Postagens

Mostrando postagens de abril, 2019

Daily News – China volta a desacelerar. Europa surpreende positivamente. Relação política no Brasil mostra avanços.

Imagem
As bolsas globais estão abrindo a terça-feira em tom levemente negativo. Destaque para as quedas na Ásia e na Europa. Os índices futuros nos EUA operam próximos a estabilidade neste momento – a despeito do fraco resultado da Google após o fechamento do mercado, que levou a uma queda de 6% das ações no “ after-market ”. As commodities operam majoritariamente em alta e o dólar levemente mais fraco. O destaque da noite ficou por conta do PMI na China . Veja abaixo: Os PMI Manufacturing da China apresentaram queda em abril, revertendo parte da alta verificada em março. Os números mantiveram-se acima do patamar de 50 pontos e sua abertura mostrou um quadro qualitativo mais positivo (vide gráficos abaixo). De maneira geral, o número confirma um cenário de estabilização do crescimento, mas em um patamar que ainda emana sinais de fragilidade. Continuo agnóstico na possibilidade de uma estabilização do crescimento no curto-prazo, o que acredito que seja o cenário base, mas tenho enor

Flash News – Inflação nos EUA pode sustentar Emergentes (e o Brasil) por mais algum tempo.

Imagem
Confirmando o que os números trimestrais do PIB dos EUA já haviam mostrado na sexta-feira, o Core PCE ficou abaixo das expectativas em março e ainda mais longe da meta de 2% do Fed. Já no final de semana acelerou o debate em torno de uma possibilidade de queda de juros por parte do Fed, mesmo na ausência de uma recessão, como já ocorreu na década de 90 (em 95 e 98). Artigos nessa linha foram vistos no WSJ e FT. Acredito que o cenário base seja de juros (e política monetária) estáveis no horizonte relevante de tempo. Contudo, me impressiona que alguns membros do Fed falem abertamente na possibilidade de um corte de juros de maneira “proativa”, mesmo na ausência de uma deterioração adiciona do crescimento, mas em resposta a uma inflação excessivamente baixa. De qualquer forma, este debate deve crescer. No geral, na ausência de uma desaceleração mais acentuada do crescimento, costuma ser um pano de fundo bastante positivo para os ativos emergentes, especialmente daqueles com

Flash News – Petrobrás.

Imagem
Segue abaixo um resumo da curva de bonds (título de dívida) da Petrobrás nos EUA (cortesia da XP Investimentos), para o fechamento de sexta-feira. Dado o anúncio de mais uma fase de desinvestimento da empresa, acredito que carregar papéis da empresa, com yields acima de 5% (ver coluna “YTW”) seja bastante atraente, mesmo que a duration seja elevada. Entendo que o risco deriva mais do cenário externo do que do cenário local, nestas condições. De qualquer maneira, me parece uma opção bastante atrativa para quem tem recursos no exterior. Segue também um breve comentário sobre a alavancagem da companhia, cortesia do BTG Pactual: Assuming all 8 refineries are sold for USD15bn, as initially claimed, it would represent a 0.3x leverage reduction if we also conservatively assume a 50% EBITDA reduction in the refining segment. In other words, when combined with the USD10.3bn divestments raised in the first 4 months of the year, we could be talking about a net leverage already below

Daily News – Petrobrás em destaque. Acordo entre China e EUA apresenta ruído. Indicadores técnicos.

Imagem
Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom de relativa estabilidade. Neste momento, observamos uma leve alta dos índices futuros de bolsa nos EUA, uma leve queda na Europa e um desempenho que foi misto na Ásia. O dólar opera com leve viés de enfraquecimento no mundo. O destaque fica por conta de uma queda quase que generalizada nas commodities. Veja abaixo os destaques do dia: No Brasil , na sexta-feira à tarde, a Petrobrás , anunciou mais um passo em seu plano de desinvestimento. Com a possibilidade de cerca de US$15bi de vendas a serem feitas, a empresa pode acabar com o monopólio de refino e reduzir sua dívida, de maneira rápida e acentuada, para menos de 1,5x EBITDA. O plano foi muito bem recebido pelos “sell-sides” e deve ser lido como mais um importante e positivo passo na direção do rearranjo da empresa. Vejo como positivo para as ações e os títulos de dívida da companhia. No final de semana já comentei sobre os avanços no campo do diálogo político local (aqui: h

Flash News – Prévias das eleições na Espanha e o final de semana político no Brasil.

