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Mostrando postagens de setembro, 2014

"Warning Signs?!"

As commodities , metálicas e o petróleo, vem apresentando forte tendência de queda nos últimos meses. Acho que dois efeitos estão afetando sua performance. O primeiro é o menor crescimento estrutural da China, e o segundo é a expectativa do fim do QE nos EUA. Já estou observando um movimento de fortalecimento do USD no mundo, acompanhando por uma forte queda nas commodities nos últimos dias. Os papéis HY e HG mostram clara tendência de deterioração nos EUA e na Europa. Não podemos descartar que este movimento se transforme em um “ risk-off ” mais generalizado caso essas tendências se acentuem. Acredito que o cenário base seja de movimentos graduais de correção dos exageros dos últimos anos, mas períodos pontuais, com rodadas mais acentuadas de piora, não podem ser descartados.

Europa

A terça-feira está sendo mais positiva para os ativos de risco, que estão sendo sustentados pela expectativa de novas medidas de expansão monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) após a divulgação de mais um mês de queda do Core CPI na região. O EUR opera sobre forte pressão, o que está ajudando a colocar um bid no USD ao redor do mundo mas, especialmente, contras as moedas de G10. A agenda do dia será agitada, com destaque para o Chicago PMI e Consumer Confidence nos EUA, e pesquisas eleitorais pelo Ibope e Datafolha no Brasil. Brasil – Os ativos locais tiveram um dia de forte pressão na segunda-feira, refletindo um avanço de Dilma nas pesquisas divulgadas ao longo o final de semana. No que tange o cenário econômico, o Relatório de Inflação divulgado pelo BCB ontem mostrou um cenário relativamente estável em relação a última reunião do Copom, mas com um pano de fundo já defasado, a partir do momento que o câmbio já se encontra próximo a 2,45 e não mais em torno de

Eleição

O final de semana foi sem novidades do ponto de vista externo, mas com desenvolvimentos negativos no âmbito político local. A semana será decisiva para os mercados financeiros locais e externos, com as últimas pesquisas eleitorais antes do primeiro turno das eleições no Brasil, e uma agenda econômica carregada nos EUA, que será finalizada pelos dados de emprego norte americanos na sexta-feira. O cenário base é de manutenção do “ status quo”  atual, com dados de atividade econômica e emprego robustos nos EUA, que deveriam manter o USD bem suportado, liderado por uma alta gradual dos juros norte americanos (vide comentários adicionais abaixo). O risco, contudo, é que os números venham mais fracos do que aqueles divulgados nas últimas semanas, levando a uma correção dessas tendências recentes. Mantenho minha visão de que  o mercado está passando por um período de transição, onde o diferencial de crescimento entre os EUA e o resto do mundo ficará cada vez mais evidente. Neste ambi

Consolidação

Após uma quinta-feira de “ risk-off ” generalizado, os ativos de risco tiveram uma noite mais tranquila, sem grandes movimentações. Hoje pela manhã, o price-action indica estabilidade, com alguma recuperação das bolsas da Europa, mas com sinais de fraqueza ainda aparentes. A agenda do dia será novamente esvaziada, com destaque apenas para o última revisão do PIB do 2Q nos EUA e para a pesquisa Datafolha no Brasil. Acredito que o mercado está no meio do processo de ajuste a uma nova realidade global, onde a China cresce estruturalmente menos, e a política monetária americana migra para um estágio menos expansionista do que no passado recente, com o fim do QE cada vez mais próximo. Além disso, alguns outros ruídos pontuais, e menos relevantes, como a possibilidade da Rússia aprovar uma nova lei que permite ao governo congelar os ativos estrangeiros no país, em uma retaliação as sacões impostas pelo Ocidente, somada a notícia de um possível atentado terrorista em NY ou Paris, pr

USD

A quinta-feira está sendo marcada por mais um movimento de fortalecimento do USD no mundo, que está sendo acompanhando por uma nova rodada de pressão nos preços das  commodities . O mercado global de juros, e as bolsas ao redor do mundo, operam sem  movimentações relevantes. A agenda do dia será a mais relevante da semana no cenário externo, com o Jobless Claims e o Durable Goods Orders podendo ser determinantes para esta dinâmica de curto-prazo dos mercados globais, especialmente no tocante ao USD e aos juros americanos. Ainda vejo o mercado passando por um período de transição, onde o  diferencial  de crescimento entre os EUA e o resto do mundo ficará cada vez mais evidente. Neste ambiente, é natural esperar um fortalecimento gradual e continuo do USD, uma tendência de abertura de taxas de juros nos EUA, e um processo de ajuste de preços de ativos de  carry-trade . Não vejo este ambiente como necessariamente negativo para ativos de risco, como as bolsas globais, mas entendo

