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Mostrando postagens com o rótulo Yellen

Daily News – Sem Piscar

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O Fed e o BCB entregaram decisões de política monetárias em linha com o que eu esperava (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2023/03/daily-news-sobre-bancos-centrais-e-juros.html ), “sem piscar” para as pressões externas, mas com condições de contorno que valem ser mencionadas.   Nos EUA, o Fed elevou os juros em 25bps, sinalizou que está mais próximo do final do ciclo de alta de juros, mas que não vê nenhuma condições de cortes de taxa no horizonte relevante de tempo, como o mercado precifica neste momento.   A ênfase continua no enorme desafio de combater uma inflação alta, espalhada e persistente. Os problemas bancários serão tratados com medidas prudenciais e com instrumentos de liquidez.   Powell to markets: "We're not cutting rates this year." Markets to Powell: "Yes you are."   No Brasil, o BCB manteve os juros estáveis mas, ao contrário do que muitos imaginavam, não aliviou o seu discurso, mantendo um tom duro e alertando para os r...

Daily News – EUA: O risco da liquidez.

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Ontem tivemos um breve exemplo do que pode ocorrer com os ativos de risco diante de um cenário que saia um pouco daquele esperado pelo mercado. A terça-feira começou com uma deterioração adicional das relações entre China e Taiwan, o que já pressionou levemente os ativos de risco.   No decorrer do dia, comentários de Yellen sobre uma possível alta de juros nos EUA acabaram levando a uma queda rápida e acentuada dos ativos de risco, porém mais aguda no que chamo de “long duration assets” como as ações de tecnologia.   Isso tudo, em um contexto de posição técnica comprometida, preços e “valuations” poucos triviais em alguns nichos do mercado (vide abaixo): Yellen acabou sendo obrigada a refazer e explicar seus comentários, o que levou a uma descompressão de preços no final da tarde. Contudo, o estrago já tinha sido feito e, principalmente, o sinal para o mercado ficou muito claro.   Se, e quando, tivermos um cenário onde será necessário um ajuste de política...

Yellen & Draghi em Foco.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento, a espera dos discursos de Yellen, do Fed, e de Draghi, do ECB. O cenário base é para que ambos não tragam novidades relevantes para a política monetária de curto-prazo em suas falas. Já se espera que o Fed anuncie o início da redução do seu balanço na reunião do FOMC de setembro, e que o ECB faça o mesmo em setembro ou outubro. A probabilidade de uma nova alta de juros por parte do Fed, contudo, até o final deste ano, gira em torno de 30%-35%. Há apenas uma alta de 25bps precificada na curva do EUA até o final de 2018. O discurso de Yellen será sobre estabilidade financeira, e todas as atenções estarão voltadas para sua visão em relação às condições financeiras correntes, vistas pelo mercado como bastante frouxas (por alguns como excessivamente frouxas), e qual a postura que os Bancos Centrais, e o Fed em especial, precisam tomar diante de um pano de fundo como este. No curto-prazo, a situação polític...

Yellen, Reforma Trabalhista, China.

Os ativos de risco estão mostrando uma certa estabilização em relação as tendências recentes. Neste momento, observamos um fechamento de taxas de juros no mundo desenvolvido, as bolsas apresentam elevação na Europa e estabilidade nos EUA. O dólar opera praticamente estável, mas as commodities apresentam alta generalizada, lideradas pelo petróleo. A agenda do dia terá o discurso de  Yellen  como destaque nos EUA. Espero que ela mantenha o tom dos discursos recentes do  Fed  e das Minutas do FOMC. Assim, devemos esperar a sinalização para uma redução do balanço da instituição, em breve, e para a continuidade de um processo gradual de alta de juros. Yellen deve mostrar certo otimismo com a retomada da economia, dizer que estão acompanhando de perto o arrefecimento recente da inflação, mas acreditam que fatores pontuais estejam segurando os preços no curto-prazo. Uma tendência de alta gradual dos índices de preço deverá ser retomada mais cedo ou mais tarde. A B...

Fed: Near the dual mandate.

O discurso de Yellen ao Congresso dos EUA manteve o mesmo tom de suas últimas declarações. De maneira geral, Yellen continuou afirmando que, caso o cenário econômico permanece inalterado, a continuidade do processo de alta de juros será necessária. Esta sinalização é sempre pontuada pelos riscos inerentes ao cenário. Para este ano, contudo, eu vejo os riscos mais na direção de altas adicionais de juros, do que riscos para movimentos mais comedidos do que as 2 altas de 25bps precificadas na curva neste momento. Acredito que a nova administração liderada por Trump irá efetivar uma ampla Reforma Tributária, além de estímulos fiscais, que deverão ser positivos para o crescimento e, consequentemente, altistas para a inflação, visto que a economia parece estar próxima ao pleno emprego, com o hiato do produto praticamente fechado. Minha interpretação do discurso de Yellen é de que foi um discurso realista, em linha com o cenário que tenho desenhando neste fórum há alguns meses, mas t...

