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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Daily News – To Infinity and Beyond!

A noite foi de poucas novidades, mas com uma nova rodada de apreciação dos ativos de risco, liderados pelas bolsas globais. Estamos naquela fase do ano em que a sazonalidade é positiva, não há muitas notícias relevantes e o cenário parece “a prova de qualquer efeito negativo”. Ao que tudo indica, devemos continuar assim até que haja uma mudança de cenário. Nos mercados internacionais, entramos em uma fase de “altas parabólicas” que não costumam terminar de maneira saudável. Contudo, é sempre difícil acertar os pontos de inflexão e a sazonalidade de curto-prazo e o cenário ajudam os movimentos, a despeito de preços pouco atrativos. Ontem comentei sobre os movimentos no Brasil, aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/12/volatilidades-volumes-e-precos.html

Volatilidades, Volumes e Preços:

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A quinta-feira foi novamente marcada por um movimento generalizado de   “risk-on” global, com o Brasil e os mercados emergentes em geral sendo os mais favorecidos pelo movimento. Abaixo, alguns destaques do dia: - Um dos menores volumes diários do Ibovespa no ano: - Aumento do “spread” entre SMAL11 e BOVA11: - Ativos emergentes se descolando dos índices norte americanos: Minha recomendação de curto-prazo: Mantenhas as alocações, administrem apenas tamanhos e ativos, mas busquem ativamente proteções para o primeiro semestre de 2020. As volatilidades implícitas das opções estão muito baixas, o que torna as proteções “baratas” e com risco/retorno favorável.

Brasil: Para o alto e avante!

Este é o último Mercados Globais antes do Natal. O fórum irá fazer uma pequena pausa para recarregar as baterias. Aproveito para desejar boas festas e um prospero ano novo a todos. Nesta quinta-feira tivemos a divulgação do CAGED, número de criação de vagas de trabalho no mês de novembro. A criação beirou as 100 mil vagas, muito acima das expectativas. O número de hoje se soma a outras várias evidências de que estamos consolidando o ciclo de recuperação da economia do país. A recuperação do crescimento e do emprego eram pilares importantes de sustentação para a política econômica liberal que vem sendo adotada no país nos últimos meses. Ver a consolidação deste cenário é extremamente positivo para o país, não apenas para os ativos financeiros, como para toda a sociedade. Com este pano de fundo, o dia foi marcado por mais uma forte alta das ações cíclica locais e das “small-caps”, além de mais uma relevante abertura de taxa de juros. Eu continuo sendo da opinião

Daily News – Poucas Novidades.

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A noite foi de poucas novidades e baixa movimentação, o que costuma ser típico esta época do ano, exceto por novidades relevantes no cenário. No Brasil, destaque para a declaração de Paulo Guedes de que pode taxas transações no celular em troca de uma desoneração da folha de pagamentos. É evidente que algo como a CPMF está sendo estudado pela equipe econômica, mas precisa de algum estímulo econômico e social para que seja aceita pelo Presidente, pela sociedade e pelo Congresso: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/12/18/guedes-quer-tributar-transacoes-para-desonerar-folha-de-pagamento.ghtml . O dia terá o Jobless Claims – dado semanal de pedidos de seguro desemprego nos EUA – como grande destaque. As últimas semanas foram afetadas pela sazonalidade do Dia de Ação de Graças e precisamos observar se o aumento recente do indicador foi apenas pontual ou um sinal mais consistente de mudança de dinâmica no mercado de trabalho. Encerro hoje com um gráfico que diz muito so

Daily News – Gráficos

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Noite de poucas novidades relevantes. Mercados operando em torno da estabilidade. Abaixo, seguem algumas atualizações. Na Alemanha, o IFO – um dos principais indicadores de confiança da Europa, porém muito correlacionado a dinâmica dos mercados – apresentou recuperação levemente acima do esperado. O sinal de melhora na tendência é positiva, mas seu patamar ainda é perigosamente baixo: O acordo comercial entre EUA e China ainda precisa ser devidamente assinado e seus detalhes explicitados. Existem inúmeros incertezas de implementação e números que foram divulgados que não parecem ser viáveis: No Japão, os dados de importação e exportação de novembro continuam apontando para um crescimento doméstico e externo fragilizado, sem sinais consistentes de estabilização: O quadro técnico do mercado voltou a mostrar a posição no setor de tecnologia como uma das menos saudáveis no momento: No final da tarde de ontem, a Fedex anunciou mais um “warning” pa

Brasil: Juros em Foco.

