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Mostrando postagens com o rótulo Bancos Centrais

Daily News – Bancos Centrais Ditando a Dinâmica

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Após uma semana desafiadora para os ativos de risco, os mercados estão abrindo a semana em tom mais positivo.   Na semana passada, o grande destaque ficou por conta da sinalização dos bancos centrais das principais economias do mundo (Fed e ECB) da necessidade de altas adicionais de juros e, principalmente, da percepção de que os juros precisarão ser mantidos mais altos, por mais tempo.   Como o mercado tinha a expectativa de que os BC´s pudessem aliviar os seus discursos, com curvas de juros que já precificavam quedas não desprezíveis no ano que vem, os sinais emitidos na semana passada acabaram levando a uma rodada de correção de preções neste sentido.   A China passa por sua maior onda de Covid até o momento. A mídia reporta hospitais lotados, ausência de medicamentos e um número elevado de óbitos. O mercado, por sua vez, tenta olhar “por cima” desta situação e prever o “começo do fim” da pandemia no país, aos moldes do que ocorreu em todas as economias Oci...

Daily News – Bancos Centrais em Foco!

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Todas as atenções do dia estarão voltadas para a reunião de política monetária nos EUA e no Brasil.   Nos EUA, espero uma alta de 75bps nas taxas de juros e um discurso duro por parte do Fed, sinalizando para uma eventual alta de mesma magnitude na reunião seguinte. O Fed precisa retomar a sua credibilidade de combate a inflação até mesmo como modo de ajudar a estabilizar o mercado.   No Brasil, espero uma alta de 50bps e que o BCB mantenha alguma flexibilidade em relação aos seus próximos passos O ciclo de alta de juros no Brasil está próximo do fim e os próximos passos devem ser apenas “ajustes finos”, ou seja, altas muito mais moderadas.   No caso local, o BCB precisa medir os efeitos defasados da alta rápida e acentuada da Taxa Selic ao longo dos últimos meses e um caminho mais moderado de agora em diante me parece ser a postura correta.   Na Europa, o ECB convocou uma reunião de emergência para tratar da forte alta dos spreads/taxas de juros dos ...

Daily News – O mundo em revista.

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Após uma breve realização de lucros na tarde de ontem, em cima de notícias que colocam em suspeição os resultados positivos da vacina da Moderna na segunda-feira, os ativos de risco apresentam recuperação essa manhã. Na ausência de novidades relevantes no cenário, e tentando manter meu comprometimento em não tentar narrar cada movimento diário, faço hoje uma seção de gráficos. Continuo vendo um mercado que opera no curto-prazo (1 a 3 meses) em “bandas” ( ranges ) , com alguma vol porém sem tendência definida. No médio-prazo (3 a 12 meses) tudo dependerá de como será a reabertura da economia global e sua recuperação. Tenho pouco visibilidade ainda para fazer qualquer afirmação. No longo-prazo (12 meses para frente), acredito que uma vacina e um protocolo de tratamento para o Covid-19 serão encontrados e o mundo volte ao “normal”, em um ambiente mais positivo. Isso tudo pode ser relido aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/ . Vamos aos gráficos: Os ba...

Daily News – Brasil: Ruídos Negativos.

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Noite de poucas novidades relevantes no cenário. No Brasil, continuamos a ver um desempenho relativo pior de nossa moeda e nossa bolsa se comparado a nossos pares internacionais. Isso se deve a nossos fundamentos fragilizados e a nossa situação política de incerteza. O Congresso avisou que irá derrubar o eventual veto de Bolsonaro caso ele vete o aumento do funcionalismo público. O Ministro da Saúde foi pego desprevenido com o anúncio de novas atividades “essenciais” que poderiam voltar a funcionar em meio a pandemia. Há ruídos envolvendo membros da equipe econômica assim como o processo da saída de Moro ainda reverbera no inquérito que está sendo investigado. Em um momento em que o país precisa de foco, união e agilidade, vemos um embate entre os três Poderes. Isso deve manter os ativos do país em situação ainda volátil e sob pressão. A posição técnica dos mercado locais aponta para um mercado novamente aplicado em juros e comprado em dólar: Na China, a i...

Daily News – Brasil: Novos Ruídos

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Ao longo de toda a semana, os ativos de risco têm mantido o cenário o qual descrevi no começo do mês, ou seja, de volatilidade ainda elevada, porém sem tendência definida. Usando as mesmas palavras que já utilizei há alguns dias, afirmei que: Ao que me parece, encontramos uma nova banda de flutuação, em que a volatilidade está mais baixa, porém sem grandes tendências. No caso do Ibovespa, parece ser em torno de 75 mil a 80 mil pontos. No caso do S&P na faixa de 2.700 com 2.850 pontos. Vejo um curto-prazo (1 a 3 meses) de volatilidade ainda alta, mas sem grandes tendências para depois (3 a 6 meses) buscarmos um dos seguintes cenários:  (1) O Coronavírus se mostra controlado e a economia global volta a sua trajetória de recuperação. Isso levaria à uma tendência mais positiva e estrutural dos ativos de risco. (2) A reabertura da economia se mostra mais difícil. Novas ondas de contaminação aparecem e a retomada do crescimento se mostra de difícil execução. Neste c...

