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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Apenas consolidação...

O dia foi de agenda relativamente esvaziada no cenário econômico. O destaque ficou por conta do Chicago PMI nos EUA , que apresentou queda de 55,6 para 47,6 pontos, abaixo das expectativas de 52,5 pontos. O número apenas confirma o que já vem sendo amplamente mostrado por outros indicadores de manufatura, ou seja, um crescimento pífio do setor, que vem sendo negativamente afetado pelo dólar forte no mundo e pela fraqueza demanda global. Os ativos de risco tiveram um dia de digestão, após a surpresa altista do Core PCE nos EUA na sexta-feira. O anuncio do corte de compulsório na China foi bem recebido pelo mercado. Eu, particularmente, acredito que a medida será insuficiente para estabilizar a economia e o humor em relação ao crescimento do país, mas é um sinal positivo de que o PBoC pretende ser mais proativo na condução de sua política monetária. Continuo trabalhando com um cenário extremamente desafiador para os países emergentes ao longo deste ano, a despeito da estabilização

US is fine, thanks! But inflation is rising...

O dia de hoje pode ter marcado um importante ponto de inflexão para os mercados financeiros globais. Os números divulgados hoje no EUA mostraram um crescimento no 4Q de 2015 melhor do que o antecipado. Os dados de consumo e renda de janeiro também ficaram acima das expectativas, colocando o PIB do 1Q 2016 em uma posição confortável para um crescimento ainda acima do potencial. Finalmente, e talvez mais relevante, o Core PCE apresentou alta de 0,3% MoM no primeiro mês do ano, atingindo 1,7% YoY. O dado segue números mais forte de Core CPI e Core PPI, já comentados neste fórum há algumas semanas atrás. Os ativos de risco reagiram de maneira clássica a inflação mais elevada nos EUA, ou seja, com um claro fortalecimento do dólar no mundo, abertura de taxa de juros nos EUA, e alguma pressão nos ativos emergentes. Na Europa , vimos números desagregados por países preocupantes para a inflação, além de sinais cada vez mais evidentes de desaceleração do crescimento da região. De m

Update

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento positivo verificado ao longo dos últimos dois dias. Meu viés, ainda negativa para os ativos de risco, baseado em um cenário nebuloso especialmente para a economia da China está se provando errado, pelo menos até o momento.   Na agenda do dia, destaque para os dados fiscais no  Brasil , que devem trazer poucas novidades em relação aos números já divulgados ontem. Nos  EUA , o destaque ficará por conta da revisão do PIB do 4Q de 2915, além dos dados de Personal Consumption, Spending e Core PCE de janeiro. Os números serão relevantes para termos um panorama completo de como realmente encontra-se a economia neste inicio de ano. Na  Europa , o Consumer Spending de janeiro, na França, apresentou alta de 0,6% MoM, após revisão altista do mês anterior, colocando a divulgação acima das expectativas do mercado.   Brasil –  O governo anunciou ontem a noite a mudança da bandeira tarifária para o bandeira “verde”. A mudança não era t

Risk-On!

Os ativos de risco continuam com volatilidade elevada, porém sem grandes tendências claras. Hoje, mais uma vez, abriram sobre forte pressão pela manhã. Contudo, um rápido e acentuado “ short squeeze ” no petróleo durante a tarde acabou dando ímpeto a um movimento mais correlacionado de “ risk-on ” ao redor do mundo. A divulgação de um Jobless Claims robusto, e de um forte Durable Goods Orders em janeiro, nos EUA , também ajudaram a dar um tom mais positivo aos mercados financeiros globais. No Brasil , o price-action do dia “puniu” as posições consensuais do mercado, com juros abrindo taxas, e o dólar em queda. Neste momento, contudo, o BRL está conseguindo se manter acima de 3,95, um sinal técnico importante. Os dados de emprego não trouxeram grandes novidades ao cenário, assim como os dados fiscais de janeiro (vide gráficos). O cenário político continua conturbado. O impeachment voltou a pauta do congresso, mas ainda parece distante, incerto e longe de ser uma posiçã

Sinais ainda preocupantes para economia mundial.

