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Mostrando postagens de agosto, 2017

The World is Fine, Thanks!

A economia global continua mostrando sinais positivos de que o crescimento permanece saudável e estável, o que está ajudando na estabilização das bolsas globais. Na noite de hoje, foi a vez do PMI Manufacturing da China apontar nesta direção, com uma alta de 51,4 para 51,7 pontos, acima das expectativas do mercado. Na Austrália, vimos dados de crédito e capex que também apresentaram tendências positivas nas divulgações ocorridas esta noite. Na tarde de ontem já comentei a respeito do cenário para os ativos de risco. Para não soar repetitivo, minha visão pode ser encontrada aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/08/consolidacao-continua.html . No Brasil, o governo encontra alguma resistência para a andamento da agenda do congresso, com a votação da TLP e das novas metas fiscais sendo constantemente atrasadas/adiadas. Não acredito que o mercado irá reagir a este noticiário. A despeito dos atrasos, a agenda do congresso tem caminhado na direção mínima necessária para

Consolidação continua.

Nas últimas semanas, venho insistindo na tese de que estamos no meio de um processo de consolidação/acomodação dos ativos de risco. A dinâmica dos mercados financeiros globais hoje apenas comprova esta teoria. Esta quarta-feira foi à vez de observamos uma consolidação do USD, com destaque para a queda do EUR após ter falhado no rompimento do 1,20; uma pressão sobre algumas commodities e, consequentemente, dos ativos mais dependentes de commodities. A mesma afirmação pode ser feita sobre as bolsas dos países desenvolvidos nas últimas semanas, assim como para o BRL, por exemplo. Vale ressaltar, contudo, que acomodação/consolidação não significa propriamente realizações de lucros mais rápidas e acentuadas e nem mesmo mudanças de tendências. Olhando para frente espero a continuidade destes movimentos de acomodação/consolidação no curto-prazo. Ademais, teremos duas alternativas. (1) O cenário econômico se mantém inalterado, os níveis de preço e posição técnica mostram alívio e as t

Update

Os ativos de risco foram capazes de apresentar recuperação ao longo do dia, após os novos lançamentos balísticos da Coréia do Norte no início da noite de ontem. Favoreceram o movimento de estabilização dos mercados financeiros globais o que foi lido pelo mercado como uma resposta moderada por parte de Trump e Cia, além da divulgação de dados econômicos que reforçaram a visão de uma economia global saudável. Continuo com a visão de que estamos em meio a um processo de acomodação dos mercados financeiros globais. Vejo riscos que poderiam levar a uma realização de lucros mais rápida e acentuada dos mercados, mas a dinâmica mostra que apenas a concretização desses riscos, e não apenas o aumento da probabilidade de ocorrência, serão capazes de levar os ativos de risco a movimentos mais agressivos de depreciação. Continuo vendo poucas tendências claras de mercado e optando por posições mais neutras no direcional a risco, e focada em temas específicos. Dois ativos merecem destaqu

Coréia do Norte lança novos mísseis e torna cenário incerto e perigoso

Os ativos de risco operam, neste momento, sobre pressão, liderados por uma queda nas bolsas globais. O movimento teve início após a Coréia do Norte promover mais uma sequencia de lançamentos de mísseis balísticos. Alguns desses mísseis, segundo a mídia, sobrevoaram território japonês e teriam caído em águas do país. reforço o que escrevi neste fórum no domingo: O lançamento dos mísseis ocorre após uma semana de recrudescimento da retórica entre a Coréia do Norte e os EUA. O evento deve ser visto como uma clara provocação da Coreia do Norte após as últimas declarações de Trump. Agora, ficamos diante de uma situação bastante incerta e delicada. Caso não reaja militarmente, e insista em ações preventivas por meios econômicos e diplomáticos, Trump irá começar a perder credibilidade. Assim, crescem as chances da Coreia do Norte insistir em seu programa nuclear e em suas provocações militares aos seus vizinhos mais alinhados com o ocidente. Caso Trump decida reagir de forma mais agr

Coréia do Norte & Furão

O final de semana trouxe apenas duas notícias, até o momento, no cenário externo, que merecem destaque. Um enorme furacão atingiu a região do Texas nos EUA, e a cidade de Houston, a quarta maior do país. O furacão afetou uma parte relevante das operações de refino de petróleo da região (e todo o país), além de uma parcela menor das plataformas de extração de petróleo. Eventos naturais como esse tendem a ter impactos pontuais nos dados econômicos, pois irão distorcer momentaneamente parte das estatísticas econômicas da região. Para os mercados, o impacto maior deverá ficar por conta dos derivados de petróleo e das curvas futuras dos mesmos. Em termos econômicos, eventos como esse tendem a mostrar um crescimento de curto-prazo pior, mais fraco, mas uma retomada relativamente rápida nos meses subsequentes. Assim, não há mudança de cenário para o país. Na noite de sexta-feira para sábado, no hemisfério norte ocidental, a mídia reportou que a Coreia do Norte promoveu o lançamen

