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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Daily News – Esperanças e Novas Supresas.

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Encerramos a semana em um tom menos negativo, após o Fed divulgar um comunicado na tentativa de acalmar o mercado: Hoje cedo comentamos que: “Markets Stop Panicking When Central Banks Panic”, mas desta vez apenas a atuação dos bancos centrais talvez seja insuficiente. Uma postura mais frouxa certamente irá ajudar a estabilizar o mercado e o humor global a risco, mas medidas adicionais devem ser necessárias. Os Banco Centrais pareciam manter uma postura de negação, o que vinha incomodando o mercado, mas parecem começar a mudar este tom após este comunicado do Fed. Ainda teremos enormes desafios pela frente, mas algum conforto foi dado hoje pelo Fed, após  um dos mais rápidos e acentuados “sell-offs” da história: Durante a noite, contudo, o fluxo de notícias seguiu negativo. Primeiro, no tocante ao Coronavírus, novos casos foram detectados e, mais alarmante ainda, observamos um espalhamento de casos nos EUA e, alguns deles, sem que tenham tido contado com pessoa

Daily News – Habemus Crisis!

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Após uma queda de cerca de 5% ontem, os futuros de S&P500 caem mais 1,5% neste momento, próxima a 2.900 pontos. A volatilidade é alta, mas os sinais dos demais mercados seguem assustadores: A Treasury de 10 anos opera abaixo de 1,20% - novo piso histórico – as bolsas da Ásia e Europa operam em forte queda, assim como as commodities metálicas. Podemos dizer que estamos no meio de uma crise de proporções maiores do que o imaginado anteriormente. Nestes momentos, é sempre difícil, talvez impossível, acertar o ponto de inflexão da situação: Eu gosto da máxima de que, “ Markets Stop Panicking When Central Banks Panic ” , mas desta vez apenas a atuação dos bancos centrais seja insuficiente, assim como foi em 2008. Uma postura mais frouxa certamente irá ajudar a estabilizar o mercado e o humor global a risco, mas medidas adicionais devem ser necessárias. A situação do Coronavírus continua catastrófica: Na Coréia do Sul os casos estão crescendo a taxa próxima a 1 mil infe

Daily News – Em busca de um milagre?

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Os ativos de risco continuam bastante voláteis e, neste momento, operam pressionados. O fluxo de notícias segue negativo, com novos países anunciando seus primeiros casos e países já assolados pelo Coronavírus divulgando uma aceleração de infectados. O mercado deverá continuar seguindo as notícias em torno do vírus e sua repercussão na economia global. Nos últimos dias, já vimos um ajuste relevante de preços e “valuations” de mercado que, há muito, me pareciam esticados: Os ativos aparentam estar com preços mais ajustados, mas estamos no meio de um processo onde ainda não sabemos o real impacto na economia. Nestes momentos, é sempre difícil prever até onde irá a correção. Começamos, apenas nos últimos dias, há ouvir das empresas que suas metas de lucros/resultados, não serão atingidas este ano. Além disso, começamos a ver a divulgação de algumas fábricas interrompendo produção devido a “quebra” na cadeia de produção global. Este pode ser o início de um  

Riscos:

O cenário segue frágil e incerto. O mundo passa por um choque de oferta que atinge em cheio o setor de serviços, que vinha sendo o pilar de sustentação da economia global. Na minha visão, o grande risco reside na alavancagem do setor corporativo dos EUA e da China. As empresas desses países de alavancaram bastante nos últimos anos. Enquanto havia crescimento e os juros estavam baixo, não existia problema. Caso o mundo passe por uma desaceleração mais acentuada e duradoura, a capacidade de pagamento dessas empresas ficará comprometida. Atualmente, não são os bancos os principais detentores dessas dívidas, mas sim a sociedade, os investidores e os ETF´s. Um problema neste canal pode vir a gerar um 'efeito domino" sobre a economia mundial e os mercados financeiros globais. Por ora, este é um cenário "alternativo", um cenário de risco, mas que ganha corpo à medida que o Coronavírus se espalha e seu controle se torna a cada dia mais difícil.

