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Mostrando postagens de maio, 2017

Update.

No tocante aos mercados financeiros globais, destaque para mais um dia de forte queda no preço do petróleo , que voltou ao patamar de $48, após queda de quase 3% nesta quarta-feira. Na China , o PBoC promoveu mais um short squeeze no CNY . Após forte elevação das taxas de juros de mercado e de curto-prazo, a moeda do país apreciou cerca de 1%, movimento extremamente relevante para a volatilidade diária histórica da moeda. No Brasil , o dia foi de forte queda da bolsa, apreciação do BRL e bom desempenho  do mercado de juros. Está se tornando cada vez mais difícil de tentar explicar os movimentos diários dos ativos locais. Fluxos pontuais e a posição técnica do mercado estão imperando na atual conjuntura. No tocante ao cenário econômico, a taxa de desemprego de abril apresentou o primeiro recuo em cerca de 3 anos. A despeito da modesta recuperação, os sinais ainda são de um mercado de trabalho extremamente fraco e sem sinais consistentes de recuperação. Segundo nossa área econô

China PMI, Europe Inflation and Brazil Political Scenario.

Os ativos de risco estão operando sem um viés claro neste momento. Na noite de hoje, a divulgação do PMI Manufacturing oficial da  China  ficou levemente acima das expectativas em maio, ficando estável em 51,2 pontos, acima das expectativas de 51 pontos. O número, de maneira geral, confirma um cenário de estabilidade do crescimento do país, a despeito do recente aperto das condições financeiras verificadas e induzidas pelo PBoC com o intuito de evitar novas rodadas de depreciação do CNY e impedir o desenvolvimento de “bolhas” em mercados específicos. Na  Europa , o CPI Estimate saiu de 1,9% YoY para 1,4% YoY, levemente abaixo das expectativas de 1,5% YoY. A despeito das expectativas do começo de um processo de normalização monetária na região, os sinais de inflação ainda são escassos e divergentes. No  Brasil , o Valor Econômico afirma que o PSDB fechou um acordo com o Governo Temer para apoiar o Governo e as Reformas enquanto este não sofrer nenhuma derrota jurídica. Caso Temer s

Brasil: Sem soluções fáceis, mas com yields atrativos. Até quando?

Exceto por questões idiossincráticas que estão afetando a dinâmica de países/ativos específicos, como o caso do MXN e do ZAR hoje, o cenário externo continua relativamente estável e tranquilo. Nos EUA , os dados de Personal Income, Personal Spending e Core PCE ficaram praticamente dentro das expectativas. O Consumer Confidence de maio apresentou leve recuo, mas se manteve em patamar historicamente robusto. Os números confirmam as expectativas de uma aceleração do crescimento do país neste segundo trimestre do ano, e uma inflação que sobe (apenas) gradualmente para a meta estabelecida pelo Fed, de 2%. Mantido este cenário, tudo indica que o Fed poderá elevar as taxas de juros em 25bps na reunião do FOMC de junho, cenário que está praticamente precificado na curva de juros. A curva, contudo, ainda trabalha com menos de 2 altas adicionais de 25bps até o final deste ano, e menos de 4 altas de 25bps até o final de 2018. Se o cenário atual se mantiver constante, tendo a acreditar qu

Brasil: Minirreforma da Previdência.

Na ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco operam próximos a estabilidade neste momento. A agenda do dia será importante, com Core PCE e Consumer Confidence nos EUA . No Brasil , os jornais continuam reportando a possibilidade de avanço de uma Reforma da Previdência “fatiada” e “desidratada”, mas que seria melhor do que não efetuar nenhuma mudança na legislação. Segundo o jornal O Globo: O fatiamento da reforma de Previdência começa a ganhar força no Congresso, em conversas reservadas entre técnicos, especialistas e parlamentares da base do governo, diante da instabilidade na política. Uma das alternativas seria redesenhar a proposta para focar nos servidores públicos, como uma forma de ajudar a resolver a crise fiscal nos estados e manter o apoio do setor produtivo, que defende as mudanças para consolidar a retomada da economia. Para os defensores dessa proposta alternativa, ao retirar do texto trabalhadores do setor privado que seriam alvo de polêmica

Brasil: Mercado de juros mostra maturidade.

