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Mostrando postagens de abril, 2015

Update

Como comentei ao longo da quarta-feira, vejo o rompimento do patamar de 2,00% nas Treasuries de 10yrs como um movimento técnico relevante , que pode acabar puxando o mercado a níveis mais elevados, em torno de 2,20%-2,25%. Este movimento, caso confirmado, tenderia a ser negativo para os ativos de risco em geral, como bolsas, moedas e commodities . Não podemos desprezar os sinais do mercado, o que requer maior cautela nos portfólios no curto-prazo. A sexta-feira teve uma pitada de “tempestade perfeita” para o mercado de renda fixa e câmbio no Brasil. O dia foi de USD forte no mundo, continuidade do sell-off nos bonds dos países desenvolvidos, números de emprego e renda nos EUA acima das expectativas, uma decisão percebida como hawkish por parte do Copom e um número fiscal fraco para o mês de março no Brasil. Neste ambiente, não é surpresa o movimento de cerca de 2% de depreciação do BRL e a abertura em torno de 20bps ao longo da curva de juros. Do ponto de vista local, o BCB

Brasil: Copom em destaque

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira com a mesma dinâmica com a qual encerraram a quarta-feira.  O destaque fica por conta da continuidade do  sell-off  nos  bonds  na Europa e nos EUA , o que está dando um tom de correção para o mercado de renda variável e renda fixa. A despeito do EUR operar em alta, contudo, já podemos observar uma fraqueza nas moedas EM e “ high yields ”, como AUZ e NZD, por exemplo.  Como comentei ao longo da quarta-feira, vejo o rompimento do patamar de 2,00% nas Treasuries de 10yrs como um movimento técnico relevante, que pode acabar puxando o mercado a níveis mais elevados, em torno de 2,20%-2,25%. Este movimento, caso confirmado, tenderia a ser negativo para os ativos de risco em geral, como bolsas, moedas e commodities.  Ainda vejo está dinâmica como puramente técnica, já que não há mudanças acentuadas de fundamentos que justifiquem estes movimentos neste momento. Contudo,  não podemos desprezar os sinais do mercado, o que requer maior cautela nos

Update

Brasil – O dia foi novamente de divergência para os ativos brasileiros, com o quadro técnico local tendo um impacto desproporcional na dinâmica dos ativos. A quarta-feira foi, novamente, de alta no dólar, fechamento de taxa de juros e queda na bolsa. O movimento do BRL chama a atenção, por ser o segundo dia consecutivo de performance relativa muito pior do que os seus pares. Acredito que, o não rompimento do nível de 2,90 no BRL, por hora, deveria fazer com que o mercado trabalhe um pouco no nivel de 2,90/3,00. A retomada da tendência de alta do USD, contudo, irá requerer um trigger específico, seja de preço, posição técnica ou fundamento. Acredito que a dinâmica do dólar no mundo precisa ser alterada para o BRL retomar uma tendência mais clara de depreciação, ou uma nova rodada de news flow negativo em termos locais. Por hora, espero um range trade em torno dos níveis citados anteriormente. Estaria olhando para adiconar risco na compra de USDBRL. O mercado de juros, por sua vez, op

Dia de agenda cheia

A quarta-feira será extremamente importante para os ativos de risco, com o PIB e a reunião do FOMC nos EUA e a decisão do Copom no Brasil. Todos os eventos do dia são capazes de determinar a dinâmica de curto-prazo para os ativos de risco. Brasil – Acredito que o cenário base hoje seja o Copom elevar os juros em 50bps, com a divulgação de um comunicado lacônico após a decisão, muito parecido (ou idêntico) ao comunicado após a última reunião. Atribuo probabilidade de 60% a este cenário. O cenário alternativo seria uma alta de 25bps, com um comunicado mostrando a intenção de se manter vigilante nos próximos meses, ou seja, sem indicar a possibilidade de cortes de juros no horizonte relevante de tempo. Este cenário me parece ter a probabilidade de cerca de 30%. Finalmente, acredito que haja a probabilidade em torno de 10% de uma alta de 50bps, porém com fortes indicações de que o ciclo chegou ao fim, ou está muito próximo dele. Neste ambiente, vejo valor na curva local de juros, espe

