Mercados Globais

Os ativos de risco estão apresentando recuperação está manhã, em um movimento ainda tímido e sem trigger específico.   Nos EUA, há sinais alarmantes de forte desaceleração do setor imobiliário, que merecerão atenção especial no começo de 2023:   O ano de 2022 foi marcado por excelente desempenho dos fatores de “valor” das bolsas globais. Será que o próximo ano isso será repetido?   No Brasil, a PEC da Transição foi aprovada na Câmara, com a mudança de 2 para 1 ano de validade.   Os ativos locais mostraram recuperação razoável nos últimos dias. Vejo o movimento como puramente técnico. Não vejo mudanças substanciais de cenário que justifiquem uma mudança de minha visão mais cautelosa com Brasil.   Este será o último “Mercados Globais” do ano. Tiraremos um (merecido) período de descanso. Desejo a todos Boas Festas e um próspero Ano Novo.   Farei inserções mais pontuais nas mídias sociais, aqui:   https://twitter.com/DanKawa2   E aqui: https://www.linkedin.com/

Em uma decisão surpresa e inesperada, o Banco Central do Japão (BoJ) anunciou uma mudança em sua política monetária, deixando sua curva de juros abrir taxa.   O BoJ era o único banco central de economia desenvolvida que ainda relutava em alterar sua política monetária. Os juros japoneses apresentaram o maior movimento de taxas para 1 dia em cerca de 20 anos:   A decisão levou a uma forte apreciação do Iene (JPY) em relação a Dólar:   Na Alemanha, o PPI apresentou arrefecimento, mas ainda se mantém em patamar excessivamente elevado:   No Brasil, a segunda-feira foi de “relief rally” nos ativos locais. Após uma sequência de pressão, o dia foi marcado por movimentos acentuados e positivos. Não vejo, por ora, mudança de cenário e sigo mais cauteloso com o cenário para o Brasil.   Movimentos como o de ontem são normais em meio a tendências mais negativas, especialmente após uma sequência de quase 6 semanas de pressão negativa. Estamos entrando em um período de sazonalida

Após uma semana desafiadora para os ativos de risco, os mercados estão abrindo a semana em tom mais positivo.   Na semana passada, o grande destaque ficou por conta da sinalização dos bancos centrais das principais economias do mundo (Fed e ECB) da necessidade de altas adicionais de juros e, principalmente, da percepção de que os juros precisarão ser mantidos mais altos, por mais tempo.   Como o mercado tinha a expectativa de que os BC´s pudessem aliviar os seus discursos, com curvas de juros que já precificavam quedas não desprezíveis no ano que vem, os sinais emitidos na semana passada acabaram levando a uma rodada de correção de preções neste sentido.   A China passa por sua maior onda de Covid até o momento. A mídia reporta hospitais lotados, ausência de medicamentos e um número elevado de óbitos. O mercado, por sua vez, tenta olhar “por cima” desta situação e prever o “começo do fim” da pandemia no país, aos moldes do que ocorreu em todas as economias Ocidentais.  

Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom negativo, após os sinais emitidos pelo Fed ontem.   Comentei a decisão do banco central americano e seu potencial impacto no mercado aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1603103386039205892?s=20&t=pZJW30buXIQ0Dn75SQxaqQ .   De maneira geral, o Fed está seguindo o seu plano de voo, que me parece ser levar as taxas de juros para em torno de 5% e mantê-la nesta região no horizonte relevante de tempo. A principal mensagem de ontem é de que não serão dois meses de inflação mais branda que irão alterar este processo.   O Fed se mostrou comprometido em trazer a inflação para em torno da meta, em 2%, algo que demandará tempo, esforço e um enorme trade-off entre inflação, crescimento e emprego. Powell sinalizou que está disposto a escolher o caminho de trazer a inflação à meta, pois os riscos de não trilhar este caminho podem ser muito maiores no futuro.   O mercado precificava uns juros terminais abaixo de 5% e cortes relev

Os dados de inflação nos EUA divulgados ontem ficaram abaixo das expectativas do mercado, o que acabou dando sustentação aos ativos de risco ex-Brasil.   Comentei mais a fundo sobre o número logo a pós a sua divulgação, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1602660197864022017?s=20&t=xVATBdMVoE0soZLEr7Ji8g .   De forma resumida, há sinais de moderação na inflação. Uma batalha foi vencida, mas a guerra continua:   O Brasil manteve uma tendência mais negativa de descolamento em relação aos demais ativos de risco, após a indicação de Mercadante para o BNDES e a sinalização de Lula de que as privatizações devem acabar no Brasil. Reforço o que escrevi ontem:   O Brasil não tem seguido a tendência global e opera descolado dos ativos internacionais, ainda com foco na montagem da equipe do novo governo e dos sinais em relação a qual será a política econômica. Um rumor de que a Lei das Estatais poderia ser revogada acabou levando a forte deterioração dos ativos brasileir

O grande destaque do dia ficará por conta da divulgação do Core CPI (inflação) nos EUA. Ontem, na expectativa de um número mostrando arrefecimento da inflação, observamos uma alta considerável da bolsa americana e um viés positivo de mercado.   Acredito que a reação ao número de hoje seja simétrica. Isso é, um número acima da expectativa pode trazer nova rodada de pressão negativa aos ativos de risco. Um número abaixo do esperado, contudo, pode manter o mercado em tendencia de recuperação até a virada do ano.   O Brasil não tem seguido a tendência global e opera descolado dos ativos internacionais, ainda com foco na montagem da equipe do novo governo e dos sinais em relação a qual será a política econômica. Um rumor de que a Lei das Estatais poderia ser revogada acabou levando a forte deterioração dos ativos brasileiros.   Sigo com visão e postura mais cautelosa em relação ao Brasil, até que tenha mais visibilidade em relação ao caminho que será escolhido pela novo governo.