O destaque do dia ficou por conta da forte abertura das taxas de juros no Brasil, após as Minutas do Copom. Comentei sobre isso mais cedo, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1206902119921541121 . Continuo vendo juros mais baixos por mais tempo no Brasil, mas não gosto do risco/retorno das taxas curtas e intermediárias de juros. Vejo um mercado com mais incerteza e mais volatilidade, a despeito de um carrego que parece atrativo. A curva precifica hoje menos de 10bps de queda adicional nas próximas 2 reuniões do Copom, mas com um ciclo de alta de juros se iniciando na reunião de maio, com altas de 15bps a 20bps por reunião a partir de junho. Vale ressaltar que o mercado vem operando com liquidez muito mais baixa nos últimos dias. A sazonalidade de final de ano costuma ser positiva, o que justifica os movimentos recentes. Os dados de atividade econômica nos EUA continuam apontando para um crescimento saudável. Ninguém acredita que o acordo comercial entre EUA

Daily News – Sinais técnicos e CPMF.

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Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom de estabilidade na ausência de novidades relevantes no cenário. Destaque da manhã para a forte queda do GBP – moeda da Inglaterra – que após forte alta recente agora apresenta acomodação, vislumbrando uma incerteza ainda elevada para a resolução do Brexit. Interessante observar que, nos últimos meses, já vimos uma alta significativa nas posições do mercado em ativos do país: Em relação a posição técnica, vemos um mercado mais alocado e uma redução nas percepções de riscos no cenário: Finalmente, podemos observar que o possível endereçamento da Guerra Comercial irá apenas levar as importações de produtos dos EUA por parte da China ao nível anterior aos embates: No Brasil, na tarde de ontem, surgiu novamente rumores de uma possível CPMF: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/12/16/todas-as-alternativas-estao-na-mesa-diz-bolsonaro-sobre-possivel-volta-da-cpmf.ghtml Os rumores levaram a uma queda na

Risk-On!

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A semana começou com mais um movimento clássico de “risk-on”, caracterizado por: bolsas em alta, abertura de taxa de juros, bom desempenho das moedas e dos ativos emergentes e dólar fraco no geral. Sem mudanças relevantes de cenário, exceto pelos já comentados dados mais positivos da China durante a noite: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/12/daily-news-sinais-positivos-da-china.html . Dia interessante de Brasil, com forte queda do dólar, abertura de taxa de juros e bom desempenho das “small caps” em relação ao índice, pressionado por bancos – rumores de CPMF – e pela Petrobras – overhand de potencial venda do BNDES. Sigo vendo o dólar respeitando sua banda de 4,0-4,2 até que tenhamos uma visão mais clara da direção estrutural do dólar no mundo. O mercado de juros parece ter passado pelo seu melhor momento em 2019, com forte fechamento de taxas e baixa volatilidade. A partir de agora, os ganhos serão mais módicos e táticos. “Timing” será fundamental. Gosto

Daily News – Sinais positivos da China, mas negativos na Europa.

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Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo, dando sequencia ao movimento dos últimos dias/semanas e ainda digerindo o anuncio do acordo comercial entre EUA e China. Comentei um pouco mais sobre isso no final de semana, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/12/daily-news-onde-estamos.html . Durante a noite, o destaque ficou por conta dos dados mais positivos de atividade econômica na China. Vimos uma evidente recuperação das vendas no varejo e da produção industrial em novembro, a despeito da estabilidade do Fixed Asset Investment. A recuperação desses números é positiva e indica estabilização do crescimento. Contudo, ainda é cedo para afirmar que estamos em uma trajetória consolidada de estabilização ou recuperação. Neste ciclo econômico, já tivemos outros meses de “falsos sinais positivos”, que foram seguidos de novas rodadas de desaceleração. De qualquer forma, o mercado já vinha precificando uma estabilização da economia global e os números des

Daily News – Onde estamos?