Update

A sexta-feira foi de poucas novidades no cenário. Yellen e Draghi trouxeram poucas informações adicionais para a política monetária de curto-prazo. Comentei sobre a eventual reação dos mercados a este discursos aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/08/yellen-draghi-em-foco.html . Os dados econômicos globais continuam mostrando um crescimento saudável do mundo, como observamos com a divulgação do IFO na Alemanha e no Durable Goods Orders. A situação entre EUA e Coréia do Norte mostrou arrefecimento nos últimos dias, mas é um risco que precisamos aprender a conviver ao longo do tempo. A situação política interna dos EUA ainda é uma fonte de preocupação e, aliada a preços e posição técnica, parece estar ajudando no processo de consolidação das bolsas dos EUA, e impedindo a abertura das taxas de juros no país, mesmo em um ambiente de crescimento saudável e mercado de trabalho robusto. O dia foi, exceto pelo movimento do BRL, de dólar fraco no mundo. O mercado estava cla

Yellen & Draghi em Foco.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento, a espera dos discursos de Yellen, do Fed, e de Draghi, do ECB. O cenário base é para que ambos não tragam novidades relevantes para a política monetária de curto-prazo em suas falas. Já se espera que o Fed anuncie o início da redução do seu balanço na reunião do FOMC de setembro, e que o ECB faça o mesmo em setembro ou outubro. A probabilidade de uma nova alta de juros por parte do Fed, contudo, até o final deste ano, gira em torno de 30%-35%. Há apenas uma alta de 25bps precificada na curva do EUA até o final de 2018. O discurso de Yellen será sobre estabilidade financeira, e todas as atenções estarão voltadas para sua visão em relação às condições financeiras correntes, vistas pelo mercado como bastante frouxas (por alguns como excessivamente frouxas), e qual a postura que os Bancos Centrais, e o Fed em especial, precisam tomar diante de um pano de fundo como este. No curto-prazo, a situação polític

Brasil: Reformas e Política.

Neste momento, os ativos de risco operam próximos a estabilidade, sem novidades relevantes. A agenda do dia terá apenas o Jobless Claims, nos EUA, como destaque. Minha visão do mercado pode ser encontrada no link a seguir, para não soar repetitivo: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/ . No Brasil , a Reforma Política foi fatiada e avança na Câmara. A TLP deverá ir ao plenário ainda na manhã de hoje. Em suma, mesmo de maneira mais atabalhoada, a agenda legislativa caminha na direção correta. Os jornais de hoje trazem algumas matérias que podem ter efeito relevante sobre as eleições de 2018. Segundo a Folha, um delator, de um suposto esquema de propina em obras do PSDB em São Paulo, teria afirmado que irá comprovar o pagamento de ilícitos em obras na região. A matéria pode ser encontrada aqui: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/08/1912488-neo-delator-promete-extratos-de-propina-do-psdb.shtml . Se confirmada as acusações trazidas pela matéria, colocará o PSDB e seus memb

Brasil: Riscos existem, mas a agenda econômica avança.

A quarta-feira foi bastante movimentada no Brasil , com algumas vitórias importantes para o Governo. A TLP foi aprovada pela Comissão Especial e irá a plenário em breve. Alguns avanços da PEC da Reforma Política também avançaram. O Governo anunciou um ambicioso programa de privatizações, além da liberação de cerca de R$15bi do PIS/PASEP. A despeito dos ruídos políticos, a agenda econômica avança, mesmo que de maneira mais conturbada do que o imaginado anteriormente. Os riscos existem e os preços estão se tornando menos atrativos, mas mantido o cenário base (local e externo) ainda deve haver demanda para os ativos locais. A inflação baixa consolida as expectativas de continuidade do ciclo de queda da Taxa Selic, sem perspectivas de elevação da taxa no horizonte relevante de tempo. Mantemos recomendações na parte curta da curva de juros nominais, administrando instrumentos e tamanho. Trocamos nossa exposição às NTNBs pela parte intermediária da curva nominal de juros. Nossa área eco

Novos sinais de fragilidade externa. Brasil: Oposição é dura, mas comprometimento com reformas continua.

