Mercados Globais

Manhã de poucas novidades e pouca movimentação dos ativos de risco.   No Brasil, a vacina avança a passos lentos, mas algum avanço foi conquistado nas últimas semanas: Pela experiência de EUA e Reino Unido, quando a vacinação atingir cerca de 40%-50% da população com a primeira dose, com vacinas consideradas mais efetivas em suas primeiras doses (Pfizer, AstraZeneca e Jansen) começamos a perceber uma queda mais expressiva de novos casos, internações e óbitos, podendo acelerar o processo de normalização social e econômico.   Nos últimos dias, já conseguimos perceber uma melhora mais expressiva nos indicadores de alta frequência da atividade econômica local: E isso acaba sendo refletido nos indicadores oficiais de crescimento, como as vendas no varejo de abril do IBGE:   E, já em maio, o indicador de atividade IGET do Santander: Em linhas gerais, ainda corremos algum risco de novas “ondas” da pandemia, mas de maneira mais pontual e localizada do que ...

A terça-feira está iniciando com as bolsas relativamente estáveis no mundo, um leve movimento de dólar forte, mas forte pressão nos Cryptoativos.   No campo econômico, destaque negativo para os dados da Alemanha, com queda do ZEW em maio e queda da produção industrial de abril:   A queda do ZEW aparenta ser uma acomodação após meses de forte e acelerada recuperação, mas precisa ser monitorado. A produção industrial ainda não está refletindo a abertura econômica do país após a vacinação ganhar tração nas últimas semanas.   Nos EUA, as condições financeiras nunca estiveram tão estimulativas, o que vem sendo um importante pilar de sustentação aos ativos de risco: O outro lado dessa moeda, contudo, é o aumento dos riscos inflacionários, mantendo a divulgação do Core CPI essa semana como importante foco dos mercados: No cenário internacional, finalmente, importante observar como o processo de vacinação acelerou nos últimos dias, com a China liderando o movi...

Uma temporada de resultados corporativos espetacular para as FANGs, um Fed sinalizando a manutenção de sua postura dovish, em meio a um cenário de recuperação do crescimento global com o aparente controle mais estrutural da pandemia através das vacinas está dando novo ímpeto aos ativos de risco em geral: No Brasil, o mercado vem consumindo parte do prêmio de risco que havia embutido nos ativos locais, tanto ajudado por este pano de fundo externo, como por alguns desenvolvimentos locais, tais como:   Aprovação do orçamento; sinais de arrefecimento da pandemia; avanço da vacina; alguma sinalização mais positiva do Congresso no tocante a agenda de reformas; dados econômicos “menos piores”.   Neste último caso, vimos mais um mês positivo de criação de vagas de trabalho pelo CAGED: Assim como alguns indicadores de confiança começam a mostrar recuperação, após forte queda no primeiro trimestre do ano:   Mesmo diante da alta recente do Ibovespa, a bolsa local a...

O dia foi de poucas novidades relevantes no cenário internacional, onde as bolsas globais continuam sua trajetória ascendente.   Interessante observar a queda no volume diário de operações na bolsa dos EUA, com a aproximação da temporada de resultados e reabertura econômica do país: Na Alemanha, o Factory Orders de fevereiro apresentou alta robusta, dentro das expectativas do mercado, mostrando continuidade da recuperação do crescimento do país, mesmo diante de um cenário ainda de fragilidade a pandemia: No Brasil, os leilões de 22 aeroportos em 3 blocos, realizado ontem, foi muito bem-sucedido, com os blocos saindo com ágios relevantes em relação aos preços iniciais.   A situação da pandemia voltou a mostrar deterioração, após alguns dias de respiro. Ainda podemos estar diante de ruídos nos dados devido ao feriado e precisaremos de alguns dias adicionais para termos uma melhor noção da situação: Vale a pena reforçar que devido ao ciclo do vírus e a dimensã...

Após uma quinta-feira de dinâmica positiva para os mercados locais, estamos abrindo o último dia da semana em tom positivo. Destaque para a recuperação dos índices de bolsa da Chin, que lideraram as altas na Ásia hoje após uma semana negativa.   No Brasil, ontem, o IPCA-15 ficou dentro das expectativas do mercado e não trouxe informações novas adicionais. A inflação de curto-prazo segue (e seguirá) pressionada até, pelo menos, meados do ano, com um nível de espalhamento maior mostrado pelos núcleos e pelos índices de difusão: O Relatório de Inflação divulgado pelo BCB trouxe poucas novidades relevantes em relação a Ata do Copom. Na entrevista coletiva, contudo, o BCB optou por sinalizar que não está tão otimista com a atividade econômica como havia ficada a impressão na Ata.   Além disso, deixaram claro que esperam uma normalização parcial da Taxa Selic, o que acabou ajudando a dar algum alívio à curva de juros.   Em relação a precificação da curva, coment...

