pode, eventualmente, favorecer o ex-presidente Lula. Até o momento, o PT etsá mantendo sua candidatura a presidente, em uma estratégia que já...

Watching Global Growth...

Mercados & Cenário: O destaque da manhã fica por conta do fechamento de taxas das Treasuries e dos demais países desenvolvidos na Europa. As commodities operam em queda. O movimento é uma continuidade daquele verificado ao longo da quarta-feira. O AUD também opera pressionado, após dados de “capex”/investimentos abaixo das expectativas do mercado. Nas últimas semanas observamos sinais de acomodação do crescimento global. Até o momento, vejo este movimento como natural neste estágio do ciclo econômico. Contudo, a queda recente do PMI Manufacturing na China acendeu um sinal amarelo no meu cenário e merecerá atenção nos próximos dias/semanas. Com muitos ativos de risco ainda em níveis de “valuations” pouco atrativos (ou menos triviais), sinais mais concretos ou coordenados de desaceleração global não seriam bem recebidos pelos mercados. Por ora, reforço que este ainda é um cenário alternativo. A desaceleração ainda me parece pontual e normal para este estágio do ciclo econô...

"The pain trade is up!"

O destaque da manhã está por conta de mais uma rodada de apreciação das bolsas ao redor do mundo. Os dados econômicos globais, especialmente relativos ao crescimento, continuam apontando para uma economia global robusta, o que ajuda a dar suporte aos ativos de risco. Na Coréia do Sul as exportações de julho – um número visto como uma boa Proxy de crescimento global dado a abertura da economia do país e a elevada corrente de comércio – subiu de 13,6% YoY para 19,5% YoY, acima das expectativas de 15,9% YoY. Na Austrália , o RBA manteve a política monetária inalterada, como era amplamente esperado. O RBa promoveu apenas uma pequena alteração no comunicado, para mostrar um leve desconforto adicional com o nível e a recente apreciação do AUD: "an appreciating exchange rate would be expected to result in a slower pick-up in economic activity and inflation than currently forecast" . No Brasil, os jornais de hoje dão como certa a possibilidade de revisão da meta fiscal para ...

Brasil: Situação fiscal demanda cautela.

O destaque desta manhã fica por conta da alta no preço das commodities metálicas não preciosas. Os demais ativos de risco operam em compasso de espera para a decisão do Fed. No Brasil , os jornais estão dando ampla cobertura às dificuldades que o Governo está enfrentando para fechar as contas públicas deste ano, e cumprir a meta fiscal estabelecida. As opções são cada vez menores e mais arriscadas, como receitas extraordinárias incertas, altas impopulares de impostos e, agora, ganha corpo, a possibilidade de alteração da meta fiscal. Acredito que a alteração da meta seja extremamente negativa, pois mostra certa perda de poder político de Meirelles e equipe. Além disso, traz novamente a tona um quadro fiscal preocupante e insustentável no longo-prazo, na ausência de reformas estruturantes. De qualquer maneira, tenho dúvidas se os ativos locais irão reagir fortemente a este tipo de “ news flow ”. Enquanto os mercados externos estiverem tranquilos/construtivos, é difícil de ver uma r...

Brasil: Aumento de impostos

No Brasil , o governo anunciou o tão esperado aumento de impostos sobre combustíveis. Se, por um lado, a medida já era esperada, por lado, a magnitude do aumento foi superior as expectativas. Segundo cálculos da nossa área econômica, o impacto no IPCA deve ser entre 60bps e 70bps. Como a equipe já incorporava algum aumento de imposto para este ano, a previsão de IPCA para 2017 deverá se elevar de 3,2% para 3,5%. Considerando apenas os efeitos de primeira ordem, a medida deverá ter pouco impacto para política monetária de curto-prazo. Contudo, a postura do governo traz à luz as dificuldades encontradas pelo país para atingir as metas fiscais, em um pano de fundo de restrição via teto do endividamento, pouco espaço para cortes adicionais de gastos e fraco crescimento da economia (e, consequentemente, da arrecadação). Assim, o mercado retoma a discussão de que novos aumentos de impostos podem ser necessários nos próximos anos, na ausência de reformas fiscais mais estruturais e relevant...

Update

O destaque da noite ficou por conta das Minutas do RBA na Australia. O documento foi lido como mais hawkish do que as expectativas, o que está dando forte suporte ao AUD e as demais moedas de G10. As Minutas são mais um sinal claro de conforto dos BCs desenvolvidos com o cenário corrente de crescimento, e um desconforto com as condições financeiras frouxas. Na Inglaterra, o CPI de junho ficou bem abaixo das expectativas, também seguindo uma tendência global nos últimos dias. O número de hoje reduz a urgência de ajustes de curto-prazo, ou de qualquer processo de ruptura proveniente deste vetor (inflação/juros). Nos EUA, à mídia está reportando que o Congresso irá abandonar a nova proposta para o Health Care Bill. Assim, o quadro político seguirá paralisado, e as expectativas de reformas econômicas devem continuar baixas, como já estão nos atuais níveis de preço. Na China, os dados de preços dos imóveis foram positivos em junho. O Governo continua sua batalha em prol da redu...