Eleição

Após uma noite relativamente tranquila, com mais um dia de alta dos índices na China, os ativos de risco operam sem grandes movimentações essa manhã. As  commodities  metálicas, contudo, ainda dão sinais de fraqueza, assim como as bolsas da Europa. Parece que estamos passando por um dos recorrentes momentos de breve realização de lucros de algumas classes de ativos. Por hora, não vejo argumentos para que este período se torne mais duradouro, ou a correção mais acentuada. O cenário de menor crescimento estrutural da China, com o processo de normalização monetária nos EUA se consolidando neste mesmo período deveria, por outro lado, fazer com que os mercados globais operem com prêmios de risco um pouco mais elevados do que no passado recente. Neste ambiente, algumas classes de ativos precisam encontrar um novo patamar de equilíbrio, talvez mais baixo do que os atuais, assim como a volatilidade dos ativos de risco precisa ser mais alta do que aquela verificada no passado recente. Pare

Crescimento global misto

A despeito do bom desempenho das bolsas da China, após a divulgação do HSBC Flash Manufacturing PMI acima das expectativas no país, os ativos de risco operam em tom de realização de lucros essa manhã, liderados por mais um mês de decepção dos PMIs na Europa. As bolsas da Europa e EUA operam em queda, o USD mais fraco ao redor do mundo e mais uma rodada de fechamento de taxas de juros globais. A agenda do dia será novamente esvaziada, deixando o mercado a mercê de fluxos pontuais de ajustes de posições. Destaque apenas para o Markit US Manufacturing PMI e Richmod Fed nos EUA. Brasil – A pesquisa Vox Populi agendada para ser divulgada ontem ainda não foi anunciada, mas hoje teremos CNT/MDA as 10h00 e Ibope no JN. Após os intensos rumores que dominaram o mercado ontem, os ativos locais já parece trabalhar com uma nova rodada de avanço de Dilma nas pesquisas em detrimento, principalmente, a Marina. Caso as reais pesquisas não corroborem com este cenári,o poderíamos ter um alívio t

Aversão a risco

Mesmo na ausência de uma agenda econômica relevante, e sem noticias importantes ao longo da noite, os ativos de risco estão abrindo a semana em tom mais negativo, com um claro viés de “ risk-off ” nos mercados globais. As bolsas da Ásia tiveram uma noite de forte queda, lideradas pela fraqueza dos índices na China, o que está colocando pressão nas bolsas norte americanas e europeias essa manhã. O USD opera em alta contra as moedas high yields e EM, mas em baixa contra o as low yields . As commodities continuam sobre pressão, e os bonds dos países desenvolvidos apresentam fechamento de taxas essa manhã, em um clássico movimento de aversão a risco. Ao que me parece, o mercado continua digerindo a delicada situação do crescimento da China, que temos alertado neste fórum a algumas semanas, ao mesmo tempo em que se acostuma com as indicações de continuidade no processo de normalização monetária americana. A agenda do dia será relativamente esvaziada, com destaque para o Existing

Semana menos agitada

O final de semana transcorreu sem granes novidades. No Brasil, a mídia mirou seu foco em novas acusações referentes a operação “Laja-Jato” e ao erro do IBGE na PNAD. No âmbito externo, o destaque ficou por conta da reunião do G20, sem qualquer decisão concreta que possa impactar o mercado no curto-prazo. A agenda da semana será mais esvaziada do que as últimas semanas. O destaque ficará por conta de uma série de membros do Fed dando declarações à mídia e para as prévias dos PMI´s ao redor do mundo. No Brasil, teremos mais uma rodada de pesquisas eleitorais. Brasil –  A mídia voltou suas atenções para os erros do IBGE na divulgação da PNAD, o que não acredito que tenha potencial de afetar o cenário eleitoral. Contudo, novos vazamentos em torno da operação “Lava-Jato”, que tem a Petrobras como centro das atenções, trouxeram novamente às manchetes dos jornais nomes de políticos, partidos e empresas envolvidas no escândalo, além dos valores supostamente negociados. A “nova” narrat