Os ativos de risco tiveram uma quarta-feira de elevada volatilidade. Neste momento, ainda operam com viés de “ risk-off ”, mas longe dos piores momentos do dia, verificados durante a manhã. O dia trouxe novas evidências que podem estar apontando para um cenário de crescimento global ainda fragilizado, em linha com o que já havia sido demonstrado pelos Flash PMI´s Manufacturings e pelo IFO na Alemanha. Além disso, o Secretário do Tesouro Americano afirmou que o G20 não deve adotar nenhuma medida radical em suporte a economia mundial ou aos mercados financeiros globais, como alguns esperavam. O Markit Services PMI nos EUA caiu de 53,2 para 49,8 pontos, muito abaixo das expectativas de 53,5 pontos e abaixo do importante patamar de 50 pontos. O New Home Sales caiu 9,2% MoM, para 494k, também abaixo das expectativas de 520k. é verdade que o clima possa estar trazendo uma volatilidade indesejada a alguns indicadores neste começo de ano, mas dificilmente explica integralmente a fraq

Update

Os ativos de risco estão mantendo o tom negativo verificado na noite de ontem, com mais uma rodada de queda no preço do petróleo, liderando um movimento generalizado, porém ainda tímido, de “ risk-off ” ao redor do mundo. As bolsas da China tiveram um dia de alta, mas o CNY apresentou mais uma rodada de depreciação, o que deveria manter as moedas emergentes sobre pressão. A agenda na Europa será esvaziada hoje. No Brasil, o destaque ficará por conta dos dados de crédito divulgados pelo BCB, enquanto nos EUA teremos a divulgação do Markit Services PMI. Eu mantenho minha visão descrita neste fórum na tarde de terça-feira, ou seja,  com o S&P500 próximo ao patamar de 1925-1950 acumulam-se evidencias de que o ajuste técnico de posições possa ter ficado para trás. Além disso, alguns eventos nas últimas 48 horas confirmam que o cenário central para a economia mundial sofreu poucas alterações nas últimas semanas, a despeito dos rápidos e acentuados movimentos dos ativos de risco.

Fim do ajuste técnico?!

Com o S&P500 próximo ao patamar de 1925-1950 acumulam-se evidencias de que o ajuste técnico de posições possa ter ficado para trás. Além disso, alguns eventos nas últimas 48 horas confirmam que o cenário central para a economia mundial sofreu poucas alterações nas últimas semanas, a despeito dos rápidos e acentuados movimentos dos ativos de risco. Eu destacaria alguns sinais relevantes para os mercados financeiros globais: (1) As prévias dos PMI´s ao redor do mundo, assim como alguns indicadores de confiança nos EUA e na Europa (IFO, ZEW, Consumer Confidence e etc), divulgadas entre ontem e hoje, mostram um crescimento global frágil, (2) a moeda da China, o CNY, apresentou relevante depreciação contra o USD no fixing desta noite, (3) o Ministro do Petróleo da Arábia Saudita deu declarações em que indica de que não há a intensão de reduzir a produção da OPEP, pelo menos no curto-prazo, entre outros. Neste ambiente, vimos o petróleo WTI cair cerca de 5% hoje, colocando pressão

Consolidação.

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira com leve viés negativo, em um movimento de realização de lucros após uma rodada rápida e acentuada de ajuste de posição técnica. Na China , o CNY apresentou um fixing 0,17% mais depreciado do que no dia anterior, em um sinal de que mesmo mais estável, a moeda chinesa ainda deve apresentar movimentos mais correlacionados com uma cesta de moedas do que contra o USD propriamente dito. As bolsas do país tiveram um dia de quedas (em torno de 0,5% a 1%).   Na  Alemanha , o IFO saiu de 107,3 para 105,7 pontos em fevereiro, abaixo das expectativas de 106,8. A queda foi totalmente explicada pelo recuo no indicador de Expectativas, já que o número de Situação Corrente apresentou leve alta. Continuamos a observar leves sinais de arrefecimento nos indicadores de confiança da Europa, o que indica a necessidade de uma postura ainda proativa e agressiva por parte do ECB na condução de sua política monetária.   A agenda do dia será agitada, com d

Update

Os ativos de risco mantiveram, durante todo o dia, o mesmo viés positivo observado pela manhã. Não há novidades relevantes que alterem meus comentários de hoje cedo: Os ativos de risco estão abrindo a semana em um movimento global (e clássico) de “risk-on”. Eu não vejo nenhum motivo específico para esta mudança de tendência dos mercados financeiros globais. Assim, acredito que a combinação de uma posição técnica ainda positiva, dados econômicos mostrando uma economia norte americana ainda saudável, aliados a aparente estabilização da situação financeira na China – com o governo local adotando uma série de medidas visando estabilizar o crescimento do país – como vetores essenciais para este movimento de curto-prazo dos ativos de risco. Nem mesmo minha visão descrita neste fórum na semana passada: Os dados econômicos recentes reforçam um cenário de estabilização, mesmo que pontual, dos ativos de risco. O quadro técnico ajuda nesta direção. Podemos esperar um cenário mais estável par

Risk-On!