Vou tentar fazer um breve resumo do cenário e dos mercados. O grande evento do dia e da semana foi o anúncio, ontem, de um acordo comercial entre EUA e China. Como das outras vezes, não há uma assinatura concreta e nem detalhes mais específicos. De qualquer forma, existe um arrefecimento da Guerra Comercial, a redução de tarifas já implementadas e o cancelamento de tarifas futuras. Aos olhos do mercado, isso já é suficiente para manter o cenário mais positivo e saudável. A partir de agora, devemos voltar a olhar para o cenário econômico vis-à-vis os preços, valuations e posições técnicas. Acho que existem crescentes oportunidades de alocações específicas e relativas no cenário internacional. Contudo, deixaria está alocação mais ativa e relativa para gestores ativos e de retorno absoluto. Tendo a acreditar que a Gestão Passiva perderá algum   espaço para a Gestão Ativa na próxima fase do ciclo econômico. No curto-prazo, o cenário é de crescimento mais baixo porém ainda satis

Daily News – E um milagre aconteceu?

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Desde a manhã de ontem os ativos de risco estão apresentando forte recuperação, com a mídia reportando que os EUA já teriam assinado um acordo comercial com a China. Conforme escrevi ao longo da semana, este seria o principal “driver” de mercado no curo-prazo. Segundo a mídia, os EUA estariam propondo reduzir parte das tarifas já em vigor, além de cancelar as tarifas agendadas para o próximo dia 15. Ainda não há confirmação de que a China teria aceitado ou assinado estes termos. Vejam o desempenho da moeda da China (CNY) nas últimas horas: Caso confirmado, seria uma notícia bastante positiva para os mercados, que justificaria o movimento recente dos ativos de risco. Passada esta fase, voltaríamos a olhar para o quadro econômico, vis-a-vis os níveis de preço e valuation. Neste caso, eu continuaria recomendando ativos emergentes e alguns ativos da Europa, em detrimento a ativos dos EUA. Brasil ainda é meu “top pick”. Na ausência da confirmação de um acordo, a situa

Daily News – A espera de um milagre?

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Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom levemente positivo, ainda a espera da decisão dos EUA sobre as tarifas de importação sobre produtos da China. Acredito que o mercado esteja precificado para a ausência de um acordo, mas para a não implementação das tarifas neste momento. Os EUA poderiam anunciar, uma vez mais, o adiamento destas tarifas. Na minha visão, contudo, há um risco não desprezível das tarifas serem implementadas e o mercado sofrer algum tipo de correção, incerteza e volatilidade. Seria uma grande surpresa, e veríamos uma forte reação positiva, caso um acordo mais amplo e concreto seja anunciado nos próximos dias. Ontem comentei sobre os últimos acontecimentos de Brasil, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/12/brasil.html . Na ausência de uma surpresa negativa externa, espero uma reação positiva dos mercados locais. Não vejo, contudo, motivos para uma nova reprecificação derivada única e exclusivamente dos eventos descritos na noite de ontem

Brasil

Como era amplamente esperado, o Banco Central cortou a Taxa Selic e 50bps para 4,5%, menor nível da história. O comunicado reflete um Comitê mais comedido nos próximos passos de política monetária. Se, por um lado, indica possível final de ciclo, por outro lado, sinaliza potenciais cortes de magnitude mais moderada caso o cenário permita. No inicio da noite, a agência de classificação de risco S&P elevou o “outlook” da nota do Brasil para positivo. A medida é sem dúvida uma chancela a mais para a dinâmica positiva do país, mas grosso modo já vinha sendo precificada pelos ativos locais, que já operam em níveis de nota de países mais bem classificados. De forma geral, um dia de avanços positivos para o país, que já vinha sendo refletido na dinâmica de mercado nos últimos dias. Vimos forte alta das ações “small caps”, fechamento de taxa de juros e a volta do dólar para a banda de 4,0-4,2 após um período em nível superior a este. Sigo estruturalmente otimista com o Brasil

Daily News – Super Quarta!