Pesquisa Datafolha, Escócia e Fed

O grande destaque da noite ficou por conta do referendo para a independência da Escócia, que acabou tendo como resultado a manutenção do atual  status-quo , ou seja, a Escócia deverá continuar na Grã Bretanha. Os ativos de risco estão basicamente mantendo as tendências recentes, que foram acentuadas após a decisão do FOMC. Não vejo, por hora, motivos para mudança neste cenário, nem aceleração maior deste processo. As bolsas globais operam em alta (a China teve mais um dia de alta em seus índices, refletindo as últimas medidas de suporte ao crescimento colocado em prática no país), o USD se fortalece, especialmente contra as moedas de G10, suportado por uma gradual abertura de taxa de juros nos EUA, que também vem colocando alguma pressão sobre as  commodities . Na agenda do dia, destaque para o IPCA-15 no Brasil. A agenda externa será mais esvaziada durante os próximos dias, deixando o mercado a mercê dos ajustes de posição ao novo ambiente global. Brasil –  A pesquisa Dat

FOMC

A noite foi de relativa tranquilidade para os mercados financeiros globais, com o movimento de USD forte no mundo, verificado após o FOMC, não gerando contágio negativo aos demais ativos de risco ao redor do mundo. O anuncio de um corte de 20bps nos juros dos papéis emitidos pelo PBoC na China também ajudaram positivamente o humor global a risco. EUA – Acredito que o Fed deu mais um importante e inteligente passo na direção de seu processo de normalização monetária. Mantendo o comunicado após a reunião do FOMC praticamente inalterado, Yellen deixou claro que ainda pretende adotar postura cautelosa e gradualista no processo de normalização, além de atentar, mais uma vez, para um cenário de inflação branda. Contudo, a nova mudança na previsão de taxa de juros dos membros do comitê (os famosos “ dots ”) serviu para ratificar a mensagem de que o mercado, na parte curta da curva de juros americana, ainda está exageradamente leniente na precificação do processo de alta de juros que pode

Fed

Na expectativa da decisão do FOMC nos EUA, os ativos de risco operam sem grandes movimentações essa manhã. As bolsas da Ásia, lideradas pelos índices da China, tiveram uma quarta-feira mais positiva. Hoje pela manhã, observamos um leve viés de fortalecimento do USD no mundo. Ontem, ao contrário do que eu vinha propondo, o dia foi de otimismo e “ risk-on ” generalizado, após a China anunciar novas medidas de suporte ao crescimento, alguns jornalistas considerados “ insiders ” no Fed declararem que não devem haver alterações significativas na reunião do FOMC de hoje e, finalmente, no Brasil, rumores darem conta de uma pesquisa Ibope mais favorável para Marina, o que acabou se confirmando. Continuo acreditando que o FOMC quem determinará a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco. Espero uma linguagem mais neutro por parte de Yellen e Cia., o que pode ser visto como levemente mais hawkish pelo mercado. Assim, continuo vendo uma tendência gradual de abertura de taxas de juros

Cautela

A despeito de um desempenho mais negativo das bolsas da Ásia, liderados por uma forte queda dos índices na China, os ativos de risco operam próximos a estabilidade essa manhã, sem movimentos relevantes. Mantenho um viés mais cauteloso durante essa semana, a espera dos desdobramentos da reunião do FOMC, refletindo sobre os últimos dados de crescimento na China, e no aguardo do desfecho do referendo de independência da Escócia. Na agenda do dia, destaque para o PPI nos EUA, mas com o foco totalmente voltado para o CPI e FOMC amanhã. Brasil – A pesquisa Vox Populi divulgada ontem pela Record confirmou os últimos números do Ibope, com Dilma abrindo 6pp de liderança no primeiro turno, e conseguindo um empate técnico em um eventual segundo turno contra Marina. Os números divulgados ontem devem afastar os ruídos em torno da última pesquisa Ibope, mantendo o mercado em estado de apreensão. Neste ambiente, tendo a acreditar que o mercado externo pode acabar ditando a dinâmica de curto-

Semana começa tranquila

A despeito das notícias negativas provenientes da China, no final de semana, os ativos de risco tiveram uma noite de relativa tranquilidade. Durante a manhã, os mercados operam sem tendência definida, mostrando desempenho misto entre as diversas classes de ativos. Na agenda do dia, destaque para o  Empire Manufacturing  e  Industrial Production  nos EUA.