Fragilidade Continua

Primeiro de tudo, períodos como o atual são marcados por elevada volatilidade. Não é incomum fortes dias de queda, como ontem, serem seguidos por dias de altas acentuadas.   De qualquer forma, o cenário segue desafiador e não acho que fizemos o piso desta correção nas bolsas globais. Os ativos de risco tentaram uma reação na noite de ontem com notícias sendo ventiladas sobre potenciais vacinas para o Coronavírus. Entretanto, a recuperação foi perdendo força ao longo da madrugada. Uma vacina deve ser encontrada, mas não nos próximos 3 a 6 meses. O Coronavírus deve ser endereçado, mas ainda estamos na fase de sua disseminação ao redor do mundo. Tudo no mercado e uma questão de contexto. Tenho absoluta certeza de que o vírus será controlado, mas o curto-prazo ainda nos reserva incerteza e volatilidade. Minha preocupação é com os efeitos secundários do vírus.  Me pergunto, neste momento, questões como: Qual o tamanho e duração do impacto econômico? Teremos instru

Mercados Globais - Forte Aversão a Risco.

As bolsas da Europa e os futuros dos índices dos EUA apresentam quedas na ordem de 2.5% a 4% neste momento. Os ativos de risco reagem negativamente ao espalhamento do Coronavirus para fora da China, o que deve ter um impacto relevante sobre o crescimento global. Comentei mais a fundo sobre isso no sábado, aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/02/coronavirus.html?m=1. Além disso, expus minha visão sobre as possíveis soluções para este desafio, aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/02/uma-bomba-relogio.html?m=1 . Acredito que continuaremos, no curto-prazo, sucetíveis as notícias referentes ao vírus.  Apenas uma contenção mais estrutural do processo de contaminação será capaz de alterar essa dinâmica. Vale lembrar que entramos neste processo com um quadro técnico ruim e níveis de valuations excessivos em algumas classes, o que pode acabar agindo na direção de estender e acentuar os movimentos, mesmo que pontualmente. Espero um período d

Uma Bomba Relógio?

Vou tentar resumir como vejo o mundo hoje: Me parece cada vez mais claro que o Coronavírus exercerá uma pressão negativa maior, mais acentuada e prolongada no crescimento global. Para lidar com este desafio, a política monetária nas principais economias do mundo já se mostra impotente. A política fiscal será bem vinda, mas sua implementação é mais demorada e permeada de obstáculos políticos. Resta, na minha visão, a astúcia dos “policy markers” para flexibilizar a política creditícia. Em 2008, os bancos estavam alavancados, mas o setor corporativo não. Hoje, os bancos estão saudáveis, mas o setor corporativo está excessivamente alavancado, especialmente nas duas maiores economias do mundo, EUA e China. Uma desacelerarão global mais acentuada irá exercer forte pressão negativa no balanço das empresas, em seus fluxos de caixa e na capacidade de pagamento de suas dívidas. Este pano de fundo pode se tornar uma “bola de neve” caso não

Coronavírus:

O destaque do final de semana tem sido as notícias de proliferação do vírus em países que não a China. Irã, Itália e Coreia do Sul divulgaram um avanço exponencial das contaminações. Por ora, o número de casos ainda é pequeno se comparado aos verificados na China, mas a aceleração exponencial de contaminados assusta. Este pano de fundo deverá continuar a exercer pressão sobre o crescimento global, elevando a possibilidade de recessão em alguns países e regiões ou, no mínimo, acentuando e prolongando a “crise” corrente. As bolsas globais vinham ignorando este risco, a despeito dos sinais de fragilidade em outros ativos, como Ouro, Cobre, Treasury, Petróleo e afins. Acho natural supor que podemos passar por um período de maior volatilidade e incerteza, até pelo quadro técnico comprometido e pela nível de valuation de alguns mercados.

Daily News – Petrobras surpreende positivamente no Brasil. Coronavírus se espalha pelo mundo.

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Ao mesmo tempo em que os dados oficiais da China mostram um arrefecimento do Coronavírus, alguns países apresentam um aumento de casos e de novas fatalidades devido ao vírus. A proporção de pessoas infectadas ainda é muito baixa perto do que vimos acontecer na China, mas os países assolados pelo vírus já tomam medidas drásticas para evitar o espalhamento de sua contaminação. Isso certamente irá continuar exercendo pressão baixista sobre o crescimento global nas próximas semanas, quiçá meses. Não há, pelo menos por ora, sinais de normalização da economia da China: Em Taiwan, uma economia no entorno da China, com elevada corrente de comércio e importante termômetro para o crescimento global, as exportações de janeiro apresentaram forte contração, superior a 12% em relação ao mesmo período do ano passado: Interessante observar a dinâmica de queda do Euro, que vem sendo um pilar importante de sustentação de um dólar forte no mundo ao longo deste início de ano:

Daily News – China: Ainda longe da normalização.