Imagem
O final de semana trouxe um noticiário carregado e mais construtivo no Brasil (vide abaixo), além das esperadas eleições na Espanha. No Brasil , a mídia dá destaque ao encontro, não previamente agendado, entre Bolsonaro e Rodrigo Maia. Além disso, há indícios e rumores de que o Governo poderá liberar emendas parlamentares em prol do avanço da Reforma da Previdência. Ambas as notícias devem ser vistas como positivas para o quadro político local. Podem ter impacto positivo nos ativos Brasileiros neste inicio de semana. Sigo recomendando alocações estruturais em ativos no Brasil. Gosto das NTN-Bs longas e do mercado de Renda Variável Na Espanha , as primeiras prévias das eleições mostram uma vitória da esquerda socialista, que domina a política espanhola há vários anos. O importante, neste momento, é entender se terão maioria, ou precisarão de uma coalização, para obter essa maioria no Parlamento. Assim, seriam capazes de avançar na agenda do país. Pelas prévias, devemos ter

Daily News - EUA saudável, recuperação na China e melhora do diálogo político no Brasil.

Imagem
A sexta-feira foi um dia de bom desempenho para os ativos de risco, a despeito de uma leve realização da bolsa no Brasil. O principal vetor de sustentação da alta nos índices de bolsa dos EUA, que atingiram um novo pico histórico, em sua maioria, ficou por conta do PIB dos EUA . O PIB do primeiro trimestre do ano nos EUA apresentou alta de 3,2% anualizado, muito acima das expectativas. A alta pode ser considerada positiva e acima das expectativas. Contudo, a composição do crescimento mostra que parte relevante da alta ficou por conta de vetores pontuais e sazonais, como Exportações e Estoques, que não serão repetidos no futuro. O impacto do “shutdown” foi visível, mas insuficiente para pressionar o crescimento negativamente. O número está em linha com um pano de fundo de curto-prazo ainda saudável para a economia dos EUA, o que continua a dar sustentação a volatilidades baixas, alta das bolsas, um dólar mais forte e etc, no que me parece um “interregno benigno” marcado

Artigo (vídeo) - O novo ambiente brasileiro e os fundos de Crédito High Yield.

Neste curto vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=H546sB0cAjg ) falo um pouco dos Fundos de Crédito High Yield e indico 3 fundos que podem compor muito bem qualquer portfólio, seja ele Conservador, Moderado ou Agressivo, cada um na sua proporção de perfil de risco e liquidez. Como tenho insistido nos últimos meses, acredito que os juros no Brasil ficarão mais baixos por mais tempo. Isso não significa que não podemos passar por um ciclo (normal e natural) de política monetária, com altas moderadas na Taxa Selic (150bps-250bps). Contudo, não vejo juros de dois dígitos no horizonte relevante de tempo. Assim, acho que estamos no início de um processo longo e profundo na mudança da maneira de investidor da sociedade brasileira. Neste processo, o surgimento de fundos de crédito que buscam retornos mais consistentes, porém mais elevados se comparado ao CDI, está apenas começando. A redução do Estado na economia, a redução dos bancos públicos e a busca por evolução no ambient

Novidades

Nas próximas semanas o “Mercados Globais” passará por algumas mudanças, com o intuito de facilitar o acesso e a distribuição dos textos. Continuarei a enviar as atualizações por WhatsApp e e-mail, além das mídias sociais, como LinkedIn (Dan Kawa) e Tweeter (@DanKawa2). Em breve, estarei no Facebook. Contudo, todas as atualizações estarão concentradas no Blog ( http://mercadosglobais.blogspot.com/ )  através dos links específicos para cada novo texto. Está mudança visa facilitar a interação com o mercado, além de permitir uma distribuição e um conteúdo de maneira mais ágil. Neste processo, pretendo implementar alguns textos de maneira mais formal e rotineira. O “Mercados Globais” original, enviado pela manhã, continuará inalterado. Pretendo, agora, implementar um artigo mais completo, de algum tema específico (análise de portfólio, análise de fundos, temas econômicos e etc), pelo menos uma vez por semana. Finalmente, tentarei fazer “flash reports”, curtos e diretos,

Morning Call

No Morning Call de hoje falei um pouco sobre Previdência e os riscos provenientes da Argentina e da Europa: https://www.youtube.com/watch?v=zNXQUnJnNAQ

Brasil anima, mas Argentina e Europa trazem preocupação.

