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Mostrando postagens de outubro, 2019

Sinais de Cautela

Brasil: reação clássica ao Copom, com curva abrindo na parte curta, porém controlada na parte longa. Dólar acabou subindo, não sei se com fluxos de final de mês. Bolsa apresentou realização de lucros, seguindo o mercado externo, lucro fraco no setor bancário e forte queda de Vale após os dados ruins de China. Continuo vendo espaço para o dólar buscar, eventualmente, um range entre 3,8-4,0, ao invés do range de 4,0-4,2 recente. Contudo, minha convicção é baixa. Não vejo tendência clara, exceto por um movimento mais global. Sigo vendo este ativo em “range”. Não gosto do risco/retorno do mercado de juros, mesmo entendendo que a Selic ficará mais baixa por mais tempo. Continuo gostando do mercado de renda variável, mas não será uma apreciação em linha reta. Nos EUA, Chicago PMI fraco mostra fragilidade da economia, após dados fracos de China durante a noite (comentado pela manhã). Sigo preocupado com o descompasso entre cenário econômico e preço dos ativos no mercado internacio

Daily News– China, Guerra Comercial e Juros no Brasil.

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Os ativos de risco operam com viés negativo. Destaque para o dólar fraco e a alta dos metais preciosos. Há pouco minutos, a Bloomberg soltou uma matéria que diz que a China dúvida da capacidade de um acordo comercial mais amplo e estrutural com os EUA , mesmo que a “Fase I” seja assinada. Isso está sendo o principal vetor de pressão nos ativos de risco neste momento. Contudo, vejo com muito mais preocupação a queda adicional e abaixo das expectativas dos PMIs oficiais da China em outubro. O PMI Manufacturing permaneceu abaixo do importante patamar de 50 pontos, o PMI Non-Manufacturing apresentou queda adicional e a abertura do indicador mostra uma economia doméstica bastante fragilizada. Os números de hoje mostram que a pressão na economia chinesa não é apenas fruto da Guerra Comercial, mas de problemas, pressões e obstáculos muito mais internos, estruturais e de difícil reversão. Dito isso, sigo bastante preocupado com a direção da do crescimento glob

Fed e BCB

Fed: Como o esperado, cortou os juros em 25bps. Sinalizou que deve manter a taxa estável exceto por uma piora adicional da economia. Achei a decisão dentro do esperado, talvez levemente mais hawkish. Fed será dependente dos dados. BCB/Copom: Como esperado, cortou os juros em 50bps para 5%. Sinalizou corte adicional de 50bps, mas cortes mais moderados ou pausa após isso. Decisões dentro do esperado. Mercado deve voltar a focar nos dados de crescimento global e nos resultados corporativos. A visão segue inalterada: Ativos de risco testando os picos recentes. Movimento de melhora só irá ser testado caso os vetores de sustentação recente forem revertidos.

Bolsa Brasil

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Acho importante reforçar um ponto que gosto de alertar sempre que vemos movimentos de alta na bolsa do Brasil como o movimento recente. Não vamos acreditar que o que está ocorrendo com o Brasil é apenas uma melhora do cenário local. Sim, é bem verdade que existem inúmeros pontos de melhora no cenário para o Brasil: Sinais de recuperação do crescimento, inflação baixa, juros baixos, bons resultados corporativos, agenda econômica avançando, entre outros. Contudo, vale lembrar que existe uma enorme correlação, pelo menos de curto-prazo, entre a bolsa do Brasil e a bolsa dos EUA. Acredito sim que podemos “descolar” no longo-prazo, que estamos no início do ciclo econômico, mas vamos ter os pés no chão de que parte relevante da melhora local foi ajudada, em muito, pela melhora do humor global a risco ao longo deste mês. Sigo otimista com as perspectivas do Brasil, mas sabendo que caso o cenário externo volte a ficar mais nebuloso, sofreremos esses efeitos, mesmo que no curto-prazo

Daily News – Super Quarta! Bolsonaro, Fed e Copom.

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Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, com leve viés negativo. O dia terá como destaque as decisões do Fed e do Banco Central do Brasil, que comento abaixo. Primeiro, vale mencionar sobre o imbróglio apresentado pela mídia na noite de ontem que tenta envolver o Presidente Jair Bolsonaro na história do assassinato de Mariele. De acordo com as reportagens apresentadas, um dos suspeitos de assassinar a vereadora teria ido ao condomínio de Bolsonaro – onde outro suspeito também teria residência – e entrado no condomínio com uma autorização da casa do Presidente, que teria sido feita pelo “Seu Jair”. O suspeito, contudo, teria ido a casa do outro suspeito no envolvimento do caso. Além disso, Bolsonaro participou de duas votações em Brasilia neste dia, conseguindo provar sua presença da capital federal. O caso foi encaminhado para o STF. Por ora, vejo o evento apenas como um grande ruído. Dado tudo posto, me parece que será extremamente difícil provar a participaç

Daily News – Mais do mesmo.