BRL: Suporte no 2,90

Os ativos de risco tiveram uma terça-feira de pouca correlação, além de movimentos relevantes em algumas classes de ativos. O USD manteve uma tendencia de queda no curto-prazo. Os juros norte americanos apresentaram abertura de taxas, mesmo com mais evidencias de fraqueza da economia. As bolsas do país operaram próximas a estabilidade, a despeito de uma não desprezível correção das bolsas na Europa. O dia foi de leve alta no complexo de commodities. Brasil – A Taxa de Desemprego saiu de 5,9% para 6,2%, levemente acima das expectativas de 6,1%. A abertura do número mostra uma evidente desaceleração do mercado de trabalho, com quedas relevantes do rendimento médio real e dos demais indicadores de renda. A piora do mercado de trabalho parece ser uma tendencia gradual e prolongada, que deve prevalecer por boa parte deste ano. Com políticas monetária, fiscal e creditícia mais restritivas, uma atividade econômica fraca e uma inflação alta, porém próxima de passar por seu pior momento, é

Grécia: Sinais mais positivos

A terça-feira está iniciando com uma leve fraqueza nas bolsas da Europa e dos EUA, após uma correção das bolsas na Ásia durante a noite, lideradas pelos mercados na China. As commodities operam em leve queda, com o USD e os juros norte americanos relativamente estáveis. A despeito da fraqueza nas bolsas globais, os ativos na  Grécia estão tendo um dia de recuperação, após sinais mais encorajadores do governo grego no tocante a possibilidade de um acordo de ajuda financeira nas próximas semanas. A agenda do dia será relevante, com a divulgação da Taxa de Desemprego do IBGE no Brasil. Nos EUA, destaque para o Consumer Confidence e o CaseShiller House Prices. Grécia –  O Primeiro Ministro do país concedeu uma entrevista ao canal de Star TV na noite de ontem. Segundo ele, um acordo pode ser selado até o dia 9 de maio. Ele rejeitou a ideia de um default e da saída do país da EU, mas confirmou que a prioridade são os pagamentos das operações internas do país. Ela sinalizou que pode

Update

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EUA – A reunião do FOMC esta semana será um dos destaques da agenda, juntamente com alguns outros importantes indicadores de atividade. Eu acredito que o Fed tenha um grande desafio de administrar as expectativas do mercado, deixando viva a probabilidade de uma alta de juros ainda no segundo semestre deste ano. Com o mercado já embutindo probabilidade baixíssima de alta de juros no meio do ano, com uma probabilidade em torno de 60% de alta de 25bps em setembro e apenas uma alta completa de 25bps ao longo de todo este ano, do ponto de vista de administração de risco, o Fed não parece ter espaço ou intensão de dar um sinal dovish . Assim, espero que o Fed faça um “ market-to-market ” do cenário, apontando para uma atividade mais fraca, porém uma inflação estabilizando. Vale a pena chamar a atenção para o forte movimento de abertura das inflações implícitas nos últimos dias (vide gráfico abaixo). Assim, acredito que o risco seja do mercado interpretar o FOMC como um pouco mais hawkish d

Grécia, Japão, China...

