Inflação no Brasil, curva de juros e externo ainda desafiador.
No Brasil, o IPCA-15 apresentou alta de 0,58% MoM e 4,53% YoY, levemente abaixo das expectativas. A inflação adjacente continua apontando para um quadro corrente de inflação baixa e benigna. Olhando à frente, as coletas diárias continuam pressionadas para cima e ainda vemos mais riscos altistas do que baixistas para a inflação nos próximos 6 a 12 meses. No curto-prazo (1 a 2 meses) existem riscos para baixo, como o preço de energia elétrica (eventual bandeira verde) e de combustíveis (queda internacional do preço do petróleo e queda do dólar). De qualquer maneira, vemos as inflações implícitas na parte intermediária da curva em torno de 4,30%. A curva de juros precifica uma Taxa Selic de cerca de 7,5% para o ano que vem, ou seja, em torno de 100bps de alta de juros em 2019. Já não há praticamente alta de juros precificada para as próximas duas reuniões do Copom. Entendo o otimismo do mercado com o potencial governo de Jair Bolsonaro, respeito o movimento, mas vejo pouco prêmi...