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Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, com leve viés negativo. Os resultados corporativos ainda são o destaque da agenda. Os números econômicos começam a ganhar ímpeto a partir de amanhã. Não há mudanças substanciais de cenário. A semana será um importante teste ao humor positivo dos ativos de risco, com decisão do Fed e importantes dados de crescimento, como os números do mercado de trabalho de outubro nos EUA. Continuo vendo os ativos de risco em uma toada cíclica positiva, que se tornará estrutural caso os vetores de sustentação (crescimento global, Guerra Comercial, Lucros e afins) sejam endereçados no longo-prazo. Por ora, ainda tenho receio de que este movimento possa ser apenas de curto-prazo e as bandas recentes sejam confirmadas. O Brasil continua sendo bastante favorecido pelo ambiente internacional, e já vejo sinais de que existe fluxo de entrada de recursos para o país, vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/10/risk-on-estrangeiro-se-

Risk-On! Estrangeiro se anima com Brasil.

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O dia foi mais uma vez de “risk-on” generalizado dos ativos de risco globais. Os motivos e vetores de sustentação são os mesmos que temos comentado nas últimas semanas. No Brasil, vejo sinais de que o investidor estrangeiro começa uma tímida alocação nos ativos do país. O Real (BRL) aprecia e as “blue chips” líquidas sobem na bolsa. O EWZ, ETF de bolsa do Brasil nos EUA, apresenta criação líquida de cotas nos últimos dias. A semana será agitada, com resultados corporativos e dados econômicos relevantes. Finalizo hoje com uma visão do quadro técnico do Real (BRL) e com um dos pilares de sustentação dos ativos de risco no mundo, que foi a drástica mudança de postura dos bancos centrais das economias desenvolvidas.

Daily News – A semana em revista.

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Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, com leve viés positivo, após um final de semana de poucas novidades relevantes para o cenário. A semana terá como destaque uma agenda de resultados corporativos relevantes nos EUA, Brasil e Europa, decisão do Fed e do Bacen no Brasil, além dos dados de emprego dos EUA na sexta-feira. Seguimos na mesma toada das últimas semanas, ou seja, com as bolsas globais testando suas bandas superiores do “range” recente, sustentadas pela expectativa de algum acordo entre EUA e China; pela atuação dos bancos centrais nas economias desenvolvidas; por esperanças de estabilização do crescimento global; e por uma temporada de resultados corporativos, até o momento, um pouco melhor do que o esperado nos EUA. Este humor deve se manter até que algum desses pontos sejam de fato testados. Ainda vejo os ativos globais operando dentro de suas bandas, mas entendo que exista a possibilidade de as bandas superiores serem rompidas caso os vetores ac

Mercado de Crédito Privado - Atualização e Fluxos.

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Na TAG Investimentos fazemos um acompanhamento quantitativo, qualitativo e técnico do mercado no momento de fazermos nossas alocações. Muitos no mercado apresentam processo semelhante, mas acreditamos que o a maneira de olhar e reagir a essas análises é o que nos difere da média. Em junho, em nossa Carta Mensal, já estávamos abordado o tema em torno do Crédito Privado High Grade: Crédito Privado: Estamos reduzindo alocações em fundos de Crédito Investment Grade por questões de risco/retorno ruins. Não vemos “gatilho” de problemas de curtoprazo, mas uma classe que cresceu excessivamente nos últimos meses, com fundos líquidos demais em um ambiente de taxas baixas e cadentes. Estamos elevando a alocação em fundo de Crédito High Yield, por vermos taxas atrativas e ainda “desarbitradas”, por ser uma classe ainda relativamente nascente no país. No mês de julho, fizemos mudanças relevantes em nossas alocações nesta classe e em Renda Variável, que podem ser conferidas aqui:  h

Brasil: Crédito será um vetor de sustentação do crescimento.

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A semana terminou em tom positivo, no Brasil e no exterior, com os mesmos vetores de sustentação que vêm impulsionando os ativos de risco ao longo de todo o mês. São eles: Expectativa de avanço das negociações entre EUA e China; Esperança de estabilização do crescimento global; Resultados corporativos saudáveis (a despeito de grandes divergências entre setores e ações específicas); Bancos Centrais mais expansionistas. No Brasil, o destaque do dia ficou por conta das ações de Petrobras e Vale, conforme já comentado mais cedo. Tivemos mais um dia positivo para o câmbio e o juros. O primeiro, na expectativa do fluxo do leilão do Pré-Sal. O segundo, na visão de juros ainda mais baixos por mais tempo. No campo econômico, destaque para os dados de crédito de setembro. Em linhas gerais, dados positivos que confirmam o bom momento da economia e a nossa visão de que estamos no início de um ciclo de recuperação econômica. O que vimos? Do lado positivo, aumento das concessões de crédi

FAANGs

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When I was in the US earlier this month, one of the big themes was the search for the new “FAANGS” - quality companies with the potential for exponential growth. The current ones are already mature and will hardly present the returns of the past, even though they are still good companies. Yesterday, Amazon reported a lower than expected result, leading to a drop of almost 10% of its shares. It may be a punctual question, but this theme should gain even more relevance/traction.

