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Mostrando postagens com o rótulo EUA

Daily News – Sinais de Desaceleração

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Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade. Destaque para a queda de preço das commodities, após mais alguns sinais de desaceleração global, como a queda do ISM Serviços nos EUA divulgada ontem:   No Brasil, os indicadores de alta frequência apontam para uma desaceleração da economia, como podemos ver no IGet do Varejo coletado pelo Santander, que mostra queda de quase 4% do varejo em maio:   Na Alemanha, o Factory Orders, após cair mais de 10% em março, apresentou queda de 0,4% em abril, muito acima das expectativas de alta de 2,8%:   Há rumores de novas medidas de alívio monetário por parte do governo chinês: https://www.bloomberg.com/news/articles/2023-06-06/china-asks-big-banks-to-cut-deposit-rates-again-to-boost-economy?utm_medium=social&utm_content=nextchina&cmpid=socialflow-twitter-business&utm_campaign=socialflow-organic&utm_source=twitter#xj4y7vzkg .   A Austrália elevou sua taxa de juros em mais 25bps, o que es...

Daily News – Um Risco de Cauda Positivo?

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Os ativos de risco “engataram” uma dinâmica mais positiva desde a manhã de ontem, mesmo diante de dados econômicos mistos nos EUA. Vimos um PMI mais fraco, apontando para uma desaceleração do crescimento, mas em meio a dados de emprego ainda robustos:   Os últimos dias foram marcados por sinais de arrefecimento da inflação, porém perda de momento adicional do crescimento ao redor do mundo:   Ao que me parece, o mercado está, neste momento, precificando um cenário de “Goldilocks”. A posição técnica saudável e o valuation atrativo de algumas classes de ativos e regiões do mundo (como Brasil) estão dando suporte adicional a este movimento. Veja como o mercado está tecnicamente muito “vendido” em S&P500:   O movimento vem sendo liderado por uma forte alta dos mercados na China e de todos os ativos dependentes da demanda do país. Após dados recentes mais fracos de atividade econômica, o mercado parece esperar medidas de afrouxamento monetário, creditício e fis...

Daily News – Inflação e Crescimento para Baixo.

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Nos últimos dias, o mercado parece um pouco mais preocupado com o cenário para o crescimento global, com uma dinâmica de preço muito mais frágil dos ativos cíclicos e dependentes de crescimento.   Nos EUA, o Chicago PMI ontem apresentou forte queda e ficou em patamar extremamente deprimido:   Contudo, o JOLTs – indicador de emprego – mostrou um mercado de trabalho ainda robusto, em patamar elevado, a despeito da moderação recente:   O mercado americano voltou a precificar uma probabilidade alta de mais uma alta de 25bps nas taxas de juros locais.   Os dados recentes mostram sinais mistos para a combinação de inflação e crescimento, o que coloca o Fed em uma situação mais delicada e incerta em termos de política monetária. O caminho descrito por Nick Timiraos do WSJ para a política monetária parece fazer bastante sentido: https://twitter.com/DanKawa2/status/1664053574173687808?s=20 .   No Brasil, a taxa de desemprego apresentou novo recuo, apr...

Daily News – Um Mercado, Duas Dinâmicas

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A despeito de mais um dia de alta do S&P500 e da Nasdaq, os demais ativos de risco estão dando sinais um pouco mais desafiadores, com queda das commodities, dólar forte e fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido.   A despeito da alta de quase 4% da Nasdaq e de quase 3% do S&P500 no mês de maio, o Dow Jones apresenta queda em torno de 3%. O movimento de alta da bolsa ainda está muito concentrado em poucas ações, nas Mega Tech e naquelas vistas como “vencedoras” do tema de Inteligência Artificial.   Tenho comentado sobre este tema (essa narrativa) nas últimas semanas e essa tendência só tem se acentuado: https://twitter.com/DanKawa2/status/1660759047576907777?s=20 .   “Por debaixo da superfície”, o mercado internacional mostra uma dinâmica muito mais desafiadora nos últimos meses.   Nesta manhã há notícias de que Moscou  teria sido bombardeada por drones, no que seria o primeiro ataque dentro do território russo neste conflito: htt...