EUA: No more slack!

No final da tarde de ontem dois eventos foram extremamente importantes para confirmar o cenário com o qual eu venho trabalhando para a economia dos EUA e os mercados financeiros globais. Primeiro, o Beige Book mostrou uma economia com o hiato do produto praticamente fechado. Começam a surgir dificuldades em encontrar não apenas trabalhadores de alta especialização, como também trabalhadores de especialidades menos específicas. Este cenário já está levando a uma alta nos salários e à pressões mais abrangente de inflação no país: Employment and Wages Labor markets were reported to be tight or tightening during the period . Employment growth ranged from slight to moderate and most Districts indicated that wages increased modestly. A couple of Districts mentioned layoffs, but even in those Districts, as in other regions, most responding firms were said to have added employment, on net .   District reports cited widespread difficulties in finding workers for skilled positions;...

No News.

Os ativos de risco estão apresentando uma pequena reversão dos movimentos verificados nos últimos dias, com uma abertura dos juros nos EUA dando leve suporte ao USD no mundo. As commodities operam em queda, mas as bolsas apresentam pequena alta. O fluxo de notícias pela noite foi esvaziado. A agenda do dia será mais carregada e importante, com o Core CPI, Beige Book e um discurso de Yellen nos EUA.

All eyes on Core CPI and Yellen!

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em torno da estabilidade. O único movimento relevante que vale ser mencionado fica por conta de um fechamento de taxa de juros nos EUA. O dia será extremamente importante para a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco, com a divulgação do Core CPI nos EUA e um discurso de Yellen no Congresso. Espero que Yellen continue indicando a elevada probabilidade de uma alta de juros em dezembro (o que já está praticamente precificado na curva curta de juros), mas um processo de normalização monetária que ainda promete ser gradual. Com a recente elevação do USD e das taxas das Treasuries, vimos um relevante aperto das condições financeiras o que, por si só, já ajuda o trabalho do Fed no combate a inflação. Não vejo motivos para o Fed colocar mais “gasolina em uma perigosa fogueira” de elevação rápida e acentuada das taxas de juros no país. Japão - Pela primeira vez desde a implementação de uma nova estrutura de atuação em política mone...

All eyes in Jackson Hole!

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, a espera das declarações de Yellen – presidente do Fed – em Jackson Hole, na manhã de hoje. Acredito que a conferência será importante como um canal de abertura para um debate mais teórico, e de longo-prazo, no tocante ao poder da política monetária na atual conjuntura econômica global dos países desenvolvidos. Não espero nenhuma decisão (ou conclusão mais concreta) vinda destes debates, mas a abertura de uma porta, já muito bem introduzida por Williams, do próprio Fed, em  paper  na semana passada. Vejo dois cenários para Yellen. No primeiro, ela foca seu discurso em temas mais teóricos, em linha com o tema da conferência. No segundo, ela utilizaria o seu tempo para sinalizar a possibilidade de uma alta de juros ainda este ano nos EUA. Em ambos os casos, espero que a conclusão para o médio-prazo seja de uma taxa terminal de juros muito mais baixa do que no passado, e um caminho extremamente gradual de alta de jur...

Update

Os ativos de risco tiveram mais um dia para digerir os dados de emprego nos EUA , ajudados por um discurso de Yellen, já pre agendado. Yellen procurou manter um tom construtivo com relação a economia americana, mas o foco do seu discurso nas incertezas do cenário econômico (local e global) mostra que uma alta de juros no FOMC de junho parece descartada. Uma alta nos próximos meses dependerá, a grosso modo, dos dados econômicos. O mercado já precificava probabilidade baixa de uma alta de juros em junho, e basicamente manteve a curva curta de juros nos mesmos níveis do pós-Payroll de sexta-feira. Os ativos de risco permaneceram sem muita volatilidade, com destaque para o movimento de alta da bolsa dos EUA, ajudada pelo suporte das commodities. Eu acredito que o debate em torno do timing para uma alta de juros pelo Fed irá continuar “vivo”, “sambando” de acordo com os números de atividade e inflação. Como pudemos observar nas últimas duas semanas, o processo de alta de juros que...