Daily News – Petrobras: O que um trabalho bem feito pode fazer em uma empresa.

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Os ativos de risco estão abrindo o dia próximos a estabilidade neste momento. O foco de curto-prazo conti nua na divulgação dos resultados corporativos nos EUA, Europa e no Brasil. No Brasil, destaque para o bom resultado da Petrobras na noite de ontem. Abaixo, faço uma breve compilação de alguns “ sell-sides ” sobre o tema. Em resumo, o resultado foi positivo, a despeito de um preço médio mais baixo do petróleo no período. A empresa segue em seu caminho de ser uma forte geradora de “free cash flow”, com desalavancagem e foco em seu “core business”. Importante ressaltar que o trabalho que está sendo feito na empresa se assemelha bastante àquele que está sendo feito no país como um todo, ou seja, uma gestão profissional e alinhada começa a mostrar sucesso em seu plano de negócios. O Brasil deverá entrar nesta rota positiva mais cedo ou mais tarde, quando os resultados da política econômica ficarem mais evidentes. BTG Pactual, Morgan Stanley e JP Morgan:

O Mundo em 1 Minuto

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No Brasil, conta corrente em linha com o esperado. Destaque para a continuidade do fluxo negativo da conta de portfólio, com saída em renda fixa e renda variável em setembro. Os sinais são de que o fluxo está melhor na parcela de renda variável nas últimas semanas, mas na renda fixa – com juros ainda mais baixos por mais tempo – não há esperanças de atrairmos capital. Interessante observar que o Dólar testou patamares abaixo de 4,0 mas acabou fechando   o dia acima de 4,04, ainda respeitando a banda de 4,0-4,2. Esta banda pode ser testada com o potencial fluxo do leilão do Pré-Sal. Nos EUA, o Durable Goods Orders – número de investimento em capital fixo – apresentou queda em setembro e ficou abaixo das expectativas, mostrando um quadro de fragilidade da economia do país. Na minha visão os EUA eram, das economias relevantes e desenvolvidas, a que apresentava situação mais confortável e saudável. Os dados recentes mostram sinais mais claros de desaceleração que nã

Daily News – Mundo: Otimismo no mercado, pessimismo na economia.

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Os ativos de risco estão abrindo o dia próximos a estabilidade, com leve viés positivo. A narrativa dos últimos dias continua a mesma, sem nenhuma mudança substancial de cenário ou de minha visão. Os resultados corporativos melhores do que o esperado e a atuação dos bancos centrais ao redor do mundo continuam ditando um ritmo mais positivo das bolsas ao redor do mundo: Contudo, os dados econômicos seguem mostrando um quadro de fragilidade do crescimento. Hoje pela manhã foi a vez dos PMIs na Europa e no Japão apresentaram sinais de pressão negativa do crescimento. Na Europa, destaque negativo para a Alemanha, com destaque positivo para a França. Importante observar que a França foi o único país europeu até o momento que implementou u pacote fiscal após as manifestações dos “Coletes Amarelos” no início do ano, o que claramente está dando suporte ao crescimento nos últimos meses: O Japão entrou para o grupo de países cujo crescimento mostra sinais desafi

Dólar

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O grande destaque dos últimos dias no Brasil tem sido a apreciação do Real (BRL) ou a queda do Dólar (USD). Acho que alguns vetores explicam o movimento: ·          Movimento de apreciação global das moedas emergentes. O Brasil é destaque positivo, mas vinha sendo destaque negativo nos últimos meses. O importante aqui é entender que o BRL não está apreciando sozinho. ·          Aprovação da Reforma da Previdência. ·          Expectativas positivas para o leilão do Pré-Sal. ·          Ligada as duas anteriores, algum começo tímido de fluxo para o país, especialmente para a bolsa. ·          Bancos centrais das economias desenvolvidas com posturas mais expansionistas. O BRL continua dentro da banda de 4,0-4,2 que eu tenho comentado neste fórum há alguns meses. Acho que está banda ainda deve se manter, mas temos tudo para testar a parte de baixo dela no curto-prazo. Para um movimento mais acentuado e duradouro, precisaremos de um “empurrão” do mundo, ou seja, de um movi