O dia está se iniciando com um movimento levemente negativo dos ativos de risco. Ontem foi um dia de pequena realização dos mercados globais, mas com bom desempenho dos ativos no Brasil. Queria falar hoje sobre 3 tópicos: Brasil, Argentina e Europa. Brasil: Sem dúvida alguma o foco do mercado permanece na agenda da Reforma da Previdência. A vitória na CCJ (esperada) e a instalação da Comissão Especial na Câmara foram bem recebidas pelo mercado após um longo período de desgaste. A tentativa de aproximação de Bolsonaro com o Congresso e com Rodrigo Maia ajudou a distensionar a situação. No cenário econômico, vejo poucas mudanças relevantes: O IPCA15 ficou levemente acima das expectativas em abril, mas muito em função de questões pontuais. Os núcleos continuam contidos, assim como serviços e difusão. Não altera o cenário de Taxa Selic estável no horizonte relevante de tempo. Teremos alguns vetores, em direções opostas, tais como a questão Suína na China (altista para ali

Resultados Corporativos EUA

Imagem
- A temporada de resultados corporativos nos EUA chega quase a sua metade. - Das 500 empresas do S&P500, cerca de 200 já reportaram seus resultados. - Por ora, vemos uma surpresa positiva marginal em “Sales” porém uma surpresa um pouco mais relevante em “Earnings”. - Contudo, o crescimento das Vendas ainda é positivo (+5%) a despeito de um menor crescimento de Resultados (3,6%). - De maneira geral, está sendo uma temporada saudável porém a exuberância dos últimos anos ficou para trás. - Isto é um claro sinal de estágio avançado do ciclo econômico. - Ainda não há sinais claros para uma desaceleração de “Earnings” ou de crescimento, mas tampouco podemos esperar a manutenção de um crescimento de lucros na mesma ordem dos últimos anos. - Cada vez mais o “Stock Picking” será relevante neste estágio do ciclo.  Fonte: Bloomberg:

Dólar forte no mundo afunda o Real.

A quarta-feira foi um dia de correção para os ativos de risco em geral. Contudo, o destaque ficou por conta do acentuado movimento de dólar forte no mundo. Na minha visão, o movimento foi liderado e puxado pela queda do EUR , que acabou pressionado (negativamente) as moedas emergentes. A posição técnica do mercado, talvez vendida em dólar no mundo, pode ter exacerbado o movimento. O Real (BRL) foi uma das moedas mais afetadas, mas cujo desempenho ficou em linha com a maioria de seus pares emergentes. Não vi questões pontuais locais para justificar o movimento, mas boas explicações do cenário externo. Os números econômicos na Europa seguem dramáticos. Ontem vimos o IFO na Alemanha apresentar nova queda (comentado aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/04/novo-high-das-bolsas-americanas-europa.html ). Não há sinais de estabilização da economia e do crescimento da Europa e o mercado volta a questionar a saúde dos bancos europeus em um pano de fundo de baixo cresci

Mudanças de Dinâmica na Bolsa dos EUA:

Imagem
Uma breve análise do desempenho de alguns “fatores” da bolsa dos EUA mostra uma clara mudança de dinâmica por parte do mercado. Os movimentos ainda podem parecer tímidos, mas são sem dúvida importantes de serem observados. Segue abaixo algumas breves observações: - Em um prazo mais longo, pegando 5 anos como padrão, vemos que o vetor “Momentum” foi o grande destaque de desempenho. Isso faz sentido em um ambiente de crescimento saudável, juros baixos, crescimento de lucros e valuations em processo de normalização. - Quando encurtamos a janela para 1 ano, já vemos um melhor desempenho de fatores “Min Vol” e “Quality”, o que é amplamente justificado pela rápida e acentuada queda dos índices de bolsa dos EUA no último trimestre de 2018. - Em momento de maior instabilidade e incerteza, ações de empresas mais estáveis, de menor volatilidade, de maior previsibilidade de lucros e de qualidade, acabam se destacando. - O mais interessante, e talvez surpreendente, é que este a

Novo “high” das bolsas Americanas. Europa sofre. Reforma avança no Brasil.

A terça-feira foi de alta para os índices de bolsa dos EUA , que atingiram seus maiores níveis históricos. O movimento foi sustentado, e justificado, por uma rodada de resultados corporativos mais positivos em meio a um pano de fundo de crescimento ainda saudável e um banco central menos restritivo desde o início do ano. A despeito deste otimismo nos EUA, as bolsas da Europa fecharam em queda ontem e apresentam queda essa manhã, após uma noite de pressão negativa nas bolsas da Ásia. Os sinais econômicos na Europa seguem negativos e preocupantes, o que justificou ontem mais uma rodada de queda do EUR – que voltou ao patamar próximo a 1.12 contra o USD – uma abertura dos spreads das economias periféricas e a pressão negativa nas bolsas da região. Hoje pela manhã, o IFO – um dos principais indicadores de confiança da Alemanha – ficou abaixo das expectativas do mercado e apresentou nova queda, mostrando um quadro de fragilidade e total ausência de estabilização da economi

Tom levemente mais negativo.

