Brasil: País em chamas!
No cenário externo, o destaque ficou por conta das Minutas do FOMC. O texto trouxe poucas
novidades em relação aquilo que vem sendo amplamente dito por membros do Fed. A
desaceleração deste início de ano parece temporária, assim como o arrefecimento
da inflação. Caso o cenário de crescimento mais robusto ao longo do ano se
concretize, a inflação deverá retomar uma tendência gradual de alta, permitindo
ao Fed dar continuidade ao processo de normalização monetária no país.
Os analistas, no geral,
esperam mais 2 altas de 25bps na taxa básica de juros e o anuncio da redução do
balanço da instituição. O mercado precifica cerca de 80% de probabilidade de
uma alta de 25bps na reunião do FOMC de junho e menos de 2 altas completas de
25 este ano. Até o final de 2018, o mercado precifica menos de 4 altas de
25bps.
Segundo o economista David Greenlaw, do
Morgan Stanley: The tone of the policy
discussion reinforced the likelihood of a hike at the June meeting. There was
some discussion about core inflation continuing to run below target but the consensus seemed to be that the recent
pattern would reverse. The FOMC still seems on track to change balance
sheet policy at the end of this year. There was a new section at the end
of the minutes that outlines an approach that seems to have the most support
(see text below with key sections are underlined). Reading between the
lines, it seems that something like $10 bil of MBS and Treasuries combined
would be allowed to run-off for the first three months, $20 bil for the second
three months, $30 bil for the third three months with a final limit of $40
bil/mo. It would probably take about 3 years to achieve a “normal” sized
balance sheet under such an approach.
Os ativos de risco
continuam reagindo de forma positiva ao cenário externo que temos observado e
descrito neste fórum.
No Brasil, as incertezas persistem. O dia foi de violentas, mas não
necessariamente volumosas, manifestações em Brasília, contrárias ao Presidente
Temer. Se o Congresso não está literalmente em chamas, como alguns Ministérios,
a situação é extremamente tensa, com a oposição utilizando da força física para
barrar o avanço da pauta legislativa.
Ainda não parece haver
um consenso em torno de um nome para assumir o país em caso de vacância da Presidência.
O atual Presidente, por sua vez, insiste em permanecer no seu cargo, mesmo com a
governabilidade abalada.
Como diria um sábio
amigo, a única coisa que podemos ter certeza é que muitas surpresas ainda estão
por acontecer.
Continuo esperando um
mercado extremamente volátil, mesmo observando que existe uma saída não tão
traumática para a situação do país.
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