Daily News – Guerra Comercial e Inflação no Brasil

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Todas as atenções do mercado estão voltadas para as negociações de EUA e China em torno da Guerra Comercial. O mercado segue com alta volatilidade, reagindo a cada “headline” sobre o tema. Após uma terça-feira de notícias menos construtivas, o mercado se animou com a notícia de que China estaria disposta a comprar mais produtos agrícolas dos EUA em troca de um “mini acordo”, em que novas tarifas não fossem implementadas. Acredito que este seja o cenário base. O mercado até pode se acalmar ou acomodar com um “mini acordo”, mas acho que estamos longe de um acordo concreto e de longo-prazo. A manutenção das tarifas atuais já é um grande fardo na economia global e sua manutenção continuará exercendo pressão negativa sobre o crescimento mundial. Na minha visão, apenas um acordo mais amplo, onde as atuais tarifas são retiradas, seremos capazes de ter alguma esperança de estabilização da economia mundial. Assim, um potencial “mini acordo” pode ser positivo para o humor de mercad...

Daily News – Mercados estão “embriagos” pelos bancos centrais.

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Os ativos de risco, liderados pelas bolsas, estão mostrando recuperação adicional. Como comentei ontem, os mercados continuam “operando” o suporte sinalizado pelos bancos centrais das principais economias do mundo, enquanto o cenário econômico segue sinalizando para um quadro de extrema fragilidade do crescimento. Acredito que neste estágio do ciclo econômico, este suporte dos bancos centrais, em algum momento do tempo, terá limite e não será suficiente para conter um ciclo econômico mais negativo e, eventualmente, um pano de fundo mais desafiador para os ativos de risco. Balanço G4 vs Agregados Monetários vs Bolsas Fonte: Bloomberg. Não há novidades relevantes no Brasil, exceto pela decisão do STF que deve dar espaço para a Petrobrás e algumas outras estatais venderem suas subsidiárias com menor intervenção do legislativo e do judiciário. A venda total de estatais, contudo, precisará ser referendada pelo congresso, segundo decisão do STF. Na Europa, ontem, o...

Bancos Centrais colocam a cavalaria na rua!

O dia foi de bom desempenho dos ativos de risco, com um movimento acentuado de dólar fraco no mundo. O destaque ficou por conta de novas evidências de desconforto por parte dos principais bancos centrais do mundo, que está os levando a adotar medidas mais agressivas de suporte. Matéria no WSJ fala que o Fed pode interromper a redução de seu balanço: https://www.wsj.com/articles/fed-officials-weigh-earlier-than-expected-end-to-bond-portfolio-runoff-11548412201?mod=hp_lead_pos6 . Na China, o PBoC anunciou uma medida que se assemelha bastante a um QE. Segundo a Goldman Sachs: Last night PBOC  announced  that it will allow primary dealers to swap their holdings of perpetual bonds for central bank bills, and directly use those bonds as collateral to access certain PBOC liquidity operations. These measures should increase the appeal of perpetual bonds to be issued by banks, which can be a useful instrument to bolster their capital cushions and thereby help relax one cu...

Tarifas, Crescimento e Bancos Centrais.

Mercados & Cenário: Os ativos de risco tiveram na quinta-feira um dia de “risk-off” clássico e acentuado, com queda das bolsas e das commodities, fechamento de taxas de juros nos países desenvolvidos, dólar forte e pressão nos ativos emergentes em geral. A noite de elevada volatilidade e de manutenção de um viés negativo nos mercados financeiros globais. Acredito que alguns vetores estejam influenciando os ativos de risco no curto-prazo. Não vejo nenhum deles sendo dissipados nos próximos dias (ou semanas). Assim, deveremos conviver ainda com um ambiente de elevada volatilidade e sem tendências definidas. Vamos aos fatos: Tarifas –  O governo dos EUA anunciou que irá taxar cerca de US$60bi de importações da China em cerca de 25%. Outras medidas também serão tomadas. Durante a noite, a China anunciou que irá adotar medidas de reciprocidade. Já anunciou tarifas em cerca de US$3bi de importações de Aço e Alumínio dos EUA e sinalizou que outras medidas serão tomadas caso...

Possível mudança de cenário.

Eu entendo que é sempre difícil tentar isolar os efeitos da dinâmica de curto-prazo dos mercados financeiros globais das análises de fundamentos de longo-prazo. Até o momento, vinha trabalhando com um cenário de curto-prazo de maior incerteza e volatilidade, com acomodação nos ativos de risco, mas sem alterar de forma significativa o cenário relativamente construtivo para o longo-prazo, com crescimento global saudável, inflação ainda baixa no mundo desenvolvido e movimentos apenas graduais de normalização monetária nas principais economias do mundo. Nos últimos dias, talvez nas últimas semanas, alguns sinais me levam a crer que este pano de fundo global possa estar caminhando para dar menos suporte aos ativos de risco, especialmente em um momento de preços elevados e valuations esticados. Ainda acho que seja cedo para ter uma conclusão definitiva em relação a esses vetores, mas precisamos estar atentos a essas alterações. O cenário geralmente não muda de uma hora para outra, mas v...