A segunda-feira foi de feriado nos EUA e na Inglaterra, o que manteve os mercados externos sem grandes novidades. No Brasil, tivemos mais um dia de bom desempenho do mercado de juros, a despeito de uma leve realização de lucros nos mercados de câmbio e renda variável. A expectativa de um IPCA bastante benigno no próximo mês, após o reajuste da gasolina e a bandeira verde para a energia elétrica, estão sem dúvida ajudando a ancorar o mercado local de juros. O Copom se reúne nesta semana, com decisão agendada para quarta-feira à noite. Olhando de hoje, o cenário mais provável parece ser o anuncio de corte de 100bps na Taxa Selic. O comunicado após a decisão deverá manter um grau maior de flexibilidade, dada as incertezas políticas recentes, cujo impacto imediato se faz sentir sobre a aprovação das reformas econômicas em curso. Pelo lado cíclico da economia, ainda vejo um forte vetor desinflacionário, e uma recuperação do crescimento ainda mais lenta e gradual do que o im

Brasil: Reforma da Previdência via Medida Provisória.

Em um dia de feriado nos EUA, e de agenda esvaziada durante a noite, os ativos de risco operam próximos a estabilidade neste momento. No Brasil , o jornal O Globo traz matéria em que afirma que o Governo já trabalha com alternativas à Reforma da Previdência. Segundo o artigo, algumas das mudanças poderiam ser feitas através de Medida Provisória, com efeito imediato, porém com abrangência muito menor: Diante do receio de que a crise política inviabilize a aprovação da reforma da Previdência, a equipe econômica já pensa em alternativas para conter o crescimento das despesas com benefícios. São medidas que poderão entrar em vigor imediatamente, por meio de medida provisória (MP) ou projeto de lei. Entre elas estão a elevação do tempo mínimo de contribuição na aposentadoria por idade nas áreas urbana e rural, atualmente em 15 anos, e a redução do valor da pensão por morte, que hoje é integral, independentemente do número de dependentes. Também faz parte do cardápio o fim da fór

Brasil: Batalha Campal!

No Brasil , os jornais do final de semana trouxeram uma onda de especulações dos bastidores do que estaria sendo negociado em Brasília. Não acho prudente entrar em detalhes de cada um dos rumores, mas segue abaixo uma manchete que resume um pouco o tom da mídia nestes últimos dias: BASTIDORES: Acordão para manter Lula e Temer longe de Moro nasce em Brasília – Estadao 27/5 Ideia é de utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público De concreto, Temer continua a dar sinais de que lutará para se manter no cargo, e dar continuidade a sua agenda de reformas, até a última gota de esperança. O Presidente voltou a escrever um texto na Folha de São Paulo neste domingo mantendo está postura. Em uma direção que pode ser lida como preocupante pela sociedade e pelos mercados financeiros locais, e não estou aqui fazendo juízo do fato, mas apenas tentando entender a lei

Brazil: No News is Good News?

Os ativos de risco tiveram um dia de relativa estabilidade, as vésperas de um feriado nos EUA . Destaque para uma recuperação superior a 1,5% no Petróleo , após acentuada queda na quinta-feira. Reafirmo o que escrevi neste fórum sobre o tema ontem: Não sou especialista no tema, mas ainda me parece razoável supor que o petróleo permaneça durante algum tempo em um range em torno de $45-$55 (as vezes um pouco abaixo, as vezes um pouco acima deste patamar). Se confirmado este cenário, a despeito dos sustos de volatilidade, não me parece haver efeitos econômicos relevantes e/ou impactos secundários nos ativos de risco. Ainda nos EUA, O PIB do 1Q apresentou pequena revisão para altista e acima das expectativas do mercado. O Durable Goods Orders , contudo, ficou abaixo das expectativas e levou a mais uma revisão baixista para o PIB do 2Q. Continuo não vendo mudanças substanciais provenientes do mercado externo. No Brasil , tivemos mais um dia de forte desempenho dos ativos locais

Update.

