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Mostrando postagens com o rótulo sell-off

Sell-Off

Hoje em horário fora do habitual, mas sem perder a disciplina, estamos amanhecendo com mais um “sell-off” das bolsas americanas, que estão pressionando os demais ativos de risco (como Petróleo, com queda acentuada).   Não há novidades muito relevantes, o que me induz a acreditar que seguimos em uma dinâmica bastante técnica do mercado. Comentei mais a fundo sobre isso no Podcast desta semana, aqui: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/0692020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-ej79p3 .   O que vale citar é o impasse nas negociações para o Brexit (sim, esse problema ainda não foi endereçado), que levou a forte queda do GBP nas últimas 24h.   Além disso, os EUA continuam adotando postura mais agressiva com relação a China. Os leitores deste fórum sabem que há meses tenho falado do risco de Trump adotar postura mais agressiva, voltando a sua base da primeira campanha.   De maneira geral, estamos juntando um quadro técnico menos favorável, p...

Forte "sell-off" continua.

Os ativos de risco estão abrindo o dia sobre forte pressão, após uma noite de elevada volatilidade dos futuros das bolsas nos EUA. Na esteira do movimento de ontem, as bolsas na Ásia apresentaram forte queda, na ordem de 3% a 5%. Neste momento, o S&P futuro apresenta queda de 1%. As commodities metálicas não preciosas operam em forte queda, a despeito de um movimento de dólar mais fraco no mundo. As taxas de juros no mundo desenvolvido apresentam fechamento de taxa, em um movimento clássico de “risk-off” ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/risk-off_10.html ). No final da tarde de ontem, Trump foi a uma rede social criticar a postura do Fed em seu processo de normalização monetária, colocando a culpa no “sell-off” na postura do Banco Central. Eu diria que dado o perfil do Presidente, este movimento era esperado. Na agenda do dia o destaque ficará por conta da divulgação do Core CPI. Um número acima de 0,2% MoM colocará a estratégia do Fed de gradualismo na condução...

As arvores e a floresta. Forte sell-off na China.

Hoje é dia de feriado nos EUA. O mercado de renda fixa não irá funcionar, mas o mercado de renda variável funcionará normalmente. Quando analisamos o cenário para os mercados globais, precisamos ter em mente o panorama global, da floresta, sem perder de vista o panorama local, das arvores. No geral, o que ocorre na floresta costuma ditar o ritmo de longo-prazo do que ocorre nas árvores, mesmo que os eventos locais, nas árvores, tragam movimento pontuais e de curto-prazo em partes da floresta. As Arvores – Brasil:  Jair Bolsonaro se saiu do primeiro turno como franco favorito. Além de uma expressiva votação próxima a 47% dos votos válidos, o PSL conseguiu emplacar 50 deputados, a segunda maior bancada da Câmara. Vimos um fenômeno gritante da sociedade votando à direita em vários estados do país. Bolsonaro inicia sua caminhada no segundo turno como favorito. O PT terá pela frente um desafio de reverter este quadro, mas saindo de uma base importante no Congresso, onde, no ...

Explaining the Unexplainable

Continuamos passando por um momento em que a dinâmica dos ativos de risco está em dissonância do panorama macro global. Não tenho uma explicação muito concreta ou convicta em relação a esta divergência. Uma conjunção de vetores pode ser utilizada para explicar a dinâmica dos mercados financeiros globais. A posição técnica do mercado está comprometida (vide o relatório mensal da Merrill Lynch http://www.zerohedge.com/news/2017-11-14/bank-america-clear-sign-irrational-exuberance ), os níveis de preço e valuations são menos óbvios nos atuais níveis, e o final de ano induz os investidores a realizações de lucros. Além disso, o processo de redução do balanço do Fed teve início em outubro, assim como a normalização monetária por parte de muitos bancos centrais no mundo desenvolvido.  Não consigo apontar qual foi o trigger para o início deste processo de realização de lucros dos ativos de risco, nem mesmo o que será determinante para seu encerramento, ou se estamos diante de uma muda...