Update

A sexta-feira, véspera de feriado nos EUA e na Inglaterra, foi marcada por ume entrevista de Yellen em um evento em Harvard. Moderado pelo economista Gregory Mankiw, Yellen teve a oportunidade de proferir algumas palavras de como analisa o estado da economia americana. Por um lado, Yellen não foi tão direta e incisiva como os demais membros do Fed nos últimos dias, em relação a possibilidade de alta de juros no curto-prazo (junho ou julho). Por outro lado, deus sinais contundentes de que o cenário, caso mantido, enseje uma alta de juros mais cedo do que tarde. Os ativos de risco reagiram de acordo, com forte alta nas taxas de juros curtas nos EUA (entre 5 e 10bps), alta do dólar e pressão nos ativos emergentes. O mercado embute probabilidade de alta de 25bps em junho em 35%, em junho em 60% e até dezembro em cerca de 80%. É natural supor que, caso o cenário de alta de juros se consolide, continuaremos a ver uma pressão altista no dólar e nas taxas de juros, e baixista nos ativos e...

A espera de Yellen.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade essa manhã, na expectativa de um discurso de Yellen agendado para hoje. Será a primeira oportunidade para a presidente do Fed expressar sua visão em relação a política monetária do país após um longo período de silencia, com o agravante que nas últimas semanas houve um claro esforço coordenado de integrantes do Comitê em sinalizar que uma alta de juros pode ocorrer mais cedo do que tarde. As bolsas operam próximas a estabilidade, mesmo com o petróleo em queda. O dólar apresenta leve alta. No  Japão , os dados de inflação de abril ficaram abaixo das expectativas do mercado, além de apresentarem um quadro preocupante de inflação baixa e cadente. Os números de hoje reforçam o cenário de que o governo deverá adiar, mais uma vez, um aguardado aumento de imposto no país. Além disso, coloca pressão para que o BoJ anuncie novas medidas de estímulo monetário. Nos  países emergentes , vemos sinais de arrefecimento do...

Tom positivo continua.

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento positivo iniciado após o discurso de Yellen ontem. Seu tom dovish acabou dando ímpeto aos mercados, criando uma certa proteção, pelo menos no curto-prazo, aos ativos de risco. Na agenda do dia, o ADP Employment será o destaque desta quarta-feira, como o último e um dos melhores indicadores antecedentes para o Payroll agendado para sexta-feira. No Brasil, no final da tarde de ontem, o governo divulgou um déficit fiscal primário gigantesco, muito pior do que as expectativas do mercado para o mês de fevereiro. Segundo nossa área econômica, o resultado primário ficou bem pior do que o esperado (surpresa de R$11bi com relação à mediana de mercado). A surpresa ficou concentrada nas despesas obrigatórias (abono salarial e seguro desemprego) e nas despesas discricionárias. Enquanto este governo estiver no poder, deveremos observar uma piora galopante no cenário econômico e, em especial, nas contas públicas e no ajuste fiscal. Entr...

Risk-On!

O discurso de Yellen realizado hoje foi inequivocamente dovish , ao contrário dos receios em torno de sinais um pouco mais hawkish oferecidos por alguns membros do Fed nos últimos dias. A postura de Yellen acabou levando a um forte movimento de otimismo nos ativos de risco, com dólar fraco e forte alta das bolsas, mesmo que com o petróleo e o cobre ainda apresentando alguma pressão. Eu confesso que me surpreendi com o tom do discurso. Fico até com uma “pulga atrás da orelha” se Yellen não está vendo algum risco maior no cenário, que o resto do mercado não esteja, neste momento, monitorando de forma adequada. O mercado ficará cada vez mais sensível aos dados econômicos, mas fica claro que o Fed pretende ser o mais gradual possível, colocando algum suporte aos mercados, mesmo que no curtíssimo-prazo. Nos EUA, o Consumer Confidence de março subiu de 94,0 (revisado de 92,2) para 96,2 pontos, acima das expectativas de 94 pontos. O número mostra um cenário de solidez do consumo norte a...

Not out of the woods, but inside the woods!

Os ativos de risco ameaçaram uma recuperação ao longo do dia, mas estão fechando com sinais claros e inequívocos de fragilidade. Meu comentário de hoje cedo, assim, continua válido, e está sendo reforçado pela dinâmica dos mercados financeiros globais: Por hora, não vejo sinais claros de que os problemas estruturais que rondam a economia global estejam perto de serem resolvidos (FX na China, Bancos na Europa, ajustes econômicos nos EM, entre outros). Assim, neste momento, estou tratando o movimento desta manhã como um "rebound"/"relief rally" pontual e técnico, compatível com um quadro de excesso de pessimismo no curto-prazo, com indicadores técnicos relativamente "esticados" para o lado negativo. Ainda não vejo mudanças estruturais que justifiquem uma mudança definitiva de dinâmica dos ativos de risco. O discurso de Yellen no Congresso Norte Americano, tampouco foi um alento aos ativos de risco. O tom do discurso foi claramente mais dovish, com v...