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Os limites da política monetária

Siga:  https://twitter.com/DanKawa2/ Hoje pode ter sido um dia importante para a história econômica global. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um pacote, aparentemente e relativamente, agressivo de expansão monetária, com queda de juros, uma nova rodada de Quantitative Easing (QE) e um “Forward Guidance” que pressupõe um QE praticamente infinito, se necessário. Contudo, dados os efeitos colaterais dessas medidas, um sistema de TIER foi anunciado, para aliviar os efeitos negativos no setor bancário. Este, contudo, não é o único efeito colateral (ou limite) das medidas. O próprio Draghi foi claro em relação aos limites da política monetária e da necessidade de uma coordenação mais ampla e proativa no tocante a política fiscal. O corte de juros e o QE atuam de maneira a “empurrar” os investidores para ativos de mais risco, elevando seus preços, criando liquidez na economia e, consequentemente, na teoria, “criando” crescimento. O problema é que este experimen...

Flash News – Para onde vamos?

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Siga:    https://twitter.com/DanKawa2/ A quinta-feira trouxe algumas novidades ao cenário local e externo. No Brasil , destaque para a queda das ações dos bancos, na esteira do resultado do Bradesco. Por outro lado, vemos bom desempenho de algumas ações cíclicas locais, como a Ambev, com desempenho mais positivo no trimestre. Reforço minha visão de se afastar o máximo possível das ações cíclicas globais e das consideradas “blue chips”, buscando maior exposição a ações cíclicas locais e a gestores capazes de navegar este tipo de cenário de maneira mais suave. A partir de agora, a direção dos movimentos dos índices de bolsa podem dizer pouco sobre o mercado como um todo. Vimos na divulgação da conta corrente de junho um número levemente abaixo das expectativas. Contudo, o primeiro fluxo positivo para ações em muito tempo, a despeito da continuidade de um fluxo negativo para renda fixa, o que faz total sentido em um Brasil de juros mais baixos. No câ...

Divergência de política monetária entre EUA e Europa.

A quarta-feira foi marcada pelo retorno de algumas tendências que predominar no mercado ao longo de quase todo o ano, leia-se, fortalecimento do dólar, pressão nas commodities, lideradas pelo petróleo, em um ambiente em que as bolsas no mundo desenvolvido ficaram sem tendência definida. Ainda acredito que essas tendências, em especial no dólar e nas commodities, devem prevalecer ainda por algum tempo, pontuadas por momentos cíclicos de realização de lucros e ajustes de posições. O quadro técnico nesses ativos inspira cautela, especialmente as vésperas da reunião do BCE na Europa. Não vejo valor nas bolsas do mundo desenvolvido, em especial nos EUA. Os ganhos, a partir de agora, devem se concentrar em empresas e setores específicos. A quinta-feira terá como destaque a decisão do BCE na Europa. O mercado já espera o anuncio de medidas substanciais de estímulo monetário, e o mercado me parece, em parte, posicionado para este cenário. Pegando o comentário do Morgan Stanley sobre o tem...

Juros em Foco

Na Europa , no press conference do BCE, não acho que Draghi tenha sido agressivo o suficiente para conter o movimento de alta de taxas de juros na região. Ele manteve o discurso recente, de que não precisa rever o QE no curto-prazo. Contudo, dado a fragilidade do mercado local de juros, acredito que ele deveria ter sido mais incisivo caso tivesse a intensão de evitar uma rodada adicional de aperto das condições financeiras na região. Na ausência de um sinal mais firme nesta direção, acho que se elevou o risco do mercado, mesmo que pontualmente, venha a romper os highs recentes de taxa na curva longa dos países desenvolvidos e, até mesmo, buscar ranges mais elevados de agora em diante. Pegando a Treasury 10 anos como parâmetro, podemos estar migrando para um cenário de 2,25%-2,50% ao invés de 2%-2,25% . Dados muito forte de emprego nos EUA pode acabar acelerando este movimento nos juros dos países desenvolvidos. O mercado se mostra fragilizado e os movimentos não podem ser desp...

Consolidação

A terça-feira foi marcada por mais uma rodada de melhora generalizada do humor dos mercados financeiros globais. Um misto de dados econômicos mais positivos, especialmente nos EUA, mas também na China, resultados corporativos acima das expectativas e a esperança de que os bancos centrais das principais economias do mundo estão preparados para agir a qualquer sinal de desaceleração do crescimento e/ou da inflação foram fatores determinantes para a recuperação dos ativos de risco nos últimos dias. Hoje pela manhã, estamos vendo uma consolidação dos mercados, sem movimentos relevantes, mas com leve viés de realização de lucros nas bolsas globais, leve movimento de USD forte e fechamento de taxa dos  bonds  soberanos dos países desenvolvidos. Na agenda do dia, destaque para o Core CPI nos EUA, além de um calendário de resultados corporativos ainda agitado. Brasil –  A pesquisa Datafolha divulgada esta madrugada manteve as intenções de voto da última pesquisa deste me...