Os ativos de risco operam com leve viés negativo neste momento, mas os movimentos ao redor do mundo são bastante tímidos. A Bloomberg reportou que China teria alterado o modelo de fixing do CNY, o que foi posteriormente confirmado pelo país. Segundo o Citibank: ·          Reports today suggest that the PBoC have changed the formula used to set the daily USDCNY mid-point fix in order to dampen the effect of excessive volatility in the spot market. This confirms recent signs, and also suggests officials' reduced tolerance for market volatility in a politically sensitive year. ·          This should help contain the pace of deterioration in market sentiment towards the renminbi. We do not view this shift as a regime change, and we anticipate that for the most part the USDCNY fixings will remain consistent with established pattern. We expect global FX moves will continue to feed through to the fixing as usual. ·          At this stage, we do not expect excessive pressure for

Petróleo em Foco.

O destaque do dia ficou por conta da queda de mais de 5% no preço do Petróleo , em uma dinâmica clássica de “ buy the rumor, sell the fact ” após o anuncio, por parte da OPEP, de que irão estender o acordo de corte de produção. O evento era amplamente esperado. Não sou especialista no tema, mas ainda me parece razoável supor que o petróleo permaneça durante algum tempo em um range em torno de $45-$55 (as vezes um pouco abaixo, as vezes um pouco acima deste patamar). Se confirmado este cenário, a despeito dos sustos de volatilidade, não me parece haver efeitos econômicos relevantes e/ou impactos secundários nos ativos de risco. Nos EUA , a balança comercial e o Wholesale Inventories levaram a uma pequena revisão das expectativas do PIB do 2Q. O Jobless Claims, por sua vez, se manteve nos níveis mais baixos deste ciclo econômico. Os números de hoje não alteram o cenário base para a economia do país. O dia foi de dinâmica menos volátil para os ativos locais, em um claro sinal de

Cenário de incerteza permanece, mas agenda legislativa avança.

Neste momento, os futuros das bolsas dos EUA atingem o maior patamar da história (pegando o S&P500 como parâmetro). As Taxas de Juros no país apresentam leve fechamento de taxas, enquanto o dólar opera sem tendência definida e as commodities, em geral, apresentam leve movimento de queda. Na agenda do dia, destaque para o Jobless Claims nos EUA. No Brasil , os jornais de hoje afirmam que FHC e Nelson Jobim já sinalizaram que não tem interesse em suceder Temer no caso de uma vacância do cargo de Presidente. A Folha de São Paulo afirma que FHC, Lula e Sarney estão na linha de frente das articulações para buscar uma saída viável a esta crise política, com o menor custo possível ao país. A mesma Folha afirma que o clima no TSE é pela cassação da Chapa Dilma-Temer, um cenário que vem se desenhando nos últimos dias e vem sendo incessantemente comentado neste fórum. No Congresso, a despeito da baderna promovida pela oposição ao longo do dia, a pauta legislativa avança, “aos tran

Brasil: País em chamas!

No cenário externo , o destaque ficou por conta das Minutas do FOMC . O texto trouxe poucas novidades em relação aquilo que vem sendo amplamente dito por membros do Fed. A desaceleração deste início de ano parece temporária, assim como o arrefecimento da inflação. Caso o cenário de crescimento mais robusto ao longo do ano se concretize, a inflação deverá retomar uma tendência gradual de alta, permitindo ao Fed dar continuidade ao processo de normalização monetária no país. Os analistas, no geral, esperam mais 2 altas de 25bps na taxa básica de juros e o anuncio da redução do balanço da instituição. O mercado precifica cerca de 80% de probabilidade de uma alta de 25bps na reunião do FOMC de junho e menos de 2 altas completas de 25 este ano. Até o final de 2018, o mercado precifica menos de 4 altas de 25bps. Segundo o economista David Greenlaw, do Morgan Stanley: T he tone of the policy discussion reinforced the likelihood of a hike at the June meeting. There was some discussion

Brasil: Solução via TSE ganha força.

Na noite de ontem a Moody´s reduziu o rating da China em um grau. A medida teve pouco impacto sobre o preço dos ativos. Segundo o Citibank: Moody’s downgraded China’s sovereign credit rating, but outlook was changed from negative to stable — The rating is downgraded by one notch from Aa3 to A1 today, a first since 1989, on China’s rising debt problem and slowing economic growth. The rating agency was concerned over the lack of progress in China’s SOE and financial system, rising economy-wide debt levels and large contingent liabilities associated with various levels of the government. However, the short-term outlook has been changed from negative to stable, as the risks are balanced at the A1 rating level. No Brasil , os jornais de hoje estão dando força a tese de que a cassação da Chapa Dilma-Temer no TSE poderá ser a saída mais honrosa para Temer, além de ser um processo que poderá ser relativamente rápido e pouco traumático ao país. Assim, nos bastidores de Brasília, já começ

Brasil: Há luz no fim do túnel.

