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Mostrando postagens com o rótulo Banco Central

Daily News – Back To The Game

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O Mercados Globais está de volta, após uma semana de férias e outra semana de roadshow nos EUA. Nos últimos dias, fiz diversas atualizações sobre minha rodada de conversas, que podem ser vistas aqui: https://www.linkedin.com/in/dan-kawa-78361130/ .   No Brasil, os ativos locais seguem em dinâmica negativa, com um novo presidente que insiste em um discurso de confronto e rancor, ao invés de buscar a pacificação do país e medidas de política econômica que visem ajustar as condições base da economia. Escrevi mais a fundo sobre este tema, e os impactos negativos dele nos ativos brasileiros aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1623070622044635138?s=20&t=IMelYSt8A4vUXmDH7ZVx5w .   No cenário global, os ativos internacionais continuam operando entre o otimismo de uma expectativa de “Pouso Suave”, com bom crescimento e recuo gradual da inflação, de um lado. E o receio de que os juros devem permanecer elevados por mais tempo, devido aos desafios de uma inflação ainda ...

Daily News – A saga dos bancos centrais.

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Os mercados internacionais aguardam a decisão de política monetária do Fed, enquanto no Brasil as atenções estão voltadas aos passos que serão dados pelo nosso banco central.   Nos EUA, espero que o Fed eleve a taxa de juros em 50bps, sinalize para novas altas de juros, mas mantenha a porta aberta para a velocidade que este ajuste será feito. A redução do balanço também pode ser anunciada e efetivada nos próximos meses.   Para o mercado, será importante ter visibilidade em relação a visão do Fed em torno do “trade off” entre a inflação alta e alguns sinais de desaceleração econômica. Acredito que, no curto-prazo, e diante de indicadores ainda robustos de mercado de trabalho, a inflação ainda é um problema maior e precisa ser endereçado de maneira mais contundente.   O mercado já precifica juros a 3% no começo de 2023. Assim, a barra para o Fed surpreender de maneira mais dura está cada vez mais elevada.   No Brasil, uma alta de 100bps já é esperada. A...

Daily News – Política Monetária.

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Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira com leve viés negativo, a espera da divulgação dos dados de inflação (Core CPI) nos EUA. Este número será determinante para a dinâmica de curto-prazo do mercado. Por quê?   Com o Fed se tornando cada vez mais duro (“hawkish”) e sinalizando para o início de um processo de normalização monetária (redução do QE), uma inflação mais elevada pode levá-lo a antecipar ainda mais este processo ou fazê-lo de forma mais acelerado.   Como tenho insistido neste fórum há meses, a normalização monetária em si não leva necessariamente a realizações de lucro e quedas acentuadas estruturais dos ativos de risco.   Contudo, com muitos ativos com pouco prêmio de risco, em máximos nominais históricas, com valuations “esticados” e com posição técnica comprometida, uma mudança brusca de cenário pode causar espasmos de volatilidade e quedas rápidas e acentuadas de curto-prazo.   O grande risco ao cenário é uma inflação estrutura...

Daily News – O Dia D, a Hora F(ed) e a Hora C(opom)

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Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, a espera da decisão de política monetária do Fed, nos EUA.   Espero que o Fed irá manter sua política monetária inalterada, mas deve promover importantes alterações e seu comunicado. O Fed precisará incorporar em sua linguagem uma atualização mais otimista de crescimento e sinais de uma inflação mais elevada.   Acredito que pode haver alguma sinalização do começo de um debate em torno da redução do QE, assim como alguma revisão em relação ao timing do começo do processo de normalização monetária. A meu ver, parte disso já está incorporado nos preços do mercado.   A surpresa seria se o Fed optar por iniciar parte deste processo já no curto-prazo, o que poderia trazer algum tipo de reação mais negativa dos ativos de risco. Isso vale também para a eventual, porém improvável, retirada da sinalização de que a inflação corrente é transitória.   No Brasil, a reunião do Copom deve trazer mais uma elev...

Daily News – Brasil: Câmbio e Reformas

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No final da tarde de ontem o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou uma mudança relevante no seu comunicado em torno das rolagens de Swaps Cambiais. Buscando ter mais liberdade, o BCB sinalizou para a possibilidade de ofertar mais Swaps do que aqueles que estão vencendo, visando suavizar o fluxo do “overhedge” dos bancos neste final do ano.   Em condições normais de temperatura e pressão, o comunicado deveria tirar pressão de nossa taxa cambial no curto-prazo.   Ainda no Brasil, passada as eleições municipais, as atenções se voltam a agenda de reformas. Será importante monitorar o que temos no horizonte. As especulações já começaram: https://oglobo.globo.com/economia/substituto-do-bolsa-familia-esta-pronto-deve-ser-lancado-em-dezembro-diz-onyx-24750031 .   O destaque deste começo de semana ficou por conta dos dados preliminares da terceira fase de testes da vacina da Moderna, o qual comentei aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1328340068503871488?s=20 . ...

O novo Banco Central.

Segundo a mídia local, ainda não oficialmente anunciado, Ilan deixará a presidência do BCB, dando lugar a Roberto Campos Neto, executivo do Santander. Eu não conheço Roberto a ponto de ter qualquer opinião sobre sua visão de política monetária. De qualquer maneira, podemos fazer algumas inferências: É um nome de mercado, liberal, respeitado por seus pares. É bem verdade que alguns comentários recentes de “trading” da mesa do Santander indicam uma visão mais hawkish de curto-prazo para política monetária, mas nada muito fora do padrão. Reforço meus comentários de ontem abaixo, mas adicionaria a possibilidade de alocação em NTN-B longa para complementar o portfólio de Brasil. Minha leitura continua sendo de que o novo governo segue uma agenda positiva e liberal, de execução que apresenta riscos, mas que merece o benefício da dúvida. Como escrevi ontem: Na ponta mais otimista, para balancear portfolio, posições compradas em Ibovespa. Um hedge barato em Brasil, a despeito do c...