Externo: Semana começa tranquila.

Os ativos de risco estão abrindo a semana com tom de relativa tranquilidade e estabilidade. Destaque para uma leve recuperação no preço das commodities, liderada por uma alta do Minério de Ferro esta noite. No México , as eleições regionais afastaram, temporariamente, o risco de vitória de partidos extremistas nas eleições gerais, o que está ajudando o movimento de quase 2% de apreciação do MXN . Na Austrália , os “business indicators” do 1Q mostraram um quadro de crescimento menos negativo do que se temia as vésperas da divulgação do PIB no país, o que também está ajudando a dar suporte a moeda do país (AUD). Segundo a Goldman Sachs: Today's business indicators report was broadly stronger than expected - featuring solid and broad-based growth in profits (to an around decade high in the non-mining sector) and sales volumes, both at the corporate and unincorporated level. In concert with a larger than expected ~+40bp boost to 1Q2017 GDP from the inventory cycle, today's ...

Reflation gaining ground...

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira em tom mais positivo, em especial o mercado de renda variável e commodities, com o dólar apresentando desempenho misto e os juros nos países desenvolvidos apresentando aberturas de taxas de juros. O destaque da noite ficou para a recuperação do  PMI Manufacturing  na  China , cuja elevação acabou dando suporte aos mercados financeiros globais. Acredito que os recentes sinais de recuperação da economia mundial são positivos. Mostra um crescimento em um ritmo levemente superior aquele verificado nos meses recentes, mas sem alterar de forma significativa o cenário central de um crescimento global baixo, porém estável, sem riscos de recessão, mas com flutuações em torno desta tendência.  Os dados, assim, reduzem de forma substancial o risco de uma nova rodada de desaceleração do mundo, o que era visto por muitos como o início de um provável período de desaceleração da economia global, e uma possível maturação de...

Brasil: Partidos discutem possibilidade de Temer cair com delação da Odebrecht (Por Monica Bergamo)

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em tom mais misto. Nos  EUA , o resultado da Apple não agradou aos investidores, com a ação caindo no overnight. A queda do preço médio de venda dos iPhones, além da compressão das margens de lucro da empresa foram pontos que pensaram sobre o resultado da até outrora queridinha do mercado. No  Brasil , a Câmara aprovou em segundo turno a PEC do Teto dos Gastos, mas com votação levemente inferior aquela verificada em primeiro turno. A perda de suporte não necessariamente implica em uma mudança substancia do apoio do Congresso ao governo Temer. Ilan – Presidente do BCB – concedeu entrevista Glbo News na noite de ontem e, basicamente, reforçou a mensagem da Ata do Copom. No cenário base, o ciclo de corte da taxa Selic continua de maneira gradual. Caso haja melhora nas perspectivas das condicionantes colocadas pelo BCB, ou seja, novas rodadas de queda nas expectativas de inflação, além de um recuo da inflação de serviços mai...

Pacote fiscal no Japão: Buy the rumor, sell the fact!

Os ativos de risco estão dando sequencia ao movimento de fadiga observado ao longo da segunda-feira. As bolsas dos EUA (mercados futuros) e Europa operam em queda. O dólar sobe contra as moedas EM, mas cai contra G10, em um claro movimento de aversão a risco. As commodities estão estáveis, talvez ajudadas pelo dólar fraco contra G10. Já as taxas de juros no mundo desenvolvido apresentam leve abertura de taxas. Vejo espaço para um período de volatilidade mais intensa, com alguma realização de lucros em mercados específicos (vide “Mercados Globais – Long Carry, Short Growth”). Estamos diante de um cenário em que o crescimento do mundo desenvolvido dá sinais adicionais de arrefecimento, sem que os bancos centrais e/ou a política fiscal atenda as expectativas do mercado. Além disso, o níveo de preços e a posição técnica aparenta estar menos positiva do que no passado recente (mas ainda não excessivamente “esticada”). O destaque da noite ficou por conta do detalhamento do pacote fi...

Risk-On!

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento positivo que virou regra (e tendências) nas últimas semanas. A agenda do dia começa a ficar um pouco mais carregada, com o Jobless Claims e o PPI no cenário econômico dos EUA, além de uma agenda de resultado corporativos mais a robusta. No Brasil, Rodrigo Maia foi eleito o novo presidente da Câmara dos deputados. A eleição de Maia não deve trazer grandes problemas ao governo interino. Na Austrália, os dados de emprego de junho apresentaram números mistos, com uma forte criação de vagas de trabalho no mês, mas com um qualitativo um pouco menos positivo do que o headline sugere. Na Coreia do Sul, o BoK manteve os juros estáveis, mas revisou para baixa sua perspectiva de crescimento. Na Inglaterra, está em andamento o processo de formação de um novo governo, o que ajudou a retirar alguma incerteza do cenário. O processo de saída do país da União Europeia ainda não teve inicio, e uma série de questões ainda são incer...