As bolsas globais apresentaram forte recuperação na terça-feira puxadas pela ausência de novidades relevantes em um cenário base que continua a ser visto como positivo/construtivo. Em linhas gerais, por ora, exceto por ruídos pontuais, tais como a retórica entre EUA e a Coréia do Norte, e os problemas enfrentados por Trump em sua administração, segue um pano de fundo de crescimento global saudável, inflação baixa no mundo desenvolvido e condições financeiras globais frouxas. De maneira geral, eu continuo vendo poucas teses claras de alocação/investimentos estruturais nos atuais níveis de preço/valuations, mesmo com um cenário base ainda construtivo. Os riscos (positivos e negativos) ainda existem, são crescentes e mal precificados pelos mercados financeiros globais. Assim, continuo optando por temas específicos de investimentos, por posições mais táticas e pela busca constante de hedges para eventuais cenário alternativos. Nesta manhã, os mercados já mostram sinais de fragili

Sinais de estabilização mais encorajadores.

Os ativos de risco estão mostrando sinais de estabilização, mas ainda sem força suficiente para uma recuperação mais sustentável, pelo menos por hora. O destaque desta manhã fica por conta de um leve movimento de dólar forte no mundo, liderado por uma abertura de taxa das Treasuries. As commodities continuam bem suportadas, enquanto as bolsas na Europa apresentam recuperação mais robusta vis-à-vis um movimento ainda tímido de alta dos futuros das bolsas dos EUA. No Brasil, as notícias são mistas, mas a agenda será determinante. A votação da TLP na Comissão Especial hoje será tomada pelo mercado como um parâmetro para a agenda reformista deste governo. Caso seja aprovada, como o Governo promete (por 18 votos a 8) será visto como um sinal positivo pelos mercados. Caso a agenda legislativa fique travada e a Comissão não vote hoje, ou o Governo perda esta batalha, será visto como um sinal de perda de apoio da base e dificuldades na implementação de uma agenda de reformas. A mídia

Relatório Semanal de Asset Allocation:

A semana trouxe poucas novidades relevantes para o cenário. Brasil – O país segue em uma recuperação econômica cíclica. A inflação corrente está baixa, e permanecerá assim nos próximos 12 a 18 meses. O crescimento mostra sinais de recuperação, ainda que incipientes e erráticos. As contas externas continuam saudáveis. A situação das contas públicas ainda é o maior e o mais preocupante problema do país. O BCB deverá seguir o seu ciclo de queda da Taxa Selic, que deve chegar a pelo menos 7,5%, e sem perspectivas de elevação num horizonte relevante de tempo. O quadro político ainda é instável e requer cautela. A agenda das próximas semanas será fundamental para medir o apoio que o atual governo ainda tem do Congresso, e o quanto isso será suficiente para aprovar uma agenda mínima de reformas. O destaque da semana ficará por conta da votação da TLP. Em suma, vemos um pano de fundo relativamente estável no curto-prazo, mas com riscos crescentes e preocupantes de longo-prazo, es

Sinais de estabilização, mas dinâmica ainda me parece frágil.

Os ativos de risco estão mostrando, novamente, sinais de fragilidade neste início de semana. Vale apontar, contudo, para alguma diferenciação dos movimentos, com as bolsas globais fracas e o dólar levemente mais forte, porém com as commodities ainda operando majoritariamente em alta. No Brasil os jornais estão mantendo o foco nos desafios fiscais que o país enfrentará nos próximos anos, assim como na “batalha” corrente que ocorre no PSDB, um dos principais partidos da base aliada do atual Governo. No cenário externo, a mídia está reportando a repercussão do novo passo adotado pelos EUA em sua nova e mais agressiva “guerra comercial” contra seus parceiros, neste caso, a China . O final de semana trouxe poucas novidades relevantes para o cenário. Assim, nos encontramos na seguinte situação: Brasil – O país segue em uma recuperação econômica cíclica. A inflação corrente está baixa, e permanecerá assim nos próximos 12 a 18 meses. O crescimento mostra sinais, mesmo que in

Update.

O final de semana trouxe poucas novidades relevantes para o cenário. Assim, em que estágio nos encontramos: Brasil – O país segue em uma recuperação econômica cíclica. A inflação corrente está baixa, e permanecerá assim nos próximos 12 a 18 meses. O crescimento mostra sinais, mesmo que incipientes e erráticos, de recuperação. As contas externas continuam saudáveis. A situação das contas públicas ainda é o maior e o mais preocupante problema do país. O BCB deverá seguir o seu ciclo de queda da Taxa Selic, levando ela a, pelo menos, 7,5%, e sem perspectivas de elevação de taxas no horizonte relevante de tempo. O quadro político ainda é instável e requer cautela. A agenda das próximas semanas será fundamental para medir o apoio que o atual governo ainda tem do Congresso, e o quanto isso será suficiente para aprovar uma agenda mínima de reformas. O destaque da semana ficará por conta da votação da TLP. Em suma, vejo um pano de fundo relativamente estável no curto-prazo, mas co