"Air Pockets"

O mesmo movimento que trouxe uma rápida e acentuada deterioração dos ativos emergentes na últimas 3-4 semanas parece estar afetando outras classes de ativos. Durante a noite, vimos uma forte queda do Nikkei, no Japão, uma posição bastante consensual entre a comunidade global de “Hedge Funds”. Este movimento acabou sendo seguido por uma pressão (menos agressiva até o momento) nas bolsas dos EUA, acentuada pelos desenvolvimentos mais negativos no tocante a Reforma Tributária do país. Vale lembrar que não apenas as bolsas apresentam pressões negativas hoje, como o mercado de dívida corporativa, como os High Yield Bonds, começa a apresentar movimentos mais negativos nos últimos dias. Por ora, estou tratando os movimentos como realizações técnicas normais de lucros, em meio a um ambiente de posição técnica deteriorada, preços/ valuations menos atrativos e sazonalidade de final de ano. Ainda não vejo mudanças substancias de cenário econômico. Contudo, vale lembrar que estamos no ...

Commodities sell-off!

A manhã está sendo marcada por mais uma rodada de forte queda nas commodities. Neste momento, por exemplo, o Petróleo cai 2,5% e o Cobre recua 1,7%. A despeito destes movimentos, as bolsas do EUA operam em alta, os juros estáveis e o dólar apresenta movimento misto. Não vi informação nova que justifique o movimento das commodities, mas o aumento do receio em relação a desaceleração da China, e a possibilidade de condições financeiras “menos frouxas” nos EUA, pode estar dando ímpeto a correção das commodities. Os dados de emprego de maio, nos EUA, serão o destaque da agenda do dia e poderão determinar a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco. No Brasil, os jornais já falam abertamente na possibilidade de “desembarque” de parte do PSDB da base governista. A despeito da aparente reação do governo nos últimos dias, com o fluxo de notícias menos negativo no campo político, a situação ainda se mostra extremamente delicada e incerta.

Estabilização após forte sell-off.

Passei à terça-feira acompanhando os mercados a distância, visitando alguns parceiros ao redor do Brasil. O dia acabou sendo bastante agitado, com uma nova rodada de forte pressão sobre os ativos de risco. Não ouve novidades relevantes no cenário econômico. A tentativa de descorrelação entre o petróleo e os demais ativos de risco acabou sendo rápida, com os mercados financeiros globais retornando a dinâmica de: queda no preço do petróleo, queda nas bolsas, e pressão nos ativos dos países mais dependentes de petróleo e commodities, em especial, nos países emergentes.   Esta manhã, estamos observando uma tentativa muito incipiente, e ainda com sinais de fragilidade, de estabilização do humor global a risco.   Como tenho insistido neste fórum, minha visão ainda é negativa no tocante ao cenário econômico global. Acredito que poderemos observar momentos pontuais, mesmo que rápidos e acentuados como na semana passada, de recuperação, mas a tendência ainda me parece ser de d...

Update

Na ausência de dados econômicos relevantes, os ativos de risco mantiveram-se focados em um quadro técnico claramente comprometido. Assim, a segunda-feira foi de sell-off rápido, acentuado e generalizado dos ativos de risco. Eu não acredito que o mercado será capaz de se estabilizar por conta própria. O mercado ficou viciado em estímulos, e será necessária uma rodada conjunta e agressiva de medidas para trazer uma maior racionalidade aos ativos de risco. A notícia boa é que podemos estar próximos deste ponto. O lado negativo, contudo, é que o poder de fogo dos bancos centrais hoje é menor do que no passado e, em algumas regiões (na China em especial) a situação econômica encontra-se muito mais desafiadora do que no passado recente. Brasil – Além do cenário externo calamitoso, o fluxo de notícias locais também é negativo, com um quadro político de incerteza complicando ainda mais o cenário econômico. China – Todas as atenções estão voltadas para o país. É impreterível que m...