No Brasil , o cenário político ainda é de muita incerteza. Uma nova operação da Polícia Federal na manhã de hoje prendeu um assessor direto do Presidente Michel Temer, complicando ainda mais a situação do Governo. Existe, neste momento (e, aqui, precisamos frisar o caráter temporário desta interpretação, já que os eventos têm atropelado qualquer conclusão mais concreta), a visão de que Temer não irá renunciar, e que o impeachment também parece ser um caminho difícil, já que Rodrigo Maia, um grande aliado do Presidente, precisaria acatar um dos pedidos em suas mãos (o que parece improvável no curto-prazo). Assim, o peso da decisão recairá sobre o julgamento da Chapa Dilma-Temer no TSE. Muitos já veem a condenação da Chapa como uma saída politicamente honrosa para Temer e menos traumática para o país. A mídia tem reportado que já existem trabalhos de bastidores com o intuito de alinhar um nome de consenso, de bom sendo e com caráter reformista para conduzir o país até as eleiçõe

Brasil: Situação ainda é delicada, mas soluções começam a surgir.

A despeito de algum arrefecimento no preço das commodities, e do ruído causado pelas explosões, em um aparente atentado terrorista em um show para adolescentes em Manchester, na Inglaterra, os ativos de risco operam em tom relativamente positivo. Os PMIs na Europa mantiveram-se nos níveis mais elevados deste ciclo econômico, superando as expectativas do mercado e confirmando um cenário de crescimento saudável na região. O Morgan Stanley classificou os números de hoje da seguinte forma: Stable at a six-year high:   Today's composite PMI, at an unchanged 56.8, marginally better than the consensus, suggests that the recovery remains well supported. Employment growth looks strong, courtesy of improved optimism about future prospects. While moderating slightly, overall new order growth continues to be robust, and pipeline price pressures remain elevated, with only a mild easing in input cost inflation. Este números apenas ratificam o cenário que tenho descrito neste fórum para

Congresso acena com bom senso. Situação ainda é delicada.

Enquanto o imbróglio envolvendo o presidente Michel Temer continua sem solução, os ativos locais permanecem sobre pressão. Neste momento, há uma guerra de versão na mídia. A defesa de Temer tenta descredenciar o áudio utilizado como prova para incriminar o presidente. Já a acusação afirma haver provas suficientes para que o inquérito seja estabelecido, e o Presidente investigado. Do lado positivo, o Presidente do Senado tenta dar um ar de normalidade ao cenário, mantendo a agenda da Casa, e marcando para amanhã, na CAE, a leitura do texto da Reforma Trabalhista. Caso (e se) o Congresso efetivamente se coloque como um pilar de sustentação para as reformas econômicas em curso – e isso é um grande “se” neste momento – seria um grande amortecedor de choques para o país. De qualquer maneira, a Reforma da Previdência, grande bastião do atual Governo, está com a agenda prejudicada e sem sinal de retomada. No tocante ao BCB, Illan manteve um discurso tranquilizador, nos mesmos

Relatório Semanal de Asset Allocation:

No final da tarde de quarta-feira, o jornal O Globo divulgou em sua página da internet o que seria o vazamento da delação premiada (totalmente inesperada e fora do radar) de um dos maiores grupos empresariais do país. Além das relações nada republicanas com centenas de políticos, a delação, segundo a reportagem, apresentaria uma gravação em que o atual Presidente Michel Temer compactua com um possível favorecimento a um ex-Deputado e agora réu e preso pela Lava-Jato. Na sexta-feira, as gravações e o sigilo da delação premiada em questão foram quebrados e as acusações vieram a público. A PGR pediu, e teve seu pedido acatado pelo STF, um inquérito de investigação sobre o presidente Michel Temer. As alegações são gravíssimas. Michel Temer veio a público em defesa própria e seus advogados entraram com pedido de suspensão do inquérito no STF, decisão que será tomada pelo plenário do STF na quarta-feira (se não houver pedido de vistas). O clima político esquentou e a situação de