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Mostrando postagens com o rótulo Tarifas

Daily News – China: Vetor Positivo de Curto-Prazo

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Após uma sexta-feira de aversão a risco, os mercados globais estão abrindo em tom positivo essa semana. Os EUA começam a anunciar medidas que visão ajudar a frear a alta inflacionária, como a exceção de algumas tarifas de importação de produtos da China, o que parece estar dando ímpeto aos mercados essa manhã.   Entendo que as medidas possam ser vistas como positivas no curto-prazo, mas certamente são insuficientes para conter a escala inflacionária, hoje muito mais enraizada diante de um mercado de trabalho apertado, como confirmamos nos dados de emprego divulgados na sexta-feira.   Em nossa carta mensal de maio discorremos um pouco mais sobre nosso processo de investimentos e sobre nosso cenário base, aqui: https://www.taginvest.com.br/arquivos/carta-mensal-maio-2022.pdf .   No final da semana passada estive em mais um evento sobre cenário internacional, cujas conclusões coloco abaixo:   Ainda espero um mercado com alta volatilidade e não descarto m...

Weekend News – Trump vai à “Guerra”!

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O final de semana está se aproximando de seu fim de maneira bastante agitada. Trump parece ter retomado sua “Guerra Comercial” contra a China. Segue abaixo os principais temas e seus eventuais impactos nos mercados: Sem a menor sobra de dúvida o evento mais relevante das últimas horas ficou por conta do Tweet de Trump, dizendo que irá manter as tarifas de importação impostas à China. Além disso, deve manter o cronograma para elevar as tarifas em mais uma enxurrada de produtos chineses no final da semana que se inicia. Segundo Trump, as tarifas explicam parte do bom momento da economia dos EUA. A China estaria lenta de mais nas negociações e demandando retornar em temas que já haviam sido acordados, segundo o presidente dos EUA. O mercado vinha precificando um acordo entre os dois países (e em breve). Esta notícia pega o mercado desprevenido e deve gerar volatilidade e incerteza ao preço dos ativos de risco, pelo menos no curto-prazo. Vale lembrar que parte relev...

Dólar Fraco e Tarifas.

Os ativos de risco operaram grande parte de segunda-feira sob alguma pressão, mas acabaram encerrando o dia em tom de estabilidade. Os mercados operam sem grandes movimentações essa manhã. O destaque ficou para um movimento, ainda tímido e incipiente, de dólar fraco no mundo. Eu sou um grande defensor desta tese já há algum tempo, mas vem sendo uma tendência difícil de antecipar. Vejo a possibilidade do “delta” de desaceleração da economia dos EUA ser maior do que o resto do mundo. Por diversificação e composição de portfólio, gosto do JPY e do CHF (além do Ouro, se for considera-lo como “moeda”). No Brasil, dado a recente pressão altista nas coletas de inflação, mesmo que pontuais e localizadas, que não deveriam alterar o cenário para a política monetária, acho que faz sentido trocar alocações na parte curta da curva de juros por posição táticas ( stops curtos e bem definidos dado a dinâmica ruim) em BRL. Ainda gosto estruturalmente de posições em NTN-Bs longas para quem te...

Trump prorroga implementação de tarifas adicionais à China.

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo. As bolsas da Ásia apresentaram forte alta, lideradas pelos índices da China. Ontem, Trump anunciou que irá prorrogar o prazo de implementação das tarifas adicionais a China, após avanços substanciais nas negociações entre os dois países para um acordo comercial. Já haviam rumores de que isso poderia acontecer a cerca de 10 dias. Assim, a medida não é de toda surpreendente, mas não deixa de ser positiva para o humor dos ativos de risco. A expectativa deste acordo, aliado a mudança de postura por parte do Fed, são os principais vetores de sustentação para os ativos de risco neste começo de ano. Continuo acreditando que estamos em um interregno benigno, em uma janela positiva para os mercados, porém em um equilíbrio instável. O aparente cenário atual de “goldilocks”, ou crescimento ainda saudável com baixa inflação e sem mudanças bruscas de política monetária, me parece insustentável no longo-prazo. Este panorama pos...

Risk-Off!

