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Mostrando postagens com o rótulo IPCA-15

Daily News – Da “Inflação” para a “Recessão”

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A manhã está sendo marcada por queda da bolsa dos EUA, dólar fraco e fechamento de taxa das Treasuries. O destaque da noite de ontem ficou por conta do resultado da Google da Microsoft, com ambas as ações caindo mais de 5% no “pre market” esta manhã.   Tenho insistido na tese de que estamos saindo da narrativa da “Inflação” para a narrativa da “Recessão” ou “Estagflação”. Nesta transição, o mercado tenta se recuperar ou se estabilizar, na esperança que uma potencial mudança de postura do Fed venha a dar suporte aos ativos de risco.   Caso (ou quando) ficar mais claro a velocidade, magnitude e duração da desaceleração econômica, os ativos de risco tendem a se ajustar negativamente a nova narrativa. Há diferenças na performance das classes de ativos e regiões para cada um desses cenário, que podem ser explorados nas alocações de portfólio.   Os resultados dessas “Big Tech”, aliado aos recentes dados de confiança e atividade econômica nos EUA me leva a crer que e...

Daily News – Brasil: O começo do fim do ciclo de juros?

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A semana começa com um movimento de forte alta no preço das Cryptos e queda no preço das commodities. Destaque para o anúncio de um “lockdown” em fase da cidade de Shangai, na China, devido ao avanço da Covid. Destaque também para a forte depreciação do Iene (JPY) no Japão, assim como para a continuidade do movimento de abertura das taxas de juros nos EUA:   Conforme os demais exemplos internacionais, as ondas da pandemia costumam gerar um impacto negativo no crescimento de curto-prazo e positivo (altista) na inflação. O impacto no crescimento tende a ser pontual. Na inflação, contudo, temos visto impactos mais estruturais.   Importante lembrar, porém, que a China vem de uma base mais fraca de crescimento e tendo que administrar uma economia fragilizada e um mercado imobiliário em crise. Isso pode explicar um pouco a fraqueza das commodities essa manhã.   A inversão de taxa da curva de juros nos EUA continua elevado o debate em torno de uma possível recessão n...

Daily News – Brasil: Sinais positivos de curto-prazo.

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Estamos amanhecendo com movimentos coordenados de “risk-on”, com bolsas, commodities e cryptos em alta, dólar fraco no mundo e taxas de juros estáveis.   Interessante notar que desde as Minutas do FOMC, houve uma clara mudança de sinalização por parte do Fed, que já sinaliza para uma possível mudança de postura em sua política monetária. Mesmo diante desta sinalização, o mercado reage de maneira positiva e saudável.   Por ora, com a inflação corrente mais alta, porém controlada, a sinalização de “tapering”, ou seja, redução, porém não encerramento do QE, já foi bem recebida pelo mercado. A surpresa negativa seria uma aceleração mais alta e estrutural da inflação, que pudesse levar o Fed a uma mudança de postura mais radical, com fim do QE, potencial redução de seu balanço e/ou alta de juros.   Continuo esperando que o mercado oscile entre o otimismo (de agora) de recuperação o crescimento, inflação controlada e liquidez abundante intercalando com espasmos de v...

Flash News – Brasil: Inflação baixa e controlada.

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Siga:  https://twitter.com/DanKawa2/status/ Dia de poucas novidades no cenário, com o mercado mantendo as principais tendências desta manhã (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/07/daily-news-descompressao.html ). O dia foi marcado por um forte movimento de dólar forte, que já comentei em post anterior. Os resultados corporativos nos EUA estão ajudando a dar algum suporte ao humor do mercado, além da aparente aproximação entre EUA e China, cujos rumores apontam para um encontro entre as duas potenciais nas próximas semanas. No final do dia, o mercado foi surpreendido com uma potencial investigação sobre grandes empresas de tecnologia dos EUA, vide aqui: https://www.wsj.com/articles/justice-department-to-open-broad-new-antitrust-review-of-big-tech-companies-11563914235?mod=hp_lead_pos1 . Já escrevi bastante sobre isso no passado recente, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/tecnologia.html . No Brasil, destaque para o IPCA-...