Os ativos de risco estão abrindo a semana próximos a estabilidade, após uma sexta-feira de tom mais negativo, em reação aos números do PPI (inflação) nos EUA acima das expectativas do mercado.   Comentei sobre isso aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1601208046554083329?s=20&t=KO2o9Rop6TO2luKg2gLFfg .   O PPI alto e qualitativamente ruim aponta para uma inflação ainda enraizada, tirando um pouco o “brilho” do Core CPI mais baixo do mês passado. A divulgação do CPI este mês será fundamental para a dinâmica do mercado neste final de ano.   O cenário central ainda é de uma desaceleração gradual da inflação ao longo dos próximos meses, mas mantendo-se em patamar elevado e incompatível com a meta do Fed. Isso deverá levar a juros mais altos, por mais tempo, com manutenção do processo de QT e de alta de juros, mesmo que em ritmo inferior àquele que convivemos nos últimos meses.   No Brasil, o IPCA de novembro ficou abaixo das expectativas e com sinais mais claros de

Os ativos de risco estão operando com leve viés positivo, pendendo entre o pessimismo da desaceleração econômica e o otimismo dos sinais de arrefecimento da inflação global.   No Brasil, a quinta-feira foi de forte queda da bolsa, em muito afetada pela aprovação da PEC da Transição no Senado e pelos sinais dos indicadores de alta frequência que mostram evidente desaceleração da economia.   Os indicadores da IGet, do Santander, por exemplo, mostram uma evidente perda de momento econômico:   Sigo com visão mais cautelosa em relação ao pano de fundo para o Brasil, mas com a flexibilidade de alterar de opinião caso o novo governo eleito mude a direção de sua política e/ou os preços apresentem uma melhora substancial de risco versus retorno.   Na China, os indicadores de alta frequência mostram evidente recuperação da mobilidade urbana nos últimos dias, após os primeiros passos na flexibilização da Covid Zero. Isso deverá ter impacto quase que imediato na atividade econômica

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, após uma quarta-feira de humor negativo. Minha impressão é que o mercado está dando mais atenção e querendo precificar uma maior probabilidade de recessão global, em meio a um pano de fundo de inflação cadente, porém ainda elevada.   A inversão das curvas de juros no mundo desenvolvido, a queda das bolsas e a forte queda de algumas commodities, como o Petróleo, são sinais que me levam a essa conclusão.   No Brasil,   Banco Central manteve a Selic estável, como esperado, mas deu um aviso adicional a classe política em relação a sua função de reação ao quadro fiscal. Acredito que o plano de voo do BCB seja de manutenção da Selic no horizonte relevante de tempo, mas que ele não se furtará em agir caso o fiscal apresente deterioração adicional.   Vale lembrar que vejo sinais cada vez mais claros de desaceleração do crescimento. Não podemos descartar uma forte contração da economia nos próximos meses, o que poderia levar

Após uma terça-feira de aversão a risco, os ativos de risco estão abrindo o dia próximos a estabilidade. Ontem comentei sobre a perda de momento da recuperação e quais seriam seus motivos, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2022/12/daily-news-cenario-desafiador-perda-de.html .   Em uma das maiores mudanças de postura dos últimos meses, a China relaxou consideravelmente sua política de Covid Zero, caminhando – mais rápido do muitos imaginavam – para uma saída da pandemia: https://www.wsj.com/articles/china-scraps-most-testing-quarantine-requirements-in-covid-19-policy-pivot-11670398522?mod=djemalertNEWS .   No Brasil, a PEC da Transição foi aprovada na CCJ e irá caminhar ao plenário do Senado. Algumas alterações podem (e devem) ser feitas ao longo do processo, mas os primeiros sinais são de um impacto relevante, não desprezível e negativo nas contas públicas do país.   Hoje teremos reunião do Copom. Espero que o Comitê mantenha a Selic estável em 13,75%. O comunicado

Os ativos de risco tiveram ontem um dia de total aversão a risco e estão abrindo próximos a estabilidade essa manhã.   Três vetores podem ajudar a justificar o movimento negativo de ontem:   1 – Uma perda de momento técnico do que parecia ser mais um “bear market rally” 2 – Uma notícia no WSJ de que o Fed pode sinalizar taxas de juros terminais mais elevadas e mantê-la por mais tempo: https://twitter.com/DanKawa2/status/1599815157491716096?s=20&t=JuEfe44Pize_3CQdVT090g . 3 – A clara deterioração nos indicadores antecedentes de recessão, em especial, nos EUA:   Vale lembrar que a despeito da recente queda da bolsa dos EUA, alguns indicadores técnicos ainda mostram o mercado em níveis muito acima da média histórica, em um pano de fundo de inflação alta e sinais de desaceleração do crescimento:   Os ativos do Brasil acabaram seguindo a tendência negativa global, sem novidades relevantes no campo local.   Após a melhora rápida e acentuada de algumas classes de a