Brasil: Negociação em torno da Reforma da Previdência avança.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. Ainda vejo alguma fragilidade no complexo de commodities que, a despeito da estabilização, ainda apresenta grande dificuldade em uma recuperação mais sustentável. O EUR opera sobre pressão, e as bolsas mostram alguma realização de lucros após o forte rally de sexta-feira.

Na China, as exportações e importações de abril ficaram abaixo das expectativas do mercado, mas em patamar consistente com um crescimento ainda saudável. Vale lembrar que alguma desaceleração da economia chinesa já era de uma maneira ou de outra, esperada pelo mercado. O governo local adotou uma série de medidas restritivas nos últimos meses, visando administrar os excessos em alguns setores da economia. A desaceleração do crescimento era apenas uma questão de tempo. Agora, resta saber qual será a magnitude desta desaceleração. Enquanto essa resposta não for clara, poderá existir algum receio por parte dos mercados financeiros globais, afetando os ativos mais dependentes da demanda do país. Vejo este impacto como pontual e ainda trabalho com um cenário relativamente construtivo para a economia global no curto-prazo.

O final de semana foi de poucas novidades.

Na França, o segundo turno das eleições ocorrem, com as pesquisas apontando imensa vantagem de Macron nas intenções de voto. Mantida as expectativas, o evento deve ter pouco impacto sobre os ativos de risco.

Na China, as reservas internacionais de abril mostraram mais um mês de alta, confirmando um quadro de menor pressão de saída de recursos do país após as diversas medidas adotadas pelo governo nos últimos meses.

No Brasil, os jornais continuam dando destaque para as negociações em torno da Reforma da Previdência. A coluna Painel, da Folha de São Paulo, noticiou que os partidos da base aliada estão tentando organizar um anuncio conjunto de fechamento de questão em torno da Reforma, o que seria uma maneira de dar tranquilidade aos deputados (a votação seria uma pressão do partido e todos da base estarem no “mesmo barco”, sem brecha para reclamações em relação aos demais aliados).

Além disso, os jornais noticiam que o presidente Temer tomou a liderança das negociações, e autorizou seus articuladores a utilizarem “toda a tinta da caneta” (ou seja, tudo que puderem em relação a cargos e emendas parlamentares) para angariar apoio.

Parece que a estratégia começa a surtir efeito, com alguns deputados duvidosos começando a demonstrar mais tranquilidade em apoiar a Reforma.

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