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Mostrando postagens com o rótulo Oriente Médio

Flash News – EUA: Crescimento ainda saudável.

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O destaque do dia ficou por conta do ISM Non-Manufacturing nos EUA – um dos indicadores mais coincidentes do setor mais importante da economia. O número apresentou leve alta em dezembro e permaneceu em patamar elevado. O qualitativo do indicador não foi tão favorável com o número fechado, com queda em alguns importantes itens. De qualquer forma, é um sinal de que a economia dos EUA segue com crescimento saudável, a despeito da aparente recessão no setor de manufatura: Interessante observar como a bolsa dos EUA reage quase que simultaneamente a injeção de liquidez, o que explica parte relevante do bom desempenho ao longo de 2019, a despeito de um cenário econômico global mais negativo. Atenção, assim, deve ser dada a postura do Fed nos próximos meses: Agora há pouco, escutamos reportes de novos ataques a presença militar dos EUA no Iraque. Espero a continuidade deste tipo de ataque nos próximos dias. Uma eventual resposta dos EUA deve acontecer em breve. Is...

Daily News – Oriente Médio mantém estado de alerta.

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Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom negativo, liderados por mais uma alta no preço do petróleo e pela queda das bolsas, após um final de semana marcado pela reação do Irã e de suas milícias a morte de um dos mais importantes generais iranianos no final da semana passada. Comentei mais a fundo sobre esses eventos aqui, https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/01/perspectiva-historica.html e aqui, https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/01/daily-news-cisne-negro.html . Ao longo do final de semana, fiz atualizações constantes na conta @DanKawa2 no Twitter. Na semana passada, comentei sobre o Ouro, o Iene (JPY), as Tresuries e o Petróleo como opções de hedge/proteções. Hoje vemos o Ouro e o Petróleo testarem suas máximas deste ciclo e o JPY elevar sua correlação com ativos de risco, ou como gostam de citar alguns, ativos “Anti Frágeis”: Vale lembrar também que a posição técnica do mercado está comprometida: Não houve casos adicionais de ataque...

Perspectiva histórica:

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Tenho tentado fazer um acompanhamento frequente estes últimos dias sobre a situação no Oriente Médio (pode ser visto no Twitter em @DanKawa2), tendo em vista que não sou um especialista em geopolítica e muito menos em Oriente Médio. Meu intuito tem sido em acompanhar a situação e tentar entender seus potenciais impactos para a economia global e os mercados financeiros mundiais. O impacto mais óbvio, neste momento, seria no preço do Petróleo. Uma alta mais acentuada e permanente gera mais inflação e menos crescimento. Isso porque um petróleo mais caro atua como uma espécie de imposto sobre o consumo. O tamanho deste impacto, por sua vez, depende do tempo e das proporções que irão tomar o conflito no Oriente Médio. Desde ontem a tarde, vimos ataques pontuais e localizados por parte do Irã e suas milícias no Oriente Médio e na África, onde há presença americana. Trump já declarou que irá responder a qualquer ataque a alvos americanos na região. Em perspectiva, o gráfico ...

Daily News – Bem-Vindo a 2020!

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Algumas análises dos últimos dias para começarmos 2020. Algumas notícias positivas, alguns sinais que precisam ser monitorados e algumas surpresas. No geral, um quadro neutro em relação ao final de 2019: China – O Manufacturing PMI ficou estável em 50.2 pontos em dezembro. Para os otimistas, sinal de estabilização do crescimento. Para os pessimistas, estabilização frágil, ainda em patamar perigosamente baixo e as custas de uma nova rodada de estímulos. O Non-Manufacturing PMI caiu de 54.4 para 53.5, em um sinal de desaceleração adicional da economia doméstica. Abaixo, podemos ver os gráficos e tabelas com detalhes abertos do número: Oriente Médio – Na semana passada, uma base americana foi atacada no Iraque, com algumas vítimas fatais. O ataque teria sido executado por milícias da Síria/Irã. Os EUA responderam com bombardeios militares a bases dessa milícia. Ontem pela manhã, a embaixada dos EUA no Iraque recebeu uma tentativa de invasão, com protestos massivos...

Sem respiro...

Brasil -  O domingo trouxe mais uma onda de notícias negativas para o quadro econômico local. Segundo a Folha, o governo vai deixar a reforma trabalhista de lado para focar na reforma da previdência. Contudo, em outra matéria do mesmo jornal, o artigo afirma que a reforma da previdência deverá encontrar enormes dificuldades de aprovação no Congresso. De acordo com o Estado, o governo recuou de sua intensão em reduzir o crédito subsidiado do BNDES. Agora, o artigo afirma que o governo irá manter algumas linhas de crédito a juros baixos, com o objetivo de estimular a infraestrutura do país. Enfim, como tenho insistido incessantemente nas últimas semanas, parece que estamos migrando a passos largos para um caminho sem volta. Desde a saída de Joaquim Levy, não vimos uma guinada brusca em direção a "nova matriz econômica". Todavia, fica cada vez mais evidente que medidas pontuais e localizadas, mas cada vez mais corriqueiras, estão sendo adotadas nesta direção. Acredito que os at...