Busca por assimetrias e cautela

O final de semana foi sem dúvida alguma marcado pela divulgação dos dados de atividade econômica de agosto na China (mais comentários no post anterior). Os números mostraram uma economia fragilizada, sem nenhum sinal de que as medidas colocadas em prática nos últimos meses foram suficientes para estabilizar o crescimento em torno de 7%-7,5% ao ano. A semana que se aproxima será extremamente relevante para a dinâmica dos mercados financeiros globais, com destaque para a reunião do FOMC nos EUA, e para o referendo de independência da Escócia na Grã Bretanha. No Brasil, uma nova rodada de pesquisas eleitorais irá determinar a real diferença de intenções de voto em um eventual segundo turno entre Marina e Dilma. Acredito que o momento seja de ter postura mais cautelosa, buscando posições em temas específicos, posições com assimetrias positivas e hedges para eventuais eventos de cauda. Acredito que a parte curta da curva de juros local, já oferece prêmio razoável para se ter pos

China

Os números de atividade econômica na China em agosto ficaram abaixo das expectativas do mercado, e em níveis preocupantemente baixos . Acredito que o cenário de menor crescimento estrutural do país irá adicionar mais um vetor negativo nos mercados financeiros globais no curto-prazo , ao mesmo tempo em que os investidores ainda estão digerindo uma possível mudança na comunicação do Fed. A fraqueza da economia chinesa ocorre após uma série de medidas de sustentação ao crescimento terem sido colocadas em prática nos últimos meses. As bolsas da China apresentaram um forte rally nas últimas semanas, na expectativa de que as medidas anunciadas seriam suficientes para garantir um crescimento relativamente estável em torno de 7,0%-7,5% ao ano. Caso a economia mostrasse novos sinais de fraqueza, o mercado já precificava que medidas adicionais seriam anunciadas. Acredito que os números divulgados esta noite mostram uma economia fragilizada, em uma posição de que necessita de cada vez mais

"Tempestade Perfeita"

Hoje definitivamente foi o dia em que a “tempestade perfeita” afetou os ativos locais. No âmbito externo, nos EUA, os bons números de vendas no varejo de julho, o forte Michigan Confidence de setembro, e uma onda de analistas revisando as expectativas para o FOMC na semana que vem, colocaram um bid no USD, especialmente contra EM e high yields , sustentados por mais um dia de abertura de taxas de juros nos EUA. Neste caso, níveis técnicos importantes foram rompidos, como o 2.60% da Treasury 10yrs e o 1.80% da Treasury 5yrs. No cenário local, a pesquisa Ibope mostrou novo avanço de Dilma, além de mais uma rodada de melhora na avaliação de seu governo. Vimos também um mercado tecnicamente mal alocado, com os investidores já bastante overweight em Brasil. O que esperar daqui para frente? Tenho o viés de acreditar que a correção desta semana atingiu níveis atrativos para os ativos locais novamente, especialmente no mercado de juros e na bolsa. A parte curta da curva de juros

Eleição, Fed e Crédito na China

Os mercados financeiros globais operam sem tendência definida ou movimentações relevantes esta manhã, após mais uma noite de relativa tranquilidade. Acredito que o próximo grande evento ficará por conta da reunião do FOMC na semana que vem, e os investidores irão aproveitar os próximos dias para continuar a ajustar suas posições para o aumento da probabilidade de uma mudança no discurso do Fed. Neste ambiente, devemos ter a continuidade de um processo de fortalecimento do USD no mundo, sustentado por uma trajetória gradual de abertura de taxa de juros nos EUA. Além disso, temos observado alguma pressão sobre as commodities , e um cenário de consolidação das bolsas globais. Na agenda do dia destaque para a pesquisa Ibope no Brasil e para o Retail Sales nos EUA, que será o último indicador relevante de atividade antes da decisão do FOMC na semana que vem. Brasil – Os ativos locais tiveram uma quinta-feira de tímida recuperação, seguindo uma pesquisa Datafolha que mostrou Marina

Eleição Brasil

Os ativos de risco operam sem tendência definida ou movimentações relevantes essa manhã, após mais uma noite de news flow esvaziado e agenda econômica fraca. Destaque apenas para os dados de inflação de agosto na China, que ficaram levemente abaixo das expectativas do mercado. A agenda do dia será mais agitada, com a Ata do Copom e a vendas no varejo de julho no Brasil, e o Jobless Claims nos EUA. Brasil – A pesquisa Datafolha divulgada ontem confirmou um quadro mais positivo para a campanha de Dilma, mas um pouco melhor para Mariana do que as demais pesquisas divulgadas essa semana. A diferença nas intenções de voto entre as duas ficou em 4% em um eventual segundo turno, com Marina ainda na liderança. Acredito que os ativos locais tiveram uma piora rápida e acentuada nos últimos dias, justificada pela rápida recuperação de Dilma e por uma posição técnica ruim. Os números divulgados ontem deveriam dar um alívio temporário aos ativos locais. Acredito que a Ata do Copom não irá

