Brasil: Minirreforma da Previdência.
Na
ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco operam próximos
a estabilidade neste momento. A agenda do dia será importante, com Core PCE e
Consumer Confidence nos EUA.
No Brasil, os jornais continuam reportando
a possibilidade de avanço de uma Reforma da Previdência “fatiada” e “desidratada”,
mas que seria melhor do que não efetuar nenhuma mudança na legislação. Segundo
o jornal O Globo:
O fatiamento da reforma de Previdência
começa a ganhar força no Congresso, em conversas reservadas entre técnicos,
especialistas e parlamentares da base do governo, diante da instabilidade na
política. Uma das alternativas seria redesenhar a proposta para focar nos
servidores públicos, como uma forma de ajudar a resolver a crise fiscal nos
estados e manter o apoio do setor produtivo, que defende as mudanças para
consolidar a retomada da economia. Para os defensores dessa proposta
alternativa, ao retirar do texto trabalhadores do setor privado que seriam alvo
de polêmica, como rurais, idosos e deficientes de baixa renda que ganham
Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), a reforma ganharia o apoio de
algumas bancadas, como a do Nordeste, e de boa parte do PSDB, um dos principais
aliados do governo. Derrubaria também o argumento da oposição de que os mais
pobres serão atingidos. Exceção seria a fixação de idade mínima de 65 anos para
o funcionalismo, via alteração constitucional. Nesse caso, a medida poderia ser
estendida para os aposentados do INSS, uma vez que alterações de idade para
aposentadoria, em qualquer dos regimes, depende de mudança na Constituição.
Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, a crise que fragilizou o
presidente da República pode obrigar o governo a reduzir o alcance da reforma —
apesar do discurso contrário dos ministros. Segundo ele, a solução alternativa
de fazer primeiro a reforma dos servidores públicos é “inteligente”.
Para O Estado:
Com o
agravamento da crise política no País, líderes de partidos da base aliada na
Câmara dos Deputados começaram a defender uma reforma da Previdência mais
“enxuta”. Nas conversas, os parlamentares já discutem aprovar apenas o aumento
da idade mínima para a aposentadoria, considerado um dos pilares da proposta.
As outras mudanças seriam encaminhadas só a partir de 2019, quando o País terá
um novo presidente eleito pelo voto direto. Outra opção cogitada por
lideranças no Congresso é uma “minirreforma” da Previdência, como antecipou o Estadão/Broadcast na semana
passada. Alguns estudos já foram encomendados para verificar a viabilidade de
aprovar medidas por outros caminhos que não uma Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) - que precisaria de 308 votos na Câmara e 49 no Senado. Uma
saída seria fazer algumas mudanças por medida provisória (MP) ou projeto de
lei, que precisam de menos votos.
Ainda segundo a mídia, o processo que
corre no TSE sobre a Chapa Dilma-Temer poderá sofrer adiamento devido à elevada
probabilidade de algum pedido de vistas por parte de algum dos julgadores.
Devido à complexidade do tema, este caminho seria natural, e até mesmo esperado,
nesta fase do processo.
Comentários
Postar um comentário