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Mostrando postagens de junho, 2019

Daily News – Brasil: Evoluções estruturais e ruídos pontuais.

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Início o texto de hoje da mesma forma que comecei meu comentário na quinta: Os ativos de risco estão apresentando recuperação. Há uma crescente expectativa de que as reuniões do G20 trarão algum tipo de “cessar fogo” entre EUA e China . Senão com algum acordo, pelo menos com a sinalização de que a implementação de tarifas adicionais será adiada. Acredito que um “acordo” pode impulsionar os ativos de risco no curto-prazo, mas dificilmente alterará um cenário global de desaceleração que ainda me parece extremamente desafiador. Será a grande diferença entre o curto-prazo um pouco mais construtivo, contra um longo-prazo ainda desafiador e com potenciais negativos. Não alterei essa minha visão. No Brasil , tivemos alguns destaques no final da tarde de ontem. Primeiro, o CMN baixou a meta de inflação para 2022. Acho mais um importante passo da economia do país em direção aos países desenvolvidos. Além disso, torna mais "caro" eventuais aventuras de governante

EUA – Jobless Claims: Novos sinais de desaceleração da economia.

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Uma semana não faz uma tendência, mas uma tendência começa de algum ponto de partida. O Initial Jobless Claims – indicador mais contemporâneo de emprego da economia dos EUA disponível – apresentou deterioração na semana passada. Se somado aos recentes sinais dos indicadores de confiança e crescimento, podemos dizer que crescem os riscos para o crescimento do país. Fonte: Bloomberg

Daily News –Esperanças de acordo entre China e EUA em meio a ruídos locais.

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Os ativos de risco estão apresentando recuperação. Há uma crescente expectativa de que as reuniões do G20 trarão algum tipo de “cessar fogo” entre EUA e China . Senão com algum acordo, pelo menos com a sinalização de que a implementação de tarifas adicionais será adiada. Este pano de fundo tem ajudado o arrefecimento da alta do Ouro e do JPY, além de dar algum suporte as taxas de juros dos países desenvolvidos, sinais mais saudáveis para os mercados globais. Acredito que um “acordo” pode impulsionar os ativos de risco no curto-prazo, mas dificilmente alterará um cenário global de desaceleração que ainda me parece extremamente desafiador. Será a grande diferença entre o curto-prazo um pouco mais construtivo, contra um longo-prazo ainda desafiador e com potenciais negativos. Não alterei essa minha visão. A inflação na Alemanha essa manhã ficou acima das expectativas, o que deve elevar a inflação na Área do Euro a ser divulgada amanhã. No Brasil , há sinais de

Daily News – Possível acordo entre China e EUA.

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A terça-feira foi um dia de pressão negativa nos ativos de risco, no Brasil e no exterior. Os movimentos foram sustentados por uma nova rodada de dados econômicos negativos no mundo, mas, em especial, nos EUA. Já há algum tempo tenho comentado sobre o “equilíbrio instável” dos mercados e a dicotomia entre a esperança do poder de fogo dos bancos centrais vis-à-vis os sinais inequívocos de desaceleração global. No Brasil, os ativos locais seguiram a tendência externa, ainda impulsionados pelos ruídos envolvendo a potencial soltura de Lula e a Reforma da Previdência. Continuo bastante preocupado com o cenário econômico global, mas sigo confortavelmente construtivo com o Brasil. Entendo que não somos uma ilha e, eventualmente, seremos afetados pelos eventos ao redor do mundo, mas podemos ser blindados de uma crise maior por estarmos em outra fase do ciclo econômico e pelo potencial das reformas. Todavia, este processo não será em linha reta. Teremos volatilidade e incerte

Morning Call

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Hoje no @ CanalMyNews falei sobre as perspectivas positivas da agenda econômica liberal do país e os riscos provenientes do cenário internacional. https://www.youtube.com/watch?v=7O7NBxDBu1g

Daily News – Brasil: Agenda econômica liberal avança.

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As bolsas globais estão apresentando leve queda essa manhã. A despeito de meu viés conhecidamente negativo com o cenário internacional, ainda é cedo para acreditar que seja uma mudança de tendência para os mercados globais. O Ouro mantém sua trajetória de rápida e acentuada alta, o JPY aprecia e os juros dos países desenvolvidos seguem em queda de taxas – em movimento que tenho chamado à atenção há algumas semanas e me parecem ser sinais negativos para o ambiente global de risco. No Brasil , destaque para a aprovação da abertura do mercado de Gás Natural por parte do Governo, em mais um expressivo avanço na agenda econômica liberal do país: https://www.valor.com.br/brasil/6318255/conselho-aprova-abertura-do-mercado-de-gas . O mercado está, com razão, focado na Reforma da Previdência, mas outras frentes estão sendo abertas e avançando na agenda estrutural do país. Não podemos perder isso de vista. Nesta mesma linha, as debentures de infraestrutura podem ter novas isenç

Flash News – Update.

