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Mostrando postagens com o rótulo Relatório de Inflação

Update.

A chegada do fim do primeiro trimestre do ano está trazendo alguma normalização aos fluxos e estabilização aos ativos de risco. Tendo a acreditar que, a partir de segunda-feira, teremos um quadro técnico mais limpo, permitindo que os mercados financeiros globais voltem a focar nos temas econômicos, mesmo que eu ainda não veja grandes temas de investimentos ou tendências muito claras no curto-prazo. Continuarei focado em temas específicos, em posições relativas e com postura mais tática. A quinta-feira, véspera de feriado, trouxe algumas informações ao mercado, o qual trataremos abaixo. Adianto que nenhuma delas altera o cenário base que venho descrevendo neste fórum, mas reforçam algumas questões. No Brasil , O Relatório de Inflação (RI) divulgado pelo BCB trouxe a mesma mensagem que já havia sido muito bem descrita no comunicado após a última decisão do Copom e as Notas desta mesma reunião. Mensagem essa que havia sido entendido e digerida pelo mercado. De maneira resumida, ...

Trading the Fed and Oil.

Não há mudanças significativas no cenário econômico global (nos EUA, o Jobless Claims se manteve nos lows históricos, o Bloomberg Consumer Confidence nos picos históricos, e o Leading Indicator mostrou novo avanço), mas precisamos levar em conta alguns vetores para entender (e tentar prever) a direção dos mercados financeiros globais no curto-prazo, e potencias impactos mais estruturais. Primeiro, há a aparente mudança de postura por parte do Fed, já tratada aqui neste fórum incessantemente desde a semana passada. Segundo, existe a volatilidade recente no preço do petróleo. Ambos são capazes, individualmente, ou em conjunto, de alterar de maneira significativa a dinâmica dos ativos de risco. A postura do Fed poderá ter impacto mais estrutural sobre os mercados financeiros globais, enquanto o petróleo parece ser uma questão pontual. Como vimos hoje, a simples estabilização de seu preço, mesmo que ainda em bases frágeis (subindo neste momento menos de 1%, após acentuada queda r...

Brasil: Relatório de Inflação.

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira sem tendência definida. Ainda há sinais de instabilidade nos ativos de risco, com as bolsas dos EUA e da Europa apresentando queda. As commodities estão estáveis no momento, mas ainda há sinais de fragilidade no petróleo e no complexo de metais não preciosos, o que requer cautela para o humor global a risco. O dólar operam em leve queda ao redor do mundo, mas com movimentos bastante tímidos neste momento. O dia será de agenda um pouco mais agitada do que o começo da semana. Nos EUA teremos o Jobless Claims. No Brasil o Relatório de Inflação (RI). No Brasil, nossa área econômica espera que o RI mostre revisões baixistas nas projeções de inflação para os anos de 2017 e 2018. No primeiro caso, é esperada uma inflação abaixo do centro da meta, ao redor de 3,8%. No segundo caso, uma inflação em torno do centro da meta, em cerca de 4,5%. Esses números seriam inferiores as últimas estimativas oficiais apresentadas pelo BCB em seus últimos d...

Cautela ainda necessária. Foco deve ser em temas específicos.

O dia foi de poucas novidades econômicas concretas, mas com uma dinâmica que manteve os sinais de instabilidade iniciadas desde a última reunião do FOMC (e os sinais recentes do Fed). O destaque absoluto ficou por conta de mais uma rodada de queda no preço do petróleo . Sou pouco entendido no assunto. Tendo a acreditar que o mercado de commodities apresenta movimentos de curto-prazo muito mais acentuados do que as mudanças de fundamentos representam. De qualquer maneira, com o WTI novamente próximo aos $40, e nos níveis mais baixos em cerca de 7-8 meses, o movimento começa a incomodar os demais ativos de risco. Tenho pouca sensibilidade a este mercado para emitir uma opinião concreta sobre sua direção. No Brasil , o destaque ficou por conta do bom desempenho da curva curta de juros, as vésperas da divulgação do Relatório de Inflação. A curva apresentou movimento de steepening, com as inflações implícitas subindo marginalmente. Acredito que estes movimentos fazem sentido, dian...

RTI, Risco Trump e China.

Segue abaixo um breve resumo dos acontecimentos do dia: Brasil – Destaque para o Relatório de Inflação. Segundo nossa Área Econômica: Em relação à ata anterior e a comunicação recente do BC, o RI trouxe novidades apenas marginais. Incorporaram a um dos documentos principais do BC (já aparecia em discursos): “Um ambiente com expectativas de inflação ancoradas também permite que o Comitê siga um princípio que confere flexibilidade aos regimes de metas para a inflação e que se aplica ao Brasil. Nesse ambiente, essa flexibilidade permite que os custos de desinflação sejam levados em conta nas decisões de política monetária”; O cenário de aceleração praticamente sacramentado para janeiro, mas por enquanto o que as projeções de inflação do BC sugerem é que o ritmo de quedas é de -50bps por reunião; Vale mencionar que em relação à ata, o cenário de juros do Focus incorporou mais uma queda de -25bps em 2017 (finalizando o ano em 10,5%pa) e manteve 2018 em 10%. Mesmo assim, a projeção ...