Eleições Brasil & Fed

Na ausência de novidades relevantes no cenário econômico, e com uma agenda macro relativamente esvaziada esta semana, os ativos de risco vem basicamente mantendo as tendências recentes, ou seja, com destaque para a abertura de taxa dos juros americanos e fortalecimento do USD no mundo. Os investidores continuam se posicionando para o aumento da probabilidade de uma mudança na comunicação do Fed na região do FOMC na semana que vem. A agenda do dia será novamente esvaziada, mantendo o mercado a merce das pesquisas eleitorais no Brasil e de fluxos pontuais nos EUA. Brasil –   A pesquisa CNT/MDA divulgada ontem mostrou uma nova redução na diferença de intenções de voto entre Marina e Dilma no segundo turno, que caiu de dois dígitos a cerca de duas semanas atrás, para 3% na pesquisa de ontem. Além disso, a avaliação do governo Dilma segue uma trajetória clara de recuperação. Os números me levam a crer que o PT esteja sendo bem sucedido em seu programa eleitoral, passando uma mensag

Reprecificação

Os ativos de risco continuam digerindo os sinais emitidos pelo Fed nos últimos dias, ou seja, se posicionando para uma potencial alteração no comunicado após a decisão do FOMC na semana que vem. Assim, estamos vendo um claro movimento de fortalecimento do USD no mundo, acompanhando de uma abertura de taxa de juros nos EUA e uma nova rodada de pressão sobre as commodities . A agenda do dia ainda será esvaziada, mas não menos importante, com destaque para o JOLTS Job Openings, um dos indicadores que vem sendo acompanhado pelo Fed no detalhe para medir o real estado do mercado de trabalho americano. Brasil – As eleições continuarão ditando a dinâmica de curto-prazo nos ativos locais, mas o cenário externo vem colocando uma pitada de complexidade no cenário. A semana será recheada de pesquisas eleitorais.Ontem, o mercado teve um dia de forte realização de lucros, refletindo um ambiente externo mais desafiador para os ativos emergentes e reagindo a maior incerteza trazida pelas nov

Fed

Estou começando a acreditar que o Fed tenha ficado desconfortável com a precificação do mercado nos últimos meses, e está no meio de um processo intencional de promover uma reprecificação da aparente leniência do mercado com sua atual política monetária. Papers divulgados na semana passada (vide mais comentários abaixo), comentários maciços de membros do Fed na mídia desconfortáveis com o atual comunicado do FOMC, artigos de Jon Hilsenrath e Robin Harding no final de semana e, agora, um novo paper do Fed de SF mostrando o que todos já sabem, ou seja, a precificação da curva curta de juros nos EUA está em total dissonância com as expectativas do próprio do Fed. Não é a toa que estamos passando por um movimento de USD forte, que começou em G10, mas agora se espalha para EM e high yields. O movimento nas moedas, agora, começa a afetar o humor para as bolsas globais e ativos de renda fixa EM. Me impressiona o movimento ocorrer com a Tsy 10yrs ainda em 2.47%. Como estaremos quando a

Inglaterra vs Escócia

A segunda-feira foi de feriado em grande parte da Ásia. Na Europa, contudo, os desdobramentos na Inglaterra estão dando um tom mais negativo aos ativos de risco essa manhã. As bolsas globais operam em queda, o USD está mais forte contras as moedas G10 e EM, liderado por uma queda de 1,25% do GBP, e os juros dos países desenvolvidos apresentam mais uma rodada de fechamento de taxas. A agenda do dia será esvaziada no Brasil e nos EUA. Inglaterra – Os ativos da Inglaterra operam sobre forte pressão essa manhã, após novas pesquisas em torno do plebiscito para a independência da Escócia no final de semana mostrarem, pela primeira vez, a liderança do voto pela separação do países da Grã Bretanha. Uma eventual independência da Escócia será bastante negativa economicamente para o país e para a região em um primeiro momento, pelas inúmeras incertezas que irá gerar. Não se sabe a moeda que o país adotará, o tamanho do setor público local, qual real tamanho da dívida do país, como serão