Inflação no Brasil, curva de juros e externo ainda desafiador.

No Brasil, o IPCA-15 apresentou alta de 0,58% MoM e 4,53% YoY, levemente abaixo das expectativas. A inflação adjacente continua apontando para um quadro corrente de inflação baixa e benigna. Olhando à frente, as coletas diárias continuam pressionadas para cima e ainda vemos mais riscos altistas do que baixistas para a inflação nos próximos 6 a 12 meses. No curto-prazo (1 a 2 meses) existem riscos para baixo, como o preço de energia elétrica (eventual bandeira verde) e de combustíveis (queda internacional do preço do petróleo e queda do dólar). De qualquer maneira, vemos as inflações implícitas na parte intermediária da curva em torno de 4,30%. A curva de juros precifica uma Taxa Selic de cerca de 7,5% para o ano que vem, ou seja, em torno de 100bps de alta de juros em 2019. Já não há praticamente alta de juros precificada para as próximas duas reuniões do Copom. Entendo o otimismo do mercado com o potencial governo de Jair Bolsonaro, respeito o movimento, mas vejo pouco prêmi...

Update.

Os ativos de risco estão apresentando dinâmica mais difusa ao longo do dia de hoje. Acho válido comentar sobre alguns temas: Brasil/Político – A situação da alta no preço dos combustíveis está gerando uma grande revolta popular, com problemas de abastecimento já sendo reportados pela mídia. A queda da CIDE pode não ser suficiente para amenizar o problema. Assim, o mercado começa a se questionar se a pressão para uma solução não irá recair, no final das contas, na Petrobrás. A ação da empresa apresentou forte queda nos últimos dias, desde que o assunto entrou no radar dos investidores. Confesso que hoje não vejo solução econômica simples, que seja capaz de atender a população/sociedade, sem que afete o (correto) caminho traçado para a empresa do ponto de vista empresarial. Assim, é natural que o mercado continua a se questionar sobre o tema, pedindo mais prêmio de risco para carregar ações e papeis da dívida da empresa. Brasil/Inflação – O IPCA-15 de maio apresentou alta d...

Sem tendências relevantes

Mercados: Os ativos de risco estão operando sem tendências definidas nos últimos dias. Ontem, por exemplo, o dia foi de enfraquecimento generalizado do dólar no mundo, mas após um fortalecimento da moeda no dia anterior. O S&P, já por alguns dias consecutivos, opera em uma estreita banda de 2700 com 2750 pontos. No Brasil, a quinta-feira foi marcada por um “bear flattening” da curva de juros, com o mercado aparentemente ajustando posições excessivamente aplicadas na parte curta da curva (até o Jan20) para a divulgação do IPCA-15. O BRL continua seguindo o humor global a risco em torno do dólar no mundo, enquanto o Ibovespa se favorece da melhora cíclica da economia e de um fluxo bastante positivo de um mercado que busca alternativa a um CDI abaixo de 7%. Agenda: O destaque do dia ficará para o IPCA-15 no Brasil. As coletas apontam para um número baixo e controlado. Nossa área econômica já trabalha com um IPCA fechado este ano que pode ficar abaixo de 3,5%, muito abaixo...