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As bolsas globais estão abrindo a manhã em tom mais positivo, a despeito dos sinais ainda mais cautelosos de outras classes de ativos, como é o caso da alta do Ouro. Ontem a tarde comentei um pouco sobre a dicotomia dos mercados nos últimos dias (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/02/nem-tudo-esta-tranquilo.html ). Nos últimos dias, vimos alguma melhora nas perspectivas do Coronavírus na China, mas a situação ainda se mostra frágil e incerta: Essa incerteza pode ser vista na recuperação extremamente lenta da atividade econômica do país: Este pano de fundo chinês continua afetando o crescimento global, como podemos ver nos números de alta frequência, como o abaixo: Um dos “países” mais afetados pela “crise” é Hong Kong, onde o número de passageiros chegando ao país caiu de cerca de 200 mil por dias para pouco menos de 3 mil visitantes diários: No Brasil, seguimos em um momento de acomodação dos mercados, com o dólar seguin

Nem tudo está tranquilo...

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Interessante observar a movimentação dos ativos de risco hoje. A despeito da boa sustentação das bolsas globais, ainda nas máximas deste ciclo (muitas delas nas máximas históricas), vemos que a perspectiva de menor crescimento global e aumento dos riscos se mostra aparente em outras classes de ativos: Ouro fazendo nova máxima: Treasuries próximas aos pisos de taxas: Dólar nas máximas contra várias moedas (DXY e BRL, respectivamente): Ao que me parece, as bolsas seguem sustentadas pela liquidez global abundante e pelo efeito TINA (The Is No Alternative). Até quando isso pode persistir, apenas o tempo dirá...

Daily News – Apple: Ponta do Iceberg ou apenas mais um ruído?

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No início da noite de ontem a Apple anunciou um “profit warning”, indicando que não irá atingir seu lucro que havia sinalizado para o ano, devido aos impactos do Coronavírus na China. Os futuros dos índices de bolsa americanos operam em queda e os ativos de risco apresentam movimento de aversão a risco. Neste momento, eu me pergunto: Não era meio óbvio que com menor crescimento na China os lucros das empresas seriam afetados negativamente? Eu venho alertando para o impacto negativo do Coronavírus sobre o crescimento há alguns dias. O que me impressiona é uma reação, apenas agora, do mercado. Acredito que outras empresas seguirão a Apple. Tenho dúvidas, devido a dinâmica recente positiva dos ativos de risco, se isso será suficiente para reverter a direção do mercado. O risco, de qualquer forma, é real e presente. Sigo preocupado com o poder de reação da economia global diante deste choque adverso. A situação na China segue incerta e o retorno à normalidade ainda é

Ibovespa

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Está é a fotografia do Ibovespa as 17h30 de hoje (vide tabela abaixo). Em linhas gerais, as ações dos bancos ainda muito fracas e o setor de “Materials” – puxado pela Vale – bastante forte*. A diferença de desempenho entre setores e ações se torna cada vez maior, clara e evidente. Até este momento, está sendo o ano do “stock picking” e os bons gestores começam a se diferenciar. Continuamos esperando que este pano de fundo seja a regra este ano. * Sobre Vale: visão de uma solução rápida para o Coronavírus e uma empresa cada vez mais ajustada em termos microeconômicos.

Daily News – China: Suporte o Governo ajuda na Recuperação. Será Suficiente?

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As bolsas da Ásia apresentaram um bom desempenho durante a noite, lideradas pela recuperação dos mercados na China. Com este pano de fundo, estamos abrindo a semana com alta nas bolsas da Europa. Hoje é feriado nos EUA: Os “policy makers” na China continuam anunciado medidas de alívio financeiro às empresas e provendo liquidez aos mercados, o que explica parte relevante da recuperação das bolsas, mesmo diante de uma incerta recuperação da economia e da vida social no país: Por outro lado, os novos casos de infectados, segundo dados oficiais, seguem em queda: O destaque da noite, contudo, ficou por conta da forte queda do PIB do Japão. A queda foi superior a 6% em termos anualizados no último trimestre do ano passado, período anterior ao Coronavírus: É bem verdade que o país foi obrigado a se ajustar a uma alta já programada de impostos, o que explica a forte queda da demanda doméstica mas, mesmo assim, a queda ficou muito acima das expectativas.