Giro do Final de Semana

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O grande destaque do final de semana ficou por conta do acerto nas negociações para a extensão do Teto do Endividamento nos EUA. Este evento retira um enorme “risco de cauda” do cenário de curto-prazo. Aqui vale, contudo, algumas ponderações:   Primeiro, o Tesouro Americano será obrigado, após o acordo, a emitir uma quantidade relevante de títulos, para recompor o seu caixa. Isso pode retirar uma liquidez relevante do mercado e ter algum impacto (negativo) no preço dos ativos de risco.   Segundo, a bolsa dos EUA subiu de forma rápida e acentuada na sexta-feira, mesmo diante de um número de inflação (Core PCE) acima das expectativas e com uma qualidade ainda desafiadora para o processo de desinflação do país.   A dinâmica do mercado sinaliza para que já havia alguma expectativa no mercado de acordo no final de semana prolongado. Segunda-feira e feriado nos EUA.   O Core PCE divulgado na sexta coloca uma pimenta adicional no debate do ciclo de juros ame...

Daily News – Brasil: Para o Alto e Avante?

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Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, ainda respeitando bandas relativamente curtas no âmbito internacional, na ausência de novidades relevantes. O grande tema de curto-prazo continua a ser as discussões em torno do Teto do Endividamento nos EUA.   O mercado tem uma tendência a não reagir muito a estas discussões, até os “44 min do segundo tempo”, caso haja sinais concretos de que possa haver um “shutdown” da economia:   Conforte comentei ontem, existem teorias de que a extensão do Teto retira um “risco de cauda” do curto-prazo, mas irá ajudar a drenar liquidez no longo-prazo, já que o Tesouro voltará a emitir títulos. Isso poderia ser uma restrição ao bom desempenho dos ativos de risco nas próximas semanas/meses.   O artigo a seguir do WSJ resume em que pé estão as negociações: https://www.wsj.com/articles/negotiators-race-to-reach-debt-ceiling-deal-ahead-of-deadline-next-week-9812d03c?mod=itp_wsj&mod=djemITP_h .   No Brasil,...

Giro do Final de Semana

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By Dan Kawa Os últimos dias parecem estar dando continuidade a uma dinâmica que comentei ao retornar das minhas férias. Vamos dividir entre o cenário local e o cenário internacional. No Brasil , estamos vendo dados de crescimento acima do esperado no curto-prazo; um processo lento, gradual e ainda errático de desinflação (com preocupações latentes no tocante a qualidade dos números); poucas novidades nas contas externas; e um processo de discussão sobre os caminhos fiscais do país, que caminha entre Congresso e Executivo. Alguns “riscos de cauda” que o mercado precificou após a eleição do novo governo estão, aos poucos, sendo comprimidos, a medida que o Congresso se coloca como “poder moderador” de algumas propostas apresentadas pelo governo. Além disso, propostas mais radicais, por ora, tem sido evitadas. O pano de fundo internacional, de taxas de juros mais baixas no mundo desenvolvido, em um ambiente de crescimento ainda saudável, com inflação cadente, seguem dando suporte adicional...

Daily News – De Volta a Realidade

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Ontem fiz um resumo um pouco mais completo sobre como vejo o cenário local e internacional, que pode ser revisto aqui: https://www.linkedin.com/posts/dan-kawa-78361130_dan-kawa-on-twitter-activity-7063795991451156481-Bmpc?utm_source=share&utm_medium=member_desktop .   Um dos pontos discutidos no texto acima, foi a questão relacionada a deterioração do cenário para a China e seus impactos nos ativos mais dependentes da demanda chinesa. Nesta noite, recebemos os dados oficial (“hard data”) de crescimento do país em abril.   O que vimos foi uma surpresa negativa generalizada, com números abaixo do consenso e apontando para desaceleração do país. Um mês de números ruim ainda torna difícil concluir que estamos diante de uma nova tendência, mas claramente há sinais bastante preocupante em relação ao crescimento do país.   Nos EUA, a discussão do limite do endividamento segue causando ruídos e volatilidade intraday nos mercados. O cenário base é de que cheguem a ...

Giro do Final de Semana

By Dan Kawa   Este fórum terá uma pausa de 15 dias para recarregar as baterias. Este será o último comentário até meados de maio.   Na madrugada de hoje, o First Republic Bank (FRC) foi “comprado” pelo JP Morgan e mais um par de bancos menores. A ação reduz o risco de cauda de um evento bancário nos EUA no curto-prazo. Contudo, o mercado deverá voltar as suas atenções para o “próximo banco da fila” na corrida bancária.   Já há ações de outros bancos menores caindo mais de 10% no “pre market”. O regulador americano, até o momento, tem conseguido administrar essa crise de maneira suave e sem grandes contágios. Todavia, não podemos ignorar os efeitos secundários que os eventos bancários terão na economia.   Meu cenário base continua a ser de um relevante aperto das condições de crédito nos EUA e consequente aperto das condições financeiras, que irão atuar na direção de desacelerar o crescimento econômico do país nos próximos 6 a 12 meses. A probabilidade...