Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Aécio Neves

Desafios

Estamos passando por um dos períodos mais turbulentos para os mercados financeiros globais em cerca de dois anos (desde a última pernada da crise da Europa em 2012). No que diz respeito ao cenário interno, os desafios não são menores. Com o risco de fazer uma simplificação exagerada do cenário, seguem alguns comentários: Brasil – O ambiente político continuará ditando a dinâmica dos mercados locais. Continuo vendo um bom momento para a candidatura de Aécio Neves. As pesquisas mostram que a força de Aécio no primeiro turno continua sendo refletida em reais intenções de voto no candidato do PSDB neste segundo turno. Além disso, o fluxo de notícias continua a seu favor. As alianças com o PSB em Pernambuco, e o apoio oficial de Marina Silva, serão importantes componentes na batalha pelos votos daqueles que optaram por Marina no primeiro turno e pelo voto dos indecisos. A mídia e a sociedade civil parecem estar a favor de uma alternância do poder executivo, dando amplo destaque ao escâ...

"Soft Patch" global e eleição no Brasil

A terça-feira está sendo marcada por um leve movimento de “ risk-off ” nos mercados financeiros globais. Após mais um fraco desempenho da produção industrial da Alemanha em agosto, as bolsas globais e as commodities operam em queda, com o aumento do receio de uma desaceleração mais acentuada e permanente da economia mundial. Assim, as taxas de juros no mundo desenvolvido operam com fechamento de taxas e o USD voltou a mostrar força. A agenda da semana será relativamente esvaziada, com destaque para o JOLTS Jobs Openings hoje nos EUA e para as Minutas do FOMC na quarta-feira. Vejo os ativos de risco passando por um período de consolidação. O menor crescimento do mundo desenvolvido no curto-prazo, na minha visão apenas um “ soft-patch ” temporário, pode acabar trazendo um maior prêmio de risco aos mercados, na forma de preços mais atrativos e volatilidades mais elevadas. Acredito que este movimento seja natural e saudável no atual estágio do ciclo econômico e, especialmente, com os...

Pesquisa Datafolha

Na ausência de desdobramentos mais negativos na Ucrânia, os ativos de risco retomaram a tendência positiva verificada até sexta-feira pela manhã. As bolsas americanas e europeias operam em alta, dando suporte aos mercados emergentes, os juros nos países desenvolvidos apresentam modesta abertura de taxas, e o USD opera sem tendência definida, mas com leve viés de dólar USD forte no mundo. A agenda do dia será esvaziada, com destaque apenas para o IPC-S no Brasil. A agenda ganha corpo mais intensamente a partir de amanhã. Brasil –   A pesquisa Datafolha com o nome de Marina Silva para presidente, divulgada esta madrugada, apresentou um cenário muito parecido com o que já vinha sendo ventilado na mídia. Dilma aprece com 36%, com Marina apresentando 21% e Aécio 20%. Em um eventual segundo turno, Dilma tem 43% contra 47% de Marina. Contra Aécio no segundo turno, Dilma ainda vence com 47% versus 39%. A avaliação positiva do governo apresentou leve recuperação.   Em suma, a ...

Resumo da Semana

A sexta-feira mostrou que o Brasil entrou definitivamente na janela eleitoral, com os mercados locais apresentando clara diferenciação em relação ao cenário externo. Neste ambiente, é importante acompanharmos de perto os desdobramentos da corrida eleitoral, mas sem perder de vista o cenário externo. Brasil Política - Os ativos locais tiveram uma sexta-feira de “ risk-on ” generalizado. Como vinha comentando desde a trágica morte de Eduardo Campos, a definição do nome de Marina Silva para concorrer a presidente na chapa do PSB seria determinante para a dinâmica de curto-prazo dos ativos brasileiros. Comentei que via essa probabilidade em torno de 80%. Hoje acredito que já seja próxima a 95%. Dentro deste contexto, com Dilma, Aécio e Marina, as chances de ocorrência de segundo turno se elevam para próximo a 100%. Finalmente, com uma avaliação de seu governo abaixo de 30% e uma taxa de rejeição superior a 40%, a campanha de Dilma em um segundo turno será extremamente desafiadora. E...