Os ativos de risco estão apresentando forte movimento de “risk-off” essa manhã, após os EUA divulgarem uma lista de mais cerca de US$200bi em produtos chineses que podem ser passivos de novas taxações de importação. Continuo vendo um cenário extremamente desafiador à frente tanto no tocante ao panorama externo como interno, como podemos ver abaixo nas notícias do dia. Confesso que não gosto de basear meus portfólios e meu cenário em cima de eventos de pouco poder de previsão, onde tenho pouca vantagem comparativa, como a política comercial dos EUA. Assim, eu mantenho o que já falei aqui outras vezes ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/07/update.html ) A mídia internacional está dando grande enfoque a “guerra comercial” iniciada pelos EUA contra a China e seus potenciais desdobramentos de agora em diante. Os mercados continuam mostrando baixa reação ou precificação a estes movimentos, vendo estes desenvolvimentos apenas como um meio de negociação, para que os EUA cheguem a...

"Tech Trouble", China Tariffs and NAFTA.

Os ativos de risco estão retornando do feriado com uma aparente normalização de fluxos, que está dando suporte ao mercado de commodities e a uma abertura das taxas de juros no mundo desenvolvido. Contudo, o dólar opera com pouca movimentação e direção mista, enquanto a bolsa dos EUA apresenta nova rodada de pressão, em um ambiente ainda de baixa visibilidade e maior incerteza. No sábado fiz um breve resumo de minha visão, que pode ser revista aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/03/mercados-globais-pmi-na-china-inflacao.html . No final de semana, o  Facebook  foi vítima de um vazamento de um relatório que coloca, novamente, a empresa no foco do debate da mídia e dos mercados, sugerindo uma postura questionável da empresa e a manutenção de um foco que poderá levar a maior regulamentação e pressão das autoridades em seu modelo de negócios. O presidente dos EUA ainda voltou a comentar, através de seu Tweeter que  modelo de negócios da...

Tarifas, Crescimento e Bancos Centrais.

Mercados & Cenário: Os ativos de risco tiveram na quinta-feira um dia de “risk-off” clássico e acentuado, com queda das bolsas e das commodities, fechamento de taxas de juros nos países desenvolvidos, dólar forte e pressão nos ativos emergentes em geral. A noite de elevada volatilidade e de manutenção de um viés negativo nos mercados financeiros globais. Acredito que alguns vetores estejam influenciando os ativos de risco no curto-prazo. Não vejo nenhum deles sendo dissipados nos próximos dias (ou semanas). Assim, deveremos conviver ainda com um ambiente de elevada volatilidade e sem tendências definidas. Vamos aos fatos: Tarifas –  O governo dos EUA anunciou que irá taxar cerca de US$60bi de importações da China em cerca de 25%. Outras medidas também serão tomadas. Durante a noite, a China anunciou que irá adotar medidas de reciprocidade. Já anunciou tarifas em cerca de US$3bi de importações de Aço e Alumínio dos EUA e sinalizou que outras medidas serão tomadas caso...

Tarifas, PMI fraco na Europa e surpresa no Copom,

Os ativos de risco estão abrindo essa manhã sobre pressão, com destaque para a queda das bolsas e o fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido. Vejo duas explicações para estes movimentos. Primeiro, a mídia continua circulando a informação de que o Governo dos  EUA  ira anunciar, ainda está semana, cerca de US$50bi em  tarifas , em cerca de 100 produtos chineses, com o intuito de forçar a  China  a “melhorar” (segundo as palavras de Trump) as relações comerciais entre os dois países. Esta medida seria um passo a mais no projeto de Trump em busca de relações bilaterais que visam favorecer a economia interna dos EUA. De maneira geral, medidas protecionistas, ou “guerras comerciais”, tendem a ser baixistas para o crescimento e altistas para a inflação. Por ora, a China e os demais parceiros comerciais dos EUA têm adotado um tom conciliador e visando o diálogo. Caso este pano de fundo se altere, poderemos ter um cenário muito mais desafiador para a econo...

Crescimento global positivo ainda sustenta humor global a risco.

Mercados & Cenário: Os ativos de risco foram capazes de superar a retórica agressiva de Trump em relação a imposição de tarifas de importação para o Aço e o Alumínio, além de ignorarem um resultado marginalmente mais negativa nas eleições da  Itália , e acabaram encerrando a segunda-feira em tom mais positivo. Acredito que os dados de crescimento global estejam dando suporte ao ativos de risco. Como venho comentando nas últimas semanas, a despeito de sinais mais negativos, tais como pressões inflacionarias nos EUA, desaceleração da China, protecionismo dos EUA e afins (veja mais aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/ ), o crescimento global ainda garante algum suporte ao humor global a risco. Eu reafirmo minha visão de que o momento seja de portfólios mais neutros, de utilização de instrumentos e estruturas que se defendam de “riscos de cauda” (ou riscos de stress) e pela busca de posições relativas. Como argumentei diversas vezes nos últimos meses, por...