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A semana começou com poucas novidades relevantes, porém com a confirmação de algumas tendências que merecem atenção. O Ouro apresentou mais uma rodada de alta, com fechamento das taxas de juros dos países desenvolvidos. O Bund de 10 anos na Alemanha atingiu -0,33%. Continuo não conseguindo ver estes movimentos como positivos ou construtivos para os demais ativos de risco. O Dallas Fed Manufacturing Index caiu de -5,3 para -12,1 em junho, abaixo das expectativas. O número está em linha com outros indicadores de confiança da economia dos EUA, e mostra uma derivada preocupante para o crescimento do país. No Brasil, há sinais de que o governo tem 330 votos para a aprovação da Reforma da Previdência. Rodrigo Maia afirmou que uma vez aprovada a Previdência, a Reforma Tributária entra na pauta do Congresso . De maneira geral, seguimos em um ambiente global desafiador, a despeito do preço das bolsas globais mostrarem o contrário. Seguimos em um ambiente mais construtivo n

Daily News – Semana Importante.

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O final de semana foi de poucas novidades relevantes no cenário local ou global. A agenda da semana será agitada, com destaque absoluto para as reuniões do G20 , onde é esperado o encontro entre Trump e Xi e um eventual avanço, ou melhora, no relacionamento entre EUA e China . Nesta manhã, vemos uma recuperação dos índices futuro de bolsas dos EUA, após alguma correção observada no final da tarde de sexta-feira. Contudo, a manhã está sendo marcada por nova rodada de pressão negativa nas bolsas da Europa, além da alta do Ouro e das Cripto-moedas, em um sinal – na minha opinião – ainda preocupante para a saúde da economia global. Fonte: Bloomberg / The Market Ear Nesta frente, o IFO na Alemanha , um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa, apresentou mais um mês de queda, reforçando o cenário de fragilidade economia e sem nenhum sinal de estabilização do crescimento do país e da região. Neste ambiente, continuamos a observar re

Artigo – Investindo em um novo Brasil.

Encerramos esta semana no Brasil com mais um feito histórico. O mercado de juros, na parte curta da curva, atingiu níveis “nunca na história” vistos anteriormente. A parte intermediária e curta da curva apresentou movimento semelhante, mas ainda em níveis acima do que chegamos a observar no último ciclo de queda da Taxa Selic. Diante de um cenário em que a Taxa Selic está em 6,5% - nível mais baixo da história – e com perspectivas de quedas adicionais, para níveis abaixo de 6% e a manutenção deste patamar no horizonte relevante de tempo, é natural o debate de como montar um portfólio balanceado, com retornos consistentes e, principalmente, satisfatórios. É neste pano de fundo que estamos inseridos neste momento no Brasil. O lado positivo é que já vimos movimentos semelhantes em outros países do mundo, sejam eles países desenvolvidos, ou países passando pelo mesmo processo de avanço (ou desenvolvimento) que o Brasil parece estar passando neste momento. Eu tenho insistido n

Brasil – Quick Take:

A curva de juros está apresentando um fechamento de taxas quase que paralelo neste momento, com queda em torno de 20bps ao longo de toda a curva. Com o jan21 a 5,84% e o Jan23 a 6,65% tendo a acreditar que a gordura nos juros está bem mais magra. Entendo que o mercado deva exagerar o movimento. Espero, apartir de agora, um “flattening” da curva. Contudo, tendo a acreditar que os investidores terão que buscar retornos mais atrativos em outras classes de ativos. O dólar seria uma opção óbvia, se não fosse o carrego menor. Ele dependerá, cada vez mais, do cenário externo. Assim, resta o mercado de renda variável. Em especial, os setores mais dependentes de juros e mais alavancados no mercado de juros.

Daily News – Irã e PMIs (crescimento) em foco!

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Os ativos de risco estão apresentando leve correção esta manhã, após dois dias de forte apreciação, em movimento que costuma ser visto e cunhado como “Reflation Trade”. Após o Irã derrubar um drone não tripulado dos EUA, a mídia americana está reportando que Trump ordenou um ataque a alvos iranianos, mas acabou abortando a missão na última hora. Este problema no Oriente Médio está crescendo e pode se tornar um vetor importante para os mercados globais caso a situação apresente deterioração adicional. Fonte: Financial Times A forte alta no preço do Petróleo e do Ouro ontem começaram após as sinalizações do Fed na quarta-feira, mas se intensificaram após os eventos na região. Baixo crescimento global com petróleo a preços muito elevados (o que ainda não é o caso) não costuma ser um pano de fundo positivo para os ativos de risco. Fonte: Bloomberg Na Europa há sinais incipientes de estabilização dos PMI – indicadores mais contemporâneos de crescimento que exis

Melt Up!