Os ativos de risco estão abrindo em tom mais negativo após a volta do feriado na maioria dos países da Ásia e da Europa. A noite foi de movimento misto na Ásia, mas as bolsas da Europa operam em queda essa manhã. Os futuros das bolsas dos EUA apresentam estabilidade. O destaque continua por conta da continuidade da alta do preço do Petróleo , após o anúncio (ontem) de que os EUA iriam encerrar os “waivers” dados ao Irã. A decisão gerou a expectativa de uma menor oferta de petróleo no mundo e a possibilidade de uma piora no clima geopolítico no Oriente Médio. Na agenda do dia, destaque para o PMI Services nos EUA e para o New Home Sales. A agenda no Brasil será esvaziada no campo econômico. No Brasil , os debates na CCJ continuam e há expectativa de aprovação do texto proposto, com algumas pequenas alterações. O STJ deve julgar recurso do ex-presidente Lula e, segundo a mídia, pode haver redução de pena, com a possibilidade de Lula ir a prisão domiciliar. Houve diálogo ent

Fluxos Internacionais:

Imagem
Interessante observar na tabela abaixo que a análise de fluxo para fundos nos EUA mostra exatamente o que descrevi no texto anterior. Isto é, não estou sozinho na visão da necessidade de um portfólio mais conservador. Talvez por isso, o quadro técnico do mercado esteja mais saudável e ajudando a dar sustentação ao bom desempenho dos ativos de risco, em especial das bolsas, mesmo na ausência de fluxos relevantes. A tabela abaixo mostra que grande parte dos fluxos este ano está sendo direcionada para ativos de Renda Fixa, em detrimento a bolsa, Commodities e Money Market (visto como “caixa” nos EUA). Em Renda Fixa, destaque para o setor de Corporate. Em Renda variável, destaque para fundos de Blend em detrimento a fundos Value. Esta fuga de fundos Value costuma ser normal em movimentos de alta rápida e acentuada da bolsa, em que ativos de mais “beta”, como Momentum, acabam ganhando maior destaque. Fluxo em 2019: Fonte: Bloomberg.

Sugestões de Alocação/Portfólio Internacional:

Ontem escrevi um pouco sobre alocações de portfólio em Brasil e prometi que faria o mesmo para os portfólios internacionais (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/04/sugestoes-de-alocacaoportfolio.html ). Então, aqui vai uma breve análise (superficial) de portfólio e de cenário. De maneira geral, acredito que estamos em uma fase avançada do ciclo econômico. Neste momento, é difícil de dizer se estamos no estágio final, ou ainda teremos alguns meses de tranquilidade. Certamente a mudança de postura por parte dos bancos centrais deu um tempo adicional à economia global, mas acho difícil que seja suficiente para alterar o pano de fundo de um ciclo econômico já avançado. Nesta fase, se estivermos corretos, os dados econômicos costumam ser erráticos e dificilmente mostram uma clareza de cenário. É exatamente isso que começamos a observar ao redor do mundo. Neste ambiente, estou favorecendo um portfólio mais defensivo (obviamente que o perfil do cliente

Crescimento global ainda fragilizado.

Os ativos de risco estão abrindo com um tom misto essa manhã. As bolsas dos EUA operam em queda, a despeito de uma alta das commodities, puxadas pelo Petróleo. Hoje ainda é feriado em uma gama de países, o que torna a liquide prejudicada. Na agenda do dia, destaque para o PMI Manufacturing nos EUA e para o CAGED no Brasil . Ao longo da noite, recebemos alguns números de Exportações na Ásia (vide resumo abai). De maneira geral, os dados ficaram abaixo das expectativas. Há sinais apenas incipientes de estabilização do crescimento, mas em um pano de fundo ainda de clara fragilidade econômica: * # Taiwan Mar Export Orders YoY: -9.0% v -5.0%e *Export orders from # China (Mainland & HK) Y/Y: -13.7% v -14.3% prior * # Thailand Mar Exports YoY: -4.9% v -3.3%e (largest decline since Jan. 2019) *Imports YoY: -7.6% v -2.3%e * # SouthKorea April 1-20 YoY (0.5 more working day this year ): *Exports: -8.7% v -8.2% in Mar. *Exports to # China : -12.1% v -15.5%