Congresso acena com bom senso. Situação ainda é delicada.
Enquanto o imbróglio
envolvendo o presidente Michel Temer continua sem solução, os ativos locais
permanecem sobre pressão.
Neste momento, há uma
guerra de versão na mídia. A defesa de Temer tenta descredenciar o áudio utilizado
como prova para incriminar o presidente. Já a acusação afirma haver provas
suficientes para que o inquérito seja estabelecido, e o Presidente investigado.
Do lado positivo, o
Presidente do Senado tenta dar um ar de normalidade ao cenário, mantendo a
agenda da Casa, e marcando para amanhã, na CAE, a leitura do texto da Reforma
Trabalhista.
Caso (e se) o Congresso
efetivamente se coloque como um pilar de sustentação para as reformas
econômicas em curso – e isso é um grande “se” neste momento – seria um grande
amortecedor de choques para o país. De qualquer maneira, a Reforma da
Previdência, grande bastião do atual Governo, está com a agenda prejudicada e
sem sinal de retomada.
No tocante ao BCB,
Illan manteve um discurso tranquilizador, nos mesmos moldes daquele já
proferido na semana passada (vide tópicos abaixo).
· Esse ambiente de inflação
baixa e expectativas ancoradas nos torna menos vulneráveis aos impactos de
choques.
· Com expectativas de inflação
ancoradas o Comitê pode se concentrar em evitar possíveis efeitos secundários
de ajustes de preços relativos que possam ocorrer ao longo do tempo.
· Deve-se buscar identificar os
efeitos primários desses choques, aos quais a política monetária não deve
reagir.
· Isso se aplica tanto ao choque
de oferta favorável nos preços de alimentos, ocorrido nesse início deste ano,
quanto a efeitos advindos do mercado de câmbio.
Finalmente, o cenário
externo segue tranquilo e favorável. As bolsas dos EUA recuperaram grande parte
das perdas verificas na semana passada. As commodities mostraram sinais mais
consistentes de estabilização e os fluxos para ativos EM parecem ter retornado.
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