Pesquisa IstoÉ/Sensus

Em mais uma noite tranquila e sem novidades relevantes, os ativos de risco vem mantendo a tendência que predominou ao longo de toda a semana, ou seja, recuperação das bolsas globais, manutenção das taxas de juros dos países desenvolvidos muito próximas aos lows do ano e, em alguns casos, nas mínimas históricas,e leve tendência de dólar forte no mundo, mais concentrado em alguns pares do que em outros. Não vejo motivos, ou argumentos aparentes, para a inversão destas tendências no curto-prazo. A agenda americana hoje será mais agitada, o que pode trazer algum contorno diferente aos ativos de risco. Contudo, o foco deverá ficar por conta das Minutas do FOMC e das apresentações de membros do Fed na conferência de Jackson Hole na semana que vem. Na agenda do dia, teremos Empire Manufacturing , PPI e Industrial Production nos EUA, com o IBC-BR, espécie de PIB mensal do BCB, no Brasil. Já é esperado uma queda relevantes, entre 1,5% e 2% deste número em junho. Brasil – O foco do...

Eleições em Foco

Os ativos de risco mantiveram, ao longo do dia, a performance que observamos durante a manhã, ou seja, as bolsas americanas fecharam próximas aos highs recentes, o mercado de juros nos países desenvolvidos se manteve nos lows deste ano, mas o USD, após leve tentativa de enfraquecimento após a divulgação do Jobless Claims nos EUA, acabou fechando próximo a estabilidade. O cenário de crescimento global “OK”, porém não excepcional, sem pressões inflacionárias aparentes no mundo desenvolvido, cria expectativas de manutenção de uma política monetária expansionista pelos principais bancos centrais do mundo ainda por um horizonte de tempo relevante, o que vem dando suporte ao mercado global de renda variável e a sustentação dos yields em patamares deprimidos. Amanhã será um dia de agenda cheia com Empire Manufacturing, PPI e Industrial Production como destaques nos EUA. No Brasil teremos o IBC-Br na agenda. Brasil – As vendas no varejo de junho surpreenderam negativamente as expe...

Cenário Externo vs Cenário Interno

A trágica morte de Eduardo Campos ontem acabou deixando de lado os acontecimentos globais. No cenário externo, estamos observando uma clara e consistente recuperação das bolsas globais, lideradas pelo argumento de que estamos diante de um cenário de crescimento saudável, sem pressões inflacionárias aparentes (especialmente no mundo desenvolvido) em que os principais bancos centrais do mundo devem permanecer com postura bastante expansionista pelo horizonte de tempo relevante. Nem mesmo as surpresas negativas de crescimento na China ontem, e o fraco PIB dos países da Europa, divulgados hoje, foram capazes de reverter está dinâmica de mercado. Me chama a atenção a manutenção dos juros dos países desenvolvidos nos patamares mais baixos do ano e, em alguns casos, como na Europa, nos menores patamares da história, o que está claramente dando suporte aos ativos de risco. O USD, por sua vez, tem mostrado “maturidade”, tendo encontrado um piso mais alto do que o anterior e mostrando uma leve ...

Brasil

Se a eleição no Brasil prometia ser acirrada, a trágica morte de Eduardo Campos adicionou uma incerteza ainda maior ao cenário. Ainda me parece cedo para tirar qualquer tipo de conclusão mais concreta. Acredito que precisamos de algumas respostas, nos próximos dias, para desenhar um cenário mais claro para este novo ambiente: - Marina será a nova candidata do PSB? Acredito que probabilidade deste cenário seja grande (acima de 70%). Pelo curto espaço de tempo até as eleições, e pela ausência de um nome de peso no PSB, Marina parece ser a candidata mais óbvia. 1) Caso Marina seja candidata, qual será as intenções de voto nas pesquisas de primeiro turno?      - As últimas pesquisas feitas com o nome de Marina na corrida eleitoral mostravam intenções de voto superiores a de Eduardo Campos. Apesar de estarem defasadas, podemos supor que Marina tenha algo em torno de 10% a 20% das intenções de voto no primeiro turno;      - Caso Marina tenh...

Diferenciação

Com o risco geopolítico retrocedendo desde a sexta-feira passada, o cenário econômico voltou a ditar a dinâmica dos ativos de risco, como comentamos neste fórum que poderia ocorrer a partir desta semana, na carta de ontem. Neste ambiente, estamos observando um claro movimento de diferenciação entre os ativos de cada região e entre as classes de ativos. O que mais me chama a atenção é o movimento de fortalecimento do USD no mundo, que teve início a cerca de 2 semanas atrás, com o movimento global de aversão a risco, mas está tendo continuidade nos últimos dias, em um cada vez mais explícito movimento de fortalecimento da economia norte americana vis-à-vis o resto do mundo. No mercado de renda variável, estamos vendo uma certa dificuldade das bolsas da Europa em mostrar recuperação mais consistente após a realização de lucros recentes (vide seção Europa abaixo), mas já vemos uma clara  resiliência  das bolsas dos países emergentes e dos Estados Unidos. O mercado de jur...