Após uma segunda-feira de otimismo nos mercados, estamos amanhecendo com viés mais negativo. Novamente, os índices de bolsa da China estão liderando o movimento de queda das bolsas globais: Contudo, hoje, grande destaque para o movimento de Dólar forte no mundo, tanto contra moeda de G10 quanto nas emergentes:   Na Europa, com o processo de vacinação ainda lento, novos “lockdowns” estão sendo impostos, o que irá atrapalhar a velocidade e a magnitude da recuperação do crescimento: No Brasil, iremos conviver por algumas semanas com um cenário binário. De um lado, o auge da pandemia sendo atingido, com notícias trágicas. De outro lado, o processo de vacinação ganhando tração, como podemos ver abaixo: Ontem vacinamos mais de 500 mil pessoas, em um recorde diário nacional para esta campanha de vacinação. A tendência é que este número acelere de agora em diante.   Contudo, o país ainda vive um momento de enorme pressão e incerteza. O Presidente vê sua popularidad...

A quinta-feira foi marcada por um forte “sell-off” dos ativos de risco, em uma combinação de juros mais altos nos EUA, queda acentuada no preço do Petróleo após dados de estoques ruins, além do receio de uma terceira onda da pandemia na Europa.   De fato, estamos observando uma deterioração na situação de saúde em alguns países da Europa, enquanto o processo de vacinação ainda é lento na região se comparado aos EUA e ao Reino Unido: Quando olhamos a situação Americana vis-à-vis o resto do mundo, fica evidente como o país começa a sair mais rápido da pandemia ao mesmo tempo em que acelera o processo de vacinação: Meu cenário base ainda contempla um curto-prazo de desafios, mas um cenário de recuperação econômica e normalização social ao longo do ano. Em especial, no segundo semestre.   Os desafios de saúde de curto-prazo ainda serão relevantes e não podem ser ignorados, mas devem ser superados a medida que as vacinas ganham tração.   No Brasil, a decisã...

Após uma terça-feira de realização de lucros nas bolsas globais, estamos amanhecendo com movimentos mais positivos. Os mercados parecem estar se consolidando nos atuais níveis, em busca de uma nova narrativa.   Na noite de ontem, os EUA anunciaram que irão ter a quantidade de vacinas para vacinar toda a população em maio. O país já consegue vacinar cerca de 2mm de pessoas por dia. Além disso, vários estados anunciam suas reaberturas.   Este pano de fundo indica uma normalização da social e econômica na maior economia do mundo, o que confirma nosso cenário mais construtivo para o crescimento global este ano. Para os mercados, reforço que o risco mais elevado não é uma nova recessão ou a extensão da pandemia, mais um sobreaquecimento das economias desenvolvidas.   O risco de extensão da pandemia existe, mas acredito ser extremamente baixo. O risco de sobreaquecimento, inflação e retirada antecipada de liquidez ainda é baixo, porém vem crescendo nas últimas seman...

Os ativos de risco estão apresentando leve realização de lucros, após uma segunda-feira de otimismo global, mas pressão nos ativos locais.   No Brasil, voltou-se a se falar em uma nova rodada de Auxílio Emergencial. Ainda existem dúvidas em elação ao seu formato, tamanho, duração e se haverá (ou não) contrapartida fiscal. Este tema continua a incomodar o mercado.   Segundo pesquisa da XP Investimentos com o Instituto Ipespe, a avaliação positiva do Governo continua a cair, o que deve aumentar, ainda mais, a pressão para novas medidas populistas por parte do governo: Também ainda existe especulação em relação a o retorno da CPMF, segundo matéria do Valor Econômico: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/02/08/pacheco-rechaca-condicionar-retomada-do-auxilio-a-aprovacao-de-materias-de-interesse-do-governo.ghtml .   De maneira geral, continuo vendo um cenário internacional construtivo para o ano de 2021, que deveria dar algum suporte aos ativos locais. Em...

Os ativos de risco estão dando sinais adicionais de acomodação essa manhã, mas sem movimentos bruscos no que diz respeito ao mercado como um todo. Ainda vejo sinais preocupantes em alguns ativos de risco, que merecem atenção, mas ainda não se espalharam para o mercado como um todo.   Voltamos a observar movimentos entre setores importantes. Desta vez, contudo, com Tech/Growth liderando o movimento positivo nos EUA e Value/Cíclicos, sofrendo com o curto-prazo ainda desafiador da pandemia.   Ontem comentei mais a fundo sobre a minha visão dicotômica entre uma possível acomodação/realização de curto-prazo ( 1 a 3 meses), porém com uma visão ainda construtiva para o resto do ano (6 a 12 meses): https://mercadosglobais.blogspot.com/2021/01/daily-news-sinais-de-atencao.html .   No Brasil, a Ata da Copom divulgada na manhã de ontem subiu ainda mais o tom em relação ao início de um ciclo de normalização monetária, ou seja, de alta de juros. Além das indicações que já ...