Cenário Construtivo [UPDATED]

Os ativos locais continuam muito sensíveis aos “ headlines ” envolvendo a Reforma da Previdência, como era de certa forma esperado. Contudo, não podemos perder de vista os desenvolvimentos externos (já comentados hoje pela manhã aqui https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/11/cenario-construtivo.html ) e a confirmação de um cenário econômico doméstico positivo. O IPCA-15 de novembro apresentou alta de 0,32% MoM e 2,77% YoY, cerca de 6bps abaixo das expectativas do mercado. O quadro qualitativo do indicador também foi positivo, com núcleos e difusão declinantes, além de uma inflação de serviços extremamente contida. À primeira vista, a diferença de 6bps pode parecer pequena, mas em um contexto em que a inflação corrente já apresentou uma surpresa positiva para o final do ano de quase 40bps, acaba confirmando um ambiente muito benigno para a inflação. O mercado esperava cerca de 3,30% de IPCA para este ano há poucas semanas atrás. As surpresas recentes levaram a uma previsão ab...

Brasil: Desinflação continua acentuada.

No Brasil , o IPCA-15 de julho ficou abaixo das expectativas, confirmando um cenário de forte desinflação no país. O número ajudou a dar ímpeto ao movimento de fechamento de taxas de juros, mesmo com as especulações de aumento de impostos. Observamos um movimento claro de elevação das inflações implícitas e steepening da curva. Continuo recomendando alocação na parte curta da curva nominal de juros, mas concentrado em estruturas de opção. Continuo gostando bastante das inflações implícitas na parte intermediária da curva. Além da assimetria positiva, com pouco prêmio nos anos posteriores a 2018, a posição pode se favorecer de cenário de ajuste fiscal via impostos, ou se proteger de eventuais “cenários de cauda” para o Brasil (não que este seja o cenário base). O mercado de renda variável parece estar passando por um momento em que está digerindo uma janela de IPOs, o que está impedindo que o Ibovespa siga o movimento global de alta das bolsas e o bom desempenho do BRL e do me...

Brasil: Inflação tranquila e favorável/ Externo: "All about French Elections!"

Os ativos de risco estão apresentando um movimento clássico de “risk-on” nesta quinta-feira, com destaque para a alta das bolsas, e para a abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido. Na minha visão, o movimento de hoje em nada se deve ao cenário econômico. Como tenho afirmado neste fórum há alguns dias, a despeito da volatilidade dos ativos de risco, vi poucas mudanças concretas de cenário. A proximidade das eleições na França me parece ser o vetor mais claro afetando a dinâmica dos mercados financeiros globais no momento. Hoje, as últimas pesquisas de intensão de votos mostraram um cenário um pouco mais favorável para os candidatos considerados mais “pro Euro, pro mercado”, o que ajudou a dar ímpeto ao movimento de recuperação dos ativos de risco. Nos EUA , no que tange a economia, o Jobless Claims se manteve em patamar condizente com um mercado de trabalho muito próximo ao pleno emprego. O Philly Fed arrefeceu de 32,8 para 22,0 pontos, mas amplamente normal para es...

TINI: The Is No Inflation (Brazil)/Job Market Feeling Hot, Hot, Hot (US)

Os dados econômicos divulgados hoje, tanto nos EUA, quanto no Brasil, apenas reforçam o meu cenário base e as minhas teses de investimento. No Brasil , o IPCA-15 apresentou mais uma surpresa positiva (baixista) para a inflação (0,31% MoM e 5,94% YoY cerca de 7bps abaixo das expectativas). Mais importante do que a leitura do número cheio foi a análise qualitativa extremamente positiva do indicador. Segundo nossa área econômica: A inflação de serviços dessaz veio em patamar bem confortável (rodando a 4% na média móvel trimestral anualizada). Extrapolando o comportamento recente da inflação de serviços, podemos ter um IPCA mais próximo de 4% em 2017! O índice de difusão de serviços em patamar abaixo da média histórica. Economia fraca e desemprego em elevação devem manter a inflação de serviços em patamar confortável. O número de hoje confirma um cenário favorável para a inflação, e um ambiente em que, exceto por alguma volatilidade pontual, está aberta a janela para um ciclo...