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A melt up is a dramatic and unexpected improvement in the investment performance of an  asset class , driven partly by a stampede of investors who don't want to miss out on its rise, rather than by fundamental improvements in the economy. Gains that a melt up creates are considered to be unreliable indications of the direction the market is ultimately headed. Melt ups often precede melt downs (By Investopedia) Os ativos de risco estão apresentando dinâmica de rápida e acentuada recuperação, após as indicações dadas pelo Fed ontem do aumento da probabilidade de queda nas taxas de juros. Este evento ajuda a colocar uma espécie de “seguro” de curto-prazo nos mercados, o que está impulsionando os ativos de risco como um todo essa manhã. Destaque para a continuidade do movimento global de fechamento das taxas de juros, com claro viés de “flattening” das curvas: Fonte: Bloomberg Atenção especial para o movimento de alta de quase 3% no Ouro, que opera nas máximas d

Flash News – Copom: Abrindo a porta para cortes de juros.

O Copom manteve a Taxa Selic estável, mas promoveu mudanças no comunicado que abrem a porta para uma nova rodada de queda nas taxas caso as condições indicadas sejam atingidas nos próximos meses. Além da manutenção de um cenário benigno para a inflação e de um ambiente hostil para o crescimento, o avanço da Reforma da Previdência é fundamental neste processo. Pelo modelo do BCB, parece haver espaço para um corte na ordem de 100bps adicionais na Taxa Selic. Espero um “bull steepening” da curva de juros no curto-prazo, mas com a manutenção de um bom desempenho da curva de juros em meio a um ambiente global de juros baixos e cadentes. O cenário é menos óbvio para a taxa de câmbio, que deverá enfrentar um carrego mais desafiador (diferencial de juros mais baixos). O cenário permanece benigno para a bolsa local, mas cada vez mais importante a escolha dos setores e das empresas corretas. Mais cedo comentei sobre a decisão do Fed (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.c

Fed - Impressões Iniciais:

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- Cortaram um pouco expectativa de Core PCE. - Comunicado um pouco mais dovish , mas em linha com as expectativas. - Bullard queria corte de juros já nesta reunião. É um dos (senão o mais) dovish do Comitê. - 8 membros já esperam corte de juros este ano, contra 9 membros que não veem corte de juros, pelo menos ainda. - Achei levemente mais hawkish vis-à-vis um mercado que já trabalha com cerca de 3 cortes de 25bps nos próximos meses. - Muda pouco para o cenário, exceto que o mercado pode ajustar um pouco as expectativas super dovish recentes.

Daily News – Todas as atenções voltadas para o Fed.

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Os ativos de risco estão apresentando leve correção após uma terça-feira de forte apreciação. Além dos sinais emitidos pelo Banco Central Europeu pela manhã (comentado aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/daily-news-europa-draghi-bndes.html ) o dia foi marcado pelo anuncio de que Trump e Xi, Presidente dos EUA e Premier da China, irão se reunir nas reuniões do G20 no final deste mês no Japão. Na agenda do dia, destaque absoluto para a reunião do Fed nos EUA, onde o mercado embute probabilidade em torno de 30% de um corte de 25bps nas taxas de juros, e/ou uma sinalização incisiva de que os juros cairão nas próximas reuniões do Comitê. O mercado precifica em torno de 3 quedas de 25bps nos próximos 12 meses, o que de certa forma tem sido um vetor importante de sustentação dos ativos de risco. Entendo que os mercados devem ficar suportados no curto-prazo pela expectativa de sucesso dos bancos centrais desenvolvidos no processo de afrouxamento adicional de políti

Morning call - Europa, Draghi, BNDES, Odebrecht, Posição Técnica.

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Hoje comentei um pouco sobre: Europa, Draghi, BNDES, Odebrecht, Posição Técnica. https://www.youtube.com/watch?v=EPol1dysjn4

Daily News – Europa, Draghi, BNDES, Odebrecht, Posição Técnica.

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O destaque desta manhã ficou por conta das declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE) de que novas medidas de afrouxamento monetário serão implementadas caso o cenário prospectivo não mostre recuperação. Os ativos de risco reagem de maneira clássica, com queda do EUR, alta do Ouro, fechamento das taxas de juros no mundo desenvolvido e alta das bolsas. Acredito que fazer “mais do mesmo” que já foi feito ao longo dos últimos 10 anos não será suficiente no longo-prazo para alterar a rota da economia global e, em especial, da economia da Europa. Entendo que este tipo de sinalização ajuda a dar suporte às bolsas no curto-prazo, mas tenho enorme receio do cenário de médio e longo-prazo. As medidas “convencionais” conhecidas nos trouxeram até aqui, um cenário de crescimento global baixo, para não dizer pífio, e de sustentação duvidosa. Porque acreditar que fazer “mais do mesmo” será suficiente para dar sustentação a economia e aos mercados? Nesta linha, o ZEW – um