A semana está iniciando com o USD mais firme ao redor do mundo. As bolsas da Europa operam em queda, mostrando alguma fragilidade aos ruídos na  Grécia . Os  bonds  do país voltaram a abrir taxas, com a bolsa local operando próxima a estabilidade. Os mercados na Ásia, e na  China , em especial, tiveram mais um dia de desempenho positivo. As taxas de juros nos EUA, assim como as commodities, apresentam pouca movimentação neste momento. Nesta manhã, a Fitch cortou o rating do  Japão  de A+ para A. Segundo a análise da empresa:  “Japanese govt didn’t incl.  Sufficient  structural fiscal measures in FY15 budget to replace deferred consumption tax increase, Fitch says. Stable outlook reflects Fitch’s assessment that upside and downside risks to ratings are currently broadly balanced ” Na  China , as bolsas locais continuam apresentando uma dinâmica muito parecida com aquela verificada nos EUA, Japão e Europa no período após o anuncio do QE nestes países/regiões. Com um cenário de c

Brasil e Grécia em Foco

Brasil –  Algumas notícias chamaram a atenção no final de semana. O governo está trabalhando para um novo pacote de concessões, o que havia sido sinalizado por Nelson Barbosa no começo do novo mandato, mas um projeto que ainda estava às escuras. Agora, após o anuncio do pacote de ajuste fiscal,  o governo parece estar trabalhando em uma nova rodada de concessões. Os jornais de domingo, contudo, dizem que não há nenhuma definição a este respeito, pelo menos por enquanto. Após uma extensa reunião ontem, entre os principais ministros do governo, ficou acertado que novos encontros precisam ser feitos antes de um anuncio oficial. Caso confirmado, seria uma medida positiva do ponto de vista fiscal e de crescimento. Por outro lado, segundo um artigo do O Globo de sábado, uma grande discussão entre Levy e Cunha poderia colocar o ajuste fiscal em perigo. Cunha nega a história, colocando “panos quentes” na situação, em uma tentativa de minimizar as diferenças entre ambos. Já a equipe de Lev

Alívio de curto-prazo

Os mercados seguiram a dinâmica dos últimos dias. Com o Durable Goods Orders nos EUA vindo abaixo das expectativas, a sexta-feira foi de USD fraco, fechamento de taxa de juros nos EUA e leve alta das bolsas. A despeito dos ruídos na Grécia, as bolsas da Europa tiveram um dia de alta, com as commodities em queda. No Brasil , os dados de crédito confirmaram um quadro de política creditícia mais restritiva. Os ativos locais seguem em “ stop mood ”, ou seja, bolsa em alta, USDBRL em baixa e abertura de taxa de juros, movimentos contrários ao posicionamento dos investidores. A semana que vem será extremamente relevante, com decisão do Copom e do FOMC. No cenário externo, o PIB do 1Q parece que será ainda mais baixo do que o esperado até poucos dias atrás. Uma recuperação no segundo trimestre ainda é esperada, mas os dados de abril precisam começar a mostrar, ou pelo menos sinalizar, nesta direção. No Brasil, os mercados foram de extremo pessimismo para extremo otimismo. A po

Agenda recheada

O  price-action  desta manhã está dando continuidade aos movimentos verificados durante a quinta-feira. O USD está forte contra EM, porém fraco em relação a G10. As bolsas da Europa e EUA estão em alta, com as bolsas norte americanas atingindo novos  highs  históricos. Uma boa temporada de resultados corporativos parece estar sendo o principal suporte para o mercado de renda variável norte americano. O mercado de juros nos EUA apresenta leve abertura de taxas, com as commodities operando em queda durante essa manhã. A agenda do dia será relevante, com destaque para o Durable Goods Orders nos EUA, as reuniões para definir o futuro da Grécia na Europa (com as expectativas já bastante reduzidas de qualquer tipo de acordo) e os números de crédito no Brasil. Continuo vendo o mercado em um período de consolidação. Acredito que, em breve, a economia norte americana irá apresentar sinais de recuperação, o que irá ajudar a retomada das tendências no começo do ano (USD forte, abertura d