Risk Assets Under Atack

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira novamente sobre pressão. O  Petróleo  continua a liderar este movimento, operando (WTI) a $27, e levando consigo as bolsas dos países desenvolvidos. O S&P500 futuro, neste momento, opera a 1841, abaixo do patamar psicológico de 1850. OS juros dos países desenvolvidos fecham taxa, os ativos EM apresentam mais uma rodada de pressão, e as commodities seguem o movimento baixista do petróleo. Nenhum dos vetores que tenho monitorado para uma estabilização do humor global a risco parece estar surgindo no cenário, o que torna uma estabilização dos ativos de risco ainda bastante incipientes. Vejo algum exagero nas expectativas de crescimento dos EUA e da Europa, mas a dinâmica dos mercados, cada vez mais, se aproxima de uma dinâmica de crise, onde qualquer  rally  é usado como oportunidade de redução de posições otimistas. Neste ambiente, as moedas “pegs” do  Oriente Médio  estão sobre ataque e entram no r...

Forte aversão a risco. CNY e Coréia do Norte em foco.

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em tom bastante negativo. As bolsas da China tiveram um dia de forte alta, mas novamente puxadas por medidas artificiais promovidas pelo governo local. A moeda chinesa ( CNY ), por sua vez, apresentou mais um dia de forte depreciação. A tendência de depreciação da moeda do país começa a parecer um processo intencional do governo, com o intuito de manter um câmbio mais depreciado e favorecer o crescimento da economia. Um ambiente parecido com este vigorou entre fins de julho e começo de setembro de 2015, período de elevada depreciação cambial das moedas emergentes e forte aversão a risco global. Parece que estamos caminhando nesta mesma direção. Meu viés é negativo no curto-prazo, até que a situação na China e os ruídos localizados (vide abaixo) se estabilizem. Parece que precisaremos de novas rodadas de aversão a risco nos mercados globais antes que isso ocorra. Para piorar o cenário recente, a Coréia do Norte anunciou que prom...

Risk-Off

O ano começou de forma agitada, com um movimento global de aversão a risco. Acredito que o movimento tenha sido exacerbado por questões pontuais e localizadas na China (vide abaixo), o que pode vir a criar oportunidades de investimentos ao longo dos próximos dias. De qualquer maneira, devido ao novo “circuit breaker” chinês, não podemos descartar uma venda ainda reprimida nos próximos dias. Por hora, o Brasil está apenas seguindo o humor global a risco, com o dólar mais forte, uma bolsa pressionada e juros apresentando fechamento de taxas. As condições econômicas e políticas do país, contudo, nos deixam em condições precárias para navegar um ambiente externo mais desafiador e volátil. China -  As bolsas do país tiveram um dia de forte queda, ao mesmo tempo em que a moeda local apresentou mais uma rodada de depreciação. Alguns vetores podem ajudar a explicar o movimento das bolsas locais: (1) a possibilidade de uma nova rodada de IPO´s, (2) o fim do período em que os executivos...

Agenda do Dia, Oriente Médio e FOMC

A segunda-feira está sendo marcada por um leve movimento de " Risk-Off ", com as bolsas em queda e o USD forte no mundo, em especial contra EM. A situação no Oriente Médio (vide post anterior), e as expectativas para a reunião do FOMC nos EUA (vide post anterior), não parecem estar ajudando o humor dos mercados essa manhã. Na agenda do dia, teremos como destaque nos EUA o Empire Manufacturing e a Produção Industrial. Já no Brasil, a agenda terá a divulgação do IGP-10 e IPC-S, além da balança comercial semanal e os indicadores industriais da CNI.

FOMC & Oriente Médio

A semana será decisiva para a dinâmica de curto-prazo dos mercados globais, não somente pela divulgação de importantes indicadores de atividade e inflação nos EUA, mas, principalmente, pela importante reunião do FOMC na quarta-feira (vide seção EUA abaixo). A dinâmica do preço do petróleo, com a piora no clima político no Oriente Médio, também demanda atenção especial (vide seção Oriente Médio abaixo). EUA – A reunião do FOMC na quarta-feira será uma das mais importantes, e menos consensuais, dos últimos tempos. Não pela decisão em si, onde a redução do QE em mais US$10B é quase que uma certeza, mas pela sinalização que será adotada pelo Comitê na atualização de suas previsões, assim como a postura que será tomada por Yellen em sua entrevista coletiva. Algumas questões parecem certas, como a atualização do crescimento de 2014 para baixo, uma trajetória mais rápida de aceleração da inflação, e uma trajetória mais rápida de queda na taxa de desemprego. Contudo, todas essas 3 atualiza...