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Mostrando postagens com o rótulo Bancos Italianos

Europa: Confiança & Bancos Italianos.

A manhã está sendo marcada por alguns importantes desenvolvimentos na Europa. Primeiro, o ZEW – um dos principais indicadores de confiança da Alemanha – caiu de 19,2 para -6,8 pontos em julho, muito abaixo das expectativas de 9,0 pontos. O número é o primeiro dado econômico totalmente coletado após a votação do Brexit na Inglaterra e mostra um cenário de extremo desconforto em relação a situação econômica da região após os eventos na Inglaterra. A queda pode ter sido pontualmente exagerada, mas não pode ser totalmente ignorada. O sinal do ZEW é totalmente contrário a reação dos ativos de risco após o Brexit. Ainda acredito que o cenário seja de uma recessão na Inglaterra, com impactos não desprezíveis no crescimento da Europa. O problema pode ser controlado e permanecer isolado a região, contanto que o resto do mundo continue em um ambiente de crescimento baixo mas relativamente estável. Segundo, os bancos da Itália voltaram ao radar, após uma decisão da Corte Europeia reforça...

Risk-On! Fed, Bancos na Itália & Japão.

Os ativos de risco estão dando continuidade ao forte movimento de busca por ativos de risco após os eventos recentes no  Japão . O movimento é liderado pelo Nikkei e pelo JPY, mas já se mostra espalhado ao redor de todo o mundo. A agenda do dia será relativamente esvaziada. Na tarde de ontem, a temporada de resultados corporativos trimestrais teve início nos  EUA , com a Alcoa divulgando um resultado superior as expectativas. A ação apresentou alta após o fechamento do mercado. No curto-prazo, precisamos observar como será a narrativa do Fed diante dos desenvolvimentos recentes. O crescimento do país se mostra baixo, porém estável. Não há sinais de pressões altistas na inflação, mas a tendência gradual de alta nos índices de preço (que vem sendo sinalizada por membros do Fed) parece inalterada. Após o Brexit, observamos um forte alívio das condições financeiras, com o forte fechamento das taxas de juros, um dólar mais fraco e as bolsas nos picos históricos. Além disso...

Brexit, Bancos na Itália e Ajuste Econômico no Brasil.

Os ativos de risco estão mantendo o tom negativo verificado ao longo da quarta-feira. Não há esta manhã, nenhum desenvolvimento diferente nas frentes que tem impactado negativamente os mercados financeiros globais. O problema no sistema bancário da Itália segue sem uma solução definitiva, a moeda da China continua em uma clara tendência de depreciação, e os fundos imobiliários na Inglaterra estão sobre pressão. Não podemos descartar o surgimento de efeitos colaterais adicionais do Brexit nos mercados financeiros globais no curto-prazo. A situação é delicada, porém fluída. A aparente ausência de um pânico mais generalizado nos mercados financeiros globais pode acabar dando uma falsa impressão de estabilidade aos policy makers, evitando que medidas mais duras e concretas sejam tomadas no curto-prazo. Reforço minha visão de que existem instrumentos e disposição política para que todo o esforço seja utilizado a fim de evitar uma crise econômica global mais aguda. Contudo, tenho a pre...

Cenário de curto-prazo.

Iniciamos a terça-feira com a seguinte narrativa: Os ativos de risco estão operando com viés negativo essa manhã. A despeito da recuperação dos ativos de risco após o Brexit, na percepção de que os Bancos Centrais ao redor do mundo darão suporte aos mercados, e os impactos do evento ficarão limitados, começa a surgir efeitos colaterais que testam essa tese mais construtiva. Primeiro, os bancos na Itália estão passando por um momento delicado, com a urgente necessidade de capitalização e/ou uma solução concreta para seus NPLs. Segundo, surgem notícias que alguns fundos imobiliários na Inglaterra tiveram que “fechar” para resgates, já que as saídas de recursos estavam em montante que poderiam afetar a liquidez e o preço dos ativos. O evento já está sendo comparado aos dois fundos da Bear Sterns nos EUA que, no início da crise de 2008, foram os primeiros instrumentos a apresentar problemas de liquidez com o mercado de crédito . O dia se encaminhou com notícias adicionais de fech...

4 de Julho.

No cenário externo, com o Brexit temporariamente superado, o foco se voltou para o sistema bancário na Itália. O Banca Monte Dei Paschi caiu 14%, atingindo novo mínima histórica, levando consigo os demais bancos do país, além de outros nomes em toda a Europa. Me impressiona como a narrativa do problema nos bancos da Itália é muito parecida com todas as outras crises bancárias ou soberanas da história recentes (EUA em 2008, Irlanda, Grécia e etc). O problema de capitalização dos bancos existe, já foi devidamente apontado pelo mercado e pelos próprios policy makers , mas não há consenso em torno de uma solução, até mesmo pela rigidez das regras de bail-in em vigor na Europa atualmente. Por hora, a queda expressiva no valor das ações não gerou contágio para o resto do mundo, mas vale lembrar que em um primeiro momento, nem a crise nos EUA e nem na Grécia (ou Irlanda, ou Portugal e etc) geraram um contágio expressivo em um primeiro momento. A situação só reforça minha visão de que os ...