Os ativos de risco estão abrindo a semana em um movimento global (e clássico) de “ risk-on ”. Eu não vejo nenhum motivo específico para esta mudança de tendência dos mercados financeiros globais. Assim,  acredito que a combinação de uma posição técnica ainda positiva, dados econômicos mostrando uma economia norte americana ainda saudável, aliados a aparente estabilização da situação financeira na China – com o governo local adotando uma série de medidas visando estabilizar o crescimento do país – como vetores essenciais para este movimento de curto-prazo dos ativos de risco. Na agenda do dia, destaque para o Markit US Manufacturing PMI nos  EUA , e para a baçança comercial semanal no  Brasil . Na  Europa , o Markit Manufacturing PMI caiu de 52,3 para 51,0 pontos em janeiro, abaixo das expectativas de 52,0, enquanto o Markit Services saiu de 53,6 para 53,0 pontos, também abaixo das expectativas de 53,3. Os números de hoje reforçam a visão de necessidade de medidas adicionais

Brasil em Foco

As revistas semanais divulgadas no final de semana deram atenção especial ao que seriam novos desdobramentos das investigações sobre o entorno do ex-presidente Lula no que tocante ao sitio em Atibaia e ao Triplex no Guarujá, Segundo as reportagens, existem novos indícios de que Lula e sua esposa teriam participado ativamente das obras de reforma de ambos os imóveis. Na sexta-feira à noite, o Senador petista Delcídio do Amaral foi liberado da prisão. Segundo a imprensa, Delcídio voltará a exercer, normalmente, seu cargo de Senador. Inclusive, poderá voltar a comandar a Comissão de Assuntos Econômicos, o qual é presidente. Ainda existe uma enorme especulação se Delcídio irá, ou não, assinar um acordo de delação premiada, ou se irá ajudar as investigações de alguma maneira como, por exemplo, como testemunha. Segundo a Folha de dominga, Delcídio irá evocar sua inocência em discurso no Senado (  http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/02/1741515-na-volta-ao-senado-delcidio-dira-que-foi

Consolidação...

Os ativos de risco parecem cansados após um começo de ano turbulento, o que proporcionou um dia de acomodação, a despeito da volatilidade ainda elevada em alguns ativos (petróleo, por exemplo), o que me parece que será a regra de agora em diante. Visitei alguns clientes institucionais esta manhã. O feedback continua a ser o mesmo dos últimos meses. De maneira geral, houve uma expressiva redução nas posições em renda variável (RV) no Brasil. Segunda uma consultoria especializada neste segmento de mercado, a alocação em RV teria caído, na média, de 15% para 5%, sendo que uma parte desses 5% seriam em fundos ilíquidos, sem resgate automático. A migração para fundos externos, muito observada em 2014 e 2015, estaria congelada, por dois vetores: um patamar mais elevado do câmbio e a forte queda das bolsas globais nos últimos meses. Brasil – Alguns eventos que poderiam ser relevantes nas últimas 24 horas, acabaram causando pouco impacto para alterar o cenário base (ainda bastante ne

Posição técnica mais ajustada.

Os ativos de risco estão perdendo ímpeto com o S&P500 próximo ao patamar de 1925-1950, como eu suspeitava, levando consigo os demais ativos de risco. Assim, hoje, foi o primeiro sinal de que a posição técnica do mercado possa estar mais balanceada. A divulgação de novo acumulo de estoques de petróleo (e derivados) acabou ajudando a dar um tom mais negativo nos ativos de risco após a hora do almoço, com o petróleo WTI caindo mais de 3% dos highs do dia. EUA – O Jobless Claims caiu de 269k para 262k, abaixo das expectativas de 275k. Alguns Estados tiveram que estimar seus números. De qualquer maneira, mostra um mercado de trabalho ainda saudável no país. O Phlly Fed subiu de -3,5 para -2,8, com uma abertura qualitativa negativa, ou seja, o setor manufatureiro ainda é o “patinho feio” da economia dos EUA. Ainda vejo um cenário positivo para o dólar no mundo, mas cada vez mais a escolha do funding será importante na alocação do portfólio. Por hora, continuo gostando de uma