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Os ativos de risco estão operando em torno da estabilidade. Não há notícias relevantes no cenário. Ao longo da semana, tenho comentado que a definição (ou não) da Guerra Comercial será o principal “driver” da dinâmica de mercado no curto-prazo. A agenda do dia será carregada. No Brasil, espero que o Copom reduza a Taxa Selic em 50bps para 4,5%, como é amplamente consenso de mercado e está precificado na curva de juros. Espero que o Copom sinalize que, a partir de agora, o ciclo de política monetária será muito mais dependente dos dados   para eventuais quedas adicionais serão com parcimônia maior. Nos EUA, acredito que o Fed irá manter sua política monetária estável e sinalizar que para uma mudança nesta postura precisará ocorrer um desvio substancial de cenário. Ainda teremos o Core CPI na agenda do dia, logo pela manhã, além das vendas no varejo no Brasil. A Aramco – maior petroleira do mundo – flutuou suas ações hoje com 10% de alta e colocou a Arábia Saudita entre

Daily News – Momento de buscar proteções.

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Os ativos de risco estão operando em tom negativo, puxados pela queda das bolsas. Não há notícias relevantes no cenário. Ontem, comentei sobre os excessos de alguns preços e sobre o acumulo de alguns riscos que poderiam trazer uma consolidação ou realização do mercado (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/12/daily-news-cuidado-com-os-excessos.html ). A Guerra Comercial ainda deve dar o tom da dinâmica de curto-prazo, mas a semana será recheada de eventos relevantes, como a decisão do Fed, a decisão do Copom, as tarifas agendadas para 15 de dezembro, entre outros. Interessante notar que a volatilidade implícita do Ibovespa está nos pisos de cerca de 10 anos. A despeito de eu ainda ser bastante otimista com o cenário local e a bolsa do país, acho que o momento seja oportuno para adicionar algumas proteções (hedges) através de puts/spreads de Ibovespa. Obs: Gráfico da Bloomberg postado por Ivan Kaiser no Tweeter Gosto dos vencimentos de fevereiro. Ve

Daily News – Cuidado com os excessos.

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Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom relativamente estável. Acredito que, no curto-prazo, a direção da Guerra Comercial será o principal vetor para determinar a dinâmica dos ativos de risco. Por ora, os investidores têm ignorado qualquer número ou sinal econômico como “driver” de mercado e colocado todas as atenções na Guerra Comercial. Este quadro ainda tem sido ajudado por uma sazonalidade de final de ano, em que a liquidez costuma ser menor e os retornos dos ativos positivos. Minha visão de curto-prazo é de que este ambiente mais positivo pode continuar até que fiquem mais claros os desafios de longo-prazo, ou na eventualidade da Guerra Comercial não ser endereçada. Minha visão de longo-prazo continua mais cautelosa em relação ao cenário econômico global e as perspectivas de retornos para os ativos globais de risco. Isto é, os preços não justificam os fundamentos. Acho que estamos entrando em uma fase perigosa do ciclo, e que tudo parece positivo e fa

Final de Semana

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No Brasil, pesquisa Datafolha mostrou melhora na avaliação do governo. A melhora ocorre ao mesmo tempo em que vemos sinais de recuperação do crescimento. " It's the economy, stupid" (É a economia, idiota) é uma pequena variação da frase "The economy, stupid" (A economia, idiota), cunhada em 1992 por  James Carville , então estrategista da  campanha presidencial  de  Bill Clinton  contra  George H. W. Bush , presidente dos  Estados Unidos  na época. A frase era uma das três mensagens nas quais os trabalhadores da campanha de Clinton deveriam se focar.   Fonte: Wikipedia. Como acredito que estamos no estágio inicial deste ciclo de recuperação, podemos entrar em um ciclo virtuoso para o país nos próximos anos. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/12/reacao-da-economia-freia-perda-de-popularidade-de-bolsonaro-diz-datafolha.shtml Na China, vimos uma nova deterioração nos dados de exportação e importação do mês de novembro. Os números estão e