Risk-Off

Na ausência de medidas de suporte a economia mundial e aos mercados financeiros globais no final de semana, os ativos de risco estão abrindo a semana sobre forte pressão. As bolsas da China caíram em torno de 8%, as bolsas da Europa caem mais 3% essa manhã, com as bolsas norte americanas caindo mais de 1,5% neste momento. O dólar no mundo aprecia entre 0,5% a 3,5%, de acordo com o par de moedas que olharmos. As moedas consideradas funding , como EUR e JPY, apreciam em torno de 1%. As  commodities  seguem sobre pressão, com o petróleo, por exemplo, caindo 3% e abaixo de US$40 (WTI). OS ativos dos países emergentes, assim, continuam extremamente pressionados (bolsas, moedas, juros locais e crédito).  Em suma, mais uma rodada de  sell-off  rápido e acentuado dos ativos de risco.     A agenda do dia será esvaziada, o que manterá o foco sobre a dinâmica de preços. Estou começando a achar que esta aversão a risco foi “ too far, too fast ” mas entendo ...

Global: Sem medidas de suporte até o momento...

O  sell-off  dos ativos de risco no final da semana passada ainda não foi forte o bastante para levar os  policy makers  a uma atuação mais agressiva na condução do novo cenário que se apresenta-se, leia-se, uma demanda global fragilizada, especialmente na China e em diversos países emergentes. Acredito que os principais bancos centrais do mundo não irão ficar passivos frente a atual conjuntura. Em especial, naqueles países ou regiões em que as condições financeiras apresentaram aperto significativo. Resta saber, contudo, se o tamanho da reação será suficiente para conter a espiral negativa dos mercados, como foi regra desde a crise de 2008, ou se estamos diante de um cenário um pouco mais desafiador e de difícil condução. Na ausência de medidas de suporte ao crescimento, apenas um balanço mais adequado de preços e posições será capaz de estabilizar os ativos de risco. Neste caso, contudo, a pressão negativa sobre os mercados financeiros globais pode acabar send...

China sell-off

O destaque da noite ficou por conta da queda de 6,5% no Shangai Composite, o principal índice de bolsa da  China . A bolsa chinesa vinha apresentando uma dinâmica de rápida e acelerada alta nos últimos meses, sem um movimento de correção mais elevado há algum tempo. Em linhas gerais, a despeito de um cenário econômico desafiador para o país, as expectativas de uma política monetária mais expansionista nos próximos meses vinha sendo o principal pilar de sustentação para as bolsas chinesas.  Hoje, segundo a mídia, o PBoC promoveu leilões de  repo  com o objetivo de drenar liquidez do mercado, em um movimento totalmente inesperado, que acabou retirando, pontualmente, um dos principais pilares de sustentação dos mercados locais. Além disso, algumas corretoras no país estão restringindo ou apertando as maneiras com que os investidores fazem alavancagem no Mercado, emu ma clara medida de desconforto com a dinâmica recente das bolsas. De acordo com a Boomberg:  Ch...

Bonds sell-off

A quinta-feira está sendo marcada pela continuidade do movimento de abertura de taxa dos  bonds  nos países desenvolvidos, em especial na Europa e nos EUA. Este movimento, contudo, começa a afetar o humor global a risco, com as bolsas operando sobre pressão baixista e o USD dando sinais de fortalecimento. Neste mesma linha, os ativos dos países emergentes já mostraram sinais de fragilidade (câmbio, juros e bolsas). Exceto por mais um dia de alta no preço do petróleo, as commodities operam em queda. Na China, tivemos o terceiro dia consecutivo de forte queda nas bolsas.  Em suma, como suspeitávamos, o movimento de alta nas taxas de juros no mundo desenvolvido está trazendo volatilidade e incerteza aos ativos de risco, o que justifica uma postura mais cautelosa no curto-prazo. Na agenda do dia, destaque para a Ata do Copom no Brasil e para o Jobless Claims nos EUA. O mercado continua passando por um momento claro de correções técnicas, onde grande parte das posiçõe...