Ajuste Técnico Prevalece

Os ativos de risco estão mantendo-se em níveis mais positivos, ainda na esteira de um quadro técnico favorável e após dados positivos de crescimento nos EUA. Na agenda do dia, destaque para o Jobless Claims nos EUA e para o IBC-Br no Brasil. Os dados econômicos recentes reforçam um cenário de estabilização, mesmo que pontual, dos ativos de risco. O quadro técnico ajuda nesta direção. Podemos esperar um cenário mais estável para bolsas e commodities, além de um cenário de abertura de juros nos países desenvolvidos, um fortalecimento do dólar contra G3, porém um bom desempenho para as moedas e os ativos emergentes.   Acredito que esta estabilização deva ser cíclica, já que os problemas estruturais da economia global, em especial na China, continuam sem solução fácil. A mudança de visão é que esta estabilização, frente aos dados recentes, possa durar um pouco mais do que o imaginado anteriormente. A perspectiva de alta de juros nos EUA é positiva para ativos de risco no curto-pra

Banxico Strikes Back!

O Banxico deu hoje uma aula de atuação ortodoxa. Ao mesmo tempo, anunciou um corte preventivo de gastos, tanto governamental, quanto para sua empresa petrolífera PEMEX. Anunciou uma inesperada alta de 50bps na taxa de juros, sinalizando que não é o começo de um ciclo, mas sim um ajuste pontual a nova realidade de câmbio. E, finalmente, alterou sua intervenção no câmbio para uma modelo discricionário, menos previsível. A reação dos ativos mexicanos foi clássica, com forte apreciação do MXN – uma das moedas com pior performance no ano, devido a sua liquidez e baixo custo de carrego – e um forte flattening da curva de juros, com uma acentuada abertura da curva curta. Os ativos no Brasil , ajudados pelo price-action no México, e pelo “ relief rally ” global, tiveram um dia bastante positivo. No final da tarde, o S&P anunciou um corte no rating do país, mantendo perspectiva negativa. Eu vinha alertando para este risco neste fórum desde que o governo começou a ventilar um cor

Dia de depreciação do CNY.

Os ativos de risco estão abrindo próximos a estabilidade esta manhã, com leve viés negativo. A  China  fixou o  CNY  em patamar 0,16% mais depreciado do que no dia anterior, o que causou alguma pressão nas moedas da Ásia e nas moedas consideradas  proxys  para posições negativas na China, como o AUD, por exemplo. Espero que o CNY mantenha uma tendência gradua e controlada de depreciação, o que manterá as moedas emergentes pressionadas. De maneira geral, contudo, os mercados financeiros globais estão reagindo, até o momento, de maneira relativamente tranquila a este dia de depreciação da moeda chinesa. A agenda do dia será bastante agitada, com Housing Starts, Building permits, PPI, Industrial Production e FOMC Minutes nos  EUA . No  Brasil , os jornais de hoje trazem um pouco de “mais do mesmo” de um cenário negativo, sem nenhum sinal de melhora nas perspectivas econômicas e políticas locais. O Estado afirma que a nova meta fiscal poderá atingir um déficit de 1% do PIB. O núme

Petróleo, China e Quadro Técnico.

O destaque da noite ficou por conta de mais uma pernada do “ short squeeze ” no  petróleo , após a Bloomberg divulgar em um artigo uma possível reunião entre a Arábia Saudita e a Rússia para discutir o mercado de petróleo. A forte alta no preço da commodity esta manhã (que sobe mais de 5% neste momento) está ajudando a dar suporte aos ativos de risco.   Na  China , a terça-feira foi de leve depreciação do  CNY , porém de forte alta das bolsas locais. Os dados de liquidez e crédito de janeiro, divulgados agora a pouco, mostraram uma forte expansão de liquidez na economia no primeiro mês do ano. Por um lado, estes números devem ser lidos de forma positiva, pois mostram um PBoC mais ativo e agressivo no suporte a economia. Por outro lado, os  policy makers  locais parecem estar utilizando os mesmos instrumentos do passado, leia-se, expansão do crédito, com intuito de estabilizar a economia. Assim, mantenho minha visão de que o governo será capaz de “empurrar os problemas estruturais