Set. Ready. Cut!

Dois eventos merecem destaque nesta terça-feira. No cenário externo, a percepção de que Hillary Clinton venceu o primeiro debate para as eleições presidenciais norte americanas ajudaram a dar sustentação a alguns ativos de risco, como o MXN e as bolsas dos EUA. O petróleo acabou apresentando papel secundário, com a OPEP, mais uma vez, falhando em chegar a um acordo para o congelamento (ou redução) da produção dos países membros, o que levou a uma forte queda da commodity. O DB continua no foco do mercado e poderá trazer alguma volatilidade no curto-prazo. No Brasil, o Relatório de Inflação (RI) mostrou expectativas/previsões menores do que no RI anterior, e mais baixas do que na última Nota do Copom. Além disso, as previsões do BCB ficaram abaixo das expectativas do mercado. O texto do Relatório adotou mensagem similar àquela que já vinha sendo incorporada pelo BCB em eventos recentes. Acredito que o BCB sancionou a janela para que o ciclo de queda de juros se inicie na re...

Algumas observações.

Até o momento, a terça-feira está sendo de um movimento típico recuperação dos ativos de risco. Alguns pontos, contudo, me chamam a atenção: - Por hora, o movimento de alta das bolsas dos EUA me parece tímido demais, especialmente frente a queda rápida e acentuada verificada na sexta-feira e ontem. Esperaria um movimento mais acentuado, mesmo que apenas aparentando ser um movimento técnico de recuperação. A fragilidade me chama a atenção. - A mesma analogia pode ser feita para os bancos na Europa, que acabaram fechando o dia próximos a estabilidade, depois de dois dias de forte pressão. O movimento sinaliza para uma fragilidade no setor. Vale lembrar que os bancos europeus já vinham em um movimento de queda antes do Brexit. O evento apenas acelerou estes movimentos. Fica cada vez mais evidente que este setor passa por um problema estrutural mais sério, que precisará ser equacionado pelos policy makers, mais cedo ou mais tarde. O problema, como a história recente comprova, é qu...

Brasil: Realização de Lucros.

O dia foi marcado por uma confluência de vetores negativos mesmo que, na minha visão, alguns apenas se mostrando ruídos de curto-prazo, acabaram afetando negativamente os preços dos ativos locais. Em primeiro lugar, vimos sinais de que o governo estaria sendo bem sucedido em sua estratégia de negociar “no varejo” cargos no atual governo, em troca de apoio contra o impeachment de Dilma. Em um primeiro momento, o governo evitou a desembarque de outros partidos da base aliada após a decisão do PMDB. Na minha visão, este tipo de negociata faz parte do processo, mas não deveria afetar o resultado final do cenário. A pressão popular sobre os parlamentares continua elevadíssima e, a meu ver, precisaremos de fatos novos, muito mais relevantes (uma nova fase da Lava-Jato, por exemplo) para reverter este quadro. Em segundo lugar, o BCB divulgou um Relatório de Inflação que acabou decepcionando as expectativas daqueles que esperavam um sinal mais claro em torno do início de um processo d...

"Mini" Year End Rally?

Os ativos de risco mantiveram uma dinâmica, em grande parte, positiva neste final de ano, com as bolsas globais em alta ( Year End Rally ?), com uma recuperação do preço do petróleo, após a divulgação de forte queda dos estoques nos EUA, e abertura de taxa de juros nos EUA. O dólar apresentou desempenho mais misto, fforte contra G10 (especialmente contra o EUR), porém sem tendência definida em relação as moedas emergentes. O Brasil manteve o tom de terça-feira, no que me parece ser um processo de acomodação/consolidação da piora recente dos ativos locais. O anuncio de novos M&A´s (desta vez um fundo Árabe aportando recursos no frigorífico Minerva) pode estar ajudando a dar um tom um pouco mais positivo aos mercados locais no curto-prazo. Eu vejo esses anúncios como naturais dentro de um contexto de forte depreciação cambial e forte queda no preço dos ativos brasileiros. É natural esperar alguma demanda específica, por ativos que ofereçam valor, por parte dos investidores estr...

Update

A quinta-feira manteve a narrativa recente, exceto por uma reação mais forte do USD a sinais de recuperação da economia norte americana. As bolsas globais continuam em um processo de realização de lucros, assim como as commodities, lideradas pelo petróleo, passam por um período de consolidação. O mercado de juros norte americano, assim como o USD, voltaram a mostrar força, com uma alta do USD e uma abertura de taxas nos EUA. No Brasil, o dia foi de estabilidade do BRL, a despeito da alta volatilidade intraday , enquanto a curva de juros apresentou movimento de steepening , condizente com um Relatório de Inflação percebido como dovish pelo mercado. Brasil – No Relatório de Inflação de hoje, o BCB parece sinalizar extrema tranquilidade com o movimento do câmbio. Em suas previsões, utilizam câmbio de 3.15 e PIB de -0.5%, o que traz alguma credibilidade as projeções, já que o câmbio está próximo a este patamar, e as previsões do PIB de mercado em torno de -1%. Acredito que o mercado...