Risk-Off
O dia
foi de forte pressão sobre os ativos do Brasil, como era amplamente esperado. A
situação política continua tensa e incerta. Temer declarou que não irá
renunciar. Agora, estamos a espera das gravações que possivelmente envolvem o
presidente em atos não muito republicanos.
Na minha
visão, para o país e os mercados locais, a melhor opção é uma renuncia rápida,
com a convocação de eleições indiretas e a eleição de um nome de consenso que
manteria as reformas econômicas em curso (FHC? Henrique Meirelles? Pedro
Parente?).
Vejo
como probabilidade baixa a manutenção de Temer e a retomada da confiança em seu
governo e a base para as reformas econômicas. O estrago parece já ter sido
feito.
Quanto
mais tempo Temer insistir em permanecer no cargo, pior para o país. A
governabilidade ficou abalada e sua permanência apenas traz mais incerteza ao
cenário.
O Banco
Central anunciou uma ração diária de venda de swaps cambiais, após as
intervenções realizadas hoje. O Tesouro Nacional anunciou leilões de recompra
de papeis.
Tenho um
certo receio do quadro técnico do mercado, especialmente no mercado de juros.
Novas rodadas de abertura de taxas de juros podem ocorrer. A dinâmica deverá
melhorar apenas com a resolução do quadro político, ou quando os preços
atingirem níveis de stress e o quadro técnico melhorar.
Comentários
Postar um comentário