Europa

Hoje pela manhã tivemos mais indicações de que os Bancos Centrais das principais economias do mundo se mostram preparados e dispostos a agir frente a um cenário de menor crescimento global e “ stress ” dos ativos de risco. Rumores dão conta de que o BCE estaria disposto a começar um programa de compra de Corporate Bonds , além do programa de ABS e Covered Bond já anunciado, dando mais um vetor de suporte aos ativos de risco. Se confirmada está informação, seria positivo para ativos de riscos (bolsas, corporate bonds , credit ), manteria os bonds soberanos bem sustentados, especialmente na Europa, e deveria dar novo ímpeto a tendência de queda do EUR: From WSJ: European stocks jumped on Tuesday and the euro declined on reports that the European Central Bank is considering buying corporate bonds, a move that would beef up its program aimed at stimulating the continent’s sickly economy. The central bank may decide on the matter as early as December and could begin buying early i...

Ruídos vs Riscos

O movimento de transição dos mercados financeiros globais, que tenho comentado a algumas semanas, se intensificou nos últimos dias, com alguns ruídos que julgo pontuais, afetando o humor global a risco. Acredito que as bolsas globais já tenham feito um movimento considerável de realização de lucros. É difícil saber onde elas irão parar, mas já julgo os níveis de preço e volatilidade dos mercados globais como mais justos neste momento, ao contrário do que via a algumas semanas atrás. Acho válido, porém, colocar por escrito o que parecem ser vetores estruturais, e o que são apenas ruídos pontuais: - Ebola: O surgimento de um caso de Ebola nos EUA é negativo no curto-prazo, mas ainda me parece cedo demais para pânico. O vírus é letal, de difícil controle, e sem um tratamento eficaz claro. Contudo, se países na África, como a Nigéria, já conseguirem conter o vírus, não vejo motivos para um pânico generalizados dos ativos de risco ( ruído );. - BCE: O Banco Central Europeu não di...

Eleição Brasil e ECB

Na expectativa da decisão do Banco Central Europeu (BCE), os ativos de risco operam em compasso de espera, sem movimentos relevantes essa manhã. As bolsas da China tiveram mais um dia positivo, reagindo ao anuncio de novas medidas de estímulo ao crescimento. Na agenda do dia, além da decisão do BCE, teremos o ADP Employment nos EUA, que é o último e o melhor indicador antecedente para o Payroll na sexta-feira. Brasil – O Copom manteve a taxa Selic estável, como era amplamente esperado pelo mercado, mas retirou do comunicado o termo “neste momento”. O comunicado, mais enxuto e lacônico, fica assim mais em linha com a mensagem da última Ata do Copom, ou seja, o “plano de voo” do BCB não contempla mudanças na taxa de juros no horizonte de curto-prazo. No tocante ao cenário político, as pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas ontem mostraram um recrudescimento do avanço de Marina, com a diferença nas intenções de voto em um eventual segundo turno caindo de em torno de 10% para em t...

BCE e USD em Foco

Na expectativa da decisão do Banco Central Europeu essa semana, assim como a espera de novas evidências de solidez da economia norte americana, continuam dando suporte as bolsas globais. Contudo, voltamos a observar um claro viés de fortalecimento do USD no mundo. O movimento que começou contra moedas consideradas low yields começa a se espalhar, consolidando-se em um movimento mais amplo de dólar forte no mundo (vide abaixo comentários de ontem sobre a busca por hedges ). Finalmente, a manhã está sendo marcada por uma leve abertura de taxas de juros nos EUA, o que está dando suporte a abertura de taxas ao redor do mundo e ajudando a dar sustentação ao USD. Os movimentos de hoje me parecem clássicos do mercado se posicionando para uma eventual nova rodada de dados econômicos positivos provenientes da economia americana, começando com o ISM Manufacturing hoje e encerrando com os dados de emprego na sexta-feira. A agenda do dia será agitada, com destaque para a PIM no Brasil e o IS...