Update

Os ativos de risco tiveram mais um dia de dinâmica, no minimo, curiosa. O USD ficou fraco contra G10, mas forte contra EM (ex-BRL). As bolsas norte americanas tiveram um dia de alta, apresentando desempenho relativo mais positivo do que as bolsas da Europa O fechamento de taxa de juros nos EUA, após mais uma sequencia de dados fracos de atividade, parece ter ajudado os ativos do país, enquanto os ruídos na Grécia continuam pressionando os ativos da região. Na agenda, destaque para o Durable Goods Orders nos EUA e para os dados de crédito no Brasil amanhã. A situação na Grécia e na China precisam ser monitoradas de perto. No Brasil, a divulgação do balanço da Petrobras ajudou o humor da bolsa e do BRL, a despeito da curva de  juros ainda mostrar certa resiliencia de taxa frente a um discurso mais duro do BCB nos últimos dias. Como comentei mais cedo, a Petrobras anunciou seus resultados ontem à noite. A divulgação do balanço, sem grandes ressalvas, no mínimo, do ponto de vist

PMIs em Foco

O destaque da noite ficou por conta da divulgação dos flash PMI na China e na Europa, ambos apresentando queda em relação ao mês anterior, abaixo das expectativas do mercado. Na  China , o HSBC Flah PMI saiu de 49.6 para 49.2 pontos em abril, abaixo das expectativas de 49.6 pontos. Os principais sub-indices do indicador, o New Orders e o Production apresentaram quedas no mês. Após o agressivo corte de compulsório bancário anunciado no final de semana, já era de se esperar que o crescimento de curto-prazo continuasse a dar sinais de fragilidade. O PBoC costuma ser reativo no tocante a política monetária, fiscal e creditícia, tentando antecipar números fracos com medidas de estímulo. Como comentei no final de semana,  v ejo como cenário base um crescimento estrutural mais baixo da economia de agora em diante, com os 7% de PIB se tornando um teto de crescimento, e não mais um piso. Nos últimos meses, o governo vem sendo mais proativo e agressivo na condução da política monetária loca

Update

A quarta-feira mostrou como o mercado está, e deverá continuar, sensível e reativo ao cenário de crescimento e inflação nos EUA. A divulgação de um Existing Homes Sales, apresentando alta de 4.89M para 5.19M em março, acima das expectativas do mercado (5.03M), aliados a continuidade de uma temporada positiva de resultados corporativos, acabaram favorecendo os ativos norte americanos. Assim, tivemos um dia de USD levemente mais forte, com alta das bolsas e abertura de taxas de juros no país. As commodities voltaram a operar sobre pressão. No Brasil, os investidores continuam ignorando os riscos políticos, e dando maior destaque a postura mais firme do BCB e as expectativas de divulgação do balanço da Petrobras, que deveria retirar um risco de cauda do cenário, mas parece ter sido bem antecipado pelo mercado nos últimos dias. A agenda de manhã será mais carregada, com Jobless Claims, Markit PMI e New Home Sales nos EUA, com destaque para o CAGED no Brasil. Na China, destaque para

Bolsas asiáticas em forte alta...

A noite foi relativamente tranquila, com as bolsas da Ásia apresentando mais um dia de alta. O Nikkei, no Japão, fechou em seu maior patamar em 15 anos, enquanto as bolsas da China tiveram mais um dia de forte alta, praticamente recuperando toda a pequena correção verificada na semana passada. A despeito do bom desempenho na Ásia, as bolsas da Europa e dos EUA estão abrindo em queda, com o USD mais ofertado ao redor do mundo. As commodities e as taxas de juros globais estão operando em torno da estabilidade. A agenda do dia terá como destaque o Existing Home Sales nos EUA, com a agenda de resultados corporativos recheada de números relevantes. No Brasil, o mercado estará a espera dos números de arrecadação de março, agendados para algum momento desta semana, mas ainda sem data definida. Brasil –  De acordo com o Correio Braziliense,  “ Chuva chega ao fim e cresce risco de apagão ”.  Caso este tema volte a tona novamente, será mais um vetor negativo que precisará ser monitorado