TINI: There Is No Inflation [Brasil]

O grande destaque do dia ficou para a divulgação do IPCA-15 , no Brasil . O número apresentou alta de 0,19% MoM e 6,58% YoY, cerca de 10bps abaixo das expectativas. A abertura do indicador mostrou um quadro extremamente positivo do ponto de vista qualitativo, especialmente se levarmos em conta os principais indicadores que vem sendo apontados pelo próprio BCB como parâmetros importantes para que o processo de distensão monetária seja acentuado. O mercado local de juros reagiu de maneira clássica, com um “ bull flatenning ” da curva. O BRL apresentou mais um dia de desempenho positivo, confirmando a tese que um cenário de inflação mais contida, mesmo que sinalize para juros mais baixos, no caso do Brasil, tende a ser visto como positivo para a taxa de câmbio. No mercado de renda variável, começamos a observar um movimento mais claro de diferenciação, com os setores mais sensíveis aos juros apresentando performance relativa melhor do que setores mais cíclicos. Acredito que isto poss...

Brasil: Processo claro, óbvio, evidente e acentuado de desaceleração da inflação.

Como eu suspeitava pela manhã ( Com um dia de “early close” nos mercados de bonds dos EUA, a liquidez de hoje será prejudicada, e só retornará com força total na segunda-feira. A iliquidez pode vir a acentuar movimentos de curto-prazo nos ativos de risco. ), a quarta-feira foi de elevada volatilidade para os ativos de risco. Após a divulgação de dados econômicos considerados robustos pelo mercado (Jobless Claims e Durable Goods Orders) teve início um forte movimento de abertura de taxa de juros nos EUA. O dólar se fortaleceu, as commodities iniciaram um processo de forte pressão, e as bolsas apresentaram quedas repentinas. O movimento só foi revertido após um forte leilão de Treasuries de 7 anos. O dia está se encerrando com a manutenção da maior parte desses movimentos, mas em magnitudes muito menores do que as verificadas ao longo do dia. O destaque do dia ficou por conta da divulgação do IPCA-15 no Brasil . O número ficou levemente abaixo das expectativas do mercado. A des...

Sazonalidade positiva!

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade essa manhã, na ausência de notícias relevantes, e as vésperas do importante feriado de Thanksgiving nos EUA. Com um dia de “ early close ” nos mercados de bonds do país, a liquidez de hoje será prejudicada, e só retornará com força total apenas na segunda-feira. A iliquidez pode vir a acentuar movimentos de curto-prazo nos ativos de risco.   O dia será de agenda bastante carregada nos EUA, já que concentrará os dados que seriam divulgados na quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira. Destaque para o Jobless Claims. No Brasil, teremos a divulgação do IPCA-15. A análise da inflação de serviços será determinante para a próxima reunião do Copom. Caso a inflação subjacente, dessazonalizada apresente recuou expressivo, acredito que a probabilidade de uma queda de 50bps na próxima reunião do Copom deveria ser precificada a níveis superiores a 50%. Caso contrário, os níveis atuais da parte curta da curva me parecem bem precifi...

Consolidação.

Até o momento, o dia está sendo de consolidação para os ativos de risco, mas alguns movimentos merecem destaque: - O bom desempenho dos ativos brasileiros, com flattening da curva de juros, em parte ancorada por um valuation atrativo da parte curta e intermediária da curva. Mesmo com nossa análise mostrando que os fundos locais voltaram para parte de suas posições otimistas com Brasil, movimentos de deterioração, especialmente no mercado de juros, estão sendo encorpados por fluxos de alocação nos mercados locais; - O dólar no mundo, assim como as taxas de juros nos EUA, não conseguem apresentar movimentos mais acentuados ou prolongados realização de lucros (ou seja, de queda do dólar e fechamento de taxas de juros), o que apenas reforça a visão de que os movimentos recentes (dólar forte e abertura de taxas de juros), a despeito de consolidações pontuais, podem ser tendências um pouco mais prolongadas; - As bolsas norte americanas continuam próximas aos picos históricos, favo...