Eleições, Ucrânia e BCE em Destaque

As vésperas de um semana relevante para o cenário externo, com a decisão de política monetária do BCE, na Europa, e os dados de emprego de agosto, nos EUA, o destaque do final de semana ficou por conta da piora no clima político/diplomático nas questões referentes a Ucrânia (mais abaixo). A semana começa com um feriado nos EUA na segunda, mas terá uma agenda repleta de dados econômicos relevantes, especialmente nos EUA. Brasil –   A pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira pelo JN consolidou a liderança de Marina Silva nas intenções de voto, já empatada no primeiro turno com Dilma, e abrindo 10pp de liderança no segundo turno. Neste estágio da campanha, com Mariana ainda ganhando bastante atenção da mídia, fica difícil saber qual o real teto de popularidade da candidata do PSB. O programa de governo de sua chapa, divulgado também na sexta-feira, foi bem recebido pelo mercado e pelo empresariado. Adotou um tom extremamente ortodoxo e pro mercado no capítulo referente a econo...

Final de mês

Em uma sexta-feira, último dia de agosto, véspera de feriado prolongado nos EUA e o último dia das férias de verão no hemisfério norte, é difícil acreditar que as tendências que prevaleceram nos últimos dias irão se alterar. Assim, estamos observando um bom desempenho das bolsas globais, inclusive com uma boa performance das bolsas na China. O USD operam estável, assim como os bonds dos países desenvolvidos. A agenda do dia será relevante, com PIB no Brasil e Core PCE e Chicago PMI nos EUA. Brasil – A despeito das eleições ainda estarem dominando a dinâmica dos mercados, o PIB do segundo trimestre que será divulgado hoje pela manhã pode acabar sendo determinante para o mercado local de juros. O mercado espera uma queda de 0,4% QoQ e alguma revisão baixista do trimestre anterior. Números muito abaixo deste patamar podem consolidar a ideia da necessidade do BCB dar início a um processo de queda da taxa Selic. Europa – O CPI de agosto na Área do Euro caiu de 0,4% YoY para 0,...

Acomodação

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em tom mais negativo, após mais uma noite de desempenho ruim das bolsas na China. Não vi nenhum motivo específico para a mudança de dinâmica dos mercados, o que me leva a crer que seja um movimento natural e saudável de realização de lucros e acomodação, após um período relativamente prolongado de baixa volatilidade e otimismo. Na ausência de mudanças no cenário, tendo a acreditar que este movimento será pontual e pouco acentuado, mas que deve ser respeitado devido a posição técnica do mercado e a baixa liquidez deste período do ano.  Na agenda do dia, o destaque fica por conta do Jobless Claims e da revisão do PIB do 2Q nos EUA. Brasil – O cenário macro continua, e deverá continuar a sombra do ambiente político local. Ontem observamos mais um dia de forte apreciação dos ativos locais, a reboque da última pesquisa Ibope consolidando uma eventual vitória de Marina nas eleições. O movimento, especialmente na renda fixa e câmbio...

Sinais de fragilidade

A noite foi de pressão sobre as bolsas da Ásia, o que está colocando um viés negativo nos mercados europeus. As bolsas americanas operam em leve alta, mas ainda mostram claros sinais de fragilidade. O movimento de fortalecimento do USD no mundo começa a se tornar uma tendência mais consistente, enquanto o mercado mostra um “ fly to quality ” para as  Treasuries  norte americanas e os  Bunds  na Alemanha. Em suma, não vejo alteração significativa no cenário desde o começo da semana. Os sinais de fragilizadade são aparentes e vem se acumulando. A sustentação dos ativos de risco nos atuais suportes é fundamental para evitar uma correção mais acentuada e prolongada. O  price-action  desta quinta-feira e sexta-feira será fundamental para definir a dinâmica de curto-prazo dos mercados. Na agenda do dia, destaque para a decisão do Banco Central Europeu (BCE) na Europa e para o Jobless Claims nos EUA. Brasil –  Os dois próximos grandes eventos da sema...

Reunião do BCE na Europa, BRL e Emprego nos EUA

Na expectativa da decisão do BCE as 8h45 na Europa, os ativos de risco operam com viés mais positivo hoje pela manhã, após um bom desempenho das bolsas da China ao longo da noite. Acredito que, caso o BCE seja agressivo o suficiente para atender as expectativas do mercado, ele pode acabar conseguindo dar algum suporte aos ativos de risco no curto-prazo. Por outro lado, caso Draghi e Cia. decepcionem as expectativas, já bastante elevadas, pode acabar levando o mercado a focar novamente no cenário americano, e no processo de normalização monetária por parte do Fed, que se constitui em um “vento contrário” aos ativos de risco. No Brasil, destaque para a Ata do Copom as 8h30. Europa – O foco do mercado estará voltado para a decisão do BCE as 8h45 e para a conferência de Draghi as 9h30. O mercado já espera uma queda horizontal das taxas de juros. Medidas de liquidez também são, de certa forma, esperadas. A adoção de um QE mais amplo e agressivo seria uma surpresa positiva para os merc...