Inflação, Taxa de Juros e Crescimento Global

O destaque do dia ficou por conta do IPCA-15 de maio no Brasil . A inflação apresentou alta de 0,86% MoM e 9,62% YoY, muito acima das expectativas de 0,76% MoM e 9,51% YoY. A surpresa altista ficou concentrada em poucos itens, muito deles administrados, e alguns outros sazonais. É inegável que a inflação corrente continua elevada e incompatível com as metas de inflação e com o início de um processo de queda de juros no curto-prazo. Assim, reafirmo minha visão de que não tenho convicção de quando será iniciado um processo de distensão monetária no país. Na minha opinião, a melhor estratégia para o novo Banco Central seria adiar o início de um ciclo de queda de juros por cerca de 3 reuniões do Copom. Caso a inflação corrente arrefeça, as expectativas de inflação caiam, e o governo consiga implementar algum ajuste fiscal crível, o BCB terá melhores condições de iniciar um ciclo de queda da taxa Selic, talvez mais rápido e acentuado do que faria se antecipasse o ciclo. Além disso, ganhari...

China, Europa e Canadá: bancos centrais unidos

Se alguém ainda tinha dúvidas de como os bancos centrais ao redor do mundo estão vendo o atual cenário econômico global, acredito que está dúvida tenha sido, pelo menos em grande parte, dissipada hoje, isso caso já não havia sido dissipada após as decisões dos bancos centrais de Indonésia, Peru, Egito e Turquia. Ao longo da noite, os meios de comunicação locais anunciaram que o PBoC, na China , estendeu por mais alguns meses a injeção de liquidez que havia anunciado no final do ano passado, com a duração de 3 meses e vencimento previsto para o começo deste ano. Além disso, alguns bancos locais anunciaram que a injeção teria sido maior do que apenas uma rolagem do programa antigo, ou seja, a medida foi uma injeção liquida de recursos na economia. Na Europa, a mídia local ventilou que o ECB irá anunciar um programa de QE mais amplo em sua reunião de amanhã, com a compra de papéis soberanos na ordem de EUR$50b por mês, por pelo menos um ano. A medida está na ponta de cima das exp...

Brasil

Todas as atenções estarão voltadas para a pesquisa Ibope agendada para o JN de hoje, assim como para o IPCA de julho, marcada para amanhã pela manhã. Uma pesquisa Ibope favorecendo a oposição me parece hoje a única maneira de diferenciar os ativos locais da aversão a risco que ocorre no resto do mundo ao longo de toda essa semana. Meu viés é de acreditar que os novos escândalos da CPI da Petro deveriam favorecer, mesmo que marginalmente, a oposição. Juros –   A mensagem de Carlos Hamilton hoje, assim como a de Tombini e Awazu nos últimos dias, me pareceu bastante clara: não há qualquer intenção em promover uma queda de juros no curto-prazo. O cenário base continua sendo de juros estáveis no horizonte relevante de tempo. Contudo, a assimetria hoje me parece de novas altas de juros, e não uma inversão do ciclo. O movimento do BRL será determinante neste processo. Neste ambiente, não gosto mais de estar aplicado na parte curta da curva. Para posições buscando mudanças políticas...

Semana de agenda cheia

A manhã está sendo marcada por uma recuperação das bolsas globais, seguindo um bom desempenho das bolsas na Àsia. O USD, por sua vez, opera próximo a estabilidade, enquanto as commodities apresentam leve queda e os bonds dos países desenvolvidos apresentam pequena abertura de taxas. A agenda macro do dia será esvaziada, com destaque para o resultado do Citi, nos EUA, as 9h00. Exceto pelo aumento dos ataques de Israel ao Hamas, o final de semana foi relativamente tranquilo. Contudo, a semana que se aproxima terá agenda cheia e relevante. Abaixo, segue um breve resumo do que nos espera: Brasil -  Dois eventos irão marcar a semana no Brasil. Primeiro, a reunião do Copom, na quarta-feira. Já é amplamente esperado que o BCB irá manter os juros estáveis. Contudo, podemos ter mudanças no comunicado oficial. Acredito que o cenário base, diria que com 90% de probabilidade, o Copom mantenha o comunicado da última reunião inalterado. Contudo, existe um cenário alternativo, com prob...

Banco Central Europeu & Ata do Copom

Europa – Surpreendendo os mais céticos, porém em linha com o que vinha sendo ventilado na mídia nas últimas semanas, o BCE anunciou um pacote amplo e agressivo de medidas visando estimular o crescimento e evitar um período mais prolongado de deflação na economia da região. Além de um corte de juros em suas principais taxas, o Banco anunciou medidas relevantes visando destravar o crédito, se dizendo preparado para tomar medidas adicionais, como um programa de QE, caso o cenário prospectivo não se desenvolva como o imaginado. De maneira geral, achei as medidas positivas e agressivas. Acredito que este tipo de postura deveria dar suporte as bolsas e bonds europeus, assim como colocar alguma pressão no EUR. Pontualmente, devemos ver algum suporte aos ativos de risco, EM e Carry em especial. Contudo, acredito que, no final das contas, o cenário de juros nos EUA quem ditará a dinâmica desses ativos em prazos mais longos. Brasil – A Ata do